De volta ao salão comunal

N/a: Eu sei que pode ser chato ficar pedindo isso, mas eu realmente gostaria de que, caso alguém esteja lendo isso, comente sobre o capítulo, pode ser um "estou lendo essa fanfic", "esse é o ultimo capitulo que eu leio porque esta muito chato", "gostei", "não gostei" o que vocês quiserem, sério, mas para mim é muito importante saber se alguém está de fato lendo e se está gostando ou nao... Obrigada.

                                                     ***
                                   De Volta Ao Salão Comunal
Eu estava agitada demais para fazer alguma coisa, para ver alguém, para pensar. Então comecei a andar em círculos pelo jardim, andava em círculos e em círculos e em mais círculos, andando sem rumo, sem motivo, só andando. Na minha cabeça um milhão de imagens passavam, mas eu não conseguia sequer perceber quais eram elas, tão confusa eu estava. Pensamentos dispersos chamavam minha atenção. Angelina, é claro, aparecia o tempo todo, assim como Harry, a imagem de Hermione chorando pelo besta do meu irmão. E falando nele tudo que ele tinha dito continuava voltando, cada expressão dele, cada pontada dolorosa que eu tinha sentido ouvindo tudo aquilo, Malfoy na casa dos gritos, Lauren com Brandon, Lydia e eu brigando, toda a história com Neville, a fatídica noite no ano anterior... De repente eu percebi que escurecia e que minhas pernas estavam doendo e exaustas, e que se eu ficasse sozinha com meus pensamentos mais um pouco que fosse, eu iria enlouquecer. Então eu dei meia volta e entrei no castelo.
Eu estava entrando no dormitório quando Lauren veio correndo em minha direção, grudada no Brandon é claro.
-McGonagall quer te ver urgentemente – Ela me avisou seria.
-O que? – Eu olhei para os dois confusa, em busca de respostas – Mas o que foi que aconteceu?
-Você desapareceu?! – Ela me olhou como se eu fosse completamente retardada – Nós não te vemos desde... Sei lá, que eu e a Lydia estávamos tentando te arrastar para a festa. Embora a Lydia ache que talvez ela você tenha aparecido para salvar ela da ira de McGonagall ou algo assim, mas ela concorda que talvez tudo tenha sido um sonho...
-A Lydia é meio louca... Mas de um jeito adorável – Brandon assentiu me olhando como se ele tivesse me acabado de falar algo realmente importante.
-Claro... – Eu murmurei virando e saindo.
-Gina, você sabe que dia é hoje? – Lauren puxou meu pulso, fazendo com que eu me virasse.
Eu estava começando a ter realmente um ódio mortal por pessoas que me puxavam pelo pulso, ou eu estava começando a odiar mortalmente toda e qualquer pessoa que cruzasse meu caminho, ao que parecia, era a mesma coisa.
-Não... – Eu respondi com um suspiro cansado, eu estava cansada, com pensamentos demais e ainda tinha que ir ver a diretora, e agora ainda queriam que eu perdesse meu tempo com algo completamente inútil.
-Terça-feira, a noite – Ela falou devagar, me olhando de forma significativa.
-Uau... – Falei ironicamente dando de ombros – E isso importa por quê... ? – Perguntei antes de arregalar meus olhos. Isso significava que eu tinha simplesmente desaparecido para todos que não estivessem na Ala Hospitalar desde ontem cedo. E que eu tinha perdido todas as aulas do dia.
Lauren e Brandon me olhavam na expectativa, mas algo no jeito como as mãos deles estavam entrelaçadas me deu uma vontade súbita de levar bronca da diretora, e eu simplesmente me virei e sai dali. Ás vezes eu sentia que minha vida era uma bagunça, uma completa e desorganizada bagunça. E não de um jeito legal.

Eu mal tinha entrado no corredor do sétimo andar quando Madame Hooch veio andando apressada em minha direção.
-Srta Weasley, McGonagall está muito ocupada no momento e me pediu para comunicá-la de que independentemente de quem esteja na Ala Hospitalar você tem que comparecer a todas as aulas. Ela sabe que você é uma boa aluna e acha que isso será suficiente. Alguma duvida?
Neguei com a cabeça, um tanto intimidada por Madame Hooch, ela estava estranhamente fria e irritada.
-Aconteceu alguma coisa?
-Esses alunos estão me deixando louca! – Ela falou sacudindo a cabeça antes de virar e voltar para o gabinete de McGonagall parecendo resmungar sozinha – Festas... Festas! Que ideia!
Diante daquilo me arrastei de novo para o salão comunal da grifinória pensando em como sua vida pode virar de cabeça para baixo quando você escolhe sair por ai resgatando Malfoys indefesos.
-Oi Gina! – Neville pareceu no meio do caminho para meu dormitório.
-Oi Neville...
-Então, eu estava pensando em dar uma passada na Ala Hospitalar para ver como anda o Malfoy e ah... – Ele olhou para os lados, os olhos cheios de suspeitas – conversar com ele sobre “uns assuntos” – Ele olhou para mim significativamente.
-Péssima hora, sério – Eu balancei a cabeça – Amanha?
-Pode ser... – Ele pareceu meio decepcionado – Depois das aulas da tarde?
-Claro – Dei de ombros – O que você achar melhor – E já me virei para prosseguir minha jornada para meu dormitório quando outra pessoa se colocou no meu caminho.
-Onde você estava? – Harry perguntou em um tom neutro, mas seus olhos faiscavam com algo como raiva e preocupação.
-Eu passei a noite na Ala Hospitalar e hoje fiquei conversando com o Ronny e perdi completamente a noção do tempo, calma – Eu revirei os olhos.
-Bem eu fui visitar o Ronny hoje e você não estava lá com ele... – Ele falou fingindo despreocupação.
-Ah Harry! – Eu me irritei – Depois de conversar com ele eu fiquei andando pelos jardins, e o Malfoy ESTAVA lá na Ala Hospitalar e não nos jardins comigo e você sabe disso, então baixa a guarda vai.
-Quem está insinuando algo sobre o Malfoy é você, não eu... – Ele sorriu um sorriso estranho, quase que o de um predador que captura sua presa.
-Harry! Sério! – Eu protestei sem acreditar naquilo.
-Problemas no paraíso? – Perguntou/Cantarolou uma vozinha falsamente doce atrás de nós.
-Olá Melody – Eu disse friamente me virando.
Harry automaticamente pegou minha mão e se aproximou de mim, passando a mão livre pelos meus cabelos, carinhosamente. Eu me virei e olhei para ele, sem entender, mas ele apenas arregalou os olhos, como quem pedia para que eu entrasse na farsa.
-Impressão sua Melody – Ele sorriu – Está tudo ótimo por aqui, não está Gininha?
Eu tive que sorrir, aquilo era simplesmente surreal.
-Está tudo esplendoroso meu amado harryzinho – Dei um beijinho na bochecha dele, a imagem de uma menina apaixonada.
-Fico muito feliz com isso – Ela sorriu friamente – Somente o verdadeiro amor para superar um golpe tão cruel como o que o relacionamento de vocês sofreu no ano passado... – Ela olhava as unhas fingindo não ter dito nada de mais.
-Realmente ficar afastado da Gina foi uma provação... – Harry me beijou devotadamente na testa.
-Ah isso também – Ela falou desinteressada – Mas eu me referia ao caso da Gina e do Neville... – Ela sorriu cruelmente.
Meu sangue gelou e eu antevi minha própria morte. Eu olhei para Harry com a boca seca, crente de que aquela seria finalmente a mais épica de todas as brigas. E tudo terminaria ali, na frente de todo o salão comunal, no meio de acusações terríveis, com a Melody de camarote. Era terrível demais. Harry, entretanto, parecia calmo e tranquilo, como se ela tivesse comentado sobre o tempo.
-Ah sim – Ele deu de ombros – Mas caso não tenham te contado, na época nós tínhamos terminado e a Gina era livre para fazer o que ela quisesse com quem ela quisesse, mas não passou de um mal entendido e agora eu e a Gina estamos juntos de novo e ela e o Neville são apenas amigos... Não teve golpe nenhum, mas obrigado pela preocupação – Ele sorriu falsamente antes de me conduzir gentilmente ao outro lado do salão.
Melody parecia ter virado uma pedra de gelo.
-O que foi tudo isso? – Eu sussurrei para ele tão logo nos vimos afastados dos outros – Num segundo você parecia prestes a explodir comigo e de repente nos éramos o casal mais apaixonadinho do mundo?!
-Eu sei o quanto você odeia ela – Ele respondeu calmamente mexendo nos meus cabelos – E não ia deixar ela te atingir...
Eu me retrai, aquele gesto me lembrava demais do meu pesadelo.
-E por quê? – Eu murmurei sem entender, fugindo dos olhos dele.
-Gina, deixa de ser boba – Ele segurou meu queixo, me fazendo olhar para ele – Eu te amo, apesar de todas as nossas desavenças, e eu quero te ver feliz, você não entende?
-Você é bom demais para mim... – Murmurei abraçando ele, subitamente fragilizada.
-E qual é a história do Neville? – Ele perguntou calmamente.
Eu congelei em seus braços.
-Não precisa responder se não quiser... – Ele deu de ombros – É só que eu realmente queria uma explicação...
-É uma história complicada... – Eu suspirei me afastando dele – Quer mesmo ouvir?
Ele me lançou um olhar que não deixava muitas dúvidas quanto ao que eu devia fazer.
-Pois bem... – Eu respirei fundo mais uma vez – Lá vamos nós...

Continua...
 

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