Capítulo 7
Annabeth levou Harry até uma casa de quatro andares, a qual chamou de Casa Grande. Na porta, à espera dos dois, estava um homem metade humano, metade cavalo (um centauro) e um senhor com cara de poucos amigos.
- Como disse que se chamava mesmo? – perguntou Annabeth.
- Harry.
- Muito bem, Harry. Estes são Quíron – ela apontou para o centauro – e o Sr. D. – dessa vez, apontou para o outro senhor.
- Espera, o que é isso? Porque estamos sendo apresentados a Percy e porque ele disse se chamar Harry? – exclamou Quíron.
- É uma longa história. Aparentemente, mais longa do que pensamos.
- Eu acordei aqui, nesse corpo. Não sei como nem por que! E meu nome é Harry e não Percy.
Quíron e Sr. D (que não parecia muito interessado na conversa até Annabeth apresentá-lo a Harry) estudaram-no por alguns segundos. Talvez, tentando pensar em possibilidades para o que estava acontecendo.
- Interessante. – disse Quíron depois de alguns segundos, que, para Harry, pareceram uma eternidade. – Bom, Harry, desculpe decepcioná-lo, mas terá de viver a vida de Percy até que consigamos, de alguma forma, reverter seja lá o que tenha acontecido com vocês. Agora, Annabeth, vocês precisam encontrar Grover. Ele sumiu desde a noite passada e ninguém sabe pra onde ele foi nem o que estava fazendo fora do Acampamento.
- Mas como vou saber onde buscá-lo sem algum tipo de pista?
- Nós temos uma pista, ao que tudo indica, ele foi para algum lugar de New York.
- Como o senhor sabe?
- Pã. Os últimos relatos de sua presença foram em New York.
Annbeth acentiu. Harry sentia-se mais confuso a cada minuto que passava.
- Obviamente que terá de levar Percy... quer dizer... Harry.
- O QUÊ??? – gritou Harry. Ele não sabia onde estava nem o que era ou não capaz de fazer, e agora teria de sair em uma busca com uma garota que conhecera a cerca de meia hora atrás para procurar um garoto que foi atrás de sei lá quem? Harry ficava mais apavorado a cada palavra que Quíron dizia.
- Não! – berrou Annabeth – Não posso levá-lo! Ele não sabe quem é! Nem sabe usar seus poderes! Ele só vai atrasar a missão!
- Não temos escolha, Annabeth. Você e Percy iriam atrás de Grover, a missão era para os dois. Você vai precisar de ajuda e Harry terá de aprender a usar e controlar seus poderes, assim como Percy.
Annabeth e Harry entreolharam-se apavorados.
- Não temos mais tempo para explicações, vocês precisam ir agora. A cada minuto que perdemos aqui, Grover fica cada vez mais distante. Peguem suas coisas o mais rápido que puderem e vão! Agora!
Annbeth saiu correndo e Harry a seguiu. Foram até o chalé de Annabeth, onde ela pegou uma mochila, que já parecia estar cheia, e a pôs em suas costas. Logo depois, correram até o chalé onde Harry havia acordado.
- Percy... Ai! Harry! Pegue tudo que pudermos precisar.
- Tipo o que?
Revirando os olhos, Annabeth juntou algumas coisas que estavam espalhadas pelo chalé resmungando o tempo todo coisas como “garotos!” e “porque ele não podia arrumar suas coisas, só pra variar?!” e pôs tudo em uma mochila.
- Tome. Pegue isso e vamos logo.
- E como vamos?
- Chame o Blackjack.
- Chame o que?
- Blackjack! O pégaso!
- E como eu faço isso?
- Concentre-se nele e chame seu nome.
- Como ele é?
- É um cavalo alado negro! Porque você acha que o nome dele é Blackjack???
Harry respirou fundo algumas vezes, fechou os olhos e pensou em um grande corcel negro com asas. Então, repetiu constantemente, em sua cabeça, a frase “Blackjack, precisamos de você!”. Alguns segundos depois, falou:
- Blackjack, precisamos de você!
Silêncio. Nada aconteceu.
- Parabéns, Harry! Você conseguiu ser pior do que o Cabeça-de-Alga!
Ao dizer isso, Annabeth virou-se e começou a caminhar para o lado de fora do chalé quando, de repente, os galhos das árvores começaram a balançar. Ela virou-se de novo para olhar sorrindo para Harry, que continuava com a mesma expressão de pavor que tinha no rosto quando Quíron anunciou que ele iria nessa tal missão com Annabeth. Os dois correram para fora do chalé em tempo de ver um grande pégaso negro descer do céu. Seu pêlo reluzia à luz daquele sol escaldante, e o corcel soltou um relincho alto ao avistar Harry (que ele, obviamente, pensava ser Percy) e trotou em sua direção até parar ao seu lado.
“Ei, Chefe! Ouvi seu chamado! Para onde vamos?” disse Blackjack na mente de Harry.
- Ãhn... vamos para New York, eu acho.
“A menina também vai?”
- Ah! Sim, sim. Annabeth também vai.
O pégaso abaixou as asas para que Harry e Annabeth pudessem montá-lo e levantou vôo sem que Harry precisa-se pedir. Montado no pégaso, Harry sentiu as mesmas sensações de seu primeiro vôo com a vassoura e de sua primeira aula de Trato das Criaturas Mágicas com Hagrid no terceiro ano, quando voou em Bicuço, um hipogrífo. Depois de alguns minutos no ar, Annabeth adormeceu encostada sobre as costas de Harry, que deitou a cabeça sobre o pescoço de Blackjack e mandou sua última mensagem ao pégaso antes de pegar no sono também: “Acorde-nos quando chegarmos, por favor.” que foi respondida com um “Claro, Chefe!”
Comentários (1)
Só tenho uma coisa a te dizer... MÁ! U_U Tortura seu cogumelo preferido assim? má, má, má U_U
2011-04-17