Visita Inesperada



 Remo pensou em todas as possibilidades de avisar Tonks sem que o grupo desconfiasse dele. Sem que o grupo tivesse tempo de matar ele. Ele olhou em todas as direções, preocupado. Então uma simples e suicida idéia lhe ocorreu.


 Ele começou a correr em direção à saída, até que a encontrou sem ninguém de guarda. Agradeceu a Merlin por isso, mais antes que pudesse dar alguns passos, braços fortes o seguraram. Ele olhou atordoado para trás e deu de cara com Ravier, o segundo líder do grupo.


–Sabe Lupin, o mestre odeia vira-casaca. – e jogou Remo no chão.


Assim que o baque do corpo dele foi ouvido Greyback apareceu com um sorriso triunfante no rosto.


–Você vai morrer desgraçado!


Ravier pegou Lupin pela gola da camisa e deu o primeiro soco. Remo sentiu seu nariz deslocar. Greyback partiu para cima dele e começou a chutá-lo. Remo se sentia nauseado. Antes que ele pudesse se defender de outro ataque, uma voz chamou longe.


–Greyback, outra briga!


–Vem me ajudar a separar esses idiotas Ravier. – Greyback mandou.


–E o lobinho aqui?– Ravier perguntou sarcástico.


–Ele já aprendeu a lição.


 E saíram, deixando Remo jogado no chão. Ele procurou se apoiar no chão para levantar. Rapidamente pegou um vidrinho de dentro do bolso da calça e tomou, era a poção Mata-Cão. Mais tarde ele tinha uma transformação para enfrentar. Pegou sua varinha que continuava intacta e aparatou em frente ao a uma hospedagem em Hogsmeade. Como Tonks estava de guarda em Hogsmeade, ela tinha alugado um quarto perto da Dedos de Mel. Ele entrou no saguão do prédio e perguntou a um bruxo que estava na recepção se Ninfadora Tonks estava no seu quarto, o bruxo disse que sim e Remo pegou o elevador e subiu até o quarto 54. Bateu na porta e ouviu um copo se quebrando. Logo depois uma porta foi destrancada e abriu abruptamente, Tonks não estava ali. Antes que Remo pudesse fazer alguma coisa, uma voz chamou de outro cômodo. Remo se encaminhou até lá e viu uma mulher de costas, com os cabelos castanhos e lisos, magra e com uma varinha na mão. Ele ficou triste com o que viu. Tonks sempre tão alegre, agora estava daquele jeito e a culpa era dele. Isso ele sabia.


Ela se virou para ver quem estava lá e deu de cara com Remo.


–Veio aqui para brincar comigo?– ela perguntou sarcástica.


–Ninfadora, não diga isso.


–Não me chame assim!– ela gritou com raiva. Sem perceber já estava chorando.


 Remo se aproximou lentamente dela e limpou com o dedo as lagrimas que estavam caindo em sua bochecha. Ele a abraçou sabia que era errado mais vê-la tão frágil daquele jeito era difícil. Ela colocou a cabeça em seu ombro e ele ficou passando a mão no cabelo dela.


Como se despertasse, ela saiu do abraço deixando Remo surpreso. Ela olhou para ele séria. Logo ela percebeu o nariz dele quebrado e a roupa manchada de sangue.


–O que aconteceu?O que você veio fazer aqui?–ela perguntou preocupada.


–Eu vim te avisar.


–Avisar o que?– ela perguntou impaciente.


–Greyback pretende atacar os aurores.


–O que?– Tonks perguntou surpresa.


–É isso mesmo. – ele falou já se virando para ir embora.


–Espera Remo.É por isso que você está assim?– ela perguntou. Ele confirmou com um aceno de cabeça.


– Fica mais um pouco. – Tonks o chamou decidida.


–Tonks, mais tarde tem a minha transformação. Eu tenho que achar um lugar para ficar.


–Remo, a transformação é de noite. Ainda está de dia. Fica, vai.


–Eu fico. – ele falou com um sorriso no rosto


–Remo, posso pedir um favor?– Tonks perguntou com um sorriso. – Faz aquele chá de hortelã que você fez no dia que eu fui à sua casa?


–Claro. – Remo pegou a varinha e fez aparecer um bule, que levou-o ao fogo. Em quanto fazia isso, ele percebeu que Tonks estava vindo em sua direção, quando ela chegou perto o suficiente dele ele se afastou e viu um sorriso sapeca no rosto dela.


–Não precisa ter medo de mim não Remo.


Ele para desviar do assunto, perguntou.


–Como está indo seu posto aqui em Hogsmeade?


Ela pareceu chateada, mais disfarçou.


–Ótimo não está, né? Mais a equipe ta se empenhando bastante para proteger o vilarejo. Por enquanto os comensais não estão atacando mais vai ser questão de tempo até alguma coisa acontecer. E eu não quero falar de mim não, Remo. Como você está?


–Eu estou bem Tonks.


–Hum, você não me engana não.


Ele sorriu.


–Me deixa cuidar de você, Remo. Eu sei que ontem teve lua cheia e você deve estar machucado, vem aqui.


Ele se esqueceu do chá no fogo, esqueceu que os dois tinham segundas intenções disfarçadas e seguiu Tonks até a cama dela.


 Ela pediu para Remo se sentar na cama e começou a remexer em algumas gavetas. Até que soltou um ‘’há’’ e se sentou na cama ao lado dele. Ela estava com gaze, uma poção laranja em um pequeno frasco e uma barra de chocolate.


–Aonde são os ferimentos? Além do nariz quebrado é claro.– ela perguntou.


Ele ficou constrangido de dizer.


–Deixa que eu mesmo faço isso Tonks.


–Não, o hospede aqui é você, então eu como boa anfitriã vou cuidar de você.


– os ferimentos são no tórax Tonks.


–Bem... Então você vai ter que tirar a roupa.


–Tonks!- ele falou incrédulo.


–Remo, não acredito que você pensou isso! Só tire a camisa.– ela falou com jeito inocente.


 Remo tirou a capa e depois a camisa, ficando só com a calça. Tonks pegou a gaze e molhou com a poção. Ela chegou mais perto de Remo e perguntou.


–Posso?– olhando nos olhos dele.


–Pode. – ele falou quase sem fôlego. Aquela proximidade o deixava sem palavras.


 Tonks no começo falou um feitiço para consertar o nariz quebrado de Remo, e depois começou a passar a gaze molhada em todo o peito dele, vendo várias cicatrizes. Ela passou bem devagar, fazendo leves movimentos pelo tórax dele. A pele de Remo era incrivelmente branca, e em alguns pontos estava vermelha.


 Os dedos dela percorrendo seu tórax era muito bom. Ele não se conteve e deixou o coração dominar a mente. Pegou o rosto de Tonks e aproximou do seu beijando-a. Ela pega de surpresa no começo não retribuiu, mais não conseguiu resistir. A língua dele se insinuou para dentro da boca dela, deixando-a ofegante. Ele a beijou como se o mundo fosse acabar a paixão era tanta que Remo a deitou-a na cama e ficou por cima dela, beijando-a. Tonks começou a tirar o cinto dele e ele passou a mão no corpo dela, e por fim segurou seu seio. Remo não queria apressar as coisas, mais sua mão já foi tirando a blusa de Tonks deixando-a só com a calça jeans e o sutiã azul. Ele ficou admirando o seu corpo por inteiro, e começou a beijar o pescoço de Tonks. Remo já ia tirar o jeans dele, quando uma batida na porta fez os dois se assustarem. Remo saiu de cima da garota e ela ficou em pé com a ajuda dele. Se esquecendo de que estava só de jeans e sutiã, Tonks abriu a porta e deu de cara com o garoto da pizzaria.


Tonks pegou o dinheiro e deu para o rapaz. Ele fitou-a com cara de bobo e ela perguntou.


–O que foi?


Ele apontou para ela. Tonks olhou para baixo e viu que estava sem a camiseta.


–Remo, me empresta a sua varinha?– ela olhou para Lupin e ele foi até ela incrédulo e lhe deu sua varinha.


–Obliviate. -apontou a varinha para a cabeça do garoto e pegou a pizza fechando a porta.

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