seven



Capítulo 7


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Emma Watson


 X


Hermione Granger


 


Depois daquela noite Rony esteve em várias corridas, e pode desfrutar de muitas vitórias. Estava há três meses correndo para Hermione, e oitenta por cento de suas corridas. Todas as noites que ganhava ele, Hermione, Luna e Neville comemoravam muito. E assim foram os três meses, muitas comemorações.


As finais das corridas chegaram próximas e Rony estava se empenhando nos treinos, mesmo Neville insistindo que ele era ótimo.


Ele e Hermione nunca tocaram no assunto do beijo que ela havia dado nele naquele dia da corrida. Rony sabia que se tocasse no assunto o que poderia levar era uma sapatada no rosto. Nesses três meses Hermione bombou muito no mundo da moda.


Hoje, eles estavam em um avião indo para Milão. Hermione tinha que fazer um desfile para a Channel. E eram poucas pessoas que sabiam que a primeira corrida das quatro corridas das finais seria em Milão, depois do desfile de Hermione.


– Já andou de avião? – perguntou Hermione a Rony, enquanto subiam para o avião.


– Nunca.


– É por isso que está pálido dessa forma? – perguntou ela, tirando da boca o pirulito que estava em sua boca.


Rony riu sem graça e entrou no avião. A castanha estava a frente dele e logo encontrou as poltronas. Ela se sentou na poltrona do meio e ele na janela. Rony tratou de colocar os cintos o mais rápido que pode. As suas deduções sobre aviões não era as melhores possíveis.


– Você é um medroso – disse Hermione.


Rony a olhou com censura e ela riu.


 


A viajem já completava cinqüenta e sete minutos, e a cada virada ou mexida no avião Rony apertava suas mãos á poltrona. Hermione dormia um sono pesado e se mexia muito. Eles chegariam a Milão daqui alguns minutos, de jato particular era rápido, ainda mais da Inglaterra para a Itália.


Quando o avião chegou a Milão, Rony foi o primeiro a saltar da poltrona para a porta do avião.


Ele pôs os olhos para fora do avião, e muitos fotógrafos estavam de plantão. Hermione veio logo atrás, ultrapassando Rony e acenando para os fotógrafos.


– Que roupa a super modelo Emma Watson irá usar no desfile da Channel? – perguntou um fotógrafo.


Hermione sorriu e tirou os óculos para responder a pergunta.


– Só posso dizer que esta coleção da Channel está incrível. E todos vocês podem esperar modelos lindos tanto os qual usarei quanto todas as lindas modelos selecionadas.


Hermione mandou um beijo para os fotógrafos que estavam em alvoroço atrás da grade colocada por alguns seguranças. Rony a esperava dentro de uma limusine preta.


– Para onde super modelo? – perguntou Rony, arrumando o retrovisor.


– Para sua cama – respondeu ela, colocando a bolsa no banco.


Ele a encarou pelo retrovisor, e ela passava um batom vermelho vivo.


– Está esperando o que?


– Você falar para onde deseja ir.


– Já fui sincera e respondi. – disse ela, encarnado ele pelo retrovisor.


Rony balançou a cabeça de forma negativa e achou idiota a piadinha da patroa. Ele ligou o carro e resolveu partir para o hotel que iriam ficar hospedados. O hotel ficava no centro da cidade, que ficava um pouco longe do aeroporto particular que estavam.


Rony dirigia concentrado no transito e lembrava–se da corrida passada, estava cada vez mais dentro desse mundo entre quatro rodas.


– O que quer fazer hoje depois da corrida? – perguntou Hermione.


– Não sei. – respondeu ele com sinceridade.


– Quer sair comigo?


– Acho que vai preferir sair com qualquer modelinho ou empresário.


Ela riu.


– Acho que vou preferir sair com um homem interessante.


Ele sentiu que estava corando.


– E afinal, você não deixa de ser um modelo. Aquela sessão de fotos que fizemos juntos rendeu muitos autdoors, fotos em revista e o melhor: dinheiro.


– É verdade – concordou ele com ela em meio a um sorriso.


– E empresários em geral são chatos. Só sabem falar de números e estatísticas. Odeio números,


Rony continuou a sorrir. Ela não era uma garotinha rica e fútil, ela era uma mulher rica e poderosa.


– Você vai escolher o lugar que vamos ir? – perguntou Rony.


– Você está aceitando meu convite?


– Parece que sim...


Ela apenas sorriu. O assunto tinha tido um fim trágico, e ela voltou a algo que tinha ficado sem resposta antes do convite de Hermione.


– Aquilo sobre a cama é brincadeira. – disse ela, parecendo preocupada com o que ele estava pensando.


Ele levantou a sobrancelha para ela pelo retrovisor, e o assunto morria ali.


 


 


A noite, Rony não entrou para assistir o desfile. Mas pela limusine ele pode assistir tudo, pois nela havia televisão. Hermione desfilava roupas de inverno. Trajava uma meia fina marrom, shorts jeans escuro, botas de cano baixo bege, uma básica branca, casaco preto e um cachecol pink. Mas Rony não queria saber o que ela trajava, ele queria saber dela.


Desde seu beijo com ela, ela tinha se tornado mais importante. Completava parte de seus pensamentos muitas vezes no dia, e ele achava que isso era estranho. Talvez Rony precisasse se abrir mais para poder se entregar ao que estava na sua cara, o amor por Hermione.


Mas também havia um problema: ela. Sempre tão dura, irônica e sedutora. Ela estava pronta para começar a ter uma relação séria com seu motorista?


– Vamos?


– Ã? – se perguntou ele, virando para o banco de trás e olhando Hermione já sentada e mexendo em sua bolsa. – Já está pronta?


– Desfilei faz quinze minutos. – disse ela, sem entender nada. – Não está acompanhando?


– Mais ou menos – disse ele, passando as mãos nos olhos. – Luna e Neville já estão lá?


– Sim.


– Para onde tenho que dirigir? – perguntou ele, ligando o carro.


Hermione contorceu seu corpo até o GPS do carro e digitou o endereço. Rony não acreditava que tinha ficado aquele tempo todo pensando em coisas tão simples de se pensar, ela ocupava seus pensamentos, as vezes até de mais.


Ele ligou o carro e dirigia para onde ela mandou.


 


 


Chegando ao lugar, Rony identificou que era uma antiga fábrica.  Entrando no lugar ele pode ver que muitas pessoas aguardavam a chegada dos dois. Eles logo avistaram Luna e Neville com seus carros.


– Como conseguiram trazer ele para cá? – perguntou Rony.


– Compramos um caminhão e colocamos dentro dele. – disse Luna.


– E a fiscalização?


– Podemos correr mais do que os policiais rodoviários. – completou Neville, um tanto sarcástico.


– O Malfoy já está por ai? – perguntou Hermione.


Rony bufou.


– Não vi, acho que quer fazer mais uma de suas entradas triunfantes – comentou Luna.


Todos riram, menos Rony. Ele não sabia o que Hermione sentia por Draco. E tinha que saber para dar um passo a frente em relação os dois.


– Falando no diabo... – disse Neville.


Todos se viraram para observar Draco. Ele chegava com um terno preto e uma grava muito brega rosa fluorescente com um óculos escuro preto, e claro, duas vadias entre seus braços. Logo que avistou Hermione, ele foi ao seu encontro.


– Olá boneca. – disse Draco.


– Com licença, acho que vou vomitar o sushi que comi meio dia. Se não quer que seja nos seus sapatos, que por sinal tem mais graxa do que qualquer carro, saia daqui.


Um “uuu”  se formou dos presentes.


– Sempre com esse jeito de sabe tudo.


– Só quero jogar de igual para igual. – respondeu Hermione, vitoriosa.


Risadas se formaram no ar, todos os presentes riam da forma que Hermione estava esculachando Draco.


– Lingüinha afiada em Granger. Andou treinando com quem? – comentou ele, avaliando ela e seu vestido curto azul marinho.


– Com meu cérebro. Algumas pessoas evoluem, diferente de você e essa sua mentalidade de criança.


Draco começou a perder a paciência.


– Vamos ver se você vai sair tão por cima assim na pista.


– Se depender das ultimas trinta corridas que ganho seguidamente, vou marcar mais uma vitória na minha agenda.


– Já lhe apresentei meu novo piloto? – perguntou Draco.


– Resolveu mandar o Krum embora?


– Tem hora que uma pessoa deixa de servir no que você deseja...


Hermione revirou os olhos.


– Cedrico Diggory. – disse ele, apresentando o tal corredor.


Rony não sabia o que o garoto estava fazendo ao lado de Draco, era quieto e sem sal.


– Gostou dele Ronald? – perguntou Draco.


– O que importa é o que ele faz no volante.


Draco encarou Rony com censura e Rony continuou com o olhar de tédio que estava.


 


Já na corrida, Rony encontrou dificuldade em permanecer a frente de Cedrico. Mesmo usando suas melhores táticas, perdeu a corrida.


– MERDA! – Gritou Rony, batendo a porta do carro com força.


– Calma Rony, foi só uma corrida. Temos mais três pela frente – disse Luna.


Rony continuou a bufar, e se encostou no carro.


– Foi sorte de principiante, apenas isso – disse-lhe uma voz perto do ouvido.


– Sem tom de ironia na voz. Acho que está sendo sincera. – comentou Rony.


Hermione sorriu e encostou a cabeça no ombro dele.


– O que vai fazer quando o Draco vir se gabar da vitória?


– Estava pensando em vomitar nos pés dele.


Hermione e Rony começaram a rir. As gargalhadas foram tão contagiantes que Luna e Neville começaram a rir também.


– Estão rindo do fiasco que seu motorista fez na pista? – perguntou aquele que eles aguardavam.


Hermione tirou a cabeça do ombro de Rony e fez uma expressão de nojo.


– Estava lembrando quanto o seu “júnior” é pequeno. E acabamos caindo na gargalhada.


– Você nunca reclamou – retrucou Draco, um pouco envergonhado.


– Você pagava minhas contas! – retribuiu ironicamente Hermione.


Rony começou a coçar a nuca, sabia que Draco iria falar algo sobre a corrida. Ele só estava esperando o momento certo e procurando as palavras certas.


– Não querem comparecer a nossa comemoração, porque sabe, toda vitória merece comemoração.


Hermione colocou a língua pra fora, como forma de negação e nojo.


– Até iríamos Draco – disse Rony – Mas convidei Hermione para conhecer o quarto que estou hospedado, apenas estou aguardando a resposta dela. – completou Rony, abraçando a musa pela cintura.


Hermione encarou o motorista e riu. O abraçou pelo pescoço e sorriu ironicamente para Draco.


– Seu nível esta abaixando cada vez mais Hermione. Me trocar por um motorista?


Hermione deu um beijinho no pescoço de Rony e se virou para Draco.


– Vou melhorar sua frase: Troquei uma pessoa sem sal, sem cérebro, grosso e mal educado por um homem engraçado, bonito, divertido, e o mais importante: Sabe correr!


– Isso é um desafio?


– Trate como quiser. Me de licença, tenho mais o que fazer, se você me entende – disse Hermione, soltando Rony.


Ele foi abriu a porta para ela entrar no banco do caroneiro e entrou no banco do motorista.


– Vocês vão ficar bem? – perguntou Hermione á Luna e Neville.


– Claro, já vamos ir embora com o carro do Neville. Ele só está terminando de desligar os notbooks dele. – disse Luna, suave.


Hermione piscou para a amiga e Rony ligou o carro.


 


 


 


 


– Draco vai me matar! – comentou Ronald, quando eles já estavam na estrada.


– Você acha? Porque? – ela riu.


– Ele acha que a gente ta se pegando.


– Pegando? E eu sou mulher de se pegar? Francamente Ronald, vou pensar em abaixar seu salário.


Rony riu também.


Os dois permaneceram em silencio, e Rony gostaria de saber para aonde ia dirigiria.


– Algum lugar específico?


Hermione, como sempre, apenas digitou o lugar desejado e Rony dirigiu em silencio. Se passado alguns minutos eles chegaram a um bairro bem antigo e podia-se ver que tradicional, as casas eram de madeira e tinham aspecto de interior. Rony pode perceber que o lugar mexia com Hermione, ela se revirou no banco mais de uma vez. O cotovelo dela estava apoiado na janela, e a mão no segurando o queixo. As janelas do carro estavam fechadas e a chuva fria começava a cair e molhar o vidro. As casas pareciam mais cabanas que tinham em colônias de férias, e Rony parou a frente do lugar que Hermione havia pedido.


Ela respirou fundo e ficou a observar a casa.


– O que tem essa casa? – perguntou Rony. – É alguma coisa com o Malfoy?


– Não. – respondeu ela, parecendo acordar de um sonho.


Rony se perguntou se deveria falar algo ou ficar em silencio, optou pela alternativa correta: o silencio. Hermione pegou sua bolsa e de dentro dela tirou uma chave.


– Vamos entrar?


Rony sorriu para Hermione. Ela observou ele sorrir e abriu a porta do carro, ainda séria. A chuva fria estava cada vez mais forte e ela correu para a varanda do casebre. Rony seguiu ela depois de fechar o carro.


– Vamos pegar um resfriado – disse Rony.


Hermione riu enquanto abria a porta. Ao entrarem na casa, Hermione ligou as luzes enquanto tirava seu casaco.


– O que tem esse lugar? – perguntou Rony.


Hermione não respondeu. Tirou o casaco e colocou em cima do sofá. Rony observava o lugar, era pequeno e aconchegante. Quando se virou para trás, Hermione não estava mais ali.


– Hermione? – perguntou ele, procurando ela com os olhos.


Pode escutar um barulho vindo do final de uma escada. Então Rony resolveu subiu os frágeis degraus da escada de madeira, quando chegou ao pequeno segundo andar da casa, encontrou Hermione acendendo uma vela.


– Sabe... eles nunca tiveram dinheiro suficiente para comprar lâmpadas para o segundo andar. – disse ela com uma voz tão frágil quanto os degraus da escada.


Rony permaneceu quieto, queria entender porque aquele lugar era tão importante para ela, que mesmo chegando perto ela ficava tão frágil. Ele não estava compreendendo muito, mas entendeu que Hermione estava fazendo um grande esforço em falar as poucas palavras que estava falando.


– Quando eu era pequena, eu tinha medo de dormir aqui em cima. As poucas velas que tínhamos eram usadas quando meu pai não conseguia pagar a conta de luz a tempo. – e ela se jogou em uma cama, com um colchão em boas ainda em boas condições.


Rony a observava do topo da escada. Era uma peça só e não tinha quartos separados, pode ver que aquele se tratava do quarto da pequena Hermione. O quarto estava escuro pela falta de uma lâmpada, mas ele pode ver as cortinas floridas, uma boneca no canto do quarto, um armário infestado de cupim com as portas abertas, vestidos simples que cabiam em uma garotinha de oito anos penduradas nos cabides, o carpete bem gasto...


Ele se deu conta que aquela era a primeira vez que Hermione se abria assim com alguém, será que ela já tinha falado isso com sua melhor amiga, Luna? Por trás daquela pose de mulher sedutora e sabe tudo, ele sabia que tinha uma garota escondida. E em uma noite escura, chuvosa e confusa Rony a encontrou. Encontrou a garota machucada e sofrida que Hermione tanto escondia.


Hermione criou Emma Watson, uma mulher forte, mas tinha em seu interior aquela menina que estava agora sentada em uma cama antiga com o olhar baixo e o coração frágil de mais.


Rony não sabia dizer por qual das duas havia se apaixonado: Por Emma ou Hermione. Ele conhecia Emma até o começo da noite, mas ainda acreditava que Hermione Granger estava escondida atrás daquele fardo, intitulado Emma Watson.


– Nunca tinha mostrado esse lugar a ninguém. – ela disse, assim quebrando o raciocínio dele.


– E porque agora?


– Creio que porque confio em você.


– É só por isso? Porque não escolheu a Luna? Ou o Neville?


Ela levantou seu olhar para ele, ele não compreendia, mas a amou mais ainda por o brilho no olhar dela. Pela primeira vez, ela parecia calma e serena.


– Você é diferente de todos.


Ele caminhou até ela, e se sentou ao lado dela.


–  Eu devo estar ficando maluca... – e balançou a cabeça e riu da forma que Emma sempre ria.


– Porque? – perguntou ele.


Hermione colocou a mão no pescoço de Rony e aproximou seus rostos. Ficou apenas observando os olhos claros dele. Ele pensou que se avançasse ela poderia quebrar o clima e talvez até rir dele, mas se lembrou que não era Emma que estava ali, era Hermione Granger.


– Você é idiota – disse Rony.


– Como? – ela não entendeu.


– Porque eu te amo e você não se deu conta disso ainda.


Ela suspirou e abaixou o olhar com um sorriso nos lábios.


– Eu faria tudo por você. Eu faço tudo o que você pede sem pensar duas vezes. E dou tudo para te ver sorrir...


Rony não esperou a reação seguinte de Hermione, ela nem esperou ele terminar a frase que tantas vezes tinha ensaiado. O beijou. Ela o beijou com todo amor que tinha por ele, queria mostrar para ele que ela também o amava de uma forma tão intensa quanto ele descrevia seu amor por ela.


Rony não hesitou no beijo, e em um movimento rápido a puxou para si e a colocou em seu colo.


Ele queria que ela fosse dele a noite inteira, e assim foi.


 


 


O dia amanhecia e Rony se acordou com o sol em seus olhos. O corpo que dormia abraçado nele era tinha um perfume único e parecia tão macio quanto seda. Ela dormia um sono profundo e tranqüilo. Rony passou a mão em seus cabelos, a acariciando. Depois seus dedos deslizaram sobre o pescoço e o rosto da mulher que tanto ele amava. Ele beijou o ombro dela e sussurrou perto de seu ouvido.


– Bom dia princesa.


A castanha se espreguiçou sem abrir os olhos, e quando estava aconchegada nos braços dele de novo, abriu os olhos. Os olhos do homem que tinha dado a melhor noite de sua vida estavam ali, cuidando dela. E ela se sentiu melhor por isso.


– Bom dia – respondeu ela.


Ele se levantou e começou a procurar suas roupas que estavam no chão. Enquanto ele se vestia, ela estava com o celular já em mãos.


– A Luna me ligou vinte e sete vezes. – e riu.


– Retorna a ligação, ou ela vai entrar em pânico.


E foi isso que Hermione fez enquanto se vestia.


– Luna?


– AONDE VOCÊ ESTÁ? – gritou a amiga.


– Eu estou bem. Você está no hotel?


– Estou sim.


– Estou indo pra i daqui a pouco, só vou tomar café e depois vou direito para i. – disse Hermione – Não tão forte Ronald! – reclamou sobre o nó que Rony fazia nas costas de seu vestido.


– O Rony está com você? – perguntou Luna, com uma voz irônica.


– Está – respondeu Hermione rindo.


– Ok. Nos falamos depois. Beijos.


– Beijos.


Hermione desligou o telefone enquanto o ruivo forte a abraçava pelas costas e encostava os lábios em seu pescoço.


– Temos uma corrida no final do dia em Barcelona. – disse Rony, soltando ela e indo em direção a escada.


Hermione o puxou pelo braço e o beijou.


– Eu também te amo – disse ela.


Nos lábios do ruivo se formou um sorriso único, e a única forma de expressar a felicidade de escutar aquilo foi a levantando pela cintura e continuar o beijo que ela havia interrompido para lhe dar essa noticia tão feliz.


 


Quando os dois desceram do carro, Rony não sabia o que fazia: Se a abraçava, pegava na mão dela ou continuava com a pose de motorista. Ela tomou frente e os fotógrafos de plantão começaram a clicar o momento da chegada de Hermione.


– Vai ficar do meu lado ou vai me abraçar? – perguntou ela.


Ele sorriu e abraçou pela cintura enquanto caminhavam para o elevador.


 


 


– As ultimas corridas vão ocorrer aqui em Barcelona e em que cidades? – perguntou Hermione.


– Em Lisboa e Paris. – respondeu Luna, consultando seu super celular.


Elas estavam dentro do carro que Rony dirigia, a noite já havia caído e a antepenúltima corrida estava a minutos para começar.


– Que original, uma pista de skate. –  disse Rony, olhando o lugar da segunda corrida.


– Quero ver se o Draco vai se gabar tanto hoje –  disse Neville, arrumando seus óculos de grau. – Eu coloco um vírus no sistema de monitoramento dos carros dele e ele vai ter com o que se preocupar o resto do mês.


–  O que ele disse? –  perguntou Rony.


Todos riram dentro do carro.


O lugar tinha poucas pessoas ainda, Rony estacionou o carro e depois de todos saírem do carro ele disse:


– Vou ali naquele barzinho comprar um suco. Alguém quer?


– Eu quero um suco de morango – disse Luna.


– Prefiro um de limão – comentou Hermione.


– E você Neville?


– Água com gás, por favor.


E Rony partiu em direção ao trailer que tinha no canto da pista. Chegando lá uma moça de cabelos negros e curtos veio atender ele.


– Moça...


– Me chame de Pansy. – disse a garota.


Rony apertou os lábios.


– Bem, Pansy... Gostaria de uma garrafinha de suco de maracujá, uma de limão, uma de morango e uma água com gás.


– Ok – respondeu ela, abrindo um frízer.


Rony se encostou no trailer para esperar as bebidas, e pode escutar uma conversa nada comum vinda de trás do trailer.


– Você sabe que se eu perder essa merda de competição eu dou um fim naquela sua mulherzinha e a seu filha.


– Eu vou ganhar, mas por favor deixa a Cho e a Sakura fora disso.


A voz familiar riu.


– Está avisado. Se aquela vadia, o nerd, a sem sal e o novo bonequinho da Grange ganharem, você sabe o que vai acontecer.


Rony congelou, reconheceu que era Malfoy ameaçando Diggory. Saiu correndo em direção ao carro de Hermione.


– Hey, suas bebidas – gritou a tal de Pansy, mas o ruivo não deu bola.


Rony chegou no carro e se apoiou no capô do carro, ofegante.


– O que houve Rony? – perguntou Hermione.


– Eu... eu escutei uma...uma coisa... – disse ele com a mão no peito.


– Fala, você parece péssimo.


– O Malfoy está ameaçando o motorista dele para ele correr.


– Como? – perguntou Luna.


– Esta ameaçando matar a mulher e a filha do rapaz se ele não ganhar a competição.


– Que horror – disse Luna.


– Não acredito que o Malfoy chegou a esse ponto! – indignou-se Hermione.


– O que vamos fazer? – perguntou Rony.


– Não sei... – respondeu com sinceridade a castanha

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