O maior tesouro




Parou quando chegou a gárgula que guardava a entrada. Ela não sabia a senha.


- Hum, com licença, sra. Gárgula? Será que a senhora poderia me dar uma licencinha para falar com o diretor? - Ela se sentiu muito retardada por estar falando com uma gárgula. Então lembrou. - Ah, é! Torrão de açúcar!


A gáergula, então deu licença para que ela entrasse. Antes que ela chegasse a porta o professor a mandou entrar.


- Ora, olá, Marlene, posso chamá-la de Marlene? - Saudou o diretor. Marlene assentiu. - Eu precisava fazer um convitem em privado a senhorita que estou fazendo a todos os alunos do sétimo ano que julguei conveniente.


- O senhor fez esse convite a Sirius? - Perguntou ela.


- Sim. E ao sr. Potter, à srta. Evans, ao sr. Lupin e ao sr. Pettigrew também. - Disse Dumbledor sorrindo. Marlene corou.


- Marlene, você já tomou posição na guerra? A srta. concorda com os preceitos de Lord Voldemort? - Perguntou o professor se inclinando a Marlene com tanta intensidade que ela sentiu que ele lia a sua alma.


- Não, senhor. Não concordo com o que ele diz. Acho que os trouxas devem ser vistos como seres humanos, não seres inferiores. Assim como os nascidos trouxas. Todos somos iguais, não é? - Respondeu ela sinceramente.


- Claramente. - Disse Dumbledore sorrindo. - E a senhorita pretende fazer alguma coisa para evitar que Voldemort mate mais inocentes simplesmente porque se julga superior?


- O que estiver ao meu alcance, senhor. Mas, eu não sei bem o que fazer. Pois...


- E se eu a convidasse para me ajudar a combatê-lo? Você estaria disposta a se colocar em serviço da Ordem da Fênix?


- Ordem da Fênix?


- Uma organização formada por mim para combater as forças de Voldemort, para pará-lo. - Marlene fixou o olhar no professor. Os olhos azuis dele eram graves, mas gentis. Ela franziu o cenho.


- Tomar uma posição mais ativista, senhor? Isso quer dizer, realizar missões e coisas assim?


- Sim. Missões que lhe podem tirar a vida, Marlene. - Ela tremeu levemente então lembrou de Lílian. Da bruxa genial que ela era. Era tão boa pessoa quanto ela mesma, ou talvez melhor. E tinha nascido trouxa. Sem dúvida, Marlene não podia deixar pessoas assim morrerem.


- Eu aceito, senhor. Eu quero entrar na Ordem da Fênix. - Disse firmemente.


Dumbledore sorriu e deu a aluna todas as infromações necessárias, o local onde devia comparecer toda vez que fosse chamada, etc. E por fim:


- Uma coisa, Marlene, que nenhum dos membros novos tem. Uma missão.


- Já!? Mas eu nem...


- Consigirá realizar essa missão, não tenho dúvidas. Mas, eu não posso exigir que a aceite.


- Apenas me diga, senhor.


- Marlene, conhece o sr. Rabastan Lestrange? - Perguntou Dumbledore.


- Sim. Ele é amigo de meu irmão, Mercúcio. Eles estudarem juntos aqui.


- É de seu conhecimento que Rabastan é um Comensal da Morte? - Ela bateu as pestanas, aturdida.


- Não, não era, senhor.


- Ele é. Assim como seu irmão Rodolfo e sua cunhada, Belatriz.


- A prima do Sirius?


- Sim. Por isso, seria muito conveniente que a senhorita procurasse, hã, ser uma compainha constante para Rabastan. Por falta de uma expressão melhor, sair com ele.


- Ah. Mas, senhor,...


- Eu sei, Marlene. Por isso pedi a você. Que tem todas as qualidades que Rabastan julga necessário em uma moça, e a fibra necessária para tal tarefa. Não precisa responder agora. Lhe informei quando será a próxima reunião da Ordem, gostaria que me respondesse lá.


- Sim, senhor.


- Agora, já passa das quatro, e você precisa dormir um pouco. Vá para o seu quarto, ou para seu saco de dormir que tão caridosamente divide com o senhor Black. - Marlene corou, envergonhada. - Não há razão para se envergonhar, Marlene! Pois, pense, ele é a razão da senhorita ter sido escolhida para a Grifinória e não para Corvinal.


A fênix do diretor piou, reforçando sua palavras.


- Como? - Perguntou Marlene pestanejando.


- Creio que se lembra, Marlene, do dia de sua seleção.


- Lembro, sim, senhor. Eu fiquei sete minutos sentada no banquinho com o chapéu em minha cabeça.


- Um recorde, que, mesmo depois de sete seleções, ainda não foi batido. - Disse Dumbledore, sorrindo. - O chapéu estava em dúvida entre Corvinal e Grifinória.


- Como o senhor sabe, professor? - Perguntou a jovem se inclinando para frente.


- Você tem uma semelhança incrível com seu irmão Edmundo. Você é tão ou mais inteligente que ele, tão aplicada, tão sagaz, tão atenta, tão pura e tão tranquila quanto ele. Mas, tem uma diferença, Marlene, uma qualidade que você tem mas Edmundo não tinha. Sabe me dizer qual é?


- Não. Bem, meu irmão nunca perdeu um único pontinho para casa dele, e também nunca pegou uma detenção e eu já, mas não é uma qualidade, é? - O professor sorriu, enrugando ainda mais os olhos.


- E se fosse muito necessário que tais pontos fossem perdidos? Se ele tivesse uma razão realmente nobre para isso? Seria um defeito? - Perguntou o professor.


- Eu acredito que não, professor. Às vezes precisamos desrespeitar algumas regras. - Respondeu Marlene, fitando Dumbledore com uma confusão evidente.


- Exatamente, Marlene! Exatamente isso! Há apenas uma coisa que a faz confrontar o que sente que deve fazer com o que você deveria fazer. E isso, é nada menos que a qualidade que você e nenhum de seus irmãos herdou de seu pai. - O diretor sorria bondosamente enquanto fitava a aluna pensativa.


- Ahn, a cor do cabelo? Porque Giles, Mercúcio e Edmundo tem os cabelos castanhos da minha mãe, só eu tenho... Ah, desculpe. - Dumbledore sorriu ainda mais. Marlene corou um pouco.


- Seus cabelos, na verdade, são invejáveis. Mas eu estava falando de outra coisa. Você , Marlene, tem o tesouro mais precioso do mundo entranhado em você, tem algo que ninguém poderá aprender a ter, ninguém pode ensinar. Você sabe amar e ser amada em troca, você sabe entregar tudo de si e não exigir receber. Não há uma única coisa que você não faria por aquele que você ama, ou há?


A garganta de Marlene deu um nó. Ela nunca tinha reparado como sua vida tinha sido transformada depois de Sirius, ela não só se tornara extremamente parecida com os Marotos, mas também se tornara mais corajosa. Ela desafiava os professores quando estes passavam dos limites do autoritário e sórdido, azarava os colegas que mereciam no corredor sem cerimônias, ficava fora da cama até tarde... Tudo mudara tanto por causa de uma única razão: Sirius Black.


- Eu nunca tinha...


- Por isso o chapéu demorou tanto para escolher você. Ele precisou ver longe para perceber que você pertence a Grifinória. - O professor não sorria mais, mas seu rosto tinha uma expressão boa e impressionada. - Para mim, a coragem de amar vale mais que todas as outras coragens juntas, portanto, você já é uma das pessoas mais corajosas que conheço, Marlene. Você não precisa fazer mais nada para provar isso para mim, no entanto, se realmente for sua vontade, creio que ninguém terá um resultado tão bom com rabastan quanto você.


Eles se fitaram por alguns segundos, Marlene não tinha dúvidas: o professor estavba sendo honesto, e ela não tinha medo algum de executar a missão. Então:


- Escreverei para Mercúcio ainda hojem, ele poderá me aproximar de Rabastan Lestrange sem dúvida. - Ela se levantou da cadeira. - E se o senhor me dá licença...


- Toda. - Disse o professor. A jovem caminhou firmemente para a porta. Quando estava quase saindo o professor completou: - E Marlene, muito obrigado.


Marlene assentiu e fechou a porta ao passar.


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Comentários (1)

  • Lana Silva

    Quero ver como ela vai contar isso ao Sirius O.O se é que ela vai contar... Pode ser que ela apenas diga a ele que vai terminar para poder fazer a missão se tornar perfeita e tal... Bem, eu não sei. Não quero que eles sofram não. São bons demais pra sofrer...Bjoos! 

    2013-02-07
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