Epílogo

Sirius pensou em Marlene todos os dias no mês que se seguiu, às vezes, ria das memórias, às vezes chorava pela perda. Então Tiago e Lílian morreram, ele tentou cuidar do garoto como prometera, mas o perdera por "ordens de Dumbledore". Depois ele foi preso por um crime nojento que ele não cometera, e sim aquele que julgava incapaz de traição.
Em Azkaban, suas memórias felizes foram arrancadas de dentro dele dia após dia, Marlene era uma lembrança deliciosamente feliz, por isso foi uma das primeiras a ser apagada.
Treze anos depois, fugindo, ele se lembraria dela, mas a intensidade do sentimento fora sugada pelos dementadores.


Após tudo isso, quando Sirius já não era o rapaz belo, feliz e irreverente, ele veria o afilhado, Harry Potter, avaliar meio assustado algo que Olho-Tonto Moody lhe mostrava.
- O que você tem aí, Olho-Tonto? - Perguntou Sirius chegando perto, entendendo que o afilhado não queria ver o que estava ali. Moody se virou para ele e mostrou uma foto antiga, que ele reconhecia.
O primeiro rosto que ele viu foi o de uma linda jovem mulher. Ela tinha cabelos longos e negros, um sorriso absurdamente cintilante e olhos que se destacavam profundamente na foto. Ela estava se balançando levemente como se quisesse urgentemente sair de lá.

Sirius lembrou que ela queria sair para pegar o bebê-Harry que brincava com os sapatos no chão no momento em que a foto fora tirada, longe do alcance da câmera. Sirius lembrou que ela estava usando uma capa que ele lhe dera para vestir por cima do uniforme de curandeira do St. Mungus. E lembrou que eles foram namorados por cinco anos, e casados por cinco minutos.
 - Estarei lá por você. - Sussurrou Sirius para a Marlene da foto, que sorriu e piscou um olho para ele.

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