enxorrada de perguntas



Diferente do que eu esperei o dia seguinte foi tranquilo. Eu acordei misteriosamente nos braços do Edgar, e soube mais tarde pela mãe dele que ele havia ligado para a minha mãe, avisando que eu dormiria aqui.


A minha mãe jamais estranharia este fato, afinal, aquele era Edgar.


Fomos dormir tarde da noite assistindo filmes e contando histórias. Neste tempo eu rejeitei ao menos umas 18 ligações do Sirius.


Quando acordei na manhã do outro dia, Edgar estava ao meu lado no colchão de casal jogado por sobre o tapete, que tomava toda a sala de estar.


Por dentre os espaços visíveis da janela, a luz do dia já se embrenhava. Tentando passar pela cortina. Da cozinha vinha o cheiro forte de café e bacon, o cuidado que muitas vezes a mãe de Edgar tem quando eu estou aqui.


Me virei por debaixo das cobertas e estiquei o braço rumo ao chão para pegar o telefone celular que havia deixado ali na noite anterior. 07:45.


Hora de ir, não? – Pensei enquanto puxava a coberta por sobre o corpo tentando me salvar do vento que vinha pelo corredor. Edgar estava deitado ao meu lado, e se mexeu com o puxão que eu dei na coberta.


- Lene querida? – murmurou ele sonolento, ainda de olhos fechados.


Na esperança de que ele continuasse dormindo para que eu pudesse ir embora sem me despedir, eu parei e até prendi a respiração por um instante. Não entendo qual é a minha relação com Sirius e muito menos com Edgar, mas vir até aqui foi uma covardia. Das grandes.


Eu quase fechei os olhos, mas se fechasse perderia o controle da situação.


Á apenas trinta centímetros de distância, Edgar abria os olhos e espreguiçava os braços. Fechei os olhos subitamente e passei a fingir que dormia.


 


Ele se apoiou sobre os braços e se virou de bruços, eu podia sentir a respiração dele, e sabia, pela posição que ele estava, que só podia estar me olhando dormir.


- Ah Lene, se você soubesse. – Disse Edgar mais baixo que um sussurro, suspirando no final da frase.


Se eu soubesse?


SOUBESSE DO QUÊ?


Eu achei que não fosse conseguir me controlar e acabaria por levantar gritando: “ME CONTA, ME CONTA O QUÊ EU DEVERIA SABER?” mas, como você já deve ter adivinhado, não foi isso o quê aconteceu.  Permaneci no meu papel de desacordada e, com um resmungo prolongado me revirei devagar até abrir os olhos lentamente.


 


- Bom dia. – disse Edgar com um sorriso torto e bobo que eu estou tentando me acostumar só que, no fundo, acaba sendo muito mais arrebatador do que o sorriso de conquistador que ele usa de propósito só pra me fazer achar que ele pode se igualar ao Sirius.


Sim minha gente, o idiota do Edgar pode.


 


- Oi. – Sou patética e sei disso, quem acorda com um cara em cima de você diz oi? OI.


- Dormiu bem? – Me perguntou o Edgar parecendo não reparar que eu sou a pessoa mais sem noção deste mundo e dos outros inteiro.


- Dormi sim. – Respondi automaticamente. Por que é o quê se deve fazer. Ser educada com uma pessoa que te oferece um teto. – Por falar nisso, por que eu dormir aqui mesmo? Quero dizer, eu devia ter ido embora ontem, fiquei aqui o dia todo.


Edgar apontou para uma garrafa de vodca que estava ao lado do colchão.


Você deve estar de brincadeira. O EDGAR ME EMBEBEDOU.


Nunca esperei isso de você Edgar, que vergonha.


Exijo uma explicação agora mesmo. – Sim, eu quis dizer isso, mas na verdade o que eu disse foi: “o quê aconteceu?” num sussurro que não combinava nenhum pouco com o desespero em minha voz.


- Bem, você chegou aqui ontem por volta de dez horas da manhã, então nós comemos brigadeiro e conversamos um pouco sobre seu futuro casamento. Ás duas da tarde, quando minha mãe já tinha inclusive terminado de lavar toda a louça, nós fomos almoçar daí você tomou banho e eu fui à locadora, nós assistimos dois filmes de romance, e você chorou naquele O Melhor Amigo Da Noiva que tem o Patrick Dempsey, e mais um outro filme de ação que foi muito bom. Depois nós assistimos American Idol e então começamos a contar histórias junto com aquela garrafa ali.


A-H-A-M. – Pensei. – E o que era aquele lance que eu devia saber e tal? Mas eu não disse isso, ao contrário disse.


- E daí a gente acabou dormindo e agora eu tenho que ir. – Esbocei meu melhor sorriso. Sinceramente, não sei o quê está acontecendo comigo. Me entenda bem, eu amo o Edgar e ele é meu melhor amigo, mas isso foi MESMO uma grande besteira, imagine só o quê podia ter acontecido aqui.


- Pô Lene, ainda é de manhã, fica aqui até o almoço.


No way Edgar, eu não vou ficar aqui até o almoço, e não, não adianta fazer essa cara de gatinho do Sherk. – Que foi exatamente o quê eu pensei mas acabei por dizer: - Sabe como é né Edgar, estou aqui há quase vinte quatro horas, preciso conversar com meu irmão, colocar alguma idéias no lugar e pior de tudo, resolver minha situação com a Lílian.


- Hum, - disse o Edgar se levantando e começando a dobrar os edredons. – Tudo bem então... Já que eu não vou te segurar aqui por mais tempo, - é impressão minha ou tem um pouco de pesar na expressão do Edgar? – quero um beijo.


O que na verdade foi muito estranho, por que em qualquer outra situação eu totalmente teria dado um beijo nele, mesmo que a gente estivesse na sala da casa dele, com a mãe dele há apenas uma parede de distância fritando bacons. Mesmo assim eu super teria dado um beijo no Edgar, só que por alguma razão que eu não estou entendendo direito, eu disse:


- Como assim Edgar? Beijo?
Edgar me olhou novamente, e eu totalmente percebi aquele pesar no rosto dele, se multiplicando, e depois triplicando, e agora quadriplicando.
Graças a Deus, meu celular tocou nesse momento. E eu, que estava com toda certeza do mundo, que seria meu irmão lindo, fui voando atender, até por que eu precisava sair daquela situação.


Caí na besteira de atender o telefone sem olhar o identificador de chamadas.


- Oi Axel.
Do outro lado da linha uma voz completamente diferente do que seria a voz do meu irmão, deu uma risada e disse:


- Bom dia Lene.


Por um momento eu pensei que houvessem sequestrado meu irmão, e que essa seria a voz do sequestrador que estava disfarçando a voz, através de um pano, mas daí tirei o telefone da orelha e olhei no visor.
Sirius chamando, é o que está escrito.
Maldição! Como se as coisas já não estivessem ruins o suficiente.


- Axel, eu... anh... te ligo jájá.


Parei por um momento.
Cara, eu estou numa enrascada. Tem um cara lindo de morrer aqui na minha frente, e ele meio que acabou de me pedir um beijo. E tem um outro com uma maldita voz rouca e melodiosa, que que é meu NOIVO. Meu noivo.


Respirei fundo e desliguei o telefone.


- Ed, eu realmente deveria ir embora. Sei que é cedo, mas eu deixei tanta coisa inacabada em casa.


Edgar me olhou tentando parecer indiferente.


- Tudo bem.


Tudo bem? Tudo bem é só o que ele vai me responder?


Acabei de falar que estou indo embora, pra um cara que, há um segundo atrás me pediu pra ficar, e agora, tudo o que ele faz é dizer “tudo bem”?


Diz se que um homem, por mais rico que seja, nunca poderá comprar seu passado.


Suponho que isso seja verdade na maioria das vezes. No entanto, se você falar com as pessoas certas, e tiver uma excepcional qualidade de conversar com as pessoas, bem... até no passado dá-se um jeito.


Mas eu penso que, um homem, por mais rico que seja nunca poderá comprar seus sentimento.
Vez por outra vai acabar sentindo raiva, dor, rancor, ódio, e sentimentos etiquetados impuros, mas que são, na verdade, o que difere o homem.


O Edgar, sendo um cara tão gente fina como é, está sempre tentando não mostrar sentimento ruins.


Mas eu sei que ele deve estar puto.


Mesmo que ele já soubesse –desde quando eu cheguei- que eu ia ter que partir.


 


Eu dei um abraço nele, e agradeci pelo dia de maravilhosa distração que ele havia me dado. Tirei um tridente da bolsa, e saí sem nem falar tchau ou agradecer a mãe dele.


Eu estava com a roupa do dia anterior, meu cabelo devia estar uma coisa uniforme pregada na cabeça, e nem pasta dental, minha boca tinha visto ainda, e essas foram as únicas razões pelas quais eu não saí de casa e fui correndo dar uma dura na Lílian.


Lílian e eu sempre nos demos muito bem, só que a Lílian vive num mundo a parte que eu não consigo entender. Mas, mesmo assim a gente nunca brigou por isso, nunca se desentendeu, e nem nada do tipo.


Só que até agora eu ainda não entendi por que a Lílian fez o que fez.


Cara, me casar com o Sirius? Quando é que isso pode ser uma boa ideia?


 


Sim, eu quero uma casa para mim, um marido fofo que chegue do trabalho com um bolo de cenoura coberto de chocolate, ou peça comida chinesa pra entregar sem que eu tenha pedir, por que sabe que eu não gosto de cozinhar, ou um cara que cozinhe para mim. E que me beije antes de sair pra trabalhar, e que uma vez ou outra, num feriado, acorde mais cedo pra deixar a mesa do café da manhã pronta.


E que compre os CD’s que eu ainda não tenho, das minhas bandas favoritas, sabendo que baixar música da internet não é a mesma coisa que ter o CD na sua prateleira.


E que escreva mensagens nas contracapas dos livros que comprar pra mim, de forma que, mesmo que os livros sejam ruins, eu vou querer guardar por causa da dedicatória.


Sim, eu quero um cara que saiba fazer torta holandesa. E que não me julgue pela faculdade que eu faça, mas que –tenho que admitir- faça uma que dê mais dinheiro que a minha.


E daí que eu sempre imaginei que o Sirius fosse esse cara? Que eu sonhava com um casamento em Junho? E daí que até a minha mãe acha que eu vou casar com o Sirius?
Mesmo com tudo isso, a Lílian não tinha nenhum direito de me colocar na berlinda, apontando uma arma na minha cabeça, e dizendo que se eu não casar com o Sirius ela ia atirar.


Por que se você quiser saber, foi exatamente isso que ela fez.


 


Fiz o contorno da pracinha que havia em frente á casa de mamãe.


Enquanto abria o portão pra estacionar o carro do meu pai, pensei que, o carro havia ficado na porta da casa dos Bones a noite toda, qualquer um que tivesse passado ali saberia que eu estava lá.
Inclusive o Sirius.


A casa dos meus pais é grande, bem grande.


Uma daquelas casas que sem muro que tem um gramado na frente e um enorme quintal atrás, com uma cerquinha que se divide com o quintal do vizinho. Arranjos de margaridas na frente da casa, e um balanço na varanda.


Entrei em casa, estava vazia.
Minha mãe devia ter ido ao mercado comprar alguma coisa que faria para o almoço, meu pai trabalhando e meu irmão certamente estava dormindo.


Eu passei na cozinha, peguei duas rosquinhas e fiz um leite com chocolate pra mim, depois subi correndo para o meu quarto.


Joguei a bolsa sobre a cama, liguei o computador e fui pro banheiro tomar banho. Engraçado como algumas coisas na vida podem acontecer. Morei nessa casa por anos e anos, e nunca me liguei muito quanto a tomar banho na banheira. Mas agora que moro na faculdade, morreria por uma dessas!


Enchi a banheira e depois de pegar meu mp3, tirei a roupa e fiquei ali relaxando, ouvindo minhas músicas e pensando.


Já havia acabado o segundo semestre na faculdade! Não é como se as coisas não tivessem mudado.


Lembro-me que quando a gente estava no ensino médio nos preocupávamos com coisas tão banais.


Pensando assim, acho que aproveitamos cada momento.
Suponho que a vida deva ser assim mesmo. Estou aqui, vivo aqui. Essa coisa de não viver intensamente, nunca fui disso. Pra mim sempre tinha que ser tudo. Tudo ou nada.


Mas que dá saudade dá.


Na Oxford é a coisa mais fofinha que eu já vi na vida. Campos verdes, árvores florescentes, ar puro e silêncio quando não estamos tendo aula. A vida naquela cidade é boa, mas os estudantes são mais exagerados. Mais abusivos.


Emmily, minha colega de quarto, diz que uma amiga dela quase foi expulsa por que chegou bêbada na aula uma vez...


A vida que alguns querem. Mas eu sinto falta das nossas banalidades de adolescentes. Hoje eu penso “O que vou fazer quando sair da faculdade?”, antes a única coisa que eu precisava pensar era “Ai meu Deus, e se eu não entrar na faculdade, o que vai ser da minha vida?”


Quando a gente amadurece, percebe que pensar no futuro não é nada mais do que querer adiantar.


Você pode adiantar uma alegria, ou pode adiantar um sofrimento.


De uma forma ou de outra não vale a pena.


Quem anda sempre pensando na chegada não aproveita o caminho.


Mesmo sabendo disso eu não posso evitar imaginar. Estou noiva.


Não terminei a faculdade, trabalho meio período numa loja de roupas pra pagar minha comida, minhas roupas e o que eu gasto na faculdade, por que, meus pais não tem condição de pagar tudo sozinhos.


Não tenho previsão de um emprego melhor, não tenho casa, carro ou alguma perspectiva positiva de futuro.


Apesar de tudo, estou noiva.


Como é essa vida de casado? Estou acostumada a arrumar minha cama todos os dias de manhã. Se a pessoa que casar comigo também estiver vamos ter que revezar, ou vamos brigar?


Suponho que uma coisa tão banal quanto á arrumação da sua cama, seja ridículo demais pra medir uma coisa tão grande quanto um casamento.


Talvez eu seja egoísta demais pra casar.


Você sabe... Aquelas coisas de que casamento tem que se doar. E blábláblá.


Sou ‘eu’ demais na minha vida pra caber outra pessoa.


Mas se essa pessoa fosse o Sirius.... Talvez desse certo.


Por outro lado, será que eu conseguiria abandonar toda a minha história com o Edgar?


Parece difícil demais.


Escolher, sempre parece difícil demais.



Terminei de tomar banho em meio á devaneios incertos, e entrei na internet, precisava ver meu email. Mas antes, desci, coloquei a xícara que havia usado pra tomar o leite na pia, e o relógio da cozinha me informou que eram 10:45. Minha costumava chegar por volta de 11:00. Era melhor eu me apressar, pra que ela me encontrasse lavando a louça quando voltasse.
Minha mãe não é daquelas neuróticas que vivem mandando os filhos fazerem mil coisas sabe? Mas é que eu já não dormi em casa ontem, e ainda por cima, quem avisou nem fui eu, era melhor compensar de alguma forma...


 


Me deparei com alguns e-mails dos meninos entre vários spams e três da que a Emmily me encaminhou de professores.


 


Abri o da Lílian primeiro, e depois o do Sirius, o da Emmeline, e até o James me mandou email.


 


 


       (sábado, 17 de dezembro de 2005              - 10:45 AM)


De: Lílian Evans ([email protected])


Para: Marlene Mckkinnon ([email protected])

Assunto: Um pedido de desculpas de uma amiga que não merece.


 


Lene por favor, pooooor favor me perdoa pelo o que aconteceu ontem tá? Eu sei que você deve estar puta da vida, e com razão, por que te pedir em casamento no nome do Sirius foi a coisa mais idiota que eu já fiz na minha vida, e eu sinto muito mesmo. A única coisa que posso fazer é pedir desculpas, não existe justificativa para o que eu fiz, mas eu realmente esperava que você fizesse o mesmo comigo, ou uma coisa pior, sabe como é, com o James, eu estava doidinha pra ver como o James reagiria a uma coisa dessas... mas eu nunca imaginei que você fosse aceitar. Você é louca. O que vai fazer agora? Quero dizer... você está realmente pensando em levar adiante essa história de casamento? Ai meu Deus! Já sei o que vou fazer. Vou explicar pro Sirius que tudo aquilo foi uma idiotice minha, e que nunca devia ter acontecido, e ai tudo vai ficar certo. Ele vai ter que ceder né? O que ele vai poder fazer? Casá-la a força? Claro que não. Além do mais e o Edgar ein? Já sei que você conversou com ele, então depois me avisa o que ele disse tá? Estou muito curiosa pra ver o fim de toda essa situação.


Por favor me desculpe mesmo, eu totalmente errei, e estou disposta a comprar aquela saia que você adorou lá na vitrine da Stansdy’s, depois me avise se vai querer a azul ou a marrom, só quero que me perdoe.


Um beijo,


L.


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      (sábado, 17 de dezembro de 2005              - 11:03 AM)


De: Sirius Black ([email protected])                                  


Para: Marlene Mckkinnon ([email protected])


Assunto: Seu carro na madrugada.


 


Sinceramente Lene, será que você pode me explicar por que eu passei na porta da casa do Edgar nessa manhã e o carro dos seus pais estava parado lá? Ás 09:20 horas da manhã? Por que, se você quer saber a minha opinião, não existe explicação para isso.


O que você estava fazendo lá uma hora dessas Lene?
E não venha me falar que não era você, por que eu desci do carro pra conferir, e até aquela miniatura de pinheiro de natal estava pendurada no retrovisor interno do carro.


Caso você não esteja lembrada o Edgar estava se pegando com a Dorcas na festa, e além do mais, você agora é uma mulher comprometida. Espero que não renuncie nosso amor.


Você sabe, a Lílian viajou naquele desafio, mas pensando melhor agora, eu estou adorando tudo isso. Você sabe que eu vou mesmo me casar com você certo? Estou pensando em te levar pra jantar lá no Sir Petersson, hoje pra gente conversar melhor sobre essa história.


Não se esqueça que sou perdidamente apaixonado por você, mas não quero mais saber desse tipo de coisa (como seu carro na porta de outros caras na madrugada), uma grande desonra isso sim.


 


Beijos gata.


Black (sim, seu noivo.)


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       (sábado, 17 de dezembro de 2005              - (12:56 AM)

De: Emmeline Vance ([email protected])

Para: Marlene Mckkinnon ([email protected])


Assunto: De quem é o casamento que seremos damas de honra?


 


Lene! Eu não estou muito bem lembrada do que aconteceu ontem, na verdade, estou meio tonta ainda, essa é uma das piores ressacas que eu já tive na vida.


Mas a Lílian me mandou uma mensagem onde ela terminava me chamando de dama de honra, e perguntando qual cor ficava melhor em mim, que era pra ela ver se era a mesma cor que ficava bem nela. De quem é o casamento que a gente vai ser dama de honra? Me conta tuuuudo sobre isso por que, eu mandei uma mensagem pra Líl perguntando, e ela mandou eu perguntar pra você! Então, eu estou perguntando e você trate de me esclarecer tudo isso viu?


Aliás, adoro casamentos em que as damas estão de salmão, ou azul bebê. Acho muito fofo.


Essas cores ficam bem em você também? Se ficar já avisa a Lílian, pra gente ir mandar fazer nossos vestidos! Seja de quem for essa festa, vai ser o máaaaaaaaaaaaaaximo, imagie nós de damas de honra, as três juntas? Vou até querer uma foto só pra colocar num porta retrato bem lindo, nós três com nossos vestidos iguais.


Vai ser demaaaaaaaaaaaais.


 


Beeeijos,


Emmy V.


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      (sábado, 17 de dezembro de 2005              - (13:33 PM)


De: James Potter ([email protected])


Para: Marlene Mckkinnon ([email protected])


Assunto: Minha amiga enlouquecendo meu amigo.


 


Espere aí um momento. É você! Você é a amiga que está enlouquecendo meu amigo. Lene, eu não sei o que aconteceu ou o que você estava/está pensando, mas o Sirius me ligou hoje 5 minutos após ter me deixado aqui em casa, depois da festa (não venha me passar sermões sobre dirigir bêbado, foi ele quem insistiu.), dizendo que foi pegar um atalho (aham, sei.), e acabou passando na porta da casa do Edgar, e que o seu carro tava lá.


Isso depois de você ter ficado desaparecida o dia inteiro, que nem a Lílian e nem o Axel sabiam onde você estava! Caramba Lílian, não precisava magoar desse tanto né? O Sirius tá doido aqui atrás de você. Já me ligou trêeeeeeees mil vezes pra saber se a Lílian tem alguma notícia sua. E nada, você tá na casa do Edgar até agora? O que aconteceu? Eu sei que a Lílian pegou pesado com aquele lance de te desafiar a casar, mas também não precisava ir chorar suas mágoas com o Edgar! Até parece que você não sabe que o Sirius morre de ciúmes dele.


Quer saber? Não vou me intrometer mais nesses assuntos.


Sorte sua que não é você que tem que aguentar o Sirius ligando 17 vezes por hora, pra saber cadê a sua pessoa.


 


Se cuida, por que, pra eu cuidar já tenho a Lílian e agora o Sirius.


James P.


 


 


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      (sábado, 17 de dezembro de 2005              - 14:33 PM)


De: Sirius Black ([email protected])                                  


Para: Marlene Mckkinnon ([email protected])


Assunto: Precisamos conversar.


 


Lene, sei que você deve estar dando um tempo pra digerir o que aconteceu ontem á noite. Mas, desculpa por tudo que eu falei no outro email tá? Só quero que você atenda esse seu celular, pra que a gente possa conversar igual pessoas civilizadas, e resolver toda essa situação. Eu ainda quero saber o que o seu carro estava fazendo na porta da casa do Edgar, mas vou totalmente respeitar o seu tempo, então, me liga quando quiser conversar sobre nosso noivado, temos muitas coisas pra acertar.


Beijos gata.


Black (sim, seu noivo.)


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      (sábado, 17 de dezembro de 2005              - (15:39 PM)


De: Lílian Evans ([email protected])


Para: Marlene Mckkinnon ([email protected])

Assunto: Um pedido de desculpas de uma amiga que não merece.


 


Será que você não recebeu meu email? Estou te pedindo desculpas de todo meu coração. Sei que você está brava, mas por favor me responda. Eu estava falando totalmente sério sobre te dar aquela saia que você gostou, não pense que estou tentando te comprar ok? Só quero te dar uma pequena compensação por anos de amizade, e tal. Amigos fazem essas coisas, e o James vive me dando presente fora de data. Por favor me responde, você sabe que eu odeio quando nós brigamos.


 


Um Beijo,


L.


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      (sábado, 17 de dezembro de 2005              - (19:43 PM)


De: Sirius Black ([email protected])                                  


Para: Marlene Mckkinnon ([email protected])


Assunto: Cadê você?


 


Olha Lene, já disse que entendo o tempo que você precisa pra você, mas, será que você não pode me mandar uma mensagem falando se está tudo bem? Será que é tão difícil pra você pensar em mim? Pensar que eu estou preocupado? Que eu liguei pro seu irmão, e ele disse que você não estava e que não sabia que horas você ia chegar! Você não imagina como eu estou desesperado atrás de você! Quando você some assim, sei que você está fazendo alguma coisa muito suspeita. Você não está com o Edgar até agora está? VOCÊ ESTÁ COM ELE ATÉ AGORA LENE? Olha, eu não quero dar uma de controlador e nem nada, mas eu espero que você não esteja se esquecendo que você é a minha noiva, e eu não vou ficar tolerando você sair com outros caras.


Te amo, você sabe disso, mas é muito difícil pra mim ver esse seu relacionamento com o Edgar, isso me incomoda profundamente.


Vê se toma cuidado com esse cara, nunca fui muito fã dele, só tolerava pelo bem do nosso grupo, excesso de testosterona no mesmo lugar não faz bem pra ninguém muito menos pra mim.


Quero saber onde você está por que, parece que já não vai dar pra irmos jantar hoje né? Já são quase oito horas.


Já são quase oito horas e você não apareceu, queria mesmo saber o que você está fazendo!


Quando chegar em casa me avise!


Beijos gata.


Black (sim, seu noivo.)


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      (domingo, 18 de dezembro de 2005              - (00:05 AM)


De: Sirius Black ([email protected])                                  


Para: Marlene Mckkinnon ([email protected])


Assunto: Fala sério mesmo!


 


Não sei que tipo de brincadeira é essa, mas eu não estou gostando! Poxa Lene, faz muito tempo que a gente não se fala! E, a festa de sexta feira não conta por que eu estava meio bêbado! Vamos conversar ok? Temos muita coisa pra resolver um com o outro. Mas eu ainda quero saber o que você esteve fazendo hoje o dia todo. Olha, eu me segurei pra não ir lá na casa do Edgar ver se você estava lá! Não sei o que está dando em mim! Me liga logo tá? Nem estou conseguindo dormir direito sem saber onde você está.


 


Me responde,


Sirius.


 


______________________________ 


 


      (domingo, 18 de dezembro de 2005              - (01:28 AM)


De: Sirius Black ([email protected])                                  


Para: Marlene Mckkinnon ([email protected])


Assunto: LENE CADE VOCÊ?


 


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Certo. O que está acontecendo aqui? Só faltaram colocar a polícia atrás de mim foi isso? Eu fico fora um dia, e todo mundo já está sabendo que eu supostamente vou me casar.


 


Resolvi responder só pra que eles parassem de me enxer o saco.


 


 


 


 


De: Marlene Mckkinnon ([email protected])


Para: Sirius Black ([email protected])


Assunto: Não te devo satisfações.


 


Sirius, olha eu não sei quão bêbado você estava na festa de sexta, mas eu realmente não te devo satisfações. Ainda não sei o que vou fazer quanto a essa história de casamento. Eu gosto de você sim, mas casamento é uma coisa muita séria, e a gente nem namora, então eu não conheço você suficientemente bem pra casar. Ou talvez... seja por que eu o conheça muito bem que não quero me casar.


Se eu estava ou não na casa do Edgar isso não tem nada a ver com você, você sabe muito bem que se esse casamento acontecer vai ser apenas um negócio. Agradeço a preocupação, mas está tudo bem.


 


Beijos,


Mckk ;)


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De: Marlene Mckkinnon ([email protected])


Para: Lílian Evans ([email protected])


Assunto: Pare de se preocupar.


 


Líl, eu realmente fiquei muito chateada, e, acima de tudo, assustada com tudo o que aconteceu na festa de sexta-feira. Nunca esperei uma coisa dessas vinda de você! Achei que você estava muito nervosa comigo, por alguma coisa que eu não entendia. Mas agora já passou, entendi tudo o que você falou, não estou mais nervosa, e já que você insiste, quero a saia azul.


Está tudo bem comigo, eu te perdoo!


 


Amor,


Mckk ;)


 


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E por mais que eu gostaria de estar mentindo, a realidade era que eu realmente, realmente não sabia o que ia fazer.

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n/a: mas que coragem a minha aparecer aqui depois de todo esse tempo ein? hahahahaha, nada como um feriado pra fazer a gente ter um tempinho e descarregar tooooooda vontade de escrever acumulada! estava com saudades de escrever, e adorei escrever esse capítulo! eu nunca tinha feito fics com emails, mas curti demais, é provável que essa experiência se repita! capítulo pra Nina, que nunca deixa de perguntar, e continua acreditando que eu devo continuar escrevendo, me aturando no msn mesmo quando eu viro um poço de falta de inspiração reclamante!
beeeeijos ;*
(seria demais peedir comentários?) 

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Comentários (2)

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