A manhã seguinte

N/A: Desculpem pela demora para postar, mas é que essa semana foi muito cheia e mal tive tempo de escrever alguma coisa. Muito obrigada pelos coments  barbara aguiar azevedo, camilabh e  julianastalker que bom que estao gostando! E Ana Slytherin também adorei aquela frase! É a minha favorita! kkk.

Bem gente, esse cap não é grande coisa, achei bem ruim até, mas enquanto eu escrevo o próximo, que vai um bom tenho esperança, vocês tem um cap novo para ler.

 

***

A manhã seguinte

 

 

-Gina... – Uma voz estranha me chamou da porta do quarto – Mamãe tá te chamando...

Eu abri os olhos ainda tonta e vi meu irmão como nunca havia visto antes. O cabelo dele, se é que se podia chamar aquilo de cabelo, estava um emaranho terrível, as olheiras dele estavam negras de tão escuras e seu rosto parecia amassado e enjoado.

-Rony? – Eu perguntei me sentando na cama assustada.

-Não... Grita... – Ele pediu com os olhos semi abertos e uma cara de quem ia chorar – Por que todo estão gritando hoje?

-É... Gina... Shh... – Fracamente ouvimos a voz de Hermione, talvez ainda mais abalada que o próprio Rony.

-Vocês dois de ressaca... Eu mereço – Reclamei suspirando – Hermione só cuidado para não vomitar de novo no chão. Eu já volto... – Murmurei saindo irritada do quarto.

-Gina! – Minha mãe me chamou subindo as escadas, corada e desarrumada – Ainda estava dormindo? Eu preciso que você se arrume e me ajude a terminar de arrumar a casa, seus tios e primos chegam em 3 horas!

-Ah? – Eu perguntei ainda zonza por ter acabado de despertar.

-Seu aniversário Gina! – Minha mãe disse cansada – Esqueceu que é hoje? Eu te avisei várias vezes!

-O QUE?! – Rony pôs a cabeça para fora do quarto dando um grito antes de segurar a cabeça por conta da dor e entrar no quarto de novo.

-Ah Rony! – Eu berrei para a porta entreaberta – Eu nunca disse nada, você que presumiu tudo!

Eu e minha mãe ouvimos um grunhido de dentro do meu quarto, eu dava muita sorte pelo estado do meu irmão, muita mesmo.

-Gina, eu não quero nem saber o que vocês aprontaram ontem – Ela levou as mãos a cabeça – Eu já tenho muito mais com o que me ocupar então dê um jeito naqueles dois e daqui a meia hora quero ver vocês quatro lá embaixo entendido? – Ela ordenou mais do que perguntou já descendo as escadas.

-Quatro? – Eu perguntei confusa.

-Você, seu irmão inútil, Hermione e o Harry oras – Ela disse sem nem se virar continuando seu caminho até a cozinha.

Meu irmão inútil só podia ser o Rony, então eu entrei cuidadosamente no meu quarto onde uma Hermione semi-morta não parecia em condições de ser acordada e Rony estava esparramado na minha cama roncando pesadamente. Eu não tinha a menor dó de acordar o Rony, mas o fato da mão dele ter ido, mesmo que inconscientemente, até onde a mão de Hermione estava fez meu coração se derreter um pouco.

Eu suspirei saindo do quarto e me dirigindo ao de Rony, se eu teria que lidar com aqueles dois, ia necessitar de reforços, de preferência alguém sóbrio e que, agora eu não tinha mais dúvidas, me amava.

Cantarolando e saltitando internamente abri a porta do quarto de Rony e vi uma figura que eu nunca me casaria de admirar.

-Bom dia... – Eu sussurrei no ouvido de Harry fazendo-o rolar assustado na cama.

-QUEM ESTÁ AI?! – Ele perguntou procurando seus óculos e sua varinha simultaneamente.

-Calma Harry – Eu ri me aproximando – Sou eu... Mas acho que sem óculos você poderia me confundir com qualquer um...

-Qualquer um com uma massa de cabelos ruivos – Ele concordou.

-Então... – Eu me fiz de ofendida – Você não sabe nem ao menos me distinguir do Rony?

-Claro que sei... – Ele sorriu se aproximando de mim e segurando meu queixo – O Rony não responderia a isso... – Ele me beijou suavemente.

-Pelo menos assim esperamos – Eu respondi.

-Com certeza – Ele riu.

-Harry em meia hora precisamos estar lá embaixo porque minha mãe convidou a família toda para o meu aniversário, e eu preciso de ajuda com dois seres que estão mais mortos do que vivos.

Ele assentiu devagar.

-Meia hora? – Ele sorriu para mim se aproximando.

-Senhor Potter! – Eu protestei rindo – Deixa de besteira e vamos.

-Posso me trocar antes pelo menos?

-Dois segundos! – Anunciei descendo de volta para o meu quarto.

-ACORDA! – Gritei com um chute em Rony.

Ele só resmungou e voltou a dormir, eu suspirei, não tinha tempo para isso e resolvi ir me arrumar antes. Voltei para o meu quarto e vi que Rony já havia sumido de vista e Hermione, sonolenta e enjoada, estava sentada, embora não parece de todo desperta.

Percebi que havia um pedaço de papel em cima da minha cama e quando me aproximei, me deparei com as palavras “de nada, você me agradece depois”. Não era necessária muita imaginação para adivinhar quem havia escrito o bilhete.

Cerca de 24 minutos, uma crise de vômitos pela parte de Hermione e muita paciência minha depois eu e Hermione descemos para a cozinha onde Rony tinha uma aparência quase tão terrível quanto a dela, mas, ao se verem, eles encontraram forças para sorrir antes de voltarem a sofrer.

-Porque vida? Porque?! – Minha mãe choramingou ao ver o estado dos dois – Subam... – Ela suspirou – Eu já vou cuidar de vocês dois... Ah, se seus tios te vissem Ronald... – Ela murmurou cheia de desgosto vendo os dois aliviados subirem.

-E vocês... – Ela se virou para nós dois com um olhar que me assustou – Podiam ter tomado conta deles não? – ela balançou a cabeça – De qualquer forma, há uma tenda lá fora e um monte de mesas, cadeiras e pratos que não se arrumaram sozinhos!

-Mãe... Isso não vai ser que nem o casamento do Gui... Vai? – Eu perguntei cautelosamente.

-Claro que não! – Ela disse irritada – Quando vocês se casarem que dêem um jeito porque não quero saber daquele trabalho todo nunca mais!

Ela saiu resmungando da cozinha e eu e Harry nos entreolhamos com um sorrisinho “quando vocês se casarem”, naquele momento era tão obvio que isso iria acontecer que nem precisava ser dito para sabermos que concordávamos nisso.

-Então senhorita Weasley... – Harry começou – Vamos começar a organizar as coisas?

-Seria um prazer senhor Potter, afinal toda essa experiência poderá ser muito útil no futuro...

-Nem tão distante... – Ele completou se aproximando.

-Nada distante... – Eu sussurrei fechando meus olhos.

-Odeio interromper Gina, mas se você não arrumar tudo antes das visitas chegarem a mamãe matará não só você, como todo o resto de nós então mova-se, você e ele terão muito tempo para isso no futuro “nada distante” – Disse Percy me empurrando para fora da casa.

Eu odiei Percy naquele segundo profundamente, mas sabia que não havia como ir contra minha mãe E Percy juntos, então me juntei aos demais para terminar os preparativos. O dia mal tinha começado, mas eu tive um pressentimento de que ele seria bem longo.

 

Continua...

 

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