Chapter One

'Não sou de demonstrar sentimentos,

mas sou cheio deles.

Eu sofro em silêncio,

amo com o olhar

e falo por sorrisos.'

Chapter one ou

you are the only exception

 

Alguns meses antes...

A amizade é algo indescritível. O fato de ter uma pessoa do seu lado, que te compreende, te entende é a coisa mais linda que o homem lá de cima fez por nós. Não precisa ser perfeito, todos cometem erros, todos têm defeitos, às vezes um simples sim pode ferir o próximo. São nesses momentos de depressão, de desprezo, de solidão, que percebemos quem são realmente os nossos amigos. Talvez a vida seja perfeita, talvez o abraço de um amigo signifique mais do que qualquer palavra de consolo e por incrível que pareça talvez eu consiga esconder tão bem o meu sentimento, que eu acredito que ele não existe. A amizade por mais linda que fosse em inúmeras situações fudia, literalmente, a pessoa, essa pessoa leia-se: Marlene Mckinnon. Os amigos fecham os olhos quando se tratam de erros, tapam os ouvidos quando se tratam de ouvir besteiras, mas sempre, sempre procuram compreender os atos. Mentira, em minha opinião, o verdadeiro amigo é aquele que te fala quando você está errado, aquele que te dá um tapa quando é necessário o acordar, aquele que te abraça quando vocês está desolado. Não somos nada sem o próximo, o ser humano necessita ter alguém do seu lado. É impossível sobreviver nesse mundo selvagem sem alguém. Afinal, porque teríamos ouvidos senão para ouvir o próximo? Boca para falar com o próximo? Não nascemos para vivermos sozinhos, nascemos com um ideal, com uma missão e essa missão nunca poderá ser completa se estamos sozinhos.

- Porra, Sirius! – eu falei, chegando na escola e dando um tapa na nuca dele. Era difícil entender a nossa relação, éramos amigos há décadas e sempre estávamos nos xingando. Nós nos entendíamos daquele jeito, sem blábláblá, sem nhênhênhê. – Só eu não ir em uma festa e você já faz merda!

- Seria merda se eu me arrependesse! – Sirius respondeu, sorrindo torto e caminhando para o lado oposto de seus amigos. Eu nunca entendi essa necessidade constante do Sirius de beber até cair.

- Qual é Sirius, quando eu te digo para não ficar com a garota, é porque tem motivos! – eu falei, gesticulando com as mãos, minha marca registrada. – Ou é porque a garota não bate bem e ameaça de te dopar no vestiário feminino, ou é porque ela tem DST, ou é porque ela é simplesmente maluca, doida de pedra...

- Ou é porque ela tem namorado. – Sirius riu, conseguindo arrancar um sorriso meu. – Lene quando eu vi já tinha acontecido, na verdade eu não vi nada. James me lembrou no outro dia que eu havia ficado com a Emmeline.

- Justo ela! – falei entre os dentes. Emmeline Vance era responsável, querida e tentava agradar todo mundo o tempo todo. E o fato dela ser perdidamente apaixonada por Sirius piorava ainda mais a situação. Sem contar o fato que Emmeline nutria um sentimento de raiva, de ódio eterno por mim. O que dava para entender, apesar de ter a simpatia de vários, eu, Mckinnon, sou uma pessoa complexa. Definitivamente não sou querida o tempo todo, não sorrio desnecessariamente, não digo palavras amáveis quando a pessoa não merece. E com Emmeline sentia uma obrigação de mandá-la para a puta que pariu toda a vez que a garota vinha com suas manias nãometoque. Sim, eu sou grossa, cética, realista, pessimista.

- Lene, eu não estava em minha consciência, tiveram que me contar depois tudo o que eu fiz... – ele falou, tentando se explicar. – Ela foi mau caráter, ficar com um cara semidesmaiado não é tecnicamente ficar com alguém.

- É se o comentário da escola no outro dia só for sobre isso. – falei, minha vontade era de esganar Sirius, sempre, sempre que ele fazia alguma besteira, eu tinha que me envolver para o defender, o fato de eu ainda não ter apanhado de alguma menina desvairada era inédito, mas vai acontecer, ainda vai. – Vem, vamos para a aula.

- Monga. – ele disse por fim, sorrindo e me abraçando de lado. Nós tínhamos aula de literatura, a minha preferida. Não, eu não ia ser jornalista, nem nada do estilo.  Simplesmente apreciava uma boa leitura e escrever, escrever sempre me libertava dos meus demônios. Sirius foi sentar junto com James Potter, os dois eram inseparáveis e eu sentei ao lado de Lily Evans e Dorcas Meadowes, as únicas pessoas dignas da minha amizade, junto Sirius e James, apesar desse último ser mais um intruso do que amigo, mas ainda não vem ao caso... Não, eu definitivamente não sou arrogante, mas o pensamento de todas aquelas pessoas em um único lugar me afoba. Agradar a todos não é o meu forte e Dorcas e Lily gostavam do meu jeito grossa de ser.

- Em Como gosteis de Shakespeare, alguém pode me explicar o ato de Rosalinda? – pediu a professora Mary, ela era nova, com vinte e cinco anos, vestia-se impecavelmente, nunca em todo o ano letivo havia errado ao combinar suas roupas. Seu olhar sonhador, sua paixão por livros, fazia com que os alunos se interessassem. A maioria dos garotos apenas prestava atenção na aula por que ela era realmente linda. Ela não era a única professora daquele colégio a ser assediada pelos alunos, o professor Remus Lupin, vinte e seis anos, moreno, alto, olhos azuis... Ah o amor juvenil. – Marlene?

- O amor explica tudo. O fato dela se apaixonar por Orlando, do duque tê-la expulsado de casa, tudo isso explica o seu ato. Vestir-se de homem, interpretar um papel, um disfarce, isso torna a pessoa sem limites e nesse caso Rosalinda teve a chance de se aproximar de seu amor. – Eu falei sorrindo, Shakespeare é inspirador para mim. A professora ouvia atentamente cada palavra, não parava de andar de um lado para o outro. – Quer dizer, todo mundo gostaria de ser outra pessoa um dia, ou simplesmente encarnar um personagem e fazer o que bem entender. Rosalinda teve essa coragem, tudo por causa de Orlando.

Com certeza eu fiquei mais vermelha que os cabelos de Lily agora, a professora começou a falar sobre Shakespeare. Disfarces, eu sei muito bem o que era isso. Disfarçar um sentimento, disfarçar uma careta, disfarçar uma dor. Fazia isso o dia todo ao lado de Sirius Black. Sim, ele é meu melhor amigo, ele era o tipo de cara que fazia amizade com qualquer pessoa com sua simpatia, mas para mim, ele era o príncipe nada perfeito. Besteira, besteira e mais besteira. Eu não sou nenhuma garotinha a procura do final feliz, eu não sou uma garota a procura de uma história clichê e muito menos uma garota que queria dominar o mundo. Simplesmente sentia algo a mais por Sirius, ria de suas piadas sem graça, o xingava o tempo todo, do mesmo jeito que ele fazia comigo. Nós não éramos delicados, não éramos amados, e muito menos tínhamos uma amizade colorida. Depois de Lily, eu sou a única garota que ele não havia dado em cima.

- Qual é o sentindo da vida? – começou a pedir Lily assim que saiu da sala comigo e Dorcas. Lily era assim, do nada perguntava coisas sobre a vida, o tempo, ela adorava perguntar perguntas sem respostas certas. Não era como Dorcas viciada em matemática e encontrar vários jeitos, várias soluções para um único problema.

- O sentindo da vida é ter pessoas perguntando qual é o sentindo da vida. – respondeu Dorcas mal humorada, hoje de manhã havia brigado com sua mãe pela milésima vez. Assim que ela tiver dezoito anos vai se mudar, sem choros. Era incrível como ela conseguia ser prática, organizada, determinada com uma família daquela. Sem contar a questão de moda, Dorcas conseguia ser uma it girl fácil e sempre me xingava por causa das minhas roupas.– Desculpe.

- Dizem que é o amor que dá sentindo a vida, cada coisa que você faz ou deixa de fazer dá sentindo a vida. – falei, achando tudo besteira, mas tentando me conter. – Por exemplo, se você come uma maçã, o sentido da sua vida gira em torno do motivo de você a ter comido.

- Não poderia ter feito uma pergunta mais fácil? – pediu Dorcas sorrindo, Lily ruborizou, o que era normal para uma ruiva. – Como qual é o PI inteiro?

- Claro, bem mais fácil. – Lily falou irônica, ela odiava com todas suas forças matemática, normalmente quem gostava de português, literatura, história, como eu, tinha uma aversão por matemática, física e química.

- Pelo menos tem resposta. – Dorcas encolheu os ombros e parou antes de entrar no ginásio. – Eu vou fazer uma carta de reclamação para a diretora, quem precisa de Educação Física na vida?

- Eu não. – Falei suspirando, essa era a minha segunda maior tortura: as aulas de Educação Física, o fato de não ter coordenação ajudava muito. Minha paixão era o teatro, atuar é tudo para mim. Eu até seria uma grande atriz um dia, isso se meus pais não continuassem a pressionando para fazer Medicina, como eles. Emmeline nos encarava como se a qualquer momento fosse matar nós três, era incrível como alguém desenvolve uma obsessão maluca de uma hora para a outra. – Era só o que me faltava... - falei balançando a cabeça negativamente e entrando no vestiário, vesti rapidamente meu calção e minha camiseta larga com as letras: Frankie says relax. Adorava o fato de ter a mesma camiseta que a Rachel de Friends tinha. Sem contar que amo essa música, Relax do Frankie goes to Hollywood.

Como eu já disse antes é certo que eu ainda vou apanhar por ser amiga do Sirius, literalmente apanhar, literalmente entrar em uma briga ou ser forçada a revidar. Ameaças de morte eram comuns, já que todos achavam que nós tínhamos algo a mais. Ignorantes, era isso o que eu pensava. Não que não queria ter algo a mais, mas nesse momento a vida dele estava mais confusa do que um hospital psiquiátrico com um bando de drogados. Quando o Sirius se fascina por uma garota ele faz de tudo para chamar a atenção dela, o que era óbvio. Ele avançava o sinal vermelho, conseguia a confiança dela e depois, depois a descartava. Nesses casos ele usava a definição ficar, ele ficava com a menina. Quando ele ia em festas e beijava várias desconhecidas, ele pegava a garota. Sirius Black era egoísta e eu era a única que o compreendia, mas às vezes o entender não é compreender.

- MARLENE! ACORDA! – Dorcas gritou do outro lado da quadra, mas eu não me abaixei a tempo e senti uma bola de basquete no meu rosto. Algo úmido começou a escorrer, era sangue, meu nariz estava sangrando e eu estava caída no chão. Um montinho se criou ao meu redor.

- Sorry Mar, não te vi. – falou a voz ácida de Emme, claro que ela não havia me visto, eu realmente não estava bem na sua frente, isso é tão certo como ela não era obsessiva por Sirius. Lily, Dorcas me ajudaram a levantar, mostrei o dedo do meio para Emme antes de ir para a enfermaria.

 - Vadia, escrota. – rugia Dorcas na ida para enfermaria, eu tentava rir, Dorcas não era de falar palavrões. A camisa Frankie Says Relax agora estava toda ensanguentada, eu havia a tirado e colocado no meu nariz. Sorte minha estar com uma regata por baixo.

- Mais um ataque para a lista... – falou Lily rindo no final, só contorci o rosto na tentativa de uma risada. Eu sempre tive uma muda de roupa a mais no armário, as garotas não perdoavam, derrubavam sem querer comida nela, refrigerante, eu me sentia em um dos episódios do Glee.

- Você tem sorte que não quebrou o nariz, Srta. Mckinnon. – falou sorrindo a enfermeira enquanto me dava um remédio para dor. Lily e Dorcas estavam sentadas perto da porta, cochichavam o tempo todo. Odiava quando elas cochichavam, principalmente quando o assunto sou eu.

- Eu que vou quebrar o nariz dela quando a ver... – falei, irritada, a enfermeira começou a rir, achando que era brincadeira. Lily e Dorcas arregalaram os olhos, elas sabiam que isso era possível, mas não odiavam a hipótese disso acontecer.

- Le, você está bem? – pediu Sirius entrando na enfermaria, seguido de James, eu o olhei com raiva e só balancei a cabeça. Sirius sabia que eu estava brava, sempre o avisava que isso iria acontecer e ele nunca levava a sério. Agora que foi Emmeline, ele entendeu o recado. James abraçou Lily, dando-lhe um selinho. Eles eram um casal fazia uns dois anos, no começo foi estranho o fato dos dois amigos começarem uma relação. Sirius começou a chamar Lily de Yoko, por ter se metido na amizade dos dois, claro, brincadeira. Ele lembrava do apelido assim que James desistia de algum plano dos dois para ficar com ela. Os dois não eram inconvenientes, aqueles casais chatos, que ficavam batendo foto de beijo, falando moxinho pra cá, amoxinho pra lá. E é o único casal que eu não me sentia segurando vela quando estava perto.

- Eu te ajudo a quebrar o nariz dela! – falou Dorcas, levantando do nada, sorrindo. Sirius a olhou atentamente e sorriu. Infelizmente eu conheço aquele sorriso e sei que ele não tinha a mínima chance, não com ela e isso o excitava mais, revirei os olhos com esse pensamento. Sai da maca e deixei todos na enfermaria, uma onda de raiva nasceu no meu peito, fui até o vestiário e dei um soco, não tão forte, na parede. Apesar de aparentar ser louca, não era tanto.

- Isso, não quebrou o nariz, mas quer quebrar a mão. – falou Dorcas, atrás de mim. Sentei-me derrotada a olhando. Ela a entendia, ela sabia da minha paixonite, mas nunca me disse isso, eu percebi isso só pelos olhares que ela me lançava. Era difícil Lily e Dorcas não perceberem isso, por mais que eu tentasse esconder bem meus sentimentos. – Se eu te contar um segredo, você terá que me contar um.

- Tem que ser agora o meu segredo? – Pedi, nós sempre fazíamos isso, quando precisávamos conversar com alguém. Dorcas sorriu e balançou a cabeça negativamente.

- Pode ser quando você estiver pronta. – Falou por fim, ela pegou a minha mão e ficou segurando. – Você vai ser a primeira a saber, porque eu sei que não é de julgar as pessoas...

- Como eu posso julgar alguém? É pura hipocrisia. – falei por fim, fazendo Dorcas sorrir. – O que houve?

- Eu estou saindo com uma pessoa. – ela falou, respirando fundo. Não era nada surpreendente, Dorcas era linda, inteligente, amava moda e matemática, uma combinação meio diferente, mas magnífica para ela. – Uma pessoa mais velha.

- Quem? – pedi ficando preocupada. O fato de ser um cara mais velho não era de nada, mas o fato de Dorcs ter guardado segredo, ai sim era preocupante. – Ah meu Deus... é o...

- Sim... – falou Dorcas. - ... É o professor Lupin.

- Eu sabia! – disse sorrindo. Era perturbador, a amizade de Dorcas e o professor era muito além de matemática e números primos. Sempre vi uma intenção a mais nas ações dele, não era anormal os professores serem amigos dos alunos, mas ali ele a tratava de um jeito tão especial.

- Começou tudo há um mês atrás, depois da festa de comemoração de vinte anos do colégio. Ele me ofereceu uma carona e... aconteceu. – Dorcas estava vermelha, comecei a rir. – O que?

- Primeiro, nós temos que arranjar um codinome para ele, chamá-lo pelo próprio nome, ainda mais na escola é idiotice, de agora em diante, será Seth. – falei, sorrindo. – E eu não pensei que poderia ter alguém mais ferrada na vida do que eu.

- Nossa, delicadeza. – disse Dorcas rindo e se levantando. – Eu ainda vou ficar esperando o seu segredo, quando você estiver pronta.

- No fundo eu acho que você já sabe. – encolhi os ombros e abri meu armário do vestiário, pegando uma camiseta gigante de banda e tirando minha regata, ensanguentada. – Eu realmente preciso me vingar da Vance.

- Eu estava falando sério quando disse que iria te ajudar. – falou Dorcas me abraçando, meus pensamentos começaram a se voltar em planos de vingança. – Dude, teu nariz está muito vermelho.

- Realmente, está horrível Le. – Comentou Sirius, quando nós saímos do vestiário. Não falei nada para ele, apenas o dei um chute no tornozelo, estava com raiva. Ele apenas riu do meu chute. – Vai com calma, Narizinho.

- Falou o ogro. – resmunguei, o deixando para trás e indo até meu armário. Sirius não se preocupou em ir atrás, continuou conversando com Dorcas. Vance passou por mim e praticamente me fuzilou com o olhar. Não agüentei mais e a empurrei contra o armário. Não ia ser necessária vingança tão cedo. – Se você fizer isso de novo eu juro que não vai sobrar nenhum dente seu, estamos entendidas?

- Ora Mar, até parece... – antes de Emmeline terminar a frase, dei um soco no armário, com toda a minha força, ao lado da cabeça da loira, que arregalou os olhos.

- NÃO duvide. – finalizei, deixando-a para trás estupefata. Comecei a rogar praga na minha maldita ideia de sair socando todo mundo. Minha mão provavelmente estava mais vermelha que meu nariz, provavelmente e certamente mais vermelha que os cabelos de Lily. Sirius me olhou assustado e Dorcas começou a rir de Emmeline. Revirei os olhos e fui em direção ao meu carro.

- Isso não foi necessário... – falou Sirius, quando comecei a abrir a porta do meu carro. Se minha mão não estivesse vermelha e doída daria outro soco nele.

- Não. Isso... – apontei para o meu nariz, vermelho. - ... é que não foi necessário. Aquilo foi totalmente necessário.

- Tanto faz. – ele falou, sentando-se em cima do capo do meu carro, odiava quando ele fazia isso e ele sabia. Cuidava do meu carro como se fosse o meu bebê, odiava que pessoas encostassem nele, ou sentassem nele. – Você sabe se a Dorcas está saindo com alguém?

- Pede para ela. – falei, curta e grossa, o fazendo rir. O bom disso era que ele não percebia o meu tom amargurado. – Não vou me meter nisso.

- Ah, por favor Marlene... Ela é a sua amiga. – ele falou, tentando me convencer com aquele sorriso estupidamente lindo.

- Não, ela é o seu alvo. Não meu. – falei por fim, entrando no carro e o ligando. Ameacei dar partida com ele em cima do capo ainda o que foi o suficiente para ele sair.

- Eu te ligo de noite. – Sirius disse me dando um beijo na bochecha pela janela do carro.

- Não precisa. – falei, arrancando o carro. Ele sempre me ligava tarde da noite e ficávamos conversando até de madrugada, como era possível eu não me apaixonar por uma criatura dessa? Ele era perfeito, apesar de egoísta e a minha vontade de gritar com ele para não dar em cima de Dorcas era enorme. Eu sei que ele não tem a mínima chance, mas mesmo assim, ele não ia deixar de lado tão facilmente e certamente o fato da Dorcas ser uma pessoa magnífica vai o deixar mais curioso. Senti uma vontade incrível de chorar, mas me segurei, fui direto para o teatro. Como eu disse antes, sou apaixonada por atuar, faço parte de uma companhia e é lá onde extravaso minhas emoções. Meus pensamentos não paravam de rodar em Sirius e Dorcas, já estava prevendo o que vai acontecer e no fim de tudo, a única que iria sair machucada, como sempre, era eu.

 

 

nota da autora:

oi gente! desculpa a demora, pra começo de conversa, hehe. gostaram? meio curto, eu sei, mas os capítulos vão ter mais ou menos esse tamanho e não serão muitos.  esse capítulo mostra alguns meses antes da formatura, que foi mostrada uma parte no prólogo :) espero que tenham gostado, ainda não pareceu muita coisa.

Frankie goes to Hollywood é uma banda de dance-pop que ficou muito popular em meados dos anos oitenta! eles fizeram uma música chamada Relax e a camiseta é uma 'homenagem' assim por dizer, por isso o Frankie says relax. Sim, eu sou fã de Friends, e fiquei muito curiosa no episódio da terceira temporada quando o Ross quer essa camiseta da Rachel de volta, enfim, achei interessante.

queria agradecer: caroline black malfoy, hell yeah, Fê Black Potter, Jennifer R. Perverell, eugênio, Mii Reiis, Nina H. e Gaby Black.

muito obrigada pelos comentários, me fizeram muito feliz hihi!

ainda tem muito pra acontecer nessa história, espero que gostem  e continuem comentando.

 

Beijokkks, dominique.

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