Um sorriso e uma batida no cor
- Certo, o que estamos fazendo aqui? - perguntou Hermione curiosa, enquanto estava parada com Harry em frente a uma parede.
- Rony quer nos explicar melhor sobre o que está acontecendo na escola, Mione. Ontem não deu pra conversar a noite porque qualquer um do nosso dormitório poderia acordar.
- Sim, mas outra vez, o que estamos fazendo aqui? - perguntou Hermione impaciente por achar aquele lugar muito inconveniente para conversar sobre algo tão importante em um corredor no meio do dia.
- Você verá – respondeu o garoto.
O garoto passou três vezes pela parede, parecendo estar refletindo, mas antes que Hermione perguntasse o que estava fazendo, uma porta surgiu na parede.
- Mas o quê?
- Sala Precisa.
- Oh, mas claro! - ela disse dando um tapa na própria testa - "Segredos de Hogwarts", capítulo 16! Como eu pude esquecer disso! Era tão ób...
Mas antes que ela terminasse a frase, Harry pegou a mão dela e a puxou para dentro da sala antes que alguém os visse.
Ao entrar, havia um ambiente praticamente vazio, tirando pelo fato de ter uma mesa e três cadeiras no meio, sendo que uma das cadeiras já estava sendo ocupada por um ruivo.
- Oh, vejo que já chegaram - disse Rony enquanto as orelhas coravam ao ver Harry e Hermione entrando de mãos dadas.
Harry ao notar a coloração das orelhas do amigo, soltou imediatamente a mão da amiga. Sempre esteve acostumado a ser próximo de Hermione, até antes de ter feito o desejo.
Sempre fora fácil agir assim de próximo com ela, por exatamente serem tão bons amigos, é fácil dar as mãos ou abraçar alguém que você é muito íntimo, mas que não há nenhum sentimento além de amizade. Claro que Harry sabia que Rony aparentemente não pensava do mesmo jeito, principalmente agora que o moreno notara que seu amigo talvez estivesse finalmente criando outra vez sentimentos por Hermione.
- Bem, vejo que você conseguiu usar a sala como eu te disse somente pensar, "Preciso de um lugar secreto para conversar" - disse Harry tentando quebrar a tensão que surgiu de repente entre os dois, mas que Hermione parecia não ter notado, pois ela simplesmente foi se sentar em uma das cadeiras ao redor da mesa.
- Aham, é um bom lugar pra conversar... - respondeu, mas ainda olhando Harry de um jeito rancoroso. - Isso se vocês estiverem dispostos a conversar é claro, porque me parece que estavam concentrados em outras coisas antes de entrarem...
Hermione franziu o cenho parecendo confusa, enquanto Harry se aproximava e sentava na única cadeira livre.
- O que você quer dizer? - ela perguntou.
- Bem... Ah, esquece! Não estamos aqui pra conversar sobre seus assuntos pessoais!
Apesar da garota não entendeu o que ele queria dizer com "assuntos pessoais" e achou melhorar ignorar o comentário.
- O que está acontecendo afinal? Harry me disse que Killmugs estão em Hogwarts? - ela perguntou alarmada, enquanto se lembrava de seu terrível pesadelo - por favor, diz que é mentira! Quero dizer, não pode ser verdade, certo?
Ao notar como Hermione parecia preocupada, de repente, pareceu que toda a raiva de Rony havia desaparecido.
- Calma, não são realmente Killmugs! É... é mais complicado!
- Como assim? - foi a vez de Harry perguntar.
Rony suspirou, antes de tentar esclarecer.
- É difícil... Digamos, que são Killmugs mirins...
- Killmugs mirins? - perguntou Harry confuso.
- Hermione estava certa, os Killmugs estão lentamente querendo alcançar seus objetivos de vez, eles querem acabar com a raça de nascidos-trouxas e trouxas. E bem, Draco me explicou que até em Azkaban tem aurores traidores!
- Claro! - exclamou Hermione - Na hora que as "visitas" vieram e tiveram suas varinhas retiradas, os aurores Killmugs estuporaram os outros aurores! - disse a garota finalmente entendendo como foi que os prisioneiros fugiram. - Os Killmugs apagaram as memórias dos aurores reais... E agora o Ministério está achando que os causadores da invasão foi as visitas, mas na verdade, foi os aurores traidores e as visitas juntos...
- E você consegue concluir tudo isso somente comigo dizendo "Aurores traidores"? Eu quase demorei uma eternidade para entender o que Draco queria me dizer! - disse Rony quase que rindo pela inteligência da outra.
- Já disse para você não me subestimar, Rony...
- B-bem, certo - ele continuou enquanto suas orelhas voltavam a se avermelhar, mas dessa vez não por raiva, mas sim pelo sorriso que surgira nos lábios da garota por causa dos elogios - O caso é que eles estão planejando primeiro infiltrar em Hogwarts.
- Pra quê? - perguntou Harry.
- Reféns. - respondeu Rony.
- Hã?
- Claro. - disse Hermione entendendo perfeitamente- É mais fácil não?
- O quê é mais fácil? - perguntou Harry não entendendo o plano maluco.
- Harry! - Hermione se virou para encarar o moreno - Pensa assim, muitos seqüestram crianças para conseguir dinheiro da família, só que nesse caso, eles querem pegar alunos , para desarmar a nação...
- Sério! Você entendeu tudo isso só escutando eu dizer "reféns"? Você é por acaso Rowena Ravenclaw em pessoa?
- Não precisa exagerar, Rony...
- Certo, mas você está certa. O plano, pelo que entendi, é contratar alunos de Hogwarts, em preferência do sexto e sétimo ano, e fazerem deles como Killmugs mirins... O trabalho é arranjar um jeito de fazer os verdadeiros Killmugs infiltrarem Hogwarts. Assim que eles tiveram se infiltrado, eles querem manter os alunos presos em Hogwarts, para que sirvam como reféns, se todos estiverem aqui presos, o Ministério não poderá mover nenhum dedo se não quiserem que algo aconteça com os aprisionados.
- Isso não vai dar certo! - exclamou Harry - O Ministério faria decisões idiotas! Quero dizer, eles ficariam como... "Ou desistimos e deixamos os Killmugs livres, ou fazemos algo e eles matarão centenas de crianças inocentes" e presumo que eles escolham tentar fazer algo contra, o que causará mortes de não sei quantos alunos!
- É exatamente esse o plano! - disse Hermione - Mas é só isso?
Rony negou.
- Eles pretendem também pressionar o Ministério com os Gigantes e Dementadores. Com reféns e essas criaturas, os Killmugs sabem que terão praticamente toda a população em suas mãos...
- Peraí, então praticamente, o plano é acabar com o Ministério? - perguntou Harry.
- Se o Ministério cai, todos nós caímos... - explicou Hermione - Se eles conseguirem destruir o Ministério, será mais fácil de terminar com todo o restos... Mas, arranjar reféns, destruir sangues impuros, dominar o mundo com criaturas escuras... Isso é, é brilhante, mas tão, diabólico...
- Pois é - concordou Rony - Mas isso ainda não acabou por aí.
- Como assim? - perguntou Harry.
- Eu terei que me juntar a eles.
- Não. - o cortou Hermione imediatamente.
- Não? Hermione, isso não foi um pedido, eu estou afirmando.
- Não! - ela repetiu - Você não pode se juntar a eles!
- É o único jeito!
- Não, não é!
- Sim! Escuta, se eu for, fica mais fácil descobrir o que estão planejando! Além do mais, poderei comunicar você o que está havendo pelo outro lado.
- Você quer ser um espião? - perguntou Harry confuso.
- Bem, acho que sim, algo do gênero.
- Você é louco? E se eles... Eles descobrirem? Podem acabar com você!
- Pode ser Mione... Mas está na hora de redimir tudo que fiz e pela primeira vez, estarei realizando algo útil na minha vida patética.
" - É tarde demais - e isso foi o último que disse antes de fechar os olhos para sempre."
Hermione se lembrou de seu pesadelo antes de lançar os braços em volta de Rony e dizer com a voz chorosa, mas tentando impedir de que seus olhos deixassem as lágrimas caírem.
- Só t-tenha cui-idado!
Estranhando a reação da garota, Rony somente tentou acariciar seus cabelos cacheados.
- Eu... Eu tentarei ter cuidado... - disse enquanto Harry os observava com um sorriso, parecia que as coisas entre aqueles dois estavam voltando ao velho rumo.
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- Ah, olha só quem está se aproximando... - disse a ruiva sorrindo enquanto Harry chegava e sentava ao seu lado - Espero que não tenha vindo para falar sobre meu irmão, além do mais, onde está a Granger?
- Está... Ocupada com outras coisas - respondeu se lembrando que ele havia deixado Rony e Hermione sozinhos na sala precisa, a garota estava demorando mais tempo que o necessário para se acalmar e Harry achou melhor deixar Rony a consolando. Hermione ultimamente agia muito sensível quando tocavam no assunto de Killmugs. - Gina, eu vim para dizer... - ele suspirou - Tenha cuidado, ok?
- Essa é a pior cantada que eu já ouvi. - ela disse provocativa.
- Por favor, somente tenha cui... Hein? - ele perguntou confuso.
- Estou brincando, Harry! - ela revirou os olhos - Apesar que ando percebendo que você sempre está me mandando olhares.
Harry sentiu sua face corar, claro que sempre observava Gina quando ele estava com Hermione, afinal, Gina é sua namorada, pelo menos de onde ele vinha. Infelizmente, ultimamente sempre que ficava com ela, sentia necessidade de perguntar sobre Rony, para entender o relacionamento dele com sua família, o que Gina não conversa muito sobre isso.
Além do mais, ele tinha dificuldade de se aproximar da garota, pois ela parecia tão desinteressada nele, parecia tão distante... Ele nunca fora bom em se aproximar de garotas, por isso que seu relacionamento com Cho no quinto ano dera errado e ele só finalmente havia conseguido ficar com Gina depois daquele jogo de Quadribol, quando ele havia agido por impulso, causando aquele beijo.
Infelizmente, seus impulsos andavam dormindo, e ele sempre parecia lerdo demais em fazer "movimentos".
- Mas parece que a Granger não é do tipo ciumenta, ou sim? - perguntou Gina fazendo que Harry acordasse de seus pensamentos, onde imaginava no tempo em que tinha Gina em seus braços.
- O que? Hermione ciumenta? Por quê?
- Pensava que ela gostava de você - respondeu a ruiva rindo.
- Não, não! Ela gosta de seu irmão... Ela gosta de alguém! - ele tentou corrigir.
Gina franziu o cenho.
- Como? Repete o que disse.
- Ela gosta de alguém!
- Não! Você havia dito que ela gosta de meu irmão!
- Disse? - perguntou Harry se sentindo desesperado.
- Qual deles ela gosta?
- De nenhum! - disse Harry.
- Vamos, me diz! Por favor, me diz! Me diz, me diz! - ela implorou entusiasmada encarando o moreno.
Por um momento Harry se perdeu em seus olhos, fazia tanto tempo que ele não se aproximava daquele rosto, daquela linda face cheia de sardas, como ele queria poder somente voltar sentir o gosto daqueles maravilhosos lábios macios... Quem sabe, se ele se aproximasse mais daquele lindo rostinho meigo.
- Me diz! - ela voltou a pedir fazendo que Harry acordasse da hipnose que ela sem perceber havia criado nele.
- Esquece! Não é ninguém!
Gina fez um bico, Harry adorava aquele jeito meio infantil que ela às vezes tinha, a maioria das vezes, somente para provocar os outros.
- Muito bem! - ela exclamou se levantando de um salto - Se você não me disser, descobrirei por mim mesma cedo ou tarde, me ouviu? - perguntou enquanto pretendia voltar para o dormitório.
Mas antes que ela poderá sequer dar um passo, Harry a puxou do braço e a fez voltar a se sentar.
Gina ficou confusa por um momento, enquanto Harry a encarava sério com aqueles olhos verdes, ela nunca havia notado a cor de seus olhos antes, pareciam esmeraldas. Por um momento, ela pensara que ele a ia beijar, por isso ficou surpresa quando ele disse:
- Tenha cuidado.
- Cuidado com o que? - ela perguntou não sabendo se estava aliviada ou decepcionada por sua suposição do beijo não ter se realizado.
- Eu, eu não sei direito, Gina... mas as coisas estão ruins e irão piorar... Se prepare para qualquer coisa, ok?
- Para que tipo de coisas, por exemplo? - perguntou assim que Harry se levantou para ir ao dormitório.
- Se for preciso, se prepare até mesmo para uma guerra.
Mas assim que ele estava no pé da escada do dormitório masculino, ele escutou Gina dizer.
- Você é muito estranho, Harry... Você é... Misterioso demais, sabia?
- Sim, eu sei.
- Afinal, do que você está exatamente falando? - ela perguntou - Desde que você me conhece, fica fazendo perguntas sobre minha família, quis arranjar amizade da Granger, sendo que você afirma que nenhum de vocês dois sentem algo um pelo outro e agora pede para eu ter cuidado... Afinal, o que você quer? De quê eu tenho que ter cuidado? O que está acontecendo?
Harry se virou por um instante e sem entender, Gina sentiu suas orelhas corarem ao observar aqueles olhos de esmeralda, por sorte, suas orelhas eram tapadas pelos seus cabelos ruivos.
- Certas coisas, é melhor deixar sem serem explicadas... Para seu próprio bem, Gina.
- Por quê? - ela perguntou assim que viu o garoto se virar para ir ao dormitório.
Com um sorriso que Gina não podia ver, ele respondeu.
- Porque se você soubesse o que está acontecendo, seria capaz de fazer algo muito idiota.
O que ela disse depois disso, Harry não escutou, já estava andando pelas escadas.
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- Se você estiver em perigo estarei lá para te salvar...
- Você promete, Rony?
- Sim...
Hermione fechou os olhos enquanto o abraçava ainda mais forte.
- Gosto de sentir seu abraço - ele admitiu enquanto também fechava os olhos. - É estranho... Sempre havia odiado os trouxas e nascidos-trouxas como você...
- Mas por quê?
- Foi como você disse - ele explicou - Talvez seja por chamar atenção de meus pais, talvez seja pela obsessão de meu pai pelos artefatos trouxas, talvez seja por ele não querer um emprego que não tenha haver com seu hobby, mas que tenha mais dinheiro, talvez eu deixei que pessoas como Malfoy colocassem besteiras na minha cabeça, talvez tivesse ciúmes que todos dêem atenção para outras coisas além de mim, assim como meu pai sempre deu mais atenção ao seu trabalho e sua garagem cheia de coisas trouxas em vez de mim.
Hermione se soltou do abraço para encarar os olhos do ruivo.
- Você ainda odeia isso?
- Odeio - ele assentiu - Mas agora odeio por não ser reconhecido pelos outros e não por culpar os trouxas.
- Bom saber disso... - disse sorrindo.
Um sorriso.
Uma batida no coração.
Uma troca de olhares.
E exatamente assim, é que se faz uma pessoa se perder em um simples sorriso.
- Por quê? - perguntou Rony enquanto observava os lábios da garota.
- Porque agora tenho certeza que você não me odeia. - ela enrolou seus braços em volta do pescoço do garoto.
- Você é incrível demais para ser odiada. - ele fechou seus olhos para aproximar seu rosto do dela, mas ao notar que seus lábios não haviam se tocado, ele voltou a abrir-los e notou que Hermione já não estava mais abraçada com ele.
Um sorriso.
Uma batida no coração.
Observar a troca de olhares.
E exatamente assim que você entra na escuridão. Principalmente quando você está como testemunha de um beijo profundo entre dois amigos...
- Bem, é bom saber que você não me odeia! - disse Hermione rindo ao tirar seus lábios dos de Harry. - Afinal, somos bons amigos, não? - ela disse se virando para Rony antes de voltar a beijar o moreno.
Rony acordou bruscamente de seus sonhos.
Ele se lembrava exatamente daquele pesadelo, parecia tão real...
Não entendendo porque sonhara com aquilo ele voltou a se deitar tentando pegar outra vez no sono.
Mas antes que ele fechasse os olhos, eles se encontraram com aquele cachecol mal feito em cima de uma cadeira com a metade de um "R" no final da ponta.
Orelhas coradas.
Uma batida no coração.
Pensamentos confusos.
E assim é que alguém começa a entender seus possíveis sentimentos, mesmo tentando omitir isso a si mesmo pelo máximo de tempo que puder.
N/B: Ahhhhhhhhhh que fofo Rony e Hermione e Harry e Gina s2 Rony virou espião pra tentar manter a Mione a salvo srrsrsrs
“Quanto mais às coisas mudam, mais permanecem iguais”
É talvez as coisas não mudaram tanto assim...
N/A: Sou péssima com Harry e Gina! É um casal tao incomum para eu escrever... Talvez seja por eu nao gostar muito do Harry, nem nos livros e muito menos nos filmes. É um personagem meio chato pra mim ( só pra mim, é claro! Muitas pessoas adoram ele, mas como dá pra perceber, sou mais do estilo Rony), nao me levem a mal, amo HP pela história e intrigas emocionantes, mas o Harry é muito sem sal na minha opiniao... Bem, eu tentei fazer um momento H/G e nao achei que ficou bom, talvez seja como eu disse, por nao gostar muito desse casal, apesar que nao conseguiria imaginar alguém mais perfeito para Harry que Gina e vice-versa. Espero que tenham gostado do capítulo, porque eu estou cada vez mais com dificuldade para escrever alguma coisa... Beijos ;*
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