Prólogo



Prólogo


Uma menina dormia tranqüila em seu berço, despreocupada com a guerra que acontecia lá fora. Ela sabia que seu pai e seu avô fariam tudo ficar bem, que a protegeriam não importa o que acontecesse. Que sua avó sempre a amaria e que um dia sua mãe ia perceber o quanto ela também era importante.


Seu nome era Heloisa.


A pequena era mais conhecida como a neta de Alvo Dumbledore, filha bastarda de seu filho mais velho, Alvin. Todo o mundo bruxo sabia de sabia de sua existência, muitos até a odiavam, alegando que ter uma filha fora do casamento era um ato horrendo, que a criança era filha do demônio. Claro que quem recebia esses insultos era Alvin.


Mas ele não ligava. Sua filha era a coisa mais importante para ele, mesmo que nunca tenha planejado ser pai. Heloisa era especial.


A casa de Alvin estava praticamente vazia, a não ser pela presença da pequena e de Madeleine, esposa de Alvo.


- Vovó? – perguntou Heloisa, ainda meio sonolenta, ao ouvir a porta ser aberta. Não recebendo nenhuma resposta, levantou-se, se apoiando nas grades do berço.


- Vovó, é a senhora?


Um farfalhar de alguma coisa se arrastando pelo chão enche o som do quarto, trazendo consigo uma figura encapuzada. Ela usava um manto preto e a varinha estava empunhada em sua mão direita, mas isso não era o mais assustador. Em seu pescoço, havia enrolada uma cobra gigante, que sibilava para a menina, tentando assustá-la. Estava funcionando.


- Me desculpe criança, mas não sou sua queria vovó.


- Voldemort – disse Heloisa querendo que sua voz saísse firme, apesar do medo que se apossava dela.


- Ah, então sabe quem sou – um sorriso maligno surgiu em seus lábios, fazendo com que a pequena tremesse.


- Cadê a minha avó?


- Minha querida, você nunca mais verá sua vovó de novo. E sabe por quê?  - Voldemort estava tão perto de Heloisa que ela chegava a sentir seu hálito legado em seu rosto. Ela tremia de medo, sabia que iria morrer. Só esperava que sua avó estivesse bem, ou pelo menos viva. Mas, no fundo, Helô sabia que sua vó já não estava mais entre eles, que agora, ela descansava em paz.


- Meu pai e meu avô vão acabar com você – disse ela, num súbito momento de coragem.


Voldemort se aproximou. Estava tão perto que Heloisa sentia seu hálito gelado se chocar contra seu rosto, mas não ele que a estava a assustando, era a cobra. Seu silvo cortava o silencio que havia se instalado no quarto, fazendo com que só se tornasse mais assustador. 


- Tem medo de Nagini? – disse o Lord das Trevas, rindo – Não precisa ter medo, ela só atacará se eu mandar.


- Porque você matou minha avó? Você vai me matar também? – disse ela com lágrimas nos olhos.


O sorriso de Voldemort se alargou.


- Porque, minha querida, só assim eu conseguiria irritar seu avô. Matando Madeleine, ele fica vulnerável. Ela e você, eu não tenho só um Dumbledore fraco e sim, dois.


- Você é desprezível, seu idiota sem coração. Você irá cair Voldemort, quando menos esperar – dessa vez foi à vez de Heloisa sorrir – Pois pelo que eu sei, quando maior o tamanho e o ego, maior é o tombo.


- Sabe, Heloisa, eu realmente não queria fazer isso. 


Voldemort a pegou pelo pescoço, tirando-a do berço como se fosse uma boneca de pano, de tão leve que a pequena era. Forçou mais seu aperto, não a deixando respirar.


Lágrimas caiam livremente dos olhos de Heloisa, enquanto ele engasgava por falta de ar.


Só foi preciso uma palavra para decretar o destino final da menina.


- Nagini.


 


 


- AAHH!


Onze anos depois, uma menina em Phoenix acordava aos gritos. Aquela havia sido o pior sonho de toda a sua vida e não era a primeira vez que sonhava com aquela menina.


Na cama que ficava do outro lado do quarto, seu irmão mais velho, Ben, acordou assustado pelos gritos da irmã.


- O que foi mana? – perguntou ele preocupado.


- Nada – disse ela enxugando o suor da testa – só tive um pesadelo. Nada mais, spode voltar a dormir.


- Ok, qualquer coisa me chama, beleza?


- Boa noite Ben.


- Boa noite Heloisa.


 

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