capítulo 1.
O loiro alto aguardava do lado de fora da sala que ocorriam as reuniões com o imperador. Ele avaliava sua aparência na armadura reluzente. O barulho de bancos sendo arrastados começou dentro da sala, aquele era o aviso que a reunião tinha chegado ao fim, e ele estufou o peito e esperou que seu comandante saísse da sala .
_ Você tem que ver que temos outras metas Tom _ comentou o superior de Draco.
_ Suponho que sim, mas o problema é que estamos com o orçamento muito baixo. Precisamos expandir o território.
_ Se você não representasse o Imperador nessas reuniões e burocracias eu meteria a mão na sua cara. _ o comandante riu _ Draco, temos ótimas noticias _ disse Severo Snape.
Draco apenas confirmou com a cabeça, e as mãos para trás, dando uma aparência de sério e um tanto comprometido.
_ Vamos ir mesmo para o Norte amanhã. Como planejávamos e já havíamos conversado ontem. Pode preparar as tropas.
Draco esperou mais alguns instantes para ter certeza que Severo não daria mais nenhuma ordem, e como um bom comandante, foi para fora do Senado de Romano. Sem perguntas, ele entendia e compreendia com certa rapidez tudo o que estava acontecendo.
Estamos em Roma, especificamente na Roma Antiga. O Império Romano continua com suas constantes guerras pelo trono de Imperador. Conspirações e organizações internas e guerras dentro do senado pelo poder constantes. No instante narrado estamos no governo do soberbo Salazar Sonserina.
Essa é a história do comandante Draco Malfoy. Fiel e sempre se destacando dos outros, desde pequeno. De uma família rica, abarrotada de escravos e regras. Sendo filho único, ele tinha o dever de honrar o nome da família, e assim estava fazendo desde seus 20 anos quando ingressou para o exército do rei.
Severo logo percebeu o potencial do garoto e o colocou bem “á cima” no conceito de todos. Com 25 anos, general e com muitas lutas e conquistas militares na memória Draco consegue tirar qualquer mulher da cidade do sério. O partido perfeito para qualquer mulher.
Naquele instante ele marchava na direção de seu exercito, que se encontrava concentrado na entrada da cidade (lugar em que muitas vezes treinavam). O cavalo branco e brilhoso do comandante podia ser visto de longe, e mesmo a dois metros do lugar os soldados já estavam começando a se posicionar nos lugares certo para esperar o rígido general.
_ Boa tarde comandante. _ cumprimentou o fiel amigo de Draco, Blásio.
_ Boa tarde Blásio. _ Respondeu Draco, descendo do cavalo.
Draco passou a mão na testa levemente suada pela cavalgada até o campo aberto.
_ Atenção _ gritou ele, estufando o peito. _ Formação!
Os soldados, enfileirados, levaram as mãos unidas até as costas e estufaram o peito, o olhar firme para a frente e o sorriso havia sumido.
_ Amanhã, estamos partindo com toda a tropa para o Norte! Quero que todos usem esse pequeno tempo para arrumarem suas espadas e toda a armadura, reúnam alimentos e água. Crabbe, Goyle e Blásio, quero que se preocupem com as tendas. Dispensados _ disse Draco, rígido.
O comandante foi em direção ao seu cavalo, quando Blásio o interrompeu.
_ Comandante, poderia dar uma palavrinha com o senhor?
_ Sem problemas. _ respondeu Draco.
_ Sabe, minha esposa está grávida. E o bebê está para nascer a qualquer momento.
_ E o que eu tenho haver com isso?
_ O senhor poderia me dispensar dessa batalha general?
O amargo Draco Malfoy foi colocado para fora. Ao certo, Draco nunca havia olhado para nenhuma mulher da capital das províncias Romanas porque nunca lhe chamaram a atenção. Draco havia dormido com muitas mulheres, mas amado nenhuma.
_ Blásio, você está querendo me dizer que prefere sua família ao honrar e lutar por Roma? _ respondeu Draco.
_ Não senhor. Me desculpe.
Draco bufou e montou em seu cavalo.
Partiu em direção a sua casa com o rosto amargo e seu coração de pedra com mais uma camada de concreto. Pensou na pergunta que havia feito para o “amigo”. Será que ele queria mesmo dar sua vida para Roma? Toda sua vida estava em lutar e lutar cada vez mais por aquele país?
Chegando em frente a sua casa ele desceu do cavalo quando viu um empregado se aproximar. Caminhando em passos pesados até o interior da casa, ele predominou com o olhar baixo e os pensamentos nas táticas que usaria.
_ Draco, meu filho. _ comentou a voz confortante de sua mãe, Narcisa.
_ Boa tarde mãe _ respondeu ele.
_ Alguma novidade de Snape? _ perguntou Lúcio, atrás de Draco.
_ Vamos partir amanhã para o Norte _ respondeu Draco, se virando para o pai.
_ De novo? _ perguntou Narcisa _ Não faz uma semana que você chegou de lá.
_ Precisamos expandir _ respondeu Draco, indo para o interior da casa e dando costas para os pais.
O homem entrou em um pequeno escritório e se sentou na cadeira confortante e revestida de pele de coelho. Ele colocou a mão na testa e fechou os olhos, em seguida um longo suspiro.
Sua mãe tinha razão, não fazia uma semana que havia voltado do Norte. Suas tropas estavam exaustas de tantas lutas e inconveniências no meio do caminho. A maior preocupação do loiro era os Hunos, governados pelo rígido Átila.
Bárbaros comuns e seguidores de Átila, era assim que Draco os classificava. E Draco sabia o quanto os seguidores de Átila se superavam ao seu exercito. As poucas vezes que cruzaram com os Hunos as guerras foram acirradas.
_ Filho? _ perguntou Lúcio, entrando no pequeno e humilde escritório.
_ Sim pai _ disse Draco, se levantando a passando a mão no cabelo.
_ Quero lhe apresentar...
_ Agora pai? _ respondeu Draco, de mal grado.
_ Agora. Na sala.
O loiro respirou fundo e partiu com o pai.
Chegando perto da sala, pode escutar várias vozes femininas.
_ Não poderia ter me dito que teríamos visita quando cheguei em casa?
_ Tentamos lhe dizer. Mas você virou as costas e partiu em direção ao escritório.
Quando chegaram na sala, Narcisa estava acompanhada de duas mulheres. Ele parou na porta e esperou sua mãe notar a presença dele e do pai.
_ Draco, você já está aqui _ disse Narcisa, se levantando _ Quero lhe apresentar a Senhora e a Senhorita Parkison.
Draco permaneceu sério. A mulher mais velha, um pouco gordinha e de cabelos negros cumprimentou Draco e logo ele levou os olhos até a garota de cabelos no mesmo tom da mãe, lisos e no comprimento da cintura. Draco se sentou em um dos sofás, distante das mulheres.
_ Draco vai partir amanhã, para o Norte _ comentou Narcisa.
_ O Império vai expandir mais? _ perguntou a Senhora Parkison.
_ Sim senhora.
_ O sonho de Pansy é conhecer outros lugares, diferentes de Roma. _ comentou a Senhora.
Draco desviou o olhar sério e profundo até a garota frágil e com olhar inquieto.
_ Não perde nada de mais. Ao sul você vai ver lugares sem cor devido a queimadas constante dos Bárbaros e ao Norte talvez ache lugares floridos e verdes, mas sinto em lhe dizer que é por pouco tempo. Os Hunos estão marchando para o Norte a um bom tempo.
O silêncio predominou na sala.
_ E o senhor gosta da profissão que exerce? _ perguntou a mãe de Pansy.
_ Sim Senhora.
_ Deve ser complicado ficar fora de casa...
_ É bem complicado. Pela hospedagem e alimentação com mais precisão.
_ Falando em alimentação a minha Pansy sabe cozinhar muito bem _ disse a Senhora, se gabando.
_ É verdade? _ perguntou Narcisa.
A conversa se prolongou até o por do sol.
_ Qual é o defeito dessa? _ perguntou Lúcio, batendo a porta do escritório do filho.
_ Recém jantamos, podemos ter essa discussão em outro momento?
_ Draco, já lhe apresentamos muitas mulheres e você nunca gosta de nenhuma. Qual é o problema?
_ Essa ai é mais calada do que a mamãe no jantar.
_ Uma mulher que não faz perguntas e nem se intromete na sua vida. O que você quer mais?
_ O que eu quero mais? Quero poder pensar nas táticas para usar na minha viagem ao Norte, como vou cercar uma nova província e como vou trazer mais Plebeus para as ruas abarrotadas deles aqui em Roma. Posso pensar em paz?
Lúcio suspirou e resolveu deixar o amargo filho sozinho, com seus pensamentos e táticas.
O dia mal tinha amanhecido, e toda família Malfoy estava de pé. Draco enrolava em um pano, pães e frutas. Ele montou em seu cavalo, e atrás dele vinha a carruagem da família com seus pais dentro dela. Quando chegaram mais perto do centro da cidade ele apressou o passo do cavalo. Chegando ao centro da cidade, várias carruagens postas em volto a um chafariz. Os soldados se despediam de suas famílias e Draco ainda estava em cima de seu cavalo, conferindo o batalhão.
Quando a carruagem de seus pais chegaram, ele saiu do cavalo e foi se despedir deles.
_ Boa sorte filho _ disse Narcisa.
_ Você vai conseguir _ disse Lúcio.
Draco tentou projetar um sorriso no rosto para os pais, com muito esforço conseguiu.
O loiro deu as costas aos pais e gritou com toda força que pode:
_ Batalhão, formação!
O alvoroço dos homens de armaduras prateadas começou e duas filas de homens se formaram.
_ Montem nos cavalos, permaneçam na primeira formação até sairmos de Roma, depois segue a formação três. _ Draco respirou fundo _ Que Deus esteja conosco! _ Ele montou no cavalo.
_ Draco! _ uma voz surgiu, e uma mão puxando sua armadura.
Era a morena do dia anterior. Pansy estava com um vestido escuro e um lenço protegendo a cabeça. Ele parou a montaria e desceu do cavalo.
Ela não falou nada, parecia estar morrendo de vergonha e tirou de seu bolso um lenço de renda e entregou a Draco. Sem entender muito ele pegou o lenço.
_ Boa sorte! _ ela disse, sorrindo.
Ela abaixou a cabeça, depois da expressão de negação de Draco. Draco encontrou o olhar de bravura do pai, que abaixou a cabeça com desgosto nos olhos. Draco, olhou para cima e respirou fundo.
_ Espere por mim _ disse Draco a Pansy, Ele apanhou a mão da morena e encostou os lábios.
Após isso, ele montou no cavalo e partiu para sua missão.
Cinco dias e cinco noites cavalgando sem parar. De baixo do calor e do sol infernal dos dias, do frio e do negro das noites. Os soldados exaustos, não haviam chegado nem na metade do destino. Draco havia recebido ordens de invadir o lugar e mandar um mensageiro pedindo reforço e um governante para aquela província.
_ Descanso de um dia tropa!
O suspiro cansado e o alivio de muitos pode ser presenciado por Draco.
Mas os soldados sabiam o que Draco queria evitar: os Hunos.
Em torno de duas semanas de viagem, Draco permaneceu sério e pouco participou das conversas em volta da fogueira dos soldados. Os animais que eles matavam e assavam não despertavam o apetite de Draco.
Frio e seco. Era assim que todos podiam definir Draco. Um ótimo instrutor e treinador, mas seco e frio.
A tropa de Draco chegou até o máximo dos territórios Romanos, e resolveram repousar por dois dias e depois atacar as terras vizinhas.
A cidade muito menor que Roma, parecia aconchegante. Os soldados arrumaram um campo e montaram suas tendas. Draco fez questão de procurar o responsável da cidade.
Draco, Blásio, Goyle e Crabbe foram em direção ao centro da cidade.
Encontraram o responsável da cidade e se informaram sobre a cidade vizinha. Souberam que a cidade ficava a dois dias de cavalo, era pequena mas de grande extensão. Possuía muitas plantações e poucos habitantes.
Os dois dias passaram e eles levantaram o acampamento, e partiram para a cidade.
Aos arredores da cidade que seria invadida, eles observaram: Não era uma cidade e sim um vilarejo. E como o responsável da cidade anterior tinha comentado, tinha muitas plantações e um vasto território.
_ Avante tropas! _ ordenou Draco.
Ele esperou suas tropas invadirem, como sempre, ele esperaria eles fazerem o trabalho e depois entraria na cidade com Blásio e Goyle em sua volta como segurança.
_ Você acha que vai ser difícil? _ perguntou Blásio a Draco.
_ Nunca foi fácil! _ respondeu ele. _ Hunos podem estar por ai, isso me da náuseas.
Blásio não arriscou nenhuma resposta, reconhecia quando deveria permanecer em silencio.
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!