Uma Longa Noite



A porta foi aberta com raiva e produziu um estrondo, as chaves foram largadas sobre a mesinha de pernas tortas, lotada de outras tralhas assim como o resto da casa, cujas paredes emboloradas e sofás cobertos de mofo e com alguns rasgos. Ignorando um chamado vindo da cozinha, foi direto ao seu quarto e trancou-se lá dentro. Deitou-se em sua cama enquanto olhava para o teto e ao fechar os olhos, via o rosto de Hermione, a única que pode amenizar o que sentia por ela. Ela que tinha despertado nele algo que nenhuma outra poderia, pelo menos, pensava isto antes de conhecer Hermione. Após alguns segundos, a imagem de Hermione foi substituída pela de Natalie e em seguida uma memória surgiu em sua mente.


--flashback—


Há pouco mais de seis meses, estava chegando aoapartamento de Nat, como costumava fazer todos os sábados à tarde. O dia estava nublado e ventava forte. O condomínio era luxuoso, mas era só conhecer a garota um pouco para perceber que ela havia sido criada em meio a muito luxo e não se contentaria com pouco. Isto pode parecer um defeito para alguns, mas para Leo essa ambição não era negativa. A ambição é o que nos move. Sem ela nada acontece, não se cresce.


Nem precisava ser anunciado pelo porteiro, ele ia até lá há tanto tempo que todos estavam acostumados com sua presença. Uma das empregadas atendeu a porta, pela expressão dela, estava apreensiva. Entrou e se deparou com uma garota de cabelos loiros e compridos até a cintura que no instante que ouviu a porta ser fechada se virou para ele e o encarou. Os olhos castanhos de ambos se encontraram e Nat desviou o olhar.


- Por que essas malas? – perguntou Leo após se demorar pela enorme sala de visitas, agora cheia de malas de viagem de todos os tamanhos e cores, algumas ainda abertas esperando mais roupas e objetos para serem lacradas.


- Eu...Eu vou embora. – respondeu a garota, hesitante de preocupação.


- Como assim? Aconteceu alguma coisa, o que foi? – Leo não conseguiu acreditar naquilo, há alguns dias Nat estava um pouco estranha, quieta e mal o encarava, mas quando perguntava se havia ocorrido algo, ela negava e dizia que era cansaço, mau humor, etc.


- Aconteceu sim. – disse ela após alguns segundos. O moreno a olhou com a expressão de “conte-me” e ela prosseguiu:


- Aconteceu...Você. – Ela fez uma pausa, os olhos ameaçaram a soltar lágrimas, mas no instante seguinte ela adquiriu um ar de raiva e desprezo. - Você não serve para mim. Nunca servirá para nenhuma outra. Você é desprezível! Ridículo! Patético! Eu nem acredito em como você realmente pensou que eu era apaixonada por você! Olhe para mim, eu mereço alguém muito melhor. O que é você? Nada, e nunca será! Tudo o que passamos foi um desperdício de tempo, e agora irei corrigir o meu erro. Eu tenho uma carreira em jogo, e ela é, sem dúvida, mais digna de importância do que você. Agora saia daqui!


- Natalie, por que...


- Me esqueça, Leo, vá embora daqui e não me procure mais.


- Pra quê isso, me conte o que houve, se eu fiz algo de errado, me perdoe, você sabe que não foi por mal. Eu te amo, você sabe disso. E eu não quero te perder.


Se você ainda tem um mínimo de respeito, ou como você diz...Amor por mim, saia da minha frente, agora! – finalizou a garota, Leo conseguiu sair do lugar, embora parecesse que seus pés eram mais pesados do que o normal. Atravessou a porta e antes que Nat a fechasse, pode ver que dos olhos dela escorriam lágrimas.


--fim do flashback—


Lembrava-se bem daquelas palavras, e de como elas o feriram. Desde aquele dia, ele procurou evitar contato com a maioria das pessoas. O pior, é que tudo que ela havia dito fazia sentido, afinal ela era uma modelo, com uma carreira a qual se tornaria internacional e teria diversas oportunidades para realizar o sonho, e ter o que ela sempre quis: Fama.


Lembrou-se também de quando tinha 10 anos e conheceu Draco, tornaram-se amigos rapidamente, quando entrou em Hogwarts, um ano depois, teve uma turma de amigos e no primeiro dia em que viu Nat, já se apaixonou. Conforme a conhecia, mais gostava dela.


Seus pensamentos foram interrompidos pelas batidas na porta de seu quarto:


- Leonard, saia daí, moleque! Tenho que te contar uma coisa! – gritou o tio do outro lado. O jovem rastejou para fora da cama e abriu a porta, a contragosto.


- O que houve? – perguntou com a voz arrastada ao tio. A aparência dele era sempre a mesma: olheiras profundas sob os olhos e barba por fazer.


- Vou até o Angelo’s, volto tarde, muito tarde.


- E desde quando isso é novidade? – Angelo’s é o bar que o tio de Leonard frequenta, cujo dono era um professor de história decadente que largou a academia para montar um bar, e que se tornou amigo de Leo e do tio.


- O que disse? Bem, não importa. A tua mãe ligou, faz alguns minutos.


- E o que ela quer? Dinheiro? Alguém para livrar a cara dela? – perguntou irritado, desejando mentalmente que fosse apenas um telefonema de uma mãe normal, para uma família normal e que ela apenas queria saber se ele estava bem.


- Sei lá, mas ela falou que estava vindo pra cá. Ah estou com saudades da minha maninha...


- Que ótimo! Era o que eu mais queria nesse momento! – retrucou irônico e voltando ao seu quarto.


**** 1 mês depois****


Gostaria de explicar, em detalhes, os acontecimentos recentes, mas não consigo, tenho apenas em mente os olhos cinzas que me atraem como ímã e o sorriso sarcástico, um convite ao qual eu não resisto. O que me lembro é o dia em que terminei com Harry e a tristeza que senti com isso e logo depois ela desaparecendo, um pouco por dia, conforme eu conhecia Draco e me apaixonava. Sinto-me completa quando estou com ele, o mundo com ele é perfeito.A escola está diferente, antes mal me notavam, ou quando o faziam eu era vista como uma CDF esquisita, agora a maioria me olha, principalmente as meninas. Algumas olham com cara de quem vai atirar algo em mim! Mas Draco diz que é inveja e eu nem me preocupo.


Gina e Chris não gostam dele, mas eles me apoiam, já minha mãe não se conforma com o fato de eu e Harry termos terminado, e toda vez que eu saio com Draco, ela adquire um ar hostil.


Quanto a Leo, eu não sei o que está havendo com ele. Ultimamente ele tem faltado à escola e quando vai se isola de todos, nós mal nos falamos e Draco também não tem falado muito com ele. Fico muito triste em vê-lo desse jeito.


**Narrador**


Risos e gargalhadas ecoavam pela aconchegante sala de jantar dos Weasley’s, sentados ao redor da mesa farta com comidas deliciosas preparadas por Molly e agora já sendo devoradas. Os gêmeos eram hilários e todos se divertiam. Além da família, estavam Simas, Nevile e Harry, que se sentia extremamente feliz por estar rodeado de pessoas como aquelas. Não é que Sirius não fosse uma ótima companhia, ele era , mas não supria o valor de uma família completa. Via como a SraWeasley tratava os filhos, o marido e as visitas e imaginava se sua mãe, se ainda estivesse viva, o faria daquela forma.


Havia chegado logo após a escola, almoçara e passara a tarde toda com os amigos, jogando, assistindo filmes e jogando conversa fora. Fazia muito tempo que não se divertia tanto. Quando a refeição acabara e os demais se retiraram da sala, Harry permaneceu ali por alguns instantes, sozinho, pensando em tudo aquilo. Logo, ele deixou de refletir pois sentiu no ar uma fragrância floral e constatou que se tratava de Gina. Já havia percebido que a ruiva o olhava, muitas vezes e sempre que ele falava algo, ela parava o que estava fazendo para ouvir. Ele gostava de estar com ela, ela tinha atitude, mas também parecia romântica. Mesmo assim, sabia que sendo irmã de Ronald ele não deveria investir, pois há uma amizade valiosa em jogo.


- Então... – começou a garota.


- É...


- GINA, VENHA JÁ ME AJUDAR COM A LOUÇA!! – gritou a Sra. Weasley da cozinha. Gina revirou os olhos e dei meia volta. Harry a seguiu.


- Sra. Weasley, por favor, deixe-me ajudar. – disse Harry chegando à cozinha.


- Ah Harry, você é muito gentil! Muito obrigada! – elegiou Molly. Harry pôde ouvir de fundo, enquanto começava a lavar os pratos, a mãe sussurrar para a filha algo como“Eu dou o maior apoio”, e não conteve um sorriso.


*****


Enquanto isso, Sirius vestia seu mais elegante terno e pensava no que dizer a Hellen, durante o jantar o qual ele planejara. Reservara o restaurante mais elegante da cidade para levar sua acompanhante que não se impressionava facilmente. Estacionou seu carro em frente à casa e pontualmente Hellen atravessava o jardim e era recepcionada por Sirius, que abriu a porta do carro gentilmente. Ela usava um vestido social vinho e sapatos e joias douradas, seu cabelo sempre bem arrumado e sempre agindo da forma mais fina possível. Sirius pensou naquele momento em uma expressão trouxa que dizia ”Ela é muita areia para meu caminhãozinho”.


Durante o jantar, ambos se divertiam, lembravam de acontecimentos passados, de quando eram jovens e de assuntos agradáveis. Ao saírem, já estava tarde e como sempre, havia um pequeno congestionamento. Resolveram voltar para casa e enquanto isso, Hellen pergunta de Harry.


- Ele vai dormir na casa de uma amigo, Ronald Weasley. Conheci o garoto e os dois irmãos dele, gêmeos muito divertidos. Acho que finalmente Harry fez grandes amigos, você sabe o que ele passou, sempre teve muita dificuldade em conhecer pessoas.


- Sim, eu sei bem. A Hermione é idêntica a ele nesse ponto. Ou era...


- Como ela está? – pergunta Sirius. – Ou talvez eu deva dizer...Com quem ela está?


- Hum, eu não consigo acreditar que ela largou Harry. Depois ficou triste, eu achei bom, talvez ela percebesse a besteira que fez e voltasse para ele, mas não, ela me surpreendeu de novo. E dessa vez foi inacreditável, ela disse que se apaixonou por um tal de Draco Malfoy. Fui até pesquisar, descobri que é filho de dos mais importantes funcionários do governo, parece que havia se candidatado a vereador há alguns anos, mas não venceu. E a mãe dele eu não sei, mas acho que deve ser uma daquelas metidas a ...


- Bem, Hellen, me desculpe, mas o que de fato você descobriu sobre o garoto? Ele faz Hermione feliz?


- Bem, talvez. Eu não gostei do jeito dele, ele veio busca-la um dia para irem a uma festa, e trocamos algumas palavras, mas me pareceu o tipo de cara que fica bem pra qualquer uma, menos para a minha filha.


- Devo lembra-la que é exigente ao extremo?- disse Sirius divertido.


- Eu sei que sou, mas eu conheço a minha filha, não é ideal para ela. Sabe, ele me pareceu aquele tipo que sai com várias, não gosta de compromisso. E Hermione é romântica, correta, não é dessas. Você sabe, ela é tímida, calada e agora anda com alguém com ele, vai à festas, já foi à casa dele, por sinal ela deve estar lá agora e se eu chegar em casa e ela não estiver eu...


- Calma. Ela estará, as pessoas não mudam assim, acho que está sendo dramática. Além disso, ela é responsável, ajuizada, não fara nenhuma besteira. Deve respeitar a decisão dela.


- Ela é quase uma criança para mim. E ela já fez uma besteira!


- Hellen, os dois estão bem, mesmo separados.


- Separados por pouco tempo, eles ainda voltam, tenho certeza. Nem que eu tenha que juntar esses dois a força! – disse ela decidida.


- Ah eu não falo mais nada, sei que não vou convencê-la do contrário. Sua teimosa! – disse Sirius encarando-a e sorrindo. Já estavam na porta da casa de Hellen. Ela também o encarou e sorriu. Sem pensar no que fazia, Hellen o beijou nos lábios e durante aqueles segundos, somente os dois eram importantes. Sirius gelou por um momento, mas quando fez menção para aprofundar o beijo, Hellen se deu conta do que fazia e voltou ao normal, abriu a porta do carro e saiu as pressas para o seu jardim, entrando rapidamente em casa e ignorando o chamado de Sirius.


****


Leo está sentado nos degraus da porta de entrada do Ângelo’s, mais uma vez com seus pensamentos a mil, porém, são interrompidos pela exclamação de alegria de seu tio que, completamente bêbado, conseguira encaçapar mais uma bola no jogo de sinuca. Ângelo se aproximou do garoto, trazendo consigo uma garrafa e sentou-se ao seu lado:


- Conheço essa cara, pode me falar, tem mulher na jogada, certo?


Leo confirmou com a cabeça, embora continuasse com um olhar distante. Ângelo passou a garrafa para ele, que deu um gole e continuou:


- Minha mãe me ligou há um mês, mas ainda não apareceu. Não estou dizendo que quero que ela chegue, pois sempre vem acompanhada de muitos problemas, mas pelo menos acabaria com essa incerteza. Eu, de certa forma, ainda me preocupo muito com ela.


- Entendo. – disse Ângelo após alguns segundos e logo depois disse com a voz quase inaudível. – Eu a vi. Mas longe daqui, há uns dias.


Leo se virou e seus olhos arregalaram.


- Como ela estava?


- Bem, estava bem, me pareceu. – o homem se virou e deu um longo gole da garrafa.


- E com quem ela estava? – peguntou Leo, um pouco tremulo.


- Por que ela tem que estar sempre acompanhada? Leo, você sempre acha que ela está com algum...sujeito e...ela pode mudar. Talvez ela esteja sem coragem de vir aqui, ela sabe como reage quando vocês se encontram, enfim, ela é...


- Ela é uma vagabunda. Eu sei que é, sempre foi. Toda vez que ela vem é porque está precisando de dinheiro, ou de como ela adora dizer “sumir por uns tempos”. Ela sempre busca alguém que a banque, e vem pra cá pedir grana, favores. O pior de tudo é que ela me usa como pretexto, diz que sente saudades, que não confia no irmão. Agora se isso fosse verdade, ela não sumiria de repente, ligaria, mandaria um e-mail, carta, qualquer coisa. E isso acontece desde há muito tempo. Então não tente defendê-la, dizer que ela mudou porque isso não é verdade.


Ambos permaneceram em silencio por mais alguns segundos, Ângelo deu mais um gole da bebida.


- Não importa quanto tempo demore, ela vem, sempre vem. E escolhe as piores horas para isso. – concluiu Leo.


- Não é assim, ela não é tão terrível assim...


- É sim, se ela não tivesse vindo aquele dia, se não tivesse feito aquilo, talvez eu...


- Leo, esquece isso, cara. O que passou, passou. Não tem como voltar atrás, foco no presente. Você é jovem, vai se divertir. Eu deveria ter feito mais isso na minha juventude, essa é a idade de fazer algumas merdas, sabe, corra alguns riscos. – Leo dá outro gole, respira fundo e se levanta, ainda segurando a garrafa e levando-a consigo.


- É, você está certo nesse ponto. E acabei de lembrar que eu tenho uma coisa pra fazer agora. Valeu, Ângelo. – Leo sai dali com outra expressão, decidiu que naquela noite agiria sem pensar nas conseqüências e todas as suas preocupações desapareceram.Por enquanto.


******


No apartamento “coletivo” que os amigos mantinham, estavam Pansy e Nicole, conversando no sofá da sala. Pansy parecia chorar enquanto desabafava e a outra fingia ouvir tudo, até que se cansou:


- Pan, você é muito tonta, deixa disso; chorar por homem do jeito que você está fazendo é ridículo! Vamos sair, tem uma festa há algumas quadras daqui, vai ser ótimo.


- Pode ir, estou bem aqui. Não posso ir numa festa assim, acho que tudo me lembra ainda mais o Draco e... – a garota recomeçou a chorar.


- Ai, por favor, sai dessa vida, garota! Não adianta nada ficar chorando pelos cantos porque o Draco resolveu ficar com a nerd nojenta.


- Eu gosto dele desde os sete anos, nós já ficamos muitas vezes, mas nunca sério como eles estão agora.


- Amiga, isso acaba, você conhece o Draco melhor do que eu, ele vai se cansar dela, esse teatrinho acaba logo. Ou você achou que eles realmente se amam e serão felizes para sempre? – satiriza Nicole. Pansy enxuga as lágrimas.


- Tomara, mas eu acho que por ela ser uma nerd sem jeito, ele gosta mais ainda dela, ela é ingênua, pura, sabe? O Draco é atraído por essas coisas.- fala Pansy, séria, mas já recomposta. Nicole dá uma risada.


- Ela não pode ser virgem.


Antes que qualquer uma pudesse dizer mais alguma coisa, a porta se abriu. As garotas se encararam e sorriram marotamente, inclinaram-se para ver quem chegara.


 


Hey boy


I don't need to know where you've been


All I need to know is you


And no need for talking


Hey boy


So don't even tell me your name


All I need to know is whose place


And let's get walkin'


 



All I wanna do is love your body


Tonight's your lucky night, I know you want it


 






As duas exclamaram, suspiraram e sorriram ainda mais quando Leonard entrou. Estava diferente dos dias anteriores, na escola, em que ficava calado e cabisbaixo a maior parte do tempo. Estava confiante, os olhos escuros brilhavam de malícia, os cabelos negros estavam um pouco bagunçados e a boca entreaberta anunciava a respiração ofegante. Estava disposto a aproveitar aquela noite, e as garotas também.


 


it's true what you heard, I am a freak, I'm disturbed


So come on and give me your worst, uh oh, yeah


 


We're moving faster than slow


 


If you don't know where to go


 


I'll finish off on my own, uh oh, yeah


 


 



Num dos quartos o apê, os três ofegavam, estavam deitados na cama e enrolados nos lençóis. Nicole solta uma gargalhada seguida de um comentário:


- Devíamos ter feito isso antes, foi incrível. Eu nunca tinha te visto como...enfim, você nunca foi tão interessante quanto agora. – Disse ela e em seguida lambe os lábios de Leo. A garota gargalha novamente.


- Eu queria ver a cara do Draco se visse isso agora. – fala a garota olhando para Pansy, que permanecia deitada, preocupada e com a menção do nome, seus olhos umedeceram. – Eu duvido que aquele espantalho que ele chama de namorada dê metade do prazer que uma de nós. – Leo olha diretamente para ela, com raiva. – Não sei o que ele viu naquilo, está na cara que toda essa coisa de garota tímida e ingênua é fingimento. Duvido que seja inteligente também. Ela é o pior tipo de gente que existe.


- Nicole, você nem a conhece. Não cabe a nós julgar sem... – disse Pansy tentando amenizar, já que viu com Leo encarava a garota. Nicole a interrompeu.


- Ela é falsa, pelo menos eu não escondo quem eu sou, já ela é uma piranha pior do que aquelas q ficam nas esquinas. Como você a defende? Ela roubou Draco de você, a essa hora é ela que está na cama com ele, não você. Ela não tem classe. Ela é uma puta. – assim que a garota terminou a frase, Leo não se agüentou e seu autocontrole se foi. Prendeu-a fortemente contra a parede e a garota se assustou.


- Nunca mais repita isso! Quem é você pra falar da Hermione? Você que é uma vadia completa. Sempre vai ser assim, tudo o que houve aqui foi diversão, só pra isso você serve. Não há nada que alguém quera de você além de sexo. – Eles se encaravam com ódio, Nicole deixou escapar algumas lágrimas de tanta raiva que sentiu naquele momento. Os gritos de Pansy para que ele a soltasse foram ignorados, e quando o contato visual foi interrompido pela garota, ele a soltou.


Nicole pegou o restante de suas roupas e da porta do quarto, dirigiu um último olhar a Leo e disse algo como “você me paga”.


Leo estava transtornado, não podia ter explodido daquela maneira. Nicole, apesar de tudo, era esperta e já entendera que sentia algo por Hermione.


- Leo. – Pansy ainda estava no quarto, sentada na cama, com os olhos marejados. – Ouça: agora está evidente que você gosta da Hermione e você sabe o quanto o Draco...ele...bem, o quanto eu o quero. E também sabe que o Draco é atraído por essa inocência que ela...enfim, acho que esse é um dos motivos deles estarem juntos. Um dia ele se cansará e vai magoá-la, aí você se sentirá mal por ter deixado isso acontecer e eu também por não ter tentado mudar o rumo dessa história.


- E o que você sugere? – pergunta ele, tentando entender aonde a morena queria chegar.


- Eles devem se separar. É o melhor para eles, e para nós. Eu tenho uma idéia, mas eu preciso de você. Posso contar com você?


**********


Numa das salas dos Malfoy’s, olhando nos olhos de Draco e imaginando coisas sobre seu futuro, ali estava Hermione, deitada sobre o sofá e com as pernas no colo do loiro. Sentiu um arrepio percorrer seu corpo quando ele inclinou-se para beijá-la. Ele começou a deslizar suas mãos pelas pernas da garota, cada vez com mais intensidade, e sem parar de beijá-la, chegou a parte superior das suas coxas, por baixo do vestido claro que ela usava. Hermione se arrepiou ainda mais, estava ficando assustada. Deixou escapar um gemido, queria que ele parasse, mas Draco não o fez, e aprofundou ainda mais o beijo e as carícias. Seus corpos ficaram praticamente colados, ela queria sair, mas não conseguia, algo nele bloqueava seus movimentos. Num instante, algo deu forças para a garota que ela conseguiu sair, embora ainda estivesse muito próxima dele.


- Tudo bem? – Draco perguntou. Hermione não respondeu, não encarava mais ele. – Me desculpe se eu fiz algo de errado. – disse ele.


Houve alguns minutos de silencio, Hermione olhava para baixo e draco, para ela.


- Acho melhor eu ir para casa. Está ficando tarde. – disse ela após decorrido o tempo. Levantou-se, pegou sua bolsa e rumou para a porta. Draco a seguiu:


- Hermione, me desculpe. Deixe que eu te levo para casa.


- Não precisa, obrigada. Até amanhã. – disse ela, ainda sem encará-lo e rumou para fora dali. Draco pediu novamente para ela voltar, mas ela apenas acenou e seguiu seu caminho. Draco então, voltou para o sofá, deitou-se de qualquer jeito e ouviu Dobby chegando:


- A Hermione já foi?- perguntou ele, chateado. Hermione o tratava muito bem, conversava com ele, ao contrário da maioria das meninas que visitavam Draco.


- Já. Eu fiz uma besteira.


- Acho que é bem menor do que a minha: O Sr. Malfoy acabou de telefonar, disse que está a caminho e pediu para arrumar sua suíte. Eu não consegui inventar uma desculpa, não consegui adiar isso. – disse o menino, muito preocupado e quase chorando.


- Tudo bem, não tem problema Dobby, um dia ele voltaria mesmo. Pode ir e depois vá direto para o seu quarto. Eu me viro. – disse Draco, pálido e com ódio, mas confiante.


- E se ele quiser ver a Sra. Narcisa? – Draco pensou um pouco, justo agora que sua mãe melhorava, após um tratamento intensivo, Lucius tinha que chegar.


- Não devemos avisa-la. Se ele quiser vê-la eu digo que ela está dormindo.- Dobby assentiu e foi para o quarto. Draco percebia que todo o tempo que ele deveria planejar, ele estava com Hermione. Voltando agora, ele teria menos tempo para isso.


A porta foi aberta num baque. Draco parou de respirar por um instante. Lucius Malfoy entrou, como se chegasse de um dia rotineiro de trabalho. Não parecia cansado, mantinha a mesma expressão de sempre, como se ninguém fosse bom o bastante para ele. Não trazia consigo nenhuma mala, além da maleta de couro que usava tanto no trabalho quanto nas viagens.


- Saia da frente. – ordenou ele para Draco, que estava parado em frente a porta e cumpriu a ordem. – Aquele miserável já arrumou meus aposentos? – Lucius não tinha respeito algum por ninguém, seja um criado, um colega e até mesmo membros da família. Ele rumou para sua suíte e Draco o seguiu.


- O que está fazendo? Saia daqui.


- Eu esperava “Filho, como tem passado? E sua mãe, como está?”Senti a falta de vocês durante esse tempo que estive fora, fazendo...- disse Draco, sarcástico. Queria ver se conseguia descobrir algo que ele fez durante esse mês que esteve fora.


- Não me venha com ironias, quanto a sua mãe, vejo-a pela manhã. Por que eu iria perder tempo falando com você? Eu não devo satisfação de nada que faço. E você sabe bem como as coisas funcionam aqui. Agora pare de me importunar, vá para o seu quarto e suma da minha frente.- Lucius sempre dizia que não devia satisfação, que era o chefe da família e que suas decisões sempre deveriam ser acatadas. Draco foi para o seu quarto. Estava se segurando para não rasgar a garganta daquele homem. Agora estava definido: Não poderia deixar nada nem ninguém atrapalhar sua concentração, não poderia se dar ao luxo de se divertir agora, todas as energias deverias estar voltadas para sua vingança.


 


 


N/a: Olá!!!


Mais um capítulo...O QUE ACHARAM?????????????


Sério, eu preciso de comentários....


Neste cap tem revelações sobre Natalie, Lucius e sobre a mãe de Leonard.No próximo haverá algumas surpresas...


até breve!!!!


Beijos


Isah Malfoy


 

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Comentários (2)

  • H. Granger Malfoy

    posta o capitulo, por favor!!! A fic tem uma historia muito boa, so que eu acho que deveria ter mais cenas dramione, afinal eh o shipper principal ne?? tipo, eles comecaram a namorar, e se falaram depois da festa e a gente nem viu como foi isso... eu queria saber!!! beijosss

    2012-07-24
  • Nana-moraes malfoy

    Não seja por isso Isah, adorei a fic. Li os três caps e achei a história interessante. Uma Pansy solidariamente proposital. Essa eu quero ver! Vou acompanhá-la. Sendo assim, não demore atualizar viu? Sou muito curiosa. Beijos! nana 

    2012-02-22
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