Será culpa sua?



Já era o dia seguinte e Escórpio já tinha voltado pra Hogwarts, tudo estava normal, como sempre, Escórpio se levantou mais cedo e acordou Clair, já que se não ela não iria acordar. Escórpio estava no banheiro se trocando enquanto Clair se trocava no quarto, derrepente Clair ouviu um barulho, olhou para a janela e era a coruja de Malfoy.
- O que foi este barulho, Mcdonnell?
Clair ouvira barulhos, sabia que Malfoy iria abrir a porta do banheiro a qualquer momento e disse.
- Espere! Deixa-meeu colocar a blusa. 
Clair colocou a sua blusa, já estava com seu uniforme e Malfoy viu o que era, abriu a janela e a sua coruja foi em direção a Mcdonnell, deixou uma carta cair no chão aos seus pés. Malfoy iria pegar, mas Clair deu um tapinha em sua mão e disse.
- A carta é minha, Malfoy.
- Ora, quem da minha família mandaria uma carta pra você?
- A coruja entregou a carta pra mim, e não pra você.
- Ela está velha, provavelmente está quase cega!
- Ela iria confundir meus cabelos quase ruivos com os seus cabelos loiros? Ela é daltônica?
- Não sei. 
Clair sentou se a cama e abriu a carta, antes, percebera que estava endereçada a três pessoas. Ela, Helene e Escórpio. Mas só ela tinha autorização para ler a carta toda, Helene e Escórpio só poderiam ler as partes que eram mandadas.
 Querida Clair Mcdonnell, sim, é curioso que eu esteja mandando uma carta para você, mas é o único modo de que eu vejo que minha carta não será queimada ou rasgada por outra pessoa. Quero primeiro dizer que. Avise ao Draco que sua mãe tentou apagar as minhas memórias com Obliviate, mas, obviamente não funcionou, ela ainda não aprendeu a usar a varinha corretamente, pois que pena... Uma bela bruxa, eu admito. Peça pra ele não voltar em casa tão cedo, quero poupar Astoria do constrangimento de ter que explicar porque irei parecer um idiota. Avise a Helene o que Astoria tentou fazer comigo, a partir de hoje irei mandar as cartas para você e você irá entregar a quem eu pedir. Tudo bem? 
Draco Malfoy.
Escórpio estava curioso, mas Clair não o deixara ler a carta, ela apenas disse:
- Malfoy, sua mãe maluca... Digo, a Astoria lançou uma Obliviate no Draco.
- Como? -Escórpio se assustou.
- Mas não funcionou, ela ainda não sabe usar uma varinha muito bem. -Clair rira, mas Malfoy permanecera calado.
- O que foi? -Clair parou de rir e ficou olhando seriamente para Malfoy que agora se sentara ao seu lado.
- Isso é tudo culpa minha... 
- Como? Você não tem culpa de nada!
- Tenho você não entende. Ontem... Eu falei sobre sua mãe, perguntei se meu pai ainda a amava, e ele disse que talvez... Eu ia saindo do quarto, quando abri a porta estava mamãe na porta. Eu sei que ela escutou algo, eu sei. 
- Mas... Isso não é possível! Se ele gosta mesmo da Helene, porque ele se casou com a Astoria?
- Porque sua mãe ama o seu pai. E ele achava que amava a Astoria, ou ele ama. Eu não sei. 
Clair abraçou Escórpio e eles ficaram no silêncio, Clair então o largou e disse.
- Eu estou com você. Pra tudo. Eu... Eu gosto de você... E nós somos amigos, amigos não abandonam amigos... São amigos. 
- Eu não queria que fosse assim.
- Então como?
- Clair. Eu te amo. Você não percebe o quanto eu mudei? Nós nos beijamos, Eu te amo, Clair!
- Foi só um beijo, Malfoy. Não podemos ser mais do que amigos, entenda. Você está em perigo, seu pai está em perigo, eu estou em perigo, minha mãe está em perigo. Sua mãe é capaz de tudo. 
Malfoy se levantou e saiu do quarto com raiva, Clair resolveu não ir atrás dele. Era melhor deixá-lo pensar, ele provavelmente a entenderia. 
Clair se levantou e foi em direção a sala de sua mãe, ou a sala da Professora Catherine. Chegando lá, a viu sentada olhando umas fotos, com um sorriso bobo, quando Helene percebeu que era Clair, guardou as fotos e disse. 
- Clair. 
Clair trazia o envelope que recebera de Draco nas mãos. 
- Carta pra mim? 
- Sim. 
- Então me dê.
- Não. Eu vou ler. A carta é pra mim. 
- De quem é então? -Helene estava um pouco nervosa.
- Draco. 
- Pois então, leia! 
- Não. Ele disse que Astoria tentou lançar um Obliviate nele e não deu certo, e o Escórpio quando recebeu a notícia tinha perguntado se o Draco ainda amava a senhora, e ele disse que talvez. 
- Meu Merlin!
- Satisfeita? Agora todos nós estamos em perigo.
- Clair... Se acalme, a culpa não é minha.
- Não? É de quem então? Não é você que fica se agarrando com ele pelos corredores da escola? Não é você que trocava cartas com ele? Não foi você que o roubou da Astoria quando mais nova? A culpa é sua, mãe. Apenas sua. 
- Não diga isso, Clair. -Era visível que lágrimas começaram a sair dos olhos de Helene, Clair guardou a carta e saiu da sala.
- ADEUS, MAMÃE! 
  

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