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Capítulo 5
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Armas e fotos.
O comida do lugar parecia ter agradado Rony, que saboreou cada centímetro da rosquinha. Depois de eles terem saído do estabelecimento, e Hermione ter pago a conta. Eles partiram em direção ao galpão, dentro do carro Rony puxou assunto
– De que hora a que hora vou trabalhar?
– Todos os dias. Das nove da manhã até a madrugada.
Rony passou a mão na cabeça.
– Eu vou morrer assim – disse ele, sincero.
– Estava brincando – disse ela, irônica.
Rony sorriu, e acelerou mais. Ele estava se acostumando com o jeito irônico dela, o jeito que o deixava tão bobo e a sedia qualquer pedido.
Rony seguia para o galpão, e Hermione o informou:
– Você tem que saber algumas coisas – disse ela – encosta o carro.
Rony encostou o carro em uma rua que levava até o galpão, deserta e com pouco barulho.
Ele desligou o carro.
– Rony, como você já sabe não sou muito de conversa. – começou ela, olhando para fora do carro, e Rony a observando pelo canto dos olhos. – Minha vida antes de Draco era bem complicada, eu trabalhava em um restaurante e ele me achou. E como você pode imaginar, me colocou lá no alto e prometeu de tudo. Mas... – ela respirou fundo, e ele se organizou no banco – Foi tudo meio rápido, e ele ainda está atrás de mim. Você não deve ter entendido, mas aonde corremos, funciona como um campeonato. Estamos competindo o primeiro lugar com o Draco, tem outros competidores tão bom quanto nós, mas somos os favoritos. Então – disse ela, colocando a mão no braço de Rony e o encarando – Eu preciso de você.
Ele respirou fundo.
Ninguém jamais tinha se aberto com ele, e no mais, precisado dele. Ele ia dar duro para conseguir o que ela desejava, naquele instante, ele sentiu que Hermione estava depositando sua confiança nele.
– Pode contar comigo. – respondeu ele.
Chegando ao galpão, Rony percebeu que estavam sozinhos.
– Vamos.. deixa as coisas ai que tenho que lhe ensinar outras coisas.
– Eu vou dirigir para você! – disse Rony, se defendendo – E isso eu já sei.
– Você entrou nessa, agora entra de cabeça – disse ela, saindo do galpão.
Rony a seguiu, estava acostumado ao jeito misterioso e cheio de encantos dela. Então, a seguiu. Chegando fora do galpão, ela caminhou para trás do galpão. Rony, sem muitas opções a seguiu. Quando chegaram ao fundo do galpão, um estouro se formou e o ruivo se agachou e ficou com as mãos na cabeça Hermione bateu com o joelho na coxa dele.
– Deixa de ser frouxo – disse Hermione, em um tom risonho.
Rony se levantou e observou o que se passava no lugar.
Luna estava com uma pistola apontada para um alvo, e não o acertou. Aquilo era uma aula particular de tiros?
– O que é isso? – perguntou Rony.
– Rony, você não precisa fazer isso se não quiser – disse Luna, entregando a arma a Hermione. – É para casos de emergência, que normalmente estão mais freqüentes.
Rony observou Hermione ir até o lugar que Luna estava atirando.
– Eu não preciso fazer isso? – perguntou Rony, á Hermione.
– Não vou te obrigar a nada Rony – disse ela, olhando para ele.
Ela apontou a arma para o alvo, firmou o braço e atirou.
Rony estremeceu, ela disse que não ia impor nada a ele. Mas ele queria. Seu coração pulsava mais rápido ao lembrar do motor dos carros e do barulho dos pneus sendo gastos em curvas e arrancadas.
Rony se levantou. Luna suspirou. Hermione sorriu. Neville se adiantou com seu notebook. Ele apanhou a arma e mirou. Hermione chegou ao lado dele.
– O braço é mais para cima – comentou ela, colocando o braço dele mais para cima.
Rony sorriu e resolveu atirar.
Seu braço foi violentamente jogado para trás.
– Como consegue? Sem..sem mexer o braço. – comentou ele, com Hermione.
– Pratica! – comentou ela.
– Ele atira bem – comentou Neville.
– Sério? – perguntou Luna, se servindo de café.
– Pelos dados do computador ele tem uma mira ótima. Da parelho com a sua Hermione – comentou Neville, intrigado.
Hermione sorriu com malícia nos lábios.
Ele sorriu, sua noite seria longa. E acompanhada de muito café e tiros.
Era perto das três da madrugada quando eles decidiram parar com a aula de tiros, e todos foram dormir. Menos Hermione e Rony.
O galpão de Hermione era apenas estranho por fora. Porque dentro dele, era mais ou menos uma mansão. Tinha t-u-d-o do bom e do melhor. Rony foi convidado a dormir ali naquela noite, e como não tinha nada a perder ficou.
Rony rolou na cama macia e não conseguia dormir com o ronco de Neville. O quarto tinha uma beliche, e Rony estava incomodo com aquele barulho e se levantou. Caminhou pelo lugar, até encontrar a cozinha e uma linda castanha sentada em uma cadeira com um copo de suco nas mãos.
– Sem sono Hermione? – perguntou ele.
– Um pouco.
Ele se sentou ao lado dela. O silêncio predominou no ambiente.
Ele premaneceu sentado ali, ela tomou o ultimo gole do suco de cor vermelha se levantou e colocou o copo na pia. Antes de passar por Rony, ela o beijou na bochecha e sussurou
– Boa noite – disse ela, indo em direção ao seu quarto.
No dia seguinte Rony acordou perto das nove horas. Se espreguiçou e foi em direção ao banheiro. Lavou o rosto, bocejou água na boca e arrumou os cabelos bagunçados e massados.
Ele desceu as escadas que levavam aos carros tunados de Hermione e chegando lá encontrou apenas as garotas que trabalhavam para ela.
– Bom dia – disse ele.
As garotas pararam de fazer o que estavam fazendo. Algumas estavam mexendo nos motores, outras nas rodas e aros, algumas adesivando os carros..
– Aonde está Hermione? – perguntou ele.
– Ela saiu com a Luna, mas deixou um bilhete para você em cima da mesa da cozinha.
Rony subiu cortando os degraus da escada, os pulando de dois em dois. Chegando a cozinha, avistou o papel em cima da mesa e apanhou o bilhete.
“Estou no Estúdio de Emília Loux, da revista Two Life.
Me busque ás 10 horas da manhã
Beijos, Hermione”
Rony olhou para o relógio de parede que havia na cozinha, já era nove e dez.
Chegando ao estúdio de Emília meia hora antes ele resolveu sair do carro e ficar esperando do lado de fora, até que o porteiro veio falar com ele.
– Você é o Ronald? Motorista da Emma?
– Sim – respondeu ele, era estranho falarem dela por “Emma” e não Hermione.
– É para você entrar. Segundo andar, décima porta a direita – disse o segurança.
Ele ligou o alarme do carro e partiu em direção ao elevador. Ele contou posta por porta, até chegar a décima. Ele bateu na porta e por sua surpresa, Luna atendeu.
– Entra – disse ela, puxando ele.
Entrando no local, ele percebeu que era um super estúdio fotográfico. Hermione estava em frente as câmeras com muitos maquiadores e cabeleireiros. Rony ficou observando ela. Perfeita. Ele podia descrever ela como a garota perfeita.
Quando as pessoas saíram de volta dela ele pode perceber o que ela trajava. Um sapato de salto preto, meias finas pretas, shorts pretos, um tipo de bata preto-transparente com um sutiã trabalhado em baixo. Os cabelos rebeldes e a maquiagem carregada.
Ele percebeu uma voz feminina surgir ao meio das câmeras:
– Soltem a água agora! – exigiu ela. – Três, dois, um.
A água caiu sobre Hermione e os flashs começaram. Ela fazia caras e bocas sensuais para a fotografa. Rony percebeu que o zíper do shorts estava aberto e a bata agora estava colada em seu corpo.
Ron passou a mãos nos olhos.
– Ela é perfeita – comentou Luna.
– E como – concordou Rony.
A água parou e os flashs também.
– Eu já disse que quero um batom que não saia! – gritou a fotografa – Olhem a boca dela, tentem o vermelho!
A fotografa foi em direção a Luna com uma cara nada satisfeita.
– Eu peço um batom que não saia na água e essas meninas não entendem. – disse ela a Luna. – Já não bastava eu estar estressada com esse modelo que fica doente logo hoje, no dia do shot!
Luna sorriu.
– Esse aqui é o novo motorista de Emma. – comentou Luna.
– Ahhh – suspirou a mulher, olhando o porte físico dele. – Já fotografou? – perguntou ela.
– Não – disse Rony, envergonhado.
– Dimitre – gritou a mulher estalando os dedos e o homem com um ar “afeminado” aparecendo. – Arrume ele, ele vai fotografar com a Emma.
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