Eldred Louis
POV Ted
Não me sentia bem em olhar a filha dos assassinos de meus pais e sentir meu coração disparar. Mas era inevitável. Perdia-me em seus olhos cor de safira, mergulhando em um mar de vontades e desejos, dos quais em vão eu tentava reprimir. Não me permito pensar em AnnaBelly como sendo a causadora de meus pensamentos mais desvairados. Tentei, desde a primeira vez que a vi, lutar contra tais sentimentos, de todas as maneiras, juro que tentei.
Lembro de que uma vez a vovó Tonks disse para mim que o amor é o mais puro sentimento que Deus colocou no coração dos homens, para que mesmo nas horas mais sombrias possamos lembrar de que há sempre um motivo pra lutar.
Nunca esperei nada puro vir de AnnaBelly. Nada. Mas por três vezes seguidas ela me mostrou que por baixo daquela máscara fria e dura há um coração puro, que bate procurando por amor que o mundo a sua volta recusa a dar.
Ela me consolou quando a vovó Tonks faleceu, ela me ajudou quando estava sozinho, ela arriscou sua vaga em Hogwarts para guardar meu segredo. E depois de todo mal que causei a ela... Depois de tudo que eu fiz, ela me beijou. Correspondeu meu beijo. E nesse momento eu soube que Belly não é apenas herdeira de Salazar Slytherin e também a Herdeira do Lord. Nesse momento eu soube que Belly, foi, é e sempre será a mesma garotinha doce e confiável que conheci no Expresso de Hogwarts. E seria eu que iria ajudá-la a mudar.
Sempre que eu precisava pensar ou ficar sozinho, eu pegava minha vassoura e ia voar pelo campo de quadribol, subindo cada vez mais alto até me esquecer dos problemas e colocar as idéias no lugar, costumava também a sair de Hogwarts escondido pela passagem que havia em baixo do salgueiro lutador e ia caminhar pelas ruas de Hogsmeade me entretendo com o pouco que via.
Para mim era difícil pensar que daqui uma semana estaria em casa para as férias de verão. Mas não ia ser igual, todos os anos eu passava as férias de verão com a vovó Tonks, mas ela falecera recentemente e pela primeira vez na vida eu ficaria o verão todo na casa do meu padrinho Harry. Eu ainda não aceitava a idéia de que nunca mais comeria os biscoitos que a vovó fazia todo fim de tarde, ou ouviria suas histórias sobre a mamãe e o papai e o que mais me faria falta, seria seus conselhos que torna qualquer bruxo em um bruxo melhor. O simples fato de pensar nisso fazia minha garganta fechar. Doía tanto que chegava apertar o coração saber que da próxima vez que eu colocasse os pés da estação de King’s Cross não seria recebido pelo apertado e carinhoso abraço de minha doce e amada avó.
O fato de vovó falecer, fez que sentimentos adormecidos dentro de mim despertassem acordando o lobisomem que pela genética sou obrigado a carregar, e o fato de ter de me mudar para casa do meu padrinho, e estar apaixonado pela filha do Lord das Trevas era suficientemente para manter minha cabeça cheia, o que me fazia ficar apenas no campo de quadribol nas últimas semanas.Se não fosse por uma pequena bola de papel encantado estar me seguindo eu provavelmente teria ficado até o anoitecer pensando cada vez mais melancolicamente nos vários assuntos. A pequenina bola de papel pousou na palma de minha mão e revelou ser um pequeno bilhete escrito pela caligrafia da professora que sempre assinara minhas tantas advertências: Minerva McGonagall.
“Sr. Lupin gostaria de conversar com você hoje a noite, por volta das oito horas em meu escritório, seria possível? Ótimo irei te esperar. Não se esqueça a gárgula é ENCANTADA.
Minerva McGonagall“
O bilhete se desfez em cinzas assim que o li e as cinzas desapareceram em um piscar de olhos. Olhei para o relógio, já eram sete e meia, não faz mal chegar mais cedo alguns minutos para falar com a diretora, certo? Provavelmente ela viria falar que eu não devia ter omitido o fato de que AnnaBelly nunca me machucou e que o meu padrinho havia contado para ela sobre meu verdadeiro estado.
- Ó Ted, como é bom te ver, você está com uma aparência extremamente melhor do que a última vez que eu te vi - Disse Minerva gesticulando para me sentar a poltrona em sua frente.
- Obrigado professora.
- Chá? - Disse ela servindo-se.
- Sim, por favor. - Ela serviu uma xícara e colocou a minha frente, soprei e tomei um gole enquanto a ouvia falar.
- Não fique apreensivo Ted, queria apenas me despedir pessoalmente. Vou aproveitar os anos que me restam e como sabe não estarei aqui no próximo ano letivo.
- Aposto que vai ficar com saudades de não me ver todos os dias e ter de ralhar comigo.
- Verdade, verdade. Quanta desvantagem que me causa essa aposentadoria. - Respondeu rindo, mostrando as rugas de expressão no canto dos olhos. Quem diria que a severa diretora Minerva tinha senso de humor e ironia?
- Mas temos que acertar algumas coisas antes. Conversei com sua professora de poções e ela concordou prontamente a fazer uma poção para tomar durante a lua cheia no verão, ela deve lhe entregar depois de amanhã, ao termino oficial do ano letivo. A poção o impedirá de se transformar, apenas o deixara indisposto e cansado. Não precisa agradecer. Seu tio Harry me contou tudo, apesar de que fiquei desapontada quando soube que AnnaBelly dizia a verdade em te ajudar e você fez com que todos acreditassem o contrário, se não estivéssemos no fim do ano você provavelmente seria punido.
- À professora - disse dando meu melhor sorriso - A senhora me ama demais para me punir, não precisa esconder, ambos sabemos disso.
- Ó Ted - Disse Minerva corando - Vou sentir falta de você sim, promete que ira visitar essa jovem idosa? - Perguntou rindo.
- Sempre que puder diretora. - Respondi sinceramente.
- Agora outro assunto. Não sei se o novo diretor será tão condolente com o fato de você a senhorita Lestrange estarem sempre se implicando, por isso lhe peço esse outro favor Ted - Dizia Minerva assumindo novamente uma pose severa - Coloque as diferenças de lado, vocês já são adolescentes, não peço para que sejam amigos, apenas para que convivam sem um lançar uma praga no outro.
- Sim senhora. - Respondi virando o resto do chá.
- Muito bem Ted, pode ir agora. Obrigada por vir.
- Eu que agradeço por chamar diretora, boa aposentadoria para a senhora.
Minerva com certeza faria tremenda falta em Hogwarts, e eu realmente gostava dela. Ela sabia como tratar bem as pessoas e mesmo sendo extremamente severa, sabia as horas de certas para dar bons conselhos e ajudar quem precisasse.
O salão comunal da Grifinória me aguardava, cheguei ao sétimo andar e virei no corredor a direta e lá estava o conhecido retrato de uma mulher gorda conversando com o fantasma da Grifinória, Nick quase-sem-cabeça.
- Boa noite Ted - Cumprimentou o fantasma.
- Boa noite senhor Nicholas, como está? “Gárgulas dançantes”
A mulher gorda permitiu minha passagem assim que ouviu a senha, e continuou conversando com o senhor Nicholas sobre como o Barão Sangrento, fantasma da Sonserina andava atrevido fazendo insinuações sobre como ela havia engordado mais.
- Pensa rápido Ted! - Por puro reflexo peguei uma bola de futebol americano que foi jogada pra mim - Belos reflexos - admitiu Cole, mandei a bola de volta e ele pegou - Onde passou a tarde toda? - Perguntou ele deitando a cabeça no colo de Penélope que estava sentada no chão jogando xadrez-bruxo com Leonard.
- Estive por aí, perdi muita coisa? - Perguntei me jogando no sofá ao lado deles.
- Até que não - Leonard intrometeu na conversa - Só Victorie toda emotiva, chorando e abraçando todos dizendo que vai sentir saudades, você sabe, só perdeu Victorie agindo como ela mesma...
- Ela vai ser transferida! Não saia falando dela dessa maneira - Ralhou Penélope.
- Vai ser transferida porque quer, todos passamos pelo mesmo que ela passou e só ela fez o drama de ser transferida dando mais satisfação para aquelas cobras nojentas - Retrucou Cole. - Ela nunca gostou de Hogwarts, ela só agüentava ficar aqui por causa do Ted.
- Só pra constar eu estou aqui. - Resmunguei.
- Mas isso é verdade, acho que ela ia arrumar uma desculpa para sair daqui de qualquer jeito, culpa sua, Ted. - Completou Leonard
- Minha? - Perguntei incrédulo.
- Ela sempre gostou de você, desde quando eram criançinhas e você sempre...
- Eu sempre a vi como uma irmã, porque fomos criados quase juntos, você não namoraria o Cole não é Penélope?
- Eca, é claro que não, somos irmãos! E ele é horrível.
- Irmãzinha, somos gêmeos não se esqueça - Disse Cole ironicamente.
- E daí? Não somos nada parecidos - Disse ela dando um xeque-mate num Leo bastante irritado por perder de uma garota.
- Corte seu cabelo ou coloque uma peruca no Cole e ninguém saberia quem é quem. - Falou Léo de maneira implicante.
Porém era a mais pura verdade. Tanto Penélope quando Cole eram gêmeos extremamente idênticos se não fosse pelo sexo é claro, ambos tinham o mesmo tom de cabelos bronzeados, os mesmos olhos verdes e até as mesmas manias e idéias.
- Não importa, voltando ao assunto. A culpa é sua Teddy.
- Ninguém manda no coração Penélope, não escolhemos quem gostar, e ela é minha prima de certa forma.
- É, amor entre primos é a especialidade do Ted.
- Cala a boca Leonard.
- O que eu perdi? - Perguntou Penélope olhando de mim para Leo.
- Nada.
- Nosso Ted esconde seus sentimentos da gente... - insinuou Leonard.
- Cale a boca Leonard.
- Do que vocês estão falando? - Cole se levantou do colo da irmã.
- Fala sério Ted, somos seus amigos ou não? Victorie vai sair da escola por causa dos sonserinos nojentos e você não pára de pensar num deles!
- Cale essa maldita boca Leonard! - Quando eu vi já estava com a varinha embaixo do queixo dele. - Por favor. - Pedi tirando a varinha de perto dele, e saindo do salão comunal.
O que deu em minha cabeça para ameaçar meu melhor amigo? Ele estava falando apenas a verdade, os sonserinos os torturaram, uma de minhas melhores amigas seria transferida por causa deles, e eu apenas pensava na líder deles! “O quê? Você é louco!”AnnaBelly tinha dito antes deu a beijá-la, talvez ela esteja certa, eu sou louco, por pensar tanto nela, por contar para o meu melhor amigo e por ameaçar ele por estar apenas falando a mais pura verdade. E os pensamentos jorravam com mais força e intensidade e eu descia as escadas às cegas pulando de degrau em degrau, sem saber para onde ir, eu apenas queria poder me livrar daquele turbilhão de sentimentos que estava dentro de mim.
Passei um bom tempo depois sentado ao lado da Mulher Gorda, esperando ficar tarde o suficiente para entrar no dormitório e ver Cole e Leonard dormindo. Estava muito envergonhado da minha atitude para poder encará-los. Amanhã cedo eu pediria desculpas a Leonard por ter o tratado de tal modo. Quando presumi que já era bastante tarde para estarem acordados, entrei pro salão comum e subi para o quarto andar da torre, onde ficava nosso quarto. Os dois estavam dormindo profundamente. Cansado, deitei em minha cama. E fiquei olhando para o teto pensando em tudo que acontecera nesse último ano letivo...
Amanhã seria o último dia de aula, na verdade não teria aula, mas seria o último dia no castelo, e logo eu estaria na casa dos Potter. Um suspiro de frustração escapou de mim, virei para o lado e em vão tentei dormir.
Como queria ter falado com AnnaBelly antes das férias de verão. Mas eu sei que se a encontrasse não teria idéia do que falar. Só que depois que a beijei ela desapareceu tão abruptamente que por um instante pensei que tudo foi fruto de minha imaginação, mas a fragrância de ser perfume ficou no ar e meu coração disparava como nunca. Eu nunca seria capaz de ter imaginado nada tão perfeito. O que eu falaria se a visse? O que ela falaria se me visse? Que burrada sem tamanho eu tinha feito. E com tais pensamentos na cabeça depois de rolar horas na cama senti o sono chegando aos poucos.
POV AnnaBelly
- Não vai arrumar suas malas Belly?
Com um simples aceno de varinha e sem dizer uma única palavra todos meus pertences foram uniformemente guardados dentro de meu malão, assim voltei imediatamente à atenção para o livro que estava sobre meus joelhos.
- Desde quando você é capaz de conjurar feitiços sem dizer uma única palavra?
- Hum? - Perguntei tentando tirar minha atenção do livro e voltá-la para Alice.
- Você não disse uma palavra para conjurar esse feitiço.
Lentamente as palavras que ela dizia foram processadas em minha cabeça, pisquei algumas vezes e percebi que não tinha reparado nisso.
- Como você pode aprender isso e não me ensinar? - Perguntou Alice indignada e sem esperar uma resposta voltou à atenção aos seus pertences que guardava em seu malão.
Precisava pensar, longe de todos e principalmente longe do diário de Tom que agora estava seguramente guardado e trancado em meu malão. Desde que consegui as horcruxes de meu pai eu não era a mesma. Depois de meses só agora percebi que as mudanças que vinham acontecendo comigo tinha uma única influência. As Horcruxes de Voldemort.
No começo apenas me sentia confusa, esquecia do que fazia e parava em lugares que não desejava sem saber o motivo e sem me lembrar do por quê, depois uma onda de poder crescia dentro de mim, mais tarde comecei a sentir um ódio repentino por tudo, não que já não sentisse antes, mas eu sempre amei meus amigos e agora não os via dessa forma, e só agora que percebi o quanto realmente estou poderosa para minha idade, sei que tudo tem haver com as horcruxes porque tudo começou depois que as encontrei. E eu ainda estava confusa quanto ao fato de isso ser bom ou ruim. E não à melhor lugar para se pensar do que na ponte de Hogwarts, o lugar para onde eu me encaminhava.
- Não gosto de ser ignorado. Você sabia? Ainda mais em público. - Uma voz falou atrás de mim antes de mim antes que eu pudesse sair do salão comum. - Olhei em volta, não tinha ninguém, o salão comunal estava totalmente deserto - Estão todos almoçando.
- Eu te conheço, por algum acaso? - Perguntei reparando no garoto que estava sentado em uma poltrona perto da janela, agora que eu o olhava bem o reconheci, olhos castanhos, cabelos castanhos, alto e forte. Jogava junto com Ric e Cory no time da Sonserina, e quando veio falar comigo algumas semanas atrás eu realmente o ignorei. - A sim, você. Prometo não ignorá-lo da próxima vez, agora com sua licença eu realmente preciso ir.
- Eu queria tratar de um assunto muito importante com você antes de irmos embora, por favor, sente-se.
- Me dê um bom motivo para ficar e eu fico.
- Eu soube de suas preferências literárias. - Disse o garoto pegando um livro que estava ao seu colo e levantando para que eu pudesse vê-lo, o livro era bem grande, totalmente de veludo preto e sem nenhuma palavra na capa. O reconheci imediatamente, não precisava de nome para saber de qual livro se tratava. Era o “Livro Negro de Magia das Trevas”. Eu não encontrei um exemplar se quer dele em Hogwarts, mas ele sempre era citado em outros livros de assunto parecido dizendo que se o leitor quisesse se aprofundar em algum assunto de magia negra procurasse mais no “Livro Negro de Magia das Trevas.” Como este garoto tinha conseguido um exemplar desses? - Tenho outros vários livros parecido com este na verdade, e estou disposto a lhe emprestar esse e quantos outros quiser, e só penso em troca uma única coisa.
- Você está chantageando a pessoa errada. - Eu poderia muito bem conseguir aquele livro de outros modos.
- Quem disse que é isto é uma chantagem senhorita? Não vai se sentar? Pois bem, vou prosseguir. Eldred Louis. Chame-me de Eldred apenas. Meu pai é irmão de Yaxley, conhece? - Acenei com a cabeça - Meu pai nunca foi amante das artes das trevas, diferente de meu tio. Por sorte ou azar, me apaixonei tanto quando ele pelas artes das trevas e estou tão disposto quanto você por poder, um dia conhecer um mundo livre de mestiços e sangues-ruins. De poder mostrar aos trouxas quem realmente está no topo da pirâmide.
- Belas palavras. Como tem tanta certeza do que eu quero e deixo de querer Eldred?
- Ora, se não fosse assim você não estaria tentando trazer o Lord das Trevas de volta - Disse ele rindo como se fosse algo muito óbvio. Mas seu sorriso sumiu no momento em que percebeu que estava encostado na parede com minha varinha apontada em seu coração. - Como você fez...
- Agora você me escuta, como sabe disso? E pense muito bem antes de responder, sei quando as pessoas mentem. - Falei forçando a ponta da varinha contra suas vestes.
- Eu segui você e seus amigos não foi difícil ligar as coisas, primeiro você pega objetos do seu pai, depois livros de magia negra, passa a noite na biblioteca, seus amigos ficam cochichando quando você está longe, cogitando o que você possa estar fazendo ou querendo depois falam das percas de memória repentinas, por favor não me machuque juro que não contei nada a ninguém, só quero te ajudar, me solte por favor, você me assusta - Disse tudo em um só fôlego, sendo sincero em cada palavra.
Afastei minha varinha dele. Pelo menos pensava mais que Alice, Ric e Cory, que até hoje não tinham a mínima noção de o por quê eu não largar o diário do Tom.
- AnnaBelly, posso lhe ajudar com o que precisar, tenho livros e mais livros sobre todos os tipos de magia, tenho inteligência e tenho a coragem que preciso pra ficar ao seu lado. - Falou recuperando a compostura, como um perfeito aristocrata inglês que era.
- Não posso sair por aí confiando em qualquer um que se diz querer estar ao meu lado.
- É claro que não. Como posso provar minha devoção?
Ele já ganhou meu respeito quando descobriu sozinho o meu plano, apenas queria testá-lo, saber o que conseguiria com ele se unindo ao meu pequeno grupo de quatro. Mas como testá-lo? Como ver até onde suas habilidades podem ir?
- Eldred, seria você capaz de me ajudar a realizar meu plano?
- Trazer o nobre Lord das Trevas, de volta?
- Não o Lord, sim um Tom Riddle de quinze anos preso à um diário.
- Serei capaz de dar minha vida se for preciso para selar essa causa.
Sorri, novos planos fervilhavam em minha cabeça, Eldred era simplesmente um anjo que fora colocado em meu caminho sem eu pedir e que me mostrava novas idéias e possibilidades de atingir meus objetivos.
- Ótimo, tenho a lição de casa perfeita pra você nesse verão.
- Mal posso esperar para começá-la.
- Bem vindo ao grupo Eldred. - Fechamos nossas mãos uma na outra, como quando se fecha um acordo, podia ver o brilho nos seus olhos, era o brilho que também estava em meus olhos.
A Maria fumaça aguardava com os motores ligados ao lado de uma plataforma em Hogsmeade onde os alunos esperavam do lado de fora as portas serem abertas para todos poderem se acomodar em seus vagões e passarem as suas últimas horas ao lado de seus amigos antes de os verem novamente em três meses.
Richard falava animadamente com Eldred, estava super animado com um novo amigo seu me ajudando em seus planos. Cory estava tentando consolar uma chorosa Alice que dizia que seus pais estavam a castigando obrigando-a passar todo o verão na África. “Culpa daqueles leõzinhos nojentos” dizia ela.
- Boas férias Belly. - Olhei para o lado e vi um Ted, hoje de cabelos coloridos entre as cores vinho e prata em homenagem a grifinória que ganhou a taça das casas, ele sorriu alegremente para mim embora eu visse a tristeza em seus olhos. Ele se virou e se juntou aos seus amigos que agora entravam no trem que tinha acabado de ser liberado.
Três simples palavras saídas da boca dele foram suficientes para fazer meu coração disparar contra minha vontade. “Boas férias Ted” foi o que sussurrei para o nada.
Eu admito, Teddy mexe comigo mais do que deveria, como disse Tom, isso pode colocar meus planos em jogo, eu deveria pensar no verão em uma forma de tirar Ted da minha cabeça, do meu caminho, do meu coração. Nem que fosse preciso a força eu me livraria dele. Nada pode interferir nos meus planos, nenhum sentimento bobo e besta do qual eu posso viver sem, nada vai impedir que eu mude de idéia para conseguir alcançar meus objetivos. Nada. Muito menos como dizia Alice “um leãozinho nojento”.
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