Na calada da noite

Os lábios de Hermione eram quentes e macios, Harry a beijava intensamente, enquanto a segurava pela cintura. Hermione envolveu o pescoço de Harry, aquele beijo estava deixando-a louca, não conseguia raciocinar direito naquele momento, estava beijando Harry, seu melhor amigo, sim Harry Potter. “O que está fazendo Hermione? Pare agora mesmo! Mas eu não quero parar! Mas eu preciso parar”, Hermione estava em confronto consigo mesmo, mas então seu lado racional veio à tona e parou o beijo.



Hermione não conseguia decifrar o olhar de Harry, nunca vira aquela expressão, seus lábios ainda inchados devido aquele beijo inesperado, não sabia o que dizer naquele momento, uma situação totalmente constrangedora.



É nisso que dá seguir os impulsos sem pensar nas conseqüências futuras, “Quem mandou brincou com fogo? Agora agüente as conseqüências! Harry provavelmente vai achar que tem uma amiga pervertida! Ei espere! Eu não estava beijando sozinha, ele me correspondeu!”, Hermione pensava confusa.



_ Mione – Harry finalmente tomou a iniciativa e falou alguma coisa – Me desculpe, eu não sei o que deu em mim!



_ Ah! – ela não sabia o que dizer, não era bem aquilo que esperava, mas por quê? Ela nunca pensara em Harry de outra maneira, apenas como um amigo querido. Por que esperava outra explicação para aquele momento?



_ Você me desculpa? – perguntou desconsertado. Harry não sabia o que estava acontecendo com ele, estava simplesmente morrendo de vontade de beijá-la mais e mais, mas por quê?



_ Não precisa se desculpar, está tudo bem – ela disse um pouco irritada! “Me beija desse jeito e pedi desculpas?! Por que simplesmente não me beija novamente? Por Merlim, Hermione, pare com isso!”, ela pensava, estava ficando confusa, era melhor sair dali, antes que falasse ou fizesse alguma besteira.



_ Ei, aonde vai? Volta aqui Mione, Filch vai ver você – Harry a chamou, Hermione não lhe deu atenção, apenas seguiu de volta para a biblioteca, não se importava mais se fosse pega – Espera, o que aconteceu? – Harry também tirara a capa de invisibilidade e andava rápido para tentar acompanhar os passos apressados da amiga.



_ Nada Harry, não aconteceu nada! – ela disse irritada. Se continuasse daquela maneira logo todo o castelo acordaria.



_ Mione, por favor, se acalme! – Harry desesperou-se com a idéia de que ela estivesse zangada pelo beijo. “Idiota! Agora ela vai te odiar para sempre!”, dizia a si mesmo – Sinto muito pelo que aconteceu – ele disse, já estavam novamente próximos a biblioteca.



_ Você sente muito? Me beija dessa maneira e depois só me diz: “Sinto muito”? – Hermione parecia indignada, virou-se para Harry e começou a falar, aos poucos acabou encostando-o em uma parede.



_ Não quero que fique zangada comigo – Hermione aproximava-se ainda mais de Harry.



_ Eu não estou zangada com você!



_ Claro que esta, desculpa por ter te beijado sem você querer – estavam mais uma vez a centímetros de distância.



_ Como? – Hermione perguntou. Então ele só estava se desculpando porque achou que ela não gostara do beijo? “Será? Hermione Granger você vai se arrepender se fizer isso!”, ela pensava, enquanto aproximava seu rosto de Harry, precisava ter certeza do que concluíra, e a melhor maneira seria...



_ Mio... – Harry não terminou de falar, pois sentiu mais uma vez o toque dos lábios de Hermione nos seus. Novamente um calor invadiu seu corpo, “Ela me beijou? Ela me beijou! Ah, que importa!”, Harry entregou-se mais uma vez aquele momento. Puxou Hermione para mais perto de si, mas nesse momento sentiu perder o equilíbrio. Caiu de costas no chão, com Hermione sobre seu corpo.



_ Ai! Mas o que aconteceu? – Hermione ainda sobre Harry perguntou. Olhando para trás viram que a parede em que estavam encostados deslizara para dentro, como se fosse uma passagem secreta.



_ Não sei – ele a olhava curioso, Hermione não parecia mais encabulada.



_ Vem, me dá a sua mão – já de pé Hermione tentou ajudar Harry – Que lugar é esse?



_ Parece uma sala antiga – disse Harry, ainda olhando para Hermione, pelo visto a curiosidade tomou conta da garota, fazendo-a esquecer do que acontecera minutos antes.



_ Olha só tem um monte de quadros aqui – disse Hermione olhando ao seu redor.



_ Quem seriam?



_ Alunos talvez – Hermione aproximou-se de um deles – Olha, aqui diz turma do sétimo ano, 1897.



_ Nossa, antigos esses quadros.



_ Deve ser uma espécie de museu, provavelmente guardam as imagens de todos os alunos.



_ Mas essas imagens não se mexem – Harry falou.



_ Essa tecnologia bruxa foi conseguida a apenas cinqüenta anos, antes disso as fotografias e quadros eram estáticos – explicou Hermione – Olhe ali, a partir daqueles quadros as imagens já se movem – Hermione apontou para um quadro a esquerda de Harry, os alunos acenavam e pareciam muito felizes.



_ Vamos Mione? – Harry a chamou, até ele esquecera o beijo que trocaram.



_ Espera. Olha: 1898, 1899, 1900. Não é incrível Harry? Parece que tem os quadros de todos os anos aqui – Hermione observava quadro por quadro.



_ Será que encontraria o quadro do ano dos meus pais? – Harry interessou-se.



_ Acredito que sim, mas pelo tempo, acredito que devam estar mais pra cá – ela se voltou ao quadro que mexia e que antes mostrou a Harry – Deve estar por aqui.



_ Achei! – depois de alguns minutos procurando finalmente os encontraram. No quadro estavam os pais de Harry, Sirius, Lupin e até Snape em seu sétimo ano.



_ Sua mãe era muito bonita Harry – disse Hermione colocando a mão no ombro do amigo, Harry sentiu uma lágrima rolar em seu rosto.



_ É melhor irmos – já tinham passado muito tempo naquele local, era melhor saírem antes que alguém os visse.



_ Vamos – dessa vez Hermione não reclamou, já estavam saindo quando algo chamou a atenção de Harry – O que foi? – Hermione perguntou vendo que ele parou.



_ Olhe aquele quadro ali – Harry apontou para um quadro que estava ao lado direito de Hermione, ela não podia acreditar no que via.



_ Mas... – Hermione não conseguiu falar nada. Como aquilo seria possível?



_ Sétimo ano de 1905 – Harry leu as inscrições abaixo do quadro. Nele havia vários jovens, mas a atenção deles estava centrada exatamente em dois deles. Eram idênticos a Harry e Hermione, estavam de mãos dadas, sorrindo.



_ Harry, o que significa isso? – ela perguntou assustada.



_ Não faço idéia!



_ So... somos nós! – ela disse.



_ Claro que não Mione, é melhor irmos! – ele a puxou, era melhor saírem dali urgentemente, aquilo era muito estranho.



_ Harry, não está vendo? Aquela garota... sou eu! E... e aquele garoto é você! – Hermione estava perplexa, como poderia haver pessoas tão parecidas?



_ Não Mione, são só duas pessoas parecidas conosco – péssima idéia ter mostrado aquilo a Hermione, ele pensava.



_ Como pode ser possível? Como podemos ser tão parecidos? – ela precisava de uma explicação racional para aquilo; já vira pessoas parecidas, mas eles eram idênticos!



_ Eu não sei, mas vamos deixar isso para outro dia! Temos que voltar imediatamente! – ele falou olhando sério para Hermione, e ela sabia que não adiantava discutir, teria que descobrir aquilo depois.



_ Tudo bem! Vamos! – ela concordou e em seguida saíram. Assim que deixaram a sala, ela se fechou, Hermione fez questão de gravar na memória o local, para depois voltar.



_ Mione, o que está acontecendo com a gente? – estavam novamente sob a capa de invisibilidade, voltando para a Torre da Grinfinória.



_ Eu não sei Harry – ela disse confusa, as lembranças do beijo voltaram e ela ainda não entendia por que aquilo estava acontecendo.



_ Boa noite – disse ele depois de passarem pelo retrato da mulher-gorda.



_ Boa noite! – ela respondeu timidamente e seguiu para o dormitório feminino.



N/A: Capitulo dois prontinho, ehehehhehehehe!! Como disse os capítulos dessa fic não são muito grandes, mas esperam que estejam curtindo! : ) Agradeço a todos que lêem a fic, que comentam e votam!! Muito obrigada!!! Beijusss p vocês!! Pink_Potter : )

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