Capítulo 2
"A vida tem caminhos estranhos,
tortuosos às vezes difíceis:
um simples gesto involuntário pode
desencadear todo um processo."
- Caio Fernando Abreu
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Capítulo 2 ou
I wanna get in trouble,
I wanna start a fight.
- Lily, calma... – começou Lee, nós estávamos no vestiário masculino, faltava meia hora para começar o treino de futebol, eu tinha descarregado tudo no Lee, falei sobre a noite passada, sobre como o Remus tinha sido um idiota, sobre como ele contou que nós estávamos namorando, contei tudo para ele. Lee pegou minha mão e me puxou para sentar no colo dele, respirei fundo e sentei. – Então quer dizer que o seu pai já sabe sobre nós?
- Meu pai, a idiota da Petúnia, o Potter, Black, os Lupin’s... – eu respondi fazendo carinho no cabelo de Lee, ele era a única pessoa que conseguia me acalmar. -... Agora provavelmente toda a escola sabe.
- Hm... que bom. – Lee sorriu e começou a dar beijos de leve no meu pescoço, ele sabia que ali era o meu ponto fraco, comecei a me arrepiar com o toque dele. – E quanto a seu pai e a mãe de Lupin, calma, se eles se amam, não vai ser o Remus que vai separá-los...
- É... você tem razão... – eu sorri, finalmente me entregando aos encantos do Lee. Ajeitei-me no colo dele e delicadamente comecei a beijá-lo. Lee tem uma doçura que me encanta, parecia que quando eu estava com ele tudo iria ficar bem. Eu gostava dele, não o amava, porque é meio cedo dizer isso. Sabe, não sou daquelas garotas que começam a dizer eu te amo de um dia para o outro. Na verdade eu não duvido que eu tenha Malaxofobia, sabe, medo de amar. Eu mordi os lábios do Lee, ele sorriu quando fiz isso e as coisas começaram a esquentar, podia sentir a respiração ofegante dele.
- Isso aqui virou um quarto agora? – nós ouvimos uma voz atrás de nós, já sabia de quem era, Lupin. Respirei fundo e dei um selinho no Lee e me levantei, Lupin estava junto com os seus dois companheiros inseparáveis, Potter e Black.
- Oi.. – cumprimentou Lee, será que eu tinha que ser educado agora com eles? Puta merda, coloquei meu casaco e peguei minha mochila no chão e sorri ironicamente.
- Oi gente. – eles responderam o meu oi, quer dizer, menos o Remus, esse garoto conseguia ser irritante quando queria. – Lee eu vou ficar na arquibancada, te vejo depois do treino.
- Certo. – Lee respondeu me puxando para um beijo rápido, sorri. Já disse que o Lee era demais?
- Tem certeza que não que ficar Lily? – perguntou o Sirius, tirando a camiseta dele, eu tive que rir. – Nós gostamos de uma plateia.
- Bom, a plateia aqui não está vendo nada demais. – eu falei, Lee e James riram com a minha resposta, Sirius ia responder, mas antes disso eu sai do vestiário. Sentei na arquibancada e peguei um livro que precisava ler para literatura. Coloquei os meus fones e tentei prestar atenção no livro, acabei fechando os olhos e comecei a pensar. Qual era a moral do Remus? Por que ele sentia essa raiva do meu pai? E o pior de tudo é que eu tinha que aguentar ter aulas com ele. Abri os olhos e vi que eles já estavam jogando, olhei para Lee no gol, sorri. Não existia namorado mais perfeito do que ele. Tentei de novo ler o livro, estava na mesma frase fazia mais de quinze minutos.
- Lily! – eu olhei e vi Lee, todo suado, o treino já tinha acabado. Como o tempo voa, não duvido que eu tenha dormido aqui. – Eu vou tomar um banho rápido e já volto.
- Qual é a tua? – Remus parou na minha frente, eu fiquei olhando para ele sem entender.
- Qual é a minha? – eu ri com a pergunta, o que iria responder? Que a “minha” era impedir que ele acabasse com a felicidade do meu pai. Que a “minha” era ter uma guerra com ele se fosse preciso. Mas antes que pudesse falar alguma coisa uma loira sorridente abraçou Remus. Com certeza queria marcar território, até parece que eu iria querer ele, chegou a me dar enjoo só de pensar nisso.
- Dorcas Meadowes. – ela sorriu estendendo a mão para me cumprimentar, retribui o sorriso e a cumprimentei.
- Lily Evans. – Remus me olhou estranho, acho que ele não queria que eu fosse amiga da namoradinha dele, não pude deixar de sorrir maquiavélica com isso.
- O que você é do Remus? – ela pediu sorridente, por enquanto eu não sou nada, ainda bem. Analisei ela e percebi que era uma das garotas que andava com a Jessica, provavelmente não deve ter muita coisa na cabeça.
- Por enquanto nada... mas meu pai está namorando a mãe dele. – respondi tentando o máximo não parecer falsa, esse tipo de garota (= Jessica) me davam ânsia.
- Mesmo? Que incrível! – ela bateu palmas animada, eu ri da cara do Remus.
- Incrível nada, é por pouco tempo. – Remus falou irritado e saiu dali. Dorcas ficou parada sem saber o que falar, sentou-se do meu lado e suspirou. Só o que falta ela querer ser minha amiga, mas se fosse para atingir o Remus... Quem sabe.
- Ele não está aceitando bem, mas eu vou tentar conversar com ele. – Dorcas falou, depois dessa, tenho que confessar que ela pode ser até que... legal. – Espera, você não é a garota que a Jessica sempre implica?
- Sou, a própria.
- Ela sempre falou que você era feia, insuportável, ridícula, medíocre...
- Eu entendi. – falei depressa para que ela não continuasse a falar. Ela riu.
- Mas sempre quando a Jessica começa a falar eu não presto atenção, ela fala besteira demais. – eu comecei a rir com isso, ok, primeira impressão totalmente errada. Eu tenho que começar a controlar meus pensamentos, às vezes eu penso merda demais.
- Então como você namora o Remus? – nós duas começamos a rir, não podia deixar a piadinha de lado.
- O Remus não é assim tão mal... Comigo ele é atencioso, querido... um amor. – Os olhos de Dorcas brilharam ao falar isso, não pude deixar de sorrir de compaixão, mas ao mesmo tempo não entendi como o Remus podia estar com ela.
- Eu só queria que ele entendesse o caso dos nossos pais. – Eu expliquei um pouco embaraçada, talvez confiar nela não fosse tão errado.
- Lily! – Lee me chamou, guardei meu livro e dei tchau para Dorcas, talvez ela não fosse uma vadia sem coração. Desci as arquibancadas e pulei nas costas do Lee, eu não era tão pesada, pelo menos eu acho que não. Quer dizer, meu metabolismo é rápido. Eu como e como bem, não sou de controlar peso ou coisas assim. – Alguém engordou uns quilos...
- Lee! – eu ri dando um tapa na cabeça dele fraco. – Você vai comigo no treino?
- Eu posso ficar lá por alguns minutos, mas tenho que ir pra casa. – ele respondeu e eu sai de cima das costas dele e entrei em seu carro. Quando estávamos na frente do ginásio, faltavam uns quinze minutos para o treino começar e durante os dez minutos nós ficamos nos beijando no carro, a coisa infelizmente não poderia esquentar porque ainda é dia e a primeira vez com ele no carro não iria ser nada especial, mesmo que seja ótimo. E eu sou a única que odeio o termo “pegar”? Não se “pega” alguém, esse termo... Eu simplesmente acho vulgar.
Fui para o treino e quase me matei, era realmente necessário eu ganhar, queria já de cara mostrar quem mandava no torneio. Meu único e maior problema era a Andrea O’Hara, a louca era simplesmente demais no tae kwon do. O nosso mestre nos fez correr por uma hora, ele dizia que isso nos ajudava com a resistência durante a luta. Quando cheguei em casa tomei um banho e fui direto para cama, nem sequer comi nada, estava muito cansada para fazer qualquer coisa.
Sexta feira, até que enfim! Ir para a aula agora com o Lupin me enchendo o saco sempre que pode não é nada agradável. Tudo o que eu faço ele vem atrás e critica, claro eu não deixo barato, mas é irritante. É como se ele achasse que iria me ganhar na tortura, mas ele nem sequer sabe o que é tortura. Último período da manhã, eu vou faltar o da tarde, graças ao meu treinador, mas parece que cada vez que eu olho no relógio o tempo passa mais devagar.
- Senhorita Evans. – chamou o meu professor de Sociologia, levantei a cabeça da classe, tentando ao máximo não parecer entediada com aquela aula. Nada contra sociologia, é importante saber o que acontece no mundo, mas aquele louco (o professor) fala MUITO devagar. Isso SIM é TORTURA! – A senhorita poderia nos dar sua opinião sobre o aborto?
- Eu sou totalmente contra. – Falei sem pensar duas vezes, sim eu sou (pelo menos acho que sou) moralmente certa. Cocei minha cabeça, esse professor adorava tentar criar intrigas, essa semana o assunto é aborto, semana que vem pena de morte e na outra, aborto de novo. – Mesmo que aqui na Inglaterra o aborto seja legal de 1967, eu acho que abortar é um crime contra a vida, é matar um individuo que não tem a chance de responder.
- Interessante... – começou a falar o professor. Certo que ele vai continuar filosofando até o final da aula e mostrando os dois lados do aborto, nada o suficiente para que mude a minha ideia. Finalmente essa aula terminou, não agüentava mais ouvir o professor falando como uma lesma. Juntei meus materiais rápido e fui no meu armário.
- Vejam se não é a nossa queridinha L.L.! – começou uma pessoa atrás de mim, respirei fundo e virei com o meu melhor sorriso irônico. Jessica estava com o seu bando atrás e nesse lindo bando incluía a minha própria irmã Petúnia.
- Vejam se não é a Jessica Vadia Walsh! – eu falei tentando aparentar um som de surpresa, pude ver as garotas revirarem os olhos. Estúpidas, a Jessica não perde uma chance de humilhá-las e elas continuam andando com ela, como se fosse a rainha da escola. Se ela pelo menos fosse uma vadia legal, sabe, como a Blair de Gossip Girl, ia ser demais, mas não. Terminei de colocar meus livros e a Jessica continuou a me encarar, como se eu fosse derreter a qualquer minuto com o super olhar dela.
- Cuidado com o que você fala, Evans. – ela me ameaçou, não pude deixar de rir.
- Ou o que? Vai me bater? – Eu sorri só pensando na situação, tudo bem, super errado usar o tae kwon do com outros fundamentos, mas... Como eu ia amar dar um chute nela.
- Você não sabe do que eu sou capaz. – ela falou, sorrindo perversa e saiu da minha frente. Não perdi meu tempo pensando muito nisso, sai correndo e fui para o meu treino, caminhando. No caminho comprei meu almoço e fui comendo. Um carro, cheio de garotos e com a música alta (pelo menos não era funk, ou rap), reconheci logo, Kings of Leon (amo essa banda) passou por mim e logo deu ré.
- E ai ruiva! Vai onde? – pediu um Sirius Black me olhando. Impressão minha ou ele está tentando ser legal comigo? Vi James no volante e Remus no banco traseiro, eles provavelmente faltaram aula.
- Treino. – respondi mordendo o meu sanduíche. Que mané bons modos, eu não queria que a conversa continuasse.
- Quer uma carona? – pediu o James, colocando a cabeça pra frente, sorrindo como se ele fosse irresistível. Ok, ele é um gato e até pode ser irresistível.
- Não. – Eu respondi e tomei o meu caminho, acho que eles não se importaram muito com isso e continuaram o caminho deles. Pelo menos eu esperava que eles fizessem isso, James só retornou com o carro e ficou do lado contrário da faixa. Será que o louco não sabe que isso é proibido? E infelizmente ninguém está aqui para multá-lo.
- Qual é ruiva, a gente não se importa. – Continuou James, insistindo.
- Eu me importo. – Ouvi a voz de Lupin, falando no banco traseiro. Sorri, só o fato dele se importar já me deu o motivo. Entrei no carro e sorri ao ver o Remus bufar de raiva. – Quando você vai me deixar em paz?
- Quando você deixar de ser idiota, ou seja, nunca. – Eu respondi sorrindo, James e Sirius riram. Realmente não era necessário eu pegar carona com eles, não faltava nem três quadras para o ginásio, sem contar que não era bem carona, já que eles desviaram o caminho. Agradeci ao James e dei tchau para o Sirius, ignorei a presença de Remus e fui para o ginásio. O treino foi como eu esperava, puxado. Confesso que o treinador pegou mais pesado comigo, mas eu não fico abalada com isso. Só me dá mais vontade de lutar e ganhar. Ele nos mandou correr por uma hora, mas eu acabei correndo meia hora mais do que devia. Não parava de pensar em possibilidades que o Lupin podia ter. Ele já estragou esse final de semana do meu pai com a Anna, com toda aquela baboseira de ir jantar com o papai dele. Isso não iria me abater. Terminei de correr e fui logo para a casa, precisava descansar, passei o sábado todo no meu quarto repassando mentalmente todos os ataques e defesas possíveis do tae kwon do.
Domingo chegou rápido, eu estava numa pilha de nervos no vestiário, Lee tinha ido lá para tentar me dar boa sorte, mas eu o enxotei de lá rápido, não poderia ter distrações. A minha primeira luta era em cinco minutos, a garota pelo que vi era mais baixa que eu, o que era bom ia ser mais fácil chutá-la. Sai do vestiário e fui perto do treinador, ele não estava falando comigo, de acordo com ele não iria conversar comigo, queria que eu continuasse com a minha concentração. Olhei para as pessoas sentadas no banco e facilmente avistei meu pai junto com Anna, Petúnia estava lá com os seus fones de ouvido e Lee do seu lado, infelizmente Remus, James e Sirius estavam lá também. O que eles são gêmeos triameses? Tudo bem a Anna estar ali, fui eu que tive a ideia de convidá-la, mas no convite não incluía os três patetas. Saco, estava começando a ficar nervosa.
Na minha federação cada round dura três minutos e há três rounds. Não era permitido chute abaixo da cintura, nas costas e soco no rosto, por outro lado chute no rosto podia. Minha primeira oponente, a baixinha parecia muito mais nervosa que eu, o que me fez relaxar um pouco. Eu venci os dois primeiros rounds, no terceiro ela tinha conseguido uma vantagem sobre mim, mas cometeu o erro de me chutar nas costas. Desqualificada por golpe ilegal. Ganhei uma, ainda nem estava ofegante, pude ver meu pai de pé, batendo palmas entusiasmado, sorri com isso. Eu ia lutar apenas com três garotas naquele dia, precisava ganhar das três para ir aos regionais para lutar contra a O’Hara. Na segunda luta eu levei um chute no abdômen que pegou de mal jeito, começou a doer, mas não podia transparecer isso. Quando consegui acabar a luta fui correndo para o vestiário e tirei meu Hogu, o protetor. Pelo previsto meu pai junto com toda a gangue entraram no vestiário.
- Querida você está bem? – Eu fiz que sim com a cabeça, mas não conseguia falar, queria chorar de dor, mas não na frente dos garotos. – Deixa eu ver. – Eu abri a parte de cima do meu quimono, é claro que eu estava com um top, então não me importei de abrir na frente dos garotos. No lado direito, nas costelas estava roxo.
- Deve estar doendo... – comentou o James, fiz uma cara querendo matar ele, mas não foi preciso, ele entendeu o recado.
- Eu acho que quebrei uma costela... – eu comentei, era quase certo que tinha quebrado uma costela. Ok, isso era perigoso, vai que perfurasse o meu pulmão ou algo assim? Não, nem isso ia me impedir de lutar. Respirei fundo, pelo menos tentei e não deixei meu pai encostar no roxo.
- Lily, você não pode lutar... – começou a falar Lee, todos concordaram com ele, menos eu e o Remus, é claro.
- Eu tenho que lutar, e não me venham com essa, é só eu proteger meu abdômen. – Eu fechei meu quimono e coloquei de novo meu Hogu. – Eu vou tentar nocautear ela de primeira.
- Até parece. – Remus riu da minha cara, eu fiquei com raiva.
- Eu posso muito bem te nocautear agora, idiota. – respondi furiosa, babaca.
- Lily! – meu pai me repreendeu, olhei para Anna tentando pedir desculpas sem pedir, ela apenas sorriu.
- Eu sou a próxima... – Fechei meus olhos e amarrei bem meu cabelo, olhei para Lee e tentei sorrir, eu iria conseguir, eu tinha que conseguir. Sai do vestiário com a gangue atrás, meu pai obviamente estava preocupado, mas isso era algo que eu tinha que fazer. Olhei para a minha concorrente e vi que ela não era tão alta assim e nem muito maior que eu, sorri aliviada, tentei não por minha mão nas minhas costelas, para ela ver que eu estava machucada.
A luta começou, ela não se aproximou de mim, só ficou ameaçando, respirei fundo, eu tinha que ser rápida. Primeiro uma distração e depois o golpe fatal. Ia começar com um chute de frente, com a perna de trás eu bati com a sola do pé bem no meio do estômago dela, sorri quando eu vi ela recuar, essa era a minha distração. Então sem esperar ela me contra atacar, com toda a minha força eu girei meu corpo e chutei o rosto dela, não precisei esperar dois segundos, ela caiu desmaiada no chão. Sorri aliviada, não por ela estar com dor, mas sim porque eu consegui nocautear ela. Eu ganhei, eu ia para as regionais. Lee veio correndo para me abraçar, mas consegui impedi-lo de fazer isso, meu treinador iria fazer a mesma coisa, mas graças ao bom Noel não fez. Tirei rapidamente o meu Hogu e com os olhos lacrimejando.
- Pai, dá pra me levar pro hospital agora? – Eu estava com dor, MUITA dor. E não eu não chorei, só os meus olhos lacrimejaram. Eu me apoiei no Lee, e comecei a caminhar, pelo menos a minha bolsa estava com o meu pai já.
- Bem que você podia me ensinar aquele chute! – falou Sirius, eu ri, ou pelo menos tentei rir.
- Aquilo foi fenomenal! Eu acho que vi um dente dela saindo da boca. – falou o James, impressionado, eu ri de novo, ou pelo menos tentei de novo.
- Claro, eu ensino, só se vocês usarem isso no Remus, ele duvidou demais de mim. – Eu sorri, não, pela primeira vez não estava implicando com ele. Eu até pude jurar que vi um sorriso naquele louco.
Anna foi para casa com os garotos, Lee nos acompanhou até o hospital, acho que no fundo meu pai gostou dele. Os enfermeiros (infelizmente nenhum bonito, mesmo eu tendo namorado eu não sou morta ué...) tiraram raio x e viram que foi apenas rachou a minha costela, não chegou a quebrar. Eba, sem pulmão perfurado. Fui enfaixada para não mexer tanto e tinha que usar uma cinta para as costas. E claro... muitos remédios para dor, me senti o Dr. House com aquelas pílulas. Em pelo menos duas semanas eu ia melhorar, se me cuidasse.
- Lily! – alguém gritou meu nome e eu virei, era James. – Você está bem?
- Sim, sempre bem. – eu respondi simpática até demais. Era segunda feira, na frente da escola. Eu não sabia direito o que estava acontecendo, mas eu tenho a mera impressão que estava virando amiga do James e do Sirius. O negócio com o Remus era bem mais complicado, ele ainda não gostava do fato dos nossos pais estarem namorando.
- Eu tenho que te perguntar uma coisa... – James falou me tirando dos meus devaneios. – Quer que eu leve isso para você?
- Essa era a pergunta? – Eu sorri com o embaraço do garoto, ele praticamente arrancou os livros da minha mão, não reclamei, se ele quisesse levar peso, tudo bem. – Ok, qual era a pergunta?
- Eu queria saber... hm... – Ok, faz a pergunta ou se fode, é simples. - ... Se você podia me ensinar uns chutes...
- O básico do tae kwon do? – eu sorri, imagina James Potter pedindo pra mim, justo eu, para aprender a lutar. Esse dia era memorável. – Claro, pode ser semana que vem? Eu ainda não melhorei totalmente...
- Claro, claro, iria ser ótimo! – ele tinha um sorriso lindo, tenho que admitir isso. Então ele fez algo muito... MUITO estranho. James Potter me deu um beijo na bochecha como se nós fossemos amigos.... Tipo... desde quando? Realmente eu estava me estranhando. Ele quase levou meus livros embora, mas voltou correndo rindo para devolvê-los.
Já tinha uma semana que eu participei do torneio, por algum motivo as pessoas souberam disso. Preciso confessar uma coisa com vocês... o Lee está muito estranho, parece que ele está distante. E eu não sei o que aconteceu, numa hora era mil maravilhas e agora... agora é isso. Mas eu decidi que não vou ficar correndo atrás disso, vou pedir uma vez, se ele não falar nada, eu fico quieta. E ainda não estava na hora de eu pedir nada. Eu estou em casa nesse exato momento, deitada na minha cama e encarando o teto.
- Lily! Desce aqui! – gritou o meu pai, droga, certo que ele iria pedir pra eu lavar a louça, ou algo assim. Desci as escadas devagar e quando entrei na sala encontrei a Anna de pé ao lado do meu pai e a Petúnia e o Remus já sentados no sofá, segui o exemplo e sentei ao lado do Remus, melhor ele do que a Pet.
- Bom, nós temos algumas novidades... – começou a falar Anna.
- Ah não, não vai dizer que nós vamos ter um meio irmão! – eu falei sem pensar, mas por incrível que pareça os dois riram com a minha reação.
- Não, não, ainda não. É que eu e o Dan resolvemos.... – Ela sorriu e apertou a mão do meu pai, eu nunca tinha visto ele sorrir mais do que hoje. - ... Nós resolvemos morar juntos.
- O QUÊ? – Eu, Petúnia e o Remus gritamos ao mesmo tempo. Tudo bem, eu estava de acordo que os dois namorassem, mas morar junto com o Lupin? Desde quando isso estava no acordo? Ok, calma, fica calma.
- Vocês não acham um pouco cedo demais? – Remus tentou argumentar, ele não estava tão bravo como eu pensei que iria ficar.
- Nós pensamos muito bem nisso, nós já encontramos até a casa, ela possui cinco quartos, uma cozinha enorme e até piscina tem... – começou meu pai a falar. Meu Deus, era sério isso.
- E quando nós nos mudamos? – pedi suspirando, eu senti como se não tivesse outra saída além dessa. Remus não falou mais nada, não falou mais nada durante o jantar inteiro. Para falar a verdade nem eu falei nada, nem Petúnia, nem meu pai, nem Anna. Foi silencioso e eles perceberam que tinham que deixar assim para digerirmos a notícia. Fui dormir cedo, no outro dia meu pai já tinha colocado caixas na porta do meu quarto. Eu sinceramente não sabia como estava me sentindo, fui para a escola e fiquei quieta o dia todo. Nem Lee conseguiu fazer com que eu falasse, acho que no fundo ele não se importava muito com isso, que belo namorado eu tenho. Comecei a arrumar minhas coisas, tirei primeiro minhas roupas, depois meus livros, meus tênis e ai fui para as coisas frágeis, quando vi tinha já empacotado mais que a metade do meu quarto. Meu pai cuidava do resto da casa, de acordo com ele nós íamos nos mudar no sábado e hoje já era quinta feira. Dei um jeito de faltar aula na sexta com a desculpa de empacotar as coisas, eu simplesmente não estava no clima de encarar o Lee e nem eu sabia o motivo.
- Acho que... finalmente acabamos! – falou meu pai no fim da noite, senti uma vontade de chorar quando vi que não restava nenhum objeto na sala, na cozinha, no meu quarto.
- Isso realmente vai acontecer? – eu murmurei, ainda estava difícil de acreditar. Dormi cedo mais uma noite, acordei percebendo que já não sentia mais dor nas costelas, mas por motivo de segurança continuei com a cinta. O caminhão de mudança já estava na nossa porta, ajudei a levar algumas caixas, as mais leves, quando eles terminaram de pegar tudo, entrei no carro quieta junto com a Petúnia e o meu pai. Dessa vez eu não corri para pegar o lugar da frente, sentei atrás mesmo. Petúnia escolheu Taylor Swift e começou a tocar A place in this world e por incrível que pareça essa letra fez sentido para mim. Desde quando minha vida de encaixa em uma música da Taylor Swift? Droga.
Nota da Autora:
Faaaaaala galeere! E ai, o que acharam? hehe Ok, primeiro esclarecimentos, eu já lutei sim uma luta marcial, mas não foi tae kwon do, a luta que eu lutei o nome é: shorinji kempo é uma luta japonesa e não coreana, mas os princípios são os mesmos, a gente só usa mais soco e tae kwon do é mais chute! E eu resolvi por a Lily lutando, sei lá, pra mostrar que ela não é indefesa, que é autossuficiente nesse sentido! Espero que tenham gostado desse capítulo, demorei pra postar porque eu to correndo de um lado pro outro e só parei agora realmente pra pensar, relaxar!
E o nome do capítulo é da música que eu amo da P!nk, So what? Eu simplesmente amo a P!nk, deu pra entender né? HAHA E não, eu sou uma pessoa completamente aberta quando se diz músicas, eu amo desde Pink Floyd a Katy Perry, passando por sambas antigos e sertanejos engraçados (esse último de vez em quando), eu só não suporto pagode, funk, rap :sss E nem a Lily. HAHA Ah! E Malaxofobia é a o medo de amar, uma fobia, que eu simplesmente não sabia que existia a pouco tempo atrás, mas eu acho que sofro disso, mas isso é um caso a parte HAHAHAHA E sério, eu achei a palavra legal ok.
AGRADECIMENTO MEGA HIPER ESPECIAL PRA MMCK, QUE FEZ A CAPA LINDA, BRIGADA, *-* e continuo achando que você é minha consciência ou algo assim HAHAHAH
Vamos aos comentários que me deixa feliiiz:
Hilary Juno Lestrange:
Heeei! Juro não sumir, ou pretendo não sumir HUAHAUHAU Ah que bom que tu gostou! Eu li o teu comentário de Adrenalina, sobre a Taylor e vou responder aqui ok? Tipo, a música Miss Invisible, a composição não é da Taylor, é da Marie Digby, mas eu como sou fã da Taylor, preferi ela cantando! Dai por isso que tu não deve ter achado nos cds, acho que ela não gravou! Ah cara, fico suuuuuper feliz com os teus comentários! Espero que tu goste desse capítulo! hehe Beeejokkks
Carolzinha Gregol:
AII QUE LINDA! hahaha Ohn, obrigada, que bom que tu gostou! Sim, Sirius e James meio idiotas, mas sempre gostosos HAHAH Sim, o Remus vai ser um caso a parte nessa fic, se eu continuar falando dou spoiler então :sss HAHAHAH Que bom que tu tá gostando, espero que tu continue lendo e comentando e gostando HEHE Bejoookkks
MMck:
SÉRIO, ainda acho que tu é minha consciência HAHAHAHAHHAHA OHN! Sim, meu Led Zeppelin é vida, eu sou APAIXONADA, VICIADA neles! Amo demais! Peguei o bom gosto de música pelo meu irmão mais velho que sempre me apresenta bandas e me vicia HUSAHSUAHUSA A Lene ainda vai demorar um pouquiinho pra aparecer, mas ela vai ser do estilo MEGA, HIPER fofa aqui HIHI Ok, não foi um spoiler, eu acho IUSHAUISHUIA Sorry se foi. E EU JÁ TE DISSE QUE AMEI A CAPA? EU SUPER AMEI A CAPA! SÉRIO, e já fiz a homenagem colocando a Lily como Hayley HAHA Eu queria saber fazer capas assim gatas que nem as tuas e poder te presentear com elas! Mas eu sou um desaaastre, só sei mexer no Picasa e ainda meia boca HAHAHA eu AMO os teus comentários, DEMAIS! E espero que tu fique curiosa sim, mas juro que vou postar rápido HUISAHSUAHSIUAHUI bejoookkks linda! ps. eu to pegando a mania de falar "você é uma tchuca" de ti HAHAHAHA
Fê Black Potter:
Aii vai dizer, a P!nk é o máximo né? O jeito dela todo rebelde de ser! Eu amooo as músicas dela! Ah que bom que tu gostou! Espero que continue gostando! hahah beejoookks
vanessa. :
JURO QUE NÃO TENHO PROBLEMA CONTIGO OU O TEU NOME AHSIAHISUAHUISHAIU é só que eu tenho uma criatividade MIL pra nomes, que vou te contar! HAHAHA Fico supeer feliz que tu gosta das minhas fics, tipo, eu AMO as tuas, sou fã HAHA e Pink, essa música é ótima mesmo! Ohn que fofa *-* eu ia amar! que bom mesmo que tu gostou e prometo que se tu aparecer em outra fic minha vai ser de Dior, ou Channel, top de linha HAHAHAHAH bejookkkks
Bom gente! Era isso! Espero que gostem mesmo!
bejokkks, dominique.
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