A Espiã
Depois de muita conversa e cerveja amanteigada, Camila e Harry já estavam bem à vontade...
- Eu achava que você fosse diferente... - disse Camila.
- Diferente como? - perguntou Harry curioso.
- Sabe como é... O grande Harry Potter, que venceu o Lord das Trevas... Um garoto metido, nojento, convencido e galinha. - disparou Camila na maior cara de pau.
- Poxa... - falou Harry meio decepcionado - Quantos elogios! - Camila sorriu - E o que você acha de mim agora?
- Completamente ao contrário, bem, só não sei bem a parte do galinha - disse ela sorrindo.
- Porque eu seria um galinha? - perguntou Harry surpreso.
- Porque você é muito atraente... - Camila falou insinuante aproximando o seu rosto de Harry.
Harry ficou surpreso com a iniciativa da garota, mas não reclamou, começou a aproximar seus lábios dos dela.
- Você é linda, sabia? - disse Harry, pegando uma mecha do cabelo da garota.
Camila apenas olhou para ele. Ela não podia dizer uma palavra. Ela sequer podia pensar em uma palavra. Ela tinha que executar a sua missão, mas aquele garoto a inspirava confiança e ela não poderia ter nenhum envolvimento com ele, tinha que obedecer as ordens do Lord e fazer com que Harry se apaixonasse perdidamente por ela, para que depois Voldemort a usasse para poder matá-lo. Mas até agora ela não tivera coragem de tirar a Poção do Amor de sua bolsa.
Os lábios quentes de Harry levaram um choque ao tocar na boca da garota. Harry só pensava em aproveitar ao máximo aquele beijo, ele simplesmente não podia parar de beijá-la. Foi quando Harry escutou um estalo, olhou para a porta da cozinha e só pôde ver uma garota ruiva, que logo começou a gritar:
- HARRY! Como você pôde fazer isso comigo? - gritou Gina com o rosto vermelho.
Harry e Camila olharam assustados para Gina.
- I-i-sso o qu-que, Gina?- disse Harry sem entender nada.
- Me trair desse jeito! - disse Gina com lágrimas nos olhos.
- Gina, você está ficando maluca! Nós não temos nada... - disse ele levantando da cadeira, irritado.
- Não temos nada porque você não teve coragem de se declarar, mas você me ama, eu sei que você me ama... E eu te dou o meu perdão... - falou Gina meio desesperada, meio melancólica.
- Gina, eu não preciso do seu perdão! - falou Harry ficando cada vez mais irritado com aquela cena patética.
- Olha - falou Camila se pronunciando pela primeira vez, ela já havia levantado da cadeira e estava com a sua bolsa na mão, se preparando para ir embora. - Eu não sabia que vocês tinham um caso e me desculpem se eu causei alguma confusão. E-eu vou embora.
- Ótimo! - disse Gina com desprezo.
- Não, você não vai. - disse Harry, puxando Camila pelo braço - A Gina que vai embora, não é Gina? - perguntou Harry com um olhar bem cínico e raivoso ao mesmo tempo.
Gina ficou branca, roxa, azul, vermelha e por fim se sentindo humilhada, falou derrotada pela situação:
- Harry, se você quer ficar com essa sangue-ruim, fique... Mas fique sabendo, que eu te amo de verdade... - Antes de aparatar, Gina disse apenas - Seu pateta magricela...
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Draco ficou mais branco que o normal. Ele falhara na missão, como dizer isso a Voldemort?
- Lord... E-eu...
- DIGA LOGO, MALFOY! - a voz de Voldemort era medonha e aterrorizante. - Seu idiota! Não precisa dizer nada! É tão idiota que não consegue nem falar... Já li seus pensamentos... Como você pode ser tão burro?! Era para fazer aquele maldito Harry Potter se apaixonar pela Parker e você lança o feitiço na pobretona da Weasley! Aquela menina burra já era apaixonada pelo Potter... Você é um desastre, Malfoy...
- Foi um acidente. - Draco tentava se explicar inutilmente.
- Idiota, idiota. - Voldemort não parava de repetir, o Lord só não sabia o motivo da distração de Draco: os beijos de Hermione. - Mas a Parker irá fazer seu serviço direito. Você deveria ter vergonha Malfoy, uma sangue-ruim é melhor do que você.
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Nota da Autora: COMENTEM, PLEASE!
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