O óbvio
Era uma manhã ensolarada, porém nem todos estavam felizes. A maioria dos estudantes da escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts estavam de folga, era sábado, que para alguns não deveria acabar, até...
-É hoje – dizia a grifinória confiante enquanto andava até o seu destino - Será – ela tinha um pouco de dúvida.
-O óbvio – disse um moreno que caminhava ao seu lado.
-Am?O que?Como assim?
-Uma pergunta de cada vez – brincou ele – Ele vai sair hoje sim , eu tenho certeza.
-Espero que esteja melhor do que ontem, ele estava muito doente.
-Hermione, doente?
-Sim doente Harry!Não precisa ter uma doença sem cura para estar doente!E eu ainda perco tempo dizendo isso! Você de...
-Calma Mione!Você está tensa, vai ficar tudo bem, eu sei.
-Desculpa... Me desculpa , é que eu estou com um pressentimento ruim.
-Então esqueça dele , do pressentimento – afirmou Harry rapidamente.
-Queria que fosse fácil – ela disse abrindo da ala hospitalar.
-Bom dia Madame Ponfrey – disse Harry educadamente, mas ela apenas confirmou com a cabeça.
-Cadê ele? – perguntou Hermione.
-Vocês são amigos do senhor Weasley, não são?Pensei que já tinham sido informados.
-Sobre o que? – perguntou ela mais uma vez só que agora com a voz mais abafada.
-O senhor Weasley foi transferido hoje cedo.
-Transferido?Por quê?Ele estava melhorando ontem!
-Hoje ele acordou como se não tivéssemos feito nada para ele melhorar , acordou como no dia em que foi mandado para cá... Sinto muito querida.
-Não – Hermione começara a chorar silenciosamente.
-Madame Ponfrey, não havia mais nada para tentar? – perguntou Harry abraçando sua amiga.
-Querido, tentei todos os remédios e poções que pude, os efeitos eram imediatos, porém voltava tudo a esmo. Bom ele foi transferido com suspeita de uma doença trouxa.
-Que doença? – ele perguntou mais uma vez, mas dessa vez com tom de preocupação na voz.
-Não me recordo – respondeu Madame Ponfrey olhando para Hermione, mas Harry sabia que ela só não queria dizer.
-Obrigado Madame Ponfrey... Vamos Hermione.
Harry e Hermione saíram porta fora. Harry nunca virá sua amiga daquele jeito, ela estava péssima, não era legal vê-la assim.
-Eu preciso ficar sozinha, não quero que ninguém me veja assim – disse ela aos soluços.
-Não posso fazer isso, eu sou seu amigo.
-Melhor amigo – disse Hermione com a voz calma, então Harry a abraçou confortando-a.
-Hermione, ele vai ficar bem, não fique assim.
Passando as horas Hermione já estava deitada na sua cama, ela demorou, mas finalmente caiu no sono. Quando acordou a maioria das meninas já tinham acordado, como ela não estava animada e era domingo, ela continuou deitada. Sem notícias daquele menino, o qual ela se apaixonou, sem saber por que ela o amava. Será que ele sente o mesmo?Ela sentia saudades de suas piadas sem graça, das suas reclamações, de suas caretas, do seu sorriso , ela queria ele de volta , queria falar o que sente por ele e o que está sentindo com ele desse jeito. Uma dor que não precisava de feridas, mas era horrível, uma preocupação sem igual. Mesmo assim ela tinha que sair da cama.
Depois de tirar seu pijama e se vestir, ela desceu as escadas e no salão comunal encontrou Harry sentado no sofá em frente à lareira.
-Oi Harry.
-Mione, tudo bem?
-Não muito...
-É. Esse também não está sendo meu melhor Domingo.
-Recebeu notícias?
-Nenhuma, eu encontrei a Gina, mas ela não tinha notícias, e estava preocupada, disse que o Ron nunca tinha ficado daquele jeito e que é difícil ele ficar doente.
-Harry, eu e você conhecemos essa doença – disse Hermione sentando no sofá.
-Não temos certeza Hermione, é só uma suspeita.
-Ela não tem... Cura – a menina já estava chorando – Harry eu não sei o que dizer.
-É mais doloroso quando é alguém que você ama, não como amigo.
-Eu fiz de tudo para ninguém perceber – ela disse enxugando as lágrimas com as mãos – Era tão óbvio assim?
-O óbvio, eu convivi bastante tempo com vocês dois e não sou idiota – Harry deu um leve sorriso.
Já à tarde Hermione decidiu ir até a ala hospitalar, Madame Ponfrey podia ter notícias, mas quando abriu a porta devagar, viu várias pessoas lá dentro, entre elas Dumbledore. Ela tornou a fechar a porta, mas encostou o ouvido na porta e de longe ouviu.
-Você tem certeza?
-Eu recebi a coruja hoje de manhã.
Ela não identificava as vozes, porém percebia que não estavam em tons de alegria.
-Um Weasley?
-Sim, eu tentei de tudo, mas ele não queria voltar.
-E qual era o Weasley?
-Ronald Weasley senhor, ele morreu de...
Hermione não conseguiu ouvir o resto da frase, mas tinha sido o suficiente para derramar suas lágrimas da dor que estava sentindo no seu peito. Ela corria sem olhar para trás, sem saber o que fazer, ela estava indo até o lago, lá ela sentou na beirada. Ela chorava como nunca havia feito antes, não sabia por que, mas começou a lembrar se suas melhores lembranças que teve com ele. Seu melhor amigo havia morrido, ela só sabia chorar, sussurrando para si mesma a palavra ‘’não’’ várias vezes então ela começou a ouvir passos, ela não olharia para trás e de repente os passos pararam e ela sentiu a presença de alguém atrás dela.
-Ele se foi... E eu não consegui dizer á ele o que eu sinto, que eu o amo... – dizia ela ainda chorando – Muito... Eu quero ele de volta, pra ele falar coisas sem sentido e eu ter que olhar feio pra ele, pra me fazer rir com suas piadas sem graça... Ron...
-O que? – ela pensou ter ouvido a voz do Ron, mas acreditou que era da sua cabeça.
-Pra eu dizer... Te amo.
- Hermione? – então ela se virou e lá estava ele de pé.
-Ron...
-Porque está chorando?
-Ron? – ela não acreditava – Como...
-Bom, onde eu estava disseram a Madame Ponfrey esqueceu de uma simples poção ou fez as poções incorretamente.
-Ron, eu ouvi o professor Dumbledore na ala hospitalar – ela disse se levantando – Ele estava falando com várias pessoas, e alguém disse que você tinha morrido de... Eu não ouvi o resto.
-Eu?Vou te contar o que aconteceu. No último dia que você foi me visitar com o Harry, naquela noite eu fiquei muito mal, então no dia seguinte, de manhã, eu fui transferido, naquele mesmo dia, á tarde, a única poção que me deram eu já tinha começado a melhorar, então hoje cedo enviaram uma coruja para a Madame Ponfrey e ela foi direto pra lá , só que eu disse a ela que não queria voltar , não do jeito que eu estava.
-Como?
-É que o efeito da poção me deixou inchado... Mas ela insistiu muito, sorte minha que quando cheguei aqui agora á tarde o efeito já tinha passado, eu estava morrendo de vergonha.
-Morrendo de... Vergonha?
-Você pensou que eu tinha morrido?
-Ron eu, é, eu não tinha escutado o resto da frase. Bom, ainda bem que você está bem – ela disse um pouco sem graça.
-Hermione.
-O que?
-Tudo o que você disse pouco tempo atrás, é verdade?
-É sim, por quê? – a garota estava vermelha, quase caindo na beirada do lago.
-Porque eu sinto o mesmo... Por você – ele disse chegando perto dela, então seus lábios se tocaram e eles se beijaram apaixonadamente, abraçados, mas Hermione escorregou e eles foram direto para o lago. Ela olhou para ele rindo e ele sorriu, ela estava com saudade daquele sorriso.
-Eu já encontrei com o Harry, ele disse para procurar você, porque ele não tinha te visto desde manhã... Por falar nele – disse Ron se levantando, enquanto Harry vinha na direção deles.
-O que aconteceu com vocês? – perguntou ele enquanto Ron e Hermione saiam do lago.
-O óbvio – responderam os dois juntos
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