Cap. 1



N/A: bem, minha primeirissíma fic. Não sei se ficou boa, mas ta ai.
me inspirei na infinidade de fics R/Hr que jpa li, então...


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Ele chegou cambaleando no salão comunal. A primeira visão que teve foi a coisa mais divina da sua vida. Hermione, lendo um livro serenamente e anotando, vez e outra algo em um pergaminho ao lado. Ela parecia totalmente dispersa do mundo a sua volta, e a ele também. Lançou um olhar triste ao chão. Como ela poderia deixá-lo tão imensamente confuso? E por que ela tinha que ser tão perfeita?


Rony a observou novamente, a estudando detalhadamente. Seus cachos castanhos lhe caiam graciosamente sobre os olhos, que estavam completamente vidrados naquele maldito livro. Podia jurar que ela tinha um sorriso contido nos lábios, e a achou adorável fazendo aquilo. De repente ela apenas levantou os olhos e sorriu docemente para ele, fazendo seu coração ir à loucura.


 - Você demorou hoje. – Ela disse sorrindo de modo intrigado - o que houve?


 - Ah? – Rony respondeu completamente confuso, mas indo sentar-se ao seu lado.


 - Rony, às vezes parece que você se esquece dos detalhes mais importantes, – ela disse rindo jogando os cabelos para trás. – Pelo amor de Mérlin! Como você não se lembra que todos os dias nos encontramos aqui antes de ir jantar? – ela perguntou de modo brincalhão tocando a ponta do nariz dele.


 - Nós fazemos isso? Rony perguntou confuso.


 - Pelo jeito hoje a sua memória esta muito fraca, querido.


Rony quase subitamente teve um enfarte ali mesmo ao ouvir aquilo. Hermione estava estranha... Se comportando de modo muito diferente, como nunca fazia. Quase teve outro enfarte ao ver que ela se aproximava dele e lhe roubava um beijo doce na ponta do nariz. Que diabos era aquilo?


 - Deixe-me explicar... – ela começou rindo, achando que tudo era uma grande brincadeira do namorado. – todos os dias, depois das aulas, nos encontramos aqui para podermos ir juntos jantar, no Salão Principal...


 - E por que fazemos isso? – Rony estava perplexo. Por Mérlin, o que estava havendo?


 - Bem, porque você achou isso justo. Você mesmo disse: não, todos os dias eu vou levar a minha namorada para jantar... Sinceramente, no que você pensando Hermione? Achou que ia se livrar de mim assim? – ela riu gostosamente – desde então a gente faz isso. – observou a cara espantada do rapaz. – Tem certeza que ta bem, Ron?


Rony, rapidamente assimilou os fatos e sorriu de orelha a orelha e disse com os olhos brilhando de tanta felicidade:


 -Nunca estive melhor – disse quase agarrando Hermione pela cintura e dando um beijo que há muito esperava nela.


 


Rony acordou com um sorriso encantador aquela manhã. Olhou-se no espelho, e contemplou Harry adormecido na cama de armar, ao lado. Não se dando ao trabalho de acordar o amigo, saiu, tentando entender o motivo de tanta felicidade.


Chegando na cozinha entendeu na hora. Quando viu Hermione conversando com Gina, de modo descontraído, no canto da mesa se lembrou. O sonho... nossa, aquilo tinha mesmo sido um sonho? Porque, desde aquele dia, tinha sido o melhor.


Por mais que estivesse muito feliz naquele momento, a felicidade, novamente, tinha sido tomada pela dúvida.


Rony sentia-se imensamente confuso. A Guerra havia terminado a final. Todos estavam imensamente felizes, e isso era o único consolo por todas aquelas perdas. Já havia quase um mês, mas ninguém tinha aceitado a perda imensurável de Fred Weasley. Superado, também não, mas gradualmente todos teriam que fazer isso. Aceitar ninguém nunca iria realmente aceitar, mas todos faziam o possível para transmitir o máximo de felicidade para aquela casa.


Agora as pessoas já riam, faziam uma que outra piada, e já estavam num estado emocional melhor. Mas e o Rony? Alguém realmente se importava com o que ele estava sentindo? Como na sua vida inteira, ele achava que não. Estava superando, com mais facilidade que os outros, a perda de Fred, mesmo sendo difícil. Só que ninguém percebia, pois ele estava completamente atordoado com outra coisa.


No dia da grande Batalha, Hermione havia feito aquilo. Sim, ela havia feito, por mais improvável que pareça, por mais maravilhoso que tivesse sido. O único problema com a mente perturbada de Rony era entender o porquê. Isso, para a maioria das pessoas normais seria considerado prova de amor, ou declaração, ou qualquer coisa que representasse isso. Acontece que Rony não era uma pessoa normal. Ele havia se apaixonado pela sua melhor amiga, desde os onze anos se aventurava em aventuras (por mais irônico que parecesse) que tratavam da segurança de seu mundo, da segurança de sua vida.


Por esses e outros motivos, Rony não conseguia considerar-se uma pessoa normal. Ele tinha tudo para crer que Hermione o amava, mas não creia. Tinha medo, aliás, continuava com medo. E se ele estivesse literalmente delirando e Hermione não o amasse porcaria nenhuma (essa era a possibilidade que o lado nervoso, e amedrontado de seu cérebro considerava). Mas, e se houvesse um mas.  E se Hermione não tivesse tocado no assunto até agora porque ela havia dado o primeiro passo e ele tivesse que dar o segundo? Uma pequena parte de seu cérebro considerava essa parte, que era a parte sonhadora, a parte completamente embriagada por Hermione, a parte pela qual estava completamente tomada por ela. E era a essa parte que Rony tentava se prender todos os dias, essa era a parte que dava forças para ele continuar todos os dias, que fazia ele ter sonhos como o daquele dia, praticamente todas as noites.


Rony estava confuso apenas por isso, e embora todos pensassem que era pela morte de Fred, Rony andava com cara de trasgo pela casa porque estava envolto em pensamentos difíceis demais para explicar. Mas a única coisa que sabia explicar é que Hermione tinha dedo em todo e qualquer pensamento.


Depois de comer, olhado hora e outra para Hermione, Rony saiu de fininho procurando um lugar tranqüilo no jardim para pensar, para refletir, para saber que próximo passo dar.


 


 


Hermione via aquela cena com o coração na mão. Ver Rony naquele estado era horrível. E naquele momento ela viu que tinha que agir. Do mesmo jeito que Rony a apoiara no funeral de Dumbledore ela o apoiaria pela perda de seu irmão.


Caminhou de modo mais silencioso possível até o banco onde Rony estava e sentou-se ao seu lado. Rony olhou para ela com os olhos levemente vermelhos. Hermione tentou transmitir uma segurança que ela não possuía para Rony.


 - Sinto muito, Rony. – Foi tudo o que conseguiu dizer para tentar consolá-lo.


Naquele momento Rony pensou que o mundo acabara de cair, e que ele estava bem embaixo de tudo. Realmente, ele era um lerdo. Agora ela estava se desculpando pelo beijo. Não, ele não queria que ela se desculpasse, ele iria agir ali e agora. Não tinha mais como esperar.


 - Você não tem que sentir, foi a melhor coisa da minha vida – ele disse com a voz embargada, e levemente magoada.


Hermione arregalou os olhos de um jeito que até chegava a ser cômico.


 - Como pode dizer isso, Rony?


 - Hermione, como você, logo você, pode não ter percebido isso até agora?


Hermione o olhou confusa, e logo perguntou:


 - Estamos falando da mesma coisa?


 - Eu não sei, do que você estava falando, Mi?


 - Er... do Fred. E você?


Quando Rony percebeu o que havia feito atingiu um tom tão elevado de vermelho que quase chegava a ser púrpura.


 - Er... quero dizer... eu falava de...


 - Você falava de...? – Hermione estava curiosa, seu coração estava quase saindo pela boca, suas mãos suavam e começava a sentir um frio passar pela espinha com bastante rapidez.


 - Ah Hermione, não é fácil falar, ta legal? Acontece que pra mim é mais difícil ainda... você me deixa muito confuso, sabia?


 - Deixo?


 - Deixa. E não sabe o quanto... andei pensando nos últimos dias, aliás, nos últimos anos. – Hermione sentiu o sangue gelar e parar bem ali onde estava. Já Rony estava confiante, por alguma causa que ele desconhecia. - Sabe, estava pensando em porque, realmente porque você me beijou no dia daquela maldita batalha...


Hermione pensou que iria desmaiar bem ali, para nunca mais acordar e ter esse momento gravado em sua memória pro resto da vida, mas desmaiar em cima de Rony não seria má idéia. Quanto, mas quanto havia sonhado com esse dia. Nem ela ainda entendia o porquê daquele beijo. Fora algo totalmente impensado e que ela fizera num momento de tensão e além do mais, fora um momento único em sua vida.


Agora ele estava bem ali, na sua frente, a encarando com aqueles olhos incrivelmente azuis, de um modo extasiante. Ela tinha que responder, não podia decepcioná-lo, pelo menos não agora.


 - Er... Isso foi uma pergunta?


 - Se você quiser responder, sim.


Rony a encarava de um modo tão doce que Hermione estava sem fala, e achou que pela primeira vez em sua vida seu cérebro não conseguia pensar. Não conseguia raciocinar, nem imaginar nada em que responder. Tentou lembrar do conteúdo de qualquer livro, só para garantir que estava bem. E por mais incrível que pareça, não conseguiu. Olhou para a grama mal aparada aos seus pés, tentando calcular suas palavras ao responder aquela pergunta.


 - Eu gostaria muito de responder, Ron. O problema é que não sei como te responder isso. Não sei como tive coragem de fazer aquilo.


 - O que? Hermione Granger não sabe responder a uma pergunta? – ele riu – bem, mas por incrível que pareça, eu entendo você... Só existe um porém, não te perguntei como, te perguntei porque – ele disse em tom severo, mas brincalhão, arrancando de Hermione uma risada contida, que ele achou simplesmente linda.


 - Por quê? Não esta na cara, Rony? Eu simplesmente achei que nunca mais teria uma chance, nunca mais poderia te ver, dependendo do andamento das coisas. Eu estava com medo, medo de te perder, de te perder pro mundo, de te perder pra sempre. Eu queria fazer aquilo pra te mostrar que eu estaria ali sempre, sempre ao seu lado, não importando o que acontecesse, sabe? – ela deu ombros – realmente não sei com o que eu estava na cabeça...


 - Sabia que quem está com medo agora sou eu?


 - É? Medo de que?


- Medo de te perder pro mundo. Mas não de te perder pra sempre. Te perder pra um marmanjo que se acha o tal, tipo o Krum. Tenho medo de nunca mais poder fazer isso.


E de súbito impulso Rony enlaçou Hermione pela cintura e lhe deu um beijo, mas agora não apressado como fora outrora. Era um beijo doce que podia dizer muito mais do que com palavras.


Hermione achou que estava sonhando, suas mãos tremiam de tal modo que parecia simplesmente impossível parar. Mas, se realmente estivesse sonhando, por que acordar? Não queria acordar de qualquer modo.


Rony pensou que aquilo era só mais um sonho. Mas esse sonho tinha uma pitada a mais de realidade, e ele sentiu um arrepio percorrer seu corpo inteiro, o deixando mais extasiado ainda. Por um momento pensou no que falaria depois. Depois respondeu pra si mesmo: “ Ah, quer saber? Que se dane!”


E ficaram ali. Quanto tempo nenhum dos dois sabia. Até que Rony quebrou o beijo e olhou para os olhos cor de mel de Hermione. Sorriu para ela e falou bem baixinho em seu ouvido.


 - Eu me esqueci de fazer uma pergunta.


 - Que pergunta?


 - Quer ser minha namorada, Mione?- ele riu, constrangido com a própria pergunta – quero dizer, bem, eu tinha que perguntar isso, não tinha?


Hermione sentiu o ar lhe escapar. Mas nunca tinha estado tão feliz e toda sua vida.


 - Tinha – ela riu. – E é claro que sim. – ela atirou os braços em volta de Rony e o abraçou com força, sentindo o perfume maravilhoso dele.


Rony a abraçou e pensou que nunca poderia ter estado tão feliz. Ficar com Hermione ultrapassava qualquer barreira que ele conhecia, e nem se comparava em estar com Lilá. Colocou a cabeça sobre a dela, e deu um beijo nela.


Os dois pareciam ser totalmente feitos um para o outro. Mesmo abraçados se sentiam perfeitamente bem e aquilo sim, parecia certo. Parecia perfeito.


Era perfeito.


 


Rony se levantou co um barulho que odiou e ao mesmo tempo gostou de ter ouvido. Hermione parecia tão alheia ao mundo que nem percebeu, fazendo Rony sorrir ao ver a cara confusa dela.


 - Mamãe esta nos chamando para almoçar. – Hermione arregalou os olhos e ele a entendeu na hora. – Não, ela não sabe que estamos aqui, mas está chamando todo mundo.


Ele pegou a mão dela e começou a puxá-la para longe, e ela fingindo resistência (como se conseguisse).


 - Vamos, Mi. Estou com fome.


Ela pareceu achar o argumento e foi caminhando ao lado dele, de mãos dadas. Por Merlin, como aquilo poderia ser mais perfeito?


Quando chegaram à cozinha foram fuzilados pelo olhar sigiloso de Gina. Mas ninguém, nem mesmo Rony ou Hermione, reparou nisso. Gina observava tudo, e iria tirara isso a limpo depois. Enquanto almoçavam Gina pareceu ainda mais intrigada. Os dois pareciam ter um mundo tão particular, que nem percebiam o que estava acontecendo à volta.


Harry gritou pela terceira vez para Rony.


 - RONY, SERÁ QUE DÁ PRA ALCANÇAR O SUCO?


 - Ah, claro, Harry. Mas não precisa gritar, eu to do seu lado.


 - Eu não teria gritado se você tivesse escutado das cinco primeiras vezes.


Rony atingiu um patamar de vermelhidão que não se sabia mais o que era cabelo e o que era Rony.


Depois disso a mesa se tornou incrivelmente silenciosa para uma mesa com sete pessoas.


Depois de tudo arrumado, Hermione saiu da cozinha e viu Rony no sofá, dormindo. Provavelmente adormeceu enquanto a esperava, como ele disse que faria. Nem passou por sua cabeça acordá-lo. Ele parecia um anjo dormindo, o cabelo bagunçado caindo sobre os olhos e realçando suas sardas. Hermione sorriu tão bobamente com a cena e de uma hora para outra levou a mão à boca e ficou com lágrimas nos olhos, quase chorando de emoção. Nunca estivera tão feliz em toda a sua vida. Finalmente tudo estava absolutamente perfeito. Isso não era possível, não podia ser real.


Mas era.


Gina viu a cena encostada no final da escada. Ela sorriu consigo mesma e entendeu na hora o que estava acontecendo. Saiu correndo na hora e pulou em cima de Hermione, que nem havia percebido a presença da garota.


 - Gina! O que está fazendo?


 - Mi, to tão feliz por vocês! – Gina era extremamente escandalosa, e Hermione já estava acostumada, mas... como ela havia descoberto?


 - Gi, calma. Mas do que você ta falando? Feliz por quem exatamente?


 - Hermione, não se faça de boba. Eu sei muito bem que você e o meu irmão finalmente se acertaram.


Logo a garota corou loucamente. Como ela havia percebido, assim, tão facilmente? Será que todos já haviam descoberto?


 - Como você descobriu?


 - Hermione, eu conheço o meu irmão. Ele pode parecer um legume insensível, mas eu sei que ele estava do jeito que estava por sua causa. E de repente ele aparece com uma expressão de tanta felicidade que nem cabia nas próprias palavras. E você também. Aparece, junto com ele, de mãos dadas, com um sorriso tão grande ta cara que não sei como não ta com a cara congelada. Francamente, eu conheço vocês. E sou a única que percebe essas coisas.


Hermione arregalou os olhos e logo ficou com uma expressão tranqüila. Podia confiar em Gina, e tinha absoluta certeza disso. Tirando essa conclusão se atirou na amiga, e começou a chorar, mas não de tristeza, como costumava fazer. De felicidade.


 - Oh, Gina, estou tão feliz. Nem sei como explicar. Parece que eu vou explodir!


Gina riu da amiga e a puxou pelo pulso até o seu quarto. Quando Hermione percebeu foi relutante, tentando voltar.


 - Rony vai ficar me esperando. Vamos voltar... – implorou.


 - Hermione, só porque você ta namorando com o meu irmão não quer dizer que você tem que mudar a maneira que trata ele. – a ruiva tomou um tom decidido. – Se vocês não estivessem você ia mesmo esperar por ele?


 - Dependendo do caso, sim. – não iria dar o braço a torcer.


 - Pelo amor de Mérlin, Hermione. Deixa de ser tão orgulhosa. E além do mais, só vou te liberar quando você me contar todos os detalhes. Então, se quer mesmo ir lá com o Rony, melhor ir desembuchando.


Mérlin, como gostava dela... era ela quem realmente a entendia. Sorriu e começou a “desembuchar”. Depois de contar tudo, muito detalhadamente a ruiva exclamou:


  - NOSSA! Nunca imaginei que Rony pudesse ser tão... tão... digno de elogios. – Hermione riu.


 - Olha que eu vou ficar com ciúmes... – as duas riram.


 - No dia que eu quiser alguma coisa com o meu irmão você pode me internar no St. Mungos, ou procurar o Voldemort de novo, porque estou possuída pela Imperius...


Hermione riu de novo, não podendo se conter.


- Desculpe, Gina... – ela fez uma careta confusa. – Eu sei que devo estar parecendo uma boba, mas acho que nunca estive tão feliz em toda vida.


 - Você não tem que se desculpar de nada, Mi. Isso é totalmente normal, ainda mais tendo em vista que você e o bobo do meu irmão se gostam desde o primeiro ano, mas nunca perceberam, nem assumiram – ela deu uma risadinha – e que deve ser a coisa mais corajosa que o Rony já fez...


 Hermione jogou um travesseiro nela.


- Deu, né Gi. Você sabe muito bem que isso é mentira. – ela fez um gesto emburrado.


- Bem, por um lado sim, por outro não.


- Como assim?


- Ah, você sabe. Eu reconheço que o Rony fez coisas realmente corajosas, mas a que ele mais teve medo na vida foi falar pra você que ele te ama. E bem, ele demorou quase oito anos para fazer isso...


- Gina, ter vergonha é bem diferente de ter medo.


- Agora você esta negligenciando as coisas... vergonha é um tipo de medo. Ainda mais se essa “vergonha” – ela fez aspas com as mãos no ar – for o receio do que a sua melhor amiga vai fazer depois que souber. – Gina riu. – bem, ele realmente não tinha medo.


- Tá, ta, suponhamos que ele teve medo. E daí? Eu também tive.


- É... mas foi você que deu o primeiro beijo de vocês.      


- Isso não conta.  Foi um momento de pânico meu...


- Como não conta Hermione? Vocês estavam em pânico, corrigindo. Estavam numa batalha, a maior batalha que já haviam enfrentado. E mesmo assim você teve a coragem de se jogar em cima do meu irmãozinho e dar o beijo que ele nunca mais iria esquecer. Pare de tentar protegê-lo de minhas criticas. Sou a irmã mais nova dele, aliás, a ÚNICA irmã dele, e vou sempre criticá-lo. E tenho outra mesmo ele sendo um medroso, eu ainda acho que ele foi incrível hoje. – a ruiva sorriu.


- Bem, ele pode não ter dado o primeiro beijo, mas foi ele que me pediu em namoro – Hermione mordeu o lábio, depois sorriu, radiante.


- Pois bem, chega de conversa fiada. Quando vão contar ao Harry?


- Contar... ao... Harry? Não tinha pensado nisso ainda. Não sei Gi, mas por enquanto não fale nada, ouviu?


- Pode deixar, Srta. Weasley. – Hermione corou e Gina riu.


- Gina! Pare, ok? – e se lembrou que Rony provavelmente já haveria acordado e que estaria lhe esperando. – Bem, tenho que ir. Ron deve estar me esperando.


Saiu do quarto sem nem ouvir o que Gina tinha a dizer e desceu as escadas correndo.


Rony acordou soltando um longo bocejo. Olhou para os lados, e se viu sozinho.


Teria sido só mais um sonho? “Provavelmente” pensou emburrado. Mas aquele sonho, havia sido especial, mais especial que qualquer outro. Sentiu os olhos se encherem de lágrimas ao pensar que nunca seria real, nunca conseguiria aquilo. As lágrimas rolaram, mesmo ele tentando impedir. Ouviu passos apresados na escada e passou a mão nos olhos, tentando, inutilmente pará-las.


Hermione desceu as escadas o mais rápido possível e ao chegar à sala da Toca viu um Rony, já acordado, esfregando os olhos. Achou a coisa mais linda do mundo, ele parecia uma criança que acabara de acordar. Riu pra ele e sentou-se ao seu lado, tentando encará-lo nos olhos. Ele olhou para ele e ao ver aquele olhar choroso, angustiado, e os olhos vermelhos de Rony, Hermione teve a impressão de que precisava amenizar aquela dor, custe o que custar.


Abraçou ele fortemente e sentiu ele lhe dar um abraço muito frouxo e envergonhado. Estranhou aquilo.


 - O que foi, Ron?


Ela não entendeu o que aqueles olhos angustiados queriam dizer a ela. Foi se aproximando bem devagar e disse bem baixinho só para ele:


- Não estou te entendendo... – ela tinha o olhar triste.


No inicio Rony não entendeu aquilo. Logo depois a sua fixa caiu. Não fora um sonho, afinal. Era a realidade.


A melhor, realidade.  

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N/A: bem, tudo que tenho a pedir é que comentem (caso alguém tenha realmente lido isso).
*olhos brilhando de espectativa* tomara que tenham gostado e eu pretendo continuar. Ainda não sei bem como, mas vou. é só comentarem que eu posto mais rapido ahsuashuash 
É isso ai.
beijinhos

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Comentários (4)

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