O Ultimo olhar de Severo Snape
Em algum lugar na floresta.
– Severo, o Lord das Trevas quer falar com você. – disse Lúcio Malfoy, parecendo amendrotado. Severo assentiu, já sabendo o que vinha depois.
– Em que local ele está Lúcio?
– Na Casa dos Gritos.
Severo assentiu novamente e esperou Lúcio se retirar. Assim que Lúcio saiu em direção ao castelo, Severo rapidamente pensou em como deixar as lembranças para Potter. Ele sabia que ia morrer. Não sabia como, mais bem no seu intimo sabia que a morte estava chegando. Lembrou rapidamente das palavras do Melhor bruxo que ele conhecera. Elas simplesmente ecoavam em sua cabeça.
– Severo, quando Lord Voldemort começar a temer pela vida de sua cobra, o momento chegará e você terá que contar tudo.
Quando Severo ouviu essas palavras não achou fácil, mais também não era impossível. Mais depois batalha de Hogwarts, tudo começou a ficar difícil praticamente impossível. Mais hoje o garoto vai saber a verdade. Hoje, o filho de Lílian vai ter que morrer. Depois de tantos cuidados, depois de tantas mentiras, Potter simplesmente iria morrer.
Severo foi caminhando em direção a morte. Suas habituais vestes negras farfalhando as sua costas. Depois de sair da floresta, Severo contemplou Hogwarts. Sua casa. Hogwarts estava parcialmente destruída. Ele ficou olhando Hogwarts, e assim pensamentos distantes invadiram a sua mente.
‘’–Hogwarts! Cheguei a Hogwarts!– falou o pequeno Snape, em seu barquinho olhando fascinado para o grande castelo. ’’
‘’– Evans, Lílian!– a pequena Lílian se encaminhou em direção ao banquinho, em poucos segundos ele foi destinada a Grifinória. ’’
‘’– Snape, Severo!– Snape se adiantou e sentou no banquinho. Depois de certo tempo... Sonserina anunciou o Chapéu Seletor. ’’
‘’– Adeus, meu único lar. – falou Snape, entrando no Expresso de Hogwarts, para ir pra ‘’casa’’. ’’
Depois de relembrar os seus momentos marcantes em Hogwarts, o Snape adulto foi em direção ao Salgueiro Lutador e murmurou: – Immobulus. – a árvore instantaneamente se imobilizou. Severo sem a menor pressa entrou e escorregou por uma descida de terra. E logo chegou a um túnel e caminhou muito. Logo depois a passagem começou a se inclinar para o alto e finalmente chegou a uma sala. Essa sala estava mal iluminada, e assim que avançou mais um pouco no aposento viu que tinha uma mesa no lugar e Nagini. A cobra estava em uma esfera encantada coberta de estrelas. Lord Voldemort percebendo a presença de Severo, falou em alto e bom tom: – Severo!– Voldemort estava sentado em uma cadeira.
Severo percebeu e menção de seu nome.
– Milorde. – falou não em tom de surpresa, mais sim de entendimento. – Lúcio me pediu para vim até aqui...
– Severo, meu servo fiel. – falou Lord Voldemort.
Severo olhou surpreso para o Lord das Trevas. Mais antes que Lord Voldemort decidisse dizer mais alguma coisa, Severo falou: – Hogwarts está resistindo. Milorde, a resistência está entrando em colapso...
Com a voz clara e aguda, Lord Voldemort retorquiu: – E está fazendo isso sem a sua ajuda. Mesmo sendo um bruxo competente, Severo, acho que você não fará muita diferença agora. Estamos quase chegando lá... Quase.
– Deixe-me procurar o garoto. Deixe-me trazer Potter. Sei que posso encontrá-lo Milorde. Por favor. – falou Severo. Assim que Severo falou, Lorde Voldemort começou a se levantar da cadeira.
Assim que se levantou por completo, ele falou suavemente: – tenho um problema, Snape.
Severo confuso, perguntou: – Milorde?
Voldemort lentamente ergueu a Varinha das Varinhas. Ergueu com muita delicadeza, e com certa precisão. Depois perguntou a Snape: – por que ela não funciona comigo, Severo?
Antes que Snape pudesse responder, Nagini começou a silvar levemente.
– Mi... Milorde?– Snape pareceu atordoado. Ele sabia que coisas que não funcionavam com Lord Voldemort deviam ser liquidadas. – não estou entendendo. O senhor realizou extraordinária magia com essa varinha.
Muito calmamente Voldemort retorquiu: - não. Realizei a minha magia habitual. Sou extraordinário, mais esta varinha... Não. Ela não revelou as maravilhas prometidas. Não sinto diferença entre esta varinha e a que comprei de Olivaras tantos anos atrás.
Logo depois Voldemort falou: – não há diferença.
Severo ficou calado. Tentava escolher as palavras certas para falar. Mais simplesmente não encontrava. Depois Voldemort começou a andar pelo aposento, e do nada começou a falar no mesmo tom calmo.
– estive refletindo longa e intensamente, Severo... Você sabe por que o fiz voltar da cena da batalha?
Snape não soube o que falar. Ele começou a olhar para a cobra e rapidamente soube como morreria. A idéia não lhe pareceu muito boa. Como se recobrando a consciência, Snape disse: – Não, Milorde, mais peço que me deixe retornar. Me deixe encontrar Potter.
– Você parece o Lúcio falando. Nenhum dos dois compreende Potter como eu. Ele não precisa ser achado. Ele virá a mim. Conheço sua fraqueza, entende, seu grande defeito. Ele não suportará ver os outros caírem fulminados ao seu redor, sabendo que é por ele que estão morrendo. Irá querer por um fim nisso a qualquer custo. Ele virá.
– Mas, Milorde, ele pode ser morto acidentalmente por outra pessoa que não o senhor.
– Minhas instruções aos meus Comensais da Morte foram absolutamente claras. Capturem Potter. Matem seus amigos... Quanto mais melhor... Mais não o matem. Mais é sobre você que eu queria falar, Severo, e não Harry Potter. Você tem sido muito valioso para mim. Muito valioso.
– Milorde, sabe que só busco servi-lo. Mas... Me deixe ir procurar o garoto, Milorde. Deixe-me trazer Potter ao senhor. Sei que posso...
A impaciência e raiva tomaram conta da voz de Voldemort: – já lhe disse, não!– ele falou, andando pela sala. – Minha preocupação no momento, Severo, é o que irá acontecer quando eu finalmente encontrar com o garoto!
– Milorde, não pode haver dúvida, certamente...?
–... Mais há uma dúvida, Severo. Há. – falou Voldemort. Depois de uma pausa ele continuou a falar, com a Varinha das Varinhas entre os dedos. – Por que as duas varinhas que usei não funcionaram quando as apontei para Harry Potter?
–Eu... Eu não sei responder, Milorde.
– Não sabe?– perguntou Voldemort, com certa raiva reprimida. – minha varinha de teixo fez tudo que lhe pedi para fazer, Severo, exceto matar Harry Potter. Falhou duas vezes. Olivaras me falou, sob tortura, dos núcleos gêmeos, me aconselhou a tomar a varinha de outro. Fiz isso, mais a varinha de Lúcio se partiu ao enfrentar a de Potter.
Severo respondeu. Não com os olhos em seu Lord. Mais com os olhos em Nagini, que se movimentava em sua esfera.
– Eu... Eu não tenho explicação, Milorde.
– Procurei uma terceira varinha, Severo. A Varinha das Varinhas, a Varinha do Destino, a Varinha da Morte, tirei-a do seu dono anterior. Tirei-a do túmulo de Alvo Dumbledore.
Nesse momento, Snape desviou os olhos da cobra e olhou para Voldemort. Olhou para aqueles olhos vermelhos, aquele rosto achatado e a sua palidez anormal. Com o rosto pálido e os olhos inexpressivos, Snape falou: – Milorde... Me deixe ir até o garoto
Ignorando Severo, Voldemort começou a falar. Sua voz era nada menos do que um sussurro.
– Durante toda essa longa noite, de vitória iminente, estive sentado aqui. Pensando, pensando, por que a Varinha das Varinhas se recusa a ser o que devia ser, se recusa a agir como a lenda diz que deve agir para o seu legitimo dono... E acho que sei a resposta.
O rosto de Snape era uma mascara. Sem expressão. Ele ficou calado.
– Talvez você já saiba, não?Afinal, você é um homem inteligente, Severo. Você tem sido um servo bom e fiel, e eu lamento o que terá de acontecer.
– Milorde...
– A Varinha das Varinhas não pode me servir corretamente. Severo, porque não sou o seu verdadeiro dono. A Varinha das Varinhas pertence ao bruxo que matou o seu dono anterior. Você matou Alvo Dumbledore. Enquanto você viver, Severo, a Varinha das Varinhas não pode ser verdadeiramente minha.
– Milorde!
– Não pode ser de outro modo. Tenho que dominar a varinha, Severo. Domino a varinha e domino Potter, enfim.
Foi quando Severo percebeu o que viria a seguir. A varinha cortou o ar. Mais aparentemente não aconteceu nada. Snape pensou que Lord Voldemort tivesse pensado melhor e decidido não o matar. Mais estava enganado. Snape deu um grito quando percebeu que a cobra iria matá-lo. E para confirmar o seu temor, Voldemort falou em linguagem de cobra: – Mate.
A cobra começou a se enroscar em seu pescoço, e as presas começaram a entrar em sua carne. A dor foi forte. Muito forte. A única dor que Severo já tinha experimentado na vida foi à perda de Lílian. Essa praticamente se igualava.
– Lamento. – Voldemort falou com frieza, saindo do aposento. E logo depois apontou para a jaula de Nagini, e ela se elevou, deixando Severo caído ensangüentado. Snape ainda estava com consciência quando ouviu um pequeno ruído de alguma coisa se locomovendo. Ele sentiu alguém se aproximar. Mais esse alguém estava oculto. Foi quando Potter retirou a Capa da Invisibilidade e olhou para Severo. Severo encontrou aqueles olhos incrivelmente parecidos com os olhos de Lílian. Tentou falar alguma coisa mais não conseguiu, Potter percebeu que ele queria dizer alguma coisa, por que se curvou em direção a Severo. Ainda com consciência Snape agarrou as vestes de Harry e o puxou para perto.
– Leve... Isso... Leve... Isso...
Severo conseguiu deixar suas lembranças fluírem para Potter pegar. O garoto colocou suas lembranças em um frasco. Assim que Snape percebeu que o frasco estava cheio ele afrouxou o aperto nas vestes do garoto. E fez seu ultimo pedido.
– Olhe... Para... Mim– e os olhos negros de Severo encontraram os olhos verdes de Harry. Os doces olhos verdes. Os olhos de Lílian. O último olhar.
***************************************************************************
Oi galera. Espero que tenham gostado da fic.
Eu estava com essa idéia há dias. Queria fazer uma fic sobre a morte de Snape, contada pelo próprio. Eu fiz em homenagem ao personagem. Em homenagem ao homem mais corajoso da saga Harry Potter.
Espero os comentários de vocês.*___*
Ana Paola Lovegood
Comentários (1)
Fofa!!
2012-04-08