Único
Era o quinto ano da garota de cabelos que mudavam de cor.
Seu nome, Ninfadora Tonks.
Naquele momento, ela estava choramingando.
Na verdade, ela já tinha choramingado a noite toda, e parte da madrugada.
Suas lágrimas preenchiam sua face.
Suas emoções sempre afetavam a cor de seus cabelos.
E naquele momento, ela chorava por isso.
No salão comunal, seus próprios colegas de casa, riam dela.
Tonks sempre sonhou em ir para a Lufa-lufa, mas parecia que naquele momento, não estava tão certa disso.
Ela corria pelos corredores, fazia frio.
Suas mãos eram passadas em seu rosto de instante em instante, mas era inútil.
Quando ela encontrou os jardins da escola, sua face foi preenchida pela água da chuva.
Mas a Ninfadora não queria nem pensar que ficaria molhada, ela queria fugir de todos que estavam rindo dela.
As risadas eram lembradas de instante em instante.
Ela correu.
Correu e sentiu suas pernas serem chicoteadas por algo forte.
Era o Salgueiro Lutador.
Ela estremeceu.
Mas não reagiu contra o Salgueiro, ela sabia que não teria chances, e além disso, ela não estava preocupada em se machucar.
O Salgueiro a lançou para um buraco.
O qual ela desconhecia a origem.
Nunca tinha visto ele quando passou perto do Salgueiro.
– Merda.
Ela bufou, quando encontrou terra firme.
Ela se pôs de pé.
Olhou para o buraco, ele era alto, ela tentou subir para voltar, mas não conseguiu.
Escorregou com o limo excessivo e voltou a cair.
Ela olhou para onde o pequeno túnel levava.
O relampejar do raio deixou tudo um pouco mais claro.
Ele tinha saída, aparentemente.
Ela pegou sua varinha.
– Lumos.
Ela respirou profundamente, encarou o túnel.
Caminhou em direção a ele.
Ao encontrar, aparentemente, uma casa abandonada, se sentiu mais confiante.
Entrou na casa.
– Algúem?
Mas não obteve resposta, apenas o estouro de um relâmpago, seguido de um uivo muito prolongado.
Era um animal, talvez ele estivesse ferido.
Tonks o procurou pela casa, estava preocupada, será que o animal foi arremeçado pelo Salgueiro também?
Ela escutou o uivo do animal novamente, e percebeu que ele vinha da parte de cima da casa.
Ela subiu as escadas.
Uma porta, logo perto da escada que ela subiu, estava entreaberta.
Ela abriu a porta por completo.
A janela estava aberta, e alguém, ou alguma coisa, estava agachada.
– Oi, eu posso te ajudar?
Os olhos da criatura encontraram os de Tonks.
Com a varinha a sua frente, ainda iluminando, ela estremeceu.
– Por Merlin.
A criatura era um lobisomem.
Tonks deixou a varinha cair.
Sua ultima lembrança daquele momento fora a mão do animal em seu rosto.
Ela caiu, adormecida com um profundo corte no rosto.
O animal logo hesitou.
O sol começava a se por.
E o preto da noite, estava virando um azul marinho.
E o lobisomem a voltar a sua forma normal.
Era Remo Lupin.
Desde seus tempos de escola, o garoto se escondia ali, para não ser visto.
Agora, era o primeiro ano da sua adolescência sem a escola.
Ele olhou para suas mãos, viu elas voltarem ao normal.
Ele respirou aliviado.
Ao olhar para a frente, viu a garota de cabelos alaranjados no chão.
Talvez sua raiva houvesse deixado o cabelo dela daquela cor.
Mas para Lupin, ela era uma garotinha indefesa.
Ao contemplar a cena, viu sua varinha no chão.
O cabelo cobria o rosto dela.
Ele chegou ao lado dela, se ajoelhou, se sentiu culpado por aquilo ao enxergar o corte no rosto da garota.
Ele suspirou, e uma lágrima escorreu de seu rosto.
Ele pegou a garota no colo e encostou em uma poltrona que tinha no lugar.
Correu até a torneira mais próxima e arrancou um pedaço de um lençol que tinha na sala que eles estavam, molhou e colocou sobre o machucado dela.
Remo percebeu que a garota era de Hogwarts, e ele ficou preocupado.
Ela tinha o uniforme da Lufa-Lufa.
E Remo lembrou da garota.
Ela era Ninfadora Tonks, do quarto ano.
Ano passado os dois se encontraram na biblioteca por acaso umas três vezes.
Fazendo trabalhos ou coisas do tipo.
Ele ficou ao lado dela até ela acordar.
A garota acordou, fez uma expressão de dor, após isso coçou os olhos.
– O que houve?
Ela abriu os olhos, o garoto que ela conhecia estava a sua frente.
Ela não falou nada, esperou ele pegar sua capa e lhe oferecer um chocolate.
– Obrigada.
Ela comeu o chocolate e não o encarou.
Ele parecia preocupado.
– Como me achou?
Ele a encarou.
– Escutei o uivar do lobisomem e vim atrás, e encontrei você no chão.
– Então, era real mesmo, o lobisomem?
Tonks parecia apavorada e totalmente em transe.
– Sim. Mas me prometa, que nunca vai voltar aqui e nem procurar ele. E o principal, não falar para ninguém.
– Porque eu falaria para as pessoas que nem acreditam em mim?
Ele respirou aliviado.
Tonks sorriu para ele.
Aquele momento fora algo que ficaria para sempre.
Os olhos dele a cuidando quando ela acordou.
Fora mágico.
Mas Tonks e nem Lupin sabiam que alguns anos depois, seriam colegas da Ordem.
E depois de algum tempo, marido e mulher.
Comentários (3)
Lindo mesmo, adorei... Foi a primeira fic que li deles dois e você soube escrever sem alterar o curso da história. Muito bom.
2012-04-16primeira fic que eu leio sobre tonks e lupin na epoca da escola, muito criativa e fofa .Gostei mesmo.
2011-12-04Que lindooo!!! muito fofo mesmo !!!
2011-09-25