O sonho

Capitulo 4.O sonho.

   Harry estava se sentindo muito mal. Parecia que ele estava doente, com uma doença que não tinha cura. Ele não conseguia dormir. Já estava no Largo Grimmauld há três dias, e não conseguira dormir nem por um minuto. Por um lado, ele estava morrendo de sono, por outro, estava curioso. Por que não conseguia dormir?Qual seria o motivo para ele passar noites insones?

   Isso foi respondido no quarto dia. Harry tinha conseguido dormir, por incrível que pareça, por 2 horas. Isso fora uma novidade para ele, mas não teve tempo nem sequer de se espantar quando acordou. Ele tinha tido um sonho. Um sonho frustrante, mais muito agradável...

   Harry estava em uma floresta. Ele não sabia onde, só sabia que era um dia quente de verão, pois sentiu o sol em sua face, estava muito calor. Decidiu procurar sombra embaixo de alguma arvore. Mas quando deu seu primeiro passo, ouviu alguém rir. Era um som agradável, parecia um sino tilintando ao vento. Era como musica. Harry olhou para os lados, e percebeu que não estava sozinho. A única coisa que viu foi um emanharado de cabelos dourados. Harry os seguiu. Os seguiu, pelo que pareceu para Harry, horas. A garota corria a frente, sempre rindo.

   Finalmente ela diminuiu o ritmo, e desapareceu atrás de alguns arbustos. Harry, que já estava cheio de segui-la, pensou em desistir. Mas, com um suspiro, passou pelos arbustos e viu que ela não estava fugindo dele, estava conduzindo ele para um lago. Ela estava na margem, olhando distraidamente o lago. Quando Harry estava bem perto dela, seu cheiro o invadiu. Ela tinha um cheiro tão bom...Era meio floral...Ela tinha o cheiro de uma rosa que havia amanhecido com orvalho, depois de uma chuva...Era tão bom que Harry fechou os olhos e sentiu o seu perfume por alguns minutos. Sentia-se bem. Não se sentia mais exausto. Tinha encontrado seu remédio.

   Quando abriu os olhos, viu que a garota o observava. Seu rosto era fino e liso, sem nenhuma espinha, sem nenhum defeito. Seu nariz era médio e reto. Seus olhos eram redondos e de um profundo chocolate. Sua boca não era nem grande de mais, nem pequena de mais. Era simplesmente perfeita. Essa era a palavra que definiria a garota: Perfeita. Ela o olhava, com desejo nos olhos. Parecia querer conhecê-lo há muito tempo. Ela o olhou nos olhos e depois deu um sorriso estonteante. Harry ficou tonto, mas a garota não o esperou se recuperar. Aproximou-se mais do garoto. E finalmente falou:

   -Você é mais bonito acordado do que dormindo – Ela falou isso com tanta naturalidade que parecia apenas estar comentando a cor de sua roupa -Sei que anda tendo problemas para dormir. Vou mandar algo para ajudá-lo.Tenha uma boa noite Harry.

   E então ela estava mais perto. Perto de mais. Harry podia sentir seus cabelos roçando em seu rosto, sentiu suas mãos em volta de seu pescoço, e seus lábios estavam quase nos seus quando ele acordou.

   “Mas que droga!”, foi o seu primeiro pensamento, “estava quase lá. Só mais dois segundos...”.Depois Harry achou melhor falar o seu sonho para o padrinho. Com amargura, se levantou e estava quase chegando à porta do quarto quando ouviu um pio. Olhou para trás e viu uma coruja negra no parapeito da janela. Foi até ela e esta lhe deu um pacotinho que trazia no bico. Havia um bilhete, Harry o abriu:

   “Como eu lhe prometi, isto o ajudara a dormir melhor. Foi uma pena você ter acordado... Não consegui me despedir direito de você”.

   O estomago de Harry deu uma cambalhota. Ele abriu o pacote e encontrou um pequeno ursinho de pelúcia. Harry a principio achou estranho, mais de repente o cheiro dela estava no quarto. Harry cheirou o ursinho. Ele tinha o cheiro dela...Bem, não faria mal ele ir dormir agora e contar ao padrinho o seu sonho amanhã, não é?Harry dormiu bem aquela noite. Com o cheiro dela perto de si, Harry se sentia estranho. Era só pensar na garota e seu coração batia mais rápido que um pequeno pomo de ouro batia suas asinhas. De uma coisa ele se deu conta: estava apaixonado por aquela misteriosa garota. Quando a veria de novo?Onde ela estaria?Harry esperava ter logo aquelas respostas. Ou enlouqueceria.

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   "Maldita hora que ele tinha que acordar!", pensava ela, enquanto deitava em sua cama. Mas agora tudo daria certo. Veriam-se em breve e ela pretendia falar tudo a ele. Enquanto dormia, ela segurava fortemente um único fio de cabelo negro perto de si. Tinha conseguido pegá-lo enquanto estava com as mãos em volta do pescoço dele. Harry....

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