Uma Nova Família
Harry Tiago Potter, um garotinho de 10 anos, de olhos verdes, morava na Austrália com seus pais até uma semana atrás. Seus olhos estavam tristes, fazia exatamente sete dias que seus pais, Lilian e Tiago Potter, tinham sido brutalmente assassinados em umas das mais tranqüilas praias de Sidney.
No entanto, Harry ainda tinha seu padrinho, Sirius Black, que vivia na Inglaterra, e que, com a morte de seus pais, ficara com sua guarda. Além do padrinho, Harry também tinha Draco Malfoy, um menino loiro, charmoso para seus 11 anos de idade, que era seu primo.
Ele e Harry cresceram juntos. Os pais de Draco sempre menosprezaram a presença do filho, mas o carinho e o amor que nunca havia recebido em casa com Lúcio e Narcisa Malfoy, seus tios, Tiago e Lilian, lhe deram em dobro. Ele e Harry sempre foram mais que somente primos; eram melhores amigos.Irmãos de coração.
Por esta razão, Draco também estava arrasado com a morte de seus tios, e iria para Inglaterra com Harry para apoiá-lo no que fosse preciso.
Eles estavam na estação King's Cross esperando Sirius, que vinha buscá-los. Foi quando um garotinho ruivo tropeçou em Draco e os dois foram parar no chão.
- Desculpa!Eu sou muito atrapalhado mesmo!Você está bem? – perguntou o garoto.
- Claro! – respondeu Draco.
- Ei, você é o Malfoy, não é?
- Sou – confirmou – De onde você me conhece?
- Tenho uma foto sua aqui. Vim com a minha mãe e a minha irmãzinha para buscar você e seu primo! Elas estão ali atrás! – anunciou o garoto, apontando por cima do ombro.
Draco e Harry viraram-se na direção que o garoto apontou. E então Harry a viu pela primeira vez:
Uma garotinha ruiva, muito bonita, vinha de mãos dadas com uma senhora que parecia ser muito simpática. Ela vinha sorrindo, jogando as franjas para trás, um sorriso que fez com que Harry perdesse totalmente a noção de tudo ao seu redor.
- Rony, querido, você os encontrou! – disse a senhora.
A senhora abraçou Harry e Draco de uma forma muito carinhosa.
- Sou Molly Weasley – apresentou-se - Sirius ficou preso no trabalho e me pediu para vir buscá-los. Vocês irão ficar conosco, e a noite ele irá encontrá-los – os informou.
- Bem, essa é minha mãe – disse Ron – E essa é minha irmã, Gina.
- Muito prazer, sou Harry Potter. Este é meu primo Draco Malfoy! – apresentou-se Harry.
- Espero que vocês gostem de Londres! – desejou Gina, com um sorriso.
- Bem, crianças, vamos andando – apressou a Sra. Weasley – Preparei um almoço delicioso de boas-vindas para vocês! Vamos para casa.
Rony tagarelou o caminho todo, da estação à residência dos Weasley. Ele falou sobre sua família, sobre Hogwarts, o colégio onde ele e seus amigos estudavam, entre outros assuntos. Mas Draco era o único que realmente estava prestando atenção; Harry, disfarçadamente, acompanhava cada movimento de Gina, que andava lado a lado com a mãe, calada o caminho todo
- Chegamos! – anunciou Ron, contente.
- Gina, vá buscar seus irmãos no campo de futebol – ordenou a Sra. Weasley – Convide suas amigas para almoçarem conosco também!
A menina saiu correndo, sem se despedir.
- Enquanto ajeito as coisas por aqui, Rony, mostre ao Harry e ao Draco a casa na árvore lá nos fundos. Ele irão gostar!
- Nossa!Você tem uma casa na árvore! Que maneiro! – exclamou Draco, animado.
- Vamos lá! Vou mostrar para vocês! – chamou Rony, e juntamente a Harry e Draco, correram para o quintal da casa.
Enquanto isso, Gina corria pelas duas quadras que separavam sua casa do campo de futebol da vizinhança. Estava tão nervosa, não conseguia pensar em outra coisa, só queria poder conversar com suas melhores amigas, Hermione Granger e Luna Lovegood.
- Luna! Mione! – exclamou Ginny, ao encontrar as amigas.
Hermione e Luna, que estavam sentadas nas arquibancadas, logo encontraram-se com a amiga.
- Oi Gina! – cumprimentou Hermione, com um sorriso - Como foi na Estação? E os meninos?
- Eles são bonitinhos? – perguntou Luna, interessada.
- Que horror! Mal chegaram e você já querendo dar em cima deles! – a outra exclamou, rigorosa.
- Só estou curiosa! – defendeu-se Luna – Então, Gina, conte-nos tudo!
- Eles parecem ser legais – respondeu Gina – Quase não conversei com eles... Vocês sabem como sou tímida, não sabem?
- Sei, sei sim – disse Hermione – E o que mais?
- O Draco se parecesse bastante com você, Luna. Tenho a sensação que vão se dar muito bem! E o primo dele, o Harry, parece legal também, mas me deixou tão nervosa...
- Por que? – perguntou Luna.
- Não sei, ele estava me olhando de um jeito... Bem – mudou de assunto -, de qualquer forma, vocês irão conhecê-los hoje. Mamãe me pediu pra convidá-las para o almoço. Vocês vêem?
- Claro! – respondeu Hermione.
- Idem! – disse Luna, com o mesmo entusiasmo - Estou louca para saber se esse Draco é mesmo parecido comigo!
- Ok – disse Gina - Vou chamar o Fred e o Jorge e, então, podemos ir para a minha casa.
- Gina! Querida maninha! – exclamou Fred, quando avistou Gina correndo em sua direção no campo de futebol.
- Ginevra! – acompanhou Jorge.
- Não me chame de Ginevra! – ordenou ela, em tom autoritário.
- Calma – pediu Fred - Você deveria gostar mais do seu nome. É italiano, sabe?
- Mamma mia! Princepessa! – brincou o outro.
Então, juntaram os braços e começaram a girar em círculos, ora trocando de braço, ora não, em uma dança italiana atípica.Gina começou a rir dos irmãos na mesma hora.
- Vamos pra casa, seus bobos! – chamou – Está na hora do almoço!
Jorge e Fred, sem dúvidas, eram os mais animados dos sete irmãos. Seguiram Gina de volta para casa, mas antes convidaram o amigo Neville Longbottom para almoçar em sua casa.
- Então galera – perguntou Neville, quando aproximou-se de Luna e Hermione – É verdade que tem gente nova na vizinhança?
- Pois é Nev – respondeu Luna – Dois garotos. Estou louca para ver a cara desses dois!
- Luna, isso lá são modos de falar? – censurou Hermione.
- Ah, Mione, não reclame tanto!
Luna e Mione viviam assim desde que se conheceram. Luna sempre foi a mais animadas das meninas,Gina a mais tímida e Hermione, a mais centrada. Se conheceram ainda crianças, na escola; Luna e Gina eram da mesma turma, e Rony trouxe Hermione para suas vidas.Rony foi escolhido para fazer dupla com ela em um trabalho de História, e de lá para cá a amizade entre eles cresceu e se fortaleceu.
Na época, Gina ficou muito feliz por finalmente ter uma amiga, pois numa família onde se é a única menina entre seis irmãos, ter outra garota pra lhe fazer companhia e conversar fazia muita falta.
Luna sempre foi a zoada na escola. Era chamada de Di-Lua por quase todos. No entanto, sempre fora tão corajosa quanto Gina era tímida.
Há cerca de três anos atrás, as garotas mais nojentas de Hogwarts resolveram atormentá-la. Elas roubaram seus sapatos, seus cadernos, e jogaram dentro da piscina do colégio. Para completar, a empurraram dentro d'água.
O que não sabiam era que Luna não sabia nadar e, se não fosse por Gina ter chegado na hora certa, Luna poderia ter se afogado naquele dia.
Ela, Rony e Hermione ajudaram Luna no momento que mais precisou e deste dia em diante não se desgrudaram mais.
Infelizmente as Irmãs Insuportáveis, como foram apelidadas, Pansy Parkinson, Cho Chang e Lilá Brown não chegaram nem perto de serem castigadas.As três eram filhas de Voldemort, o diretor do colégio. Mimadas e arrogantes, tinham puxado toda personalidade do pai; elas realmente sabiam ser más.
Voldemort, em seus tempos de juventude, fora um mulherengo nato e teve uma filha com uma mulher diferente. A mãe Cho era de origem oriental, a mãe de Lilá era grega e a família de Pansy, canadense. Preferiram se mudar para Inglaterra para serem criadas pelo pai, pois não suportavam a ideia de terem, por parte de mãe, vindo de famílias humildes. Preferiam toda a riqueza e o luxo que o pai podia dar a elas;
Voldemort era um ladrão, fraudulento e corrupto. Toda a sua riqueza vinha de golpes e negócios obscuros. Tinha muito orgulho de suas três filhas porque as considerava uma cópia sua.
Depois do ocorrido, as três irmãs viraram inimigas declaradas de Luna, Hermione e Gina, que se tornaram pessoas que realmente se importavam com Luna, amigas para a vida toda, e a perturbação delas não abalava os laços que foram criados entre as três amigas.
- Mãe – exclamou Gina – Chegamos!
- Podem lavar as mãos, já estou colocando a mesa! Jorge e Fred – pediu em seguida - vão chamar Rony na casa da árvore... E sejam educados com as visitas! – enfatizou – Não assustem os meninos!
- RONIQUINHO! – exclamaram Fred e George, então – Mamãe está chamando! RONIQUINHO!
- Eu disse para serem educados! Não gritem!
- Fred e Jorge chegaram - Rony disse entre os dentes. Detestava ser chamado de Roniquinho.
- Eu me amarrei nessa casa na árvore! – comentou Draco, animado – Ei? Harry, você está bem?
- Papai também ia construir uma casa na árvore para nós, se lembra Draco? – fungou ele - Ele e a mamãe disseram que seria o presente de Natal.
- Eu me lembro – assentiu Draco – Mas, Harry, também sinto falta deles, cara, e eles não iriam gostar de ver nós dois tristes o tempo todo! Anime-se, primo!
- É muito chato o que aconteceu com vocês – disse Rony – Eu sinto muito.
Rony estava constrangido. Não sabia consolar ninguém e sempre foi muito atrapalhado.
- É melhor a gente descer logo – recomeçou - se não daqui a pouco a gritaria recomeça.
Após descerem, Rony fez as devidas apresentações:
- Harry, Draco, estes são meus irmãos, Fred e Jorge. Neville, Luna e Hermione são amigos nossos.
- Nossa! Vocês são mesmo bonitinhos – disse Luna, sorrindo.
- Pare de bancar a desesperada! Você só tem onze anos! Vai acabar assustando os dois! – disse Hermione, enérgica, ao pé do ouvido da amiga.
- Já falei para parar de reclamar de tudo! E eu não falei nenhuma mentira vai me dizer que você não gostou deles?
- É melhor irmos logo pra mesa! – disse Gina, para evitar mais constrangimentos.
Depois de um almoço bem animado e farto, todos subiram para a casa da árvore novamente:
- Vocês são afilhados do Sirius, né? – perguntou Neville.
- Na verdade, só o Harry. Meu pai e Sirius nunca se deram muito bem – respondeu Draco.
- Sirius é o melhor professor que nós temos - disse Hermione - Ele e Lupin são os melhores de Hogwarts!
- Muito diferentes do Seboso – acrescentou Luna – Eu o odeio!Capacho do Voldemort...
- Voldemort? – perguntou Harry.
- O pior diretor da história de Hogwarts – respondeu Fred - Simplesmente o pior!
- O bruxo cara de cobra – adicionou Jorge.
- Porque eles não saem de lá? – perguntou Harry, curioso.
- Porque ele e o Lupin não podem deixar a escola nas mãos daquele homem! – respondeu Hermione.
- E eles estão tentando colocar o Dumbledore no cargo... – disse Rony.
- Dumbledore? – exclamou Draco - Ele foi professor dos nossos pais, Harry! Você se lembra? Seu pai falou dele pra gente!
- Me lembro, sim.
Ficaram a tarde toda conversando sobre tudo. Gina já estava bem mais animada, e ela e Harry descobriram uma paixão em comum: a natação. Luna enchia Draco de perguntas. Hermione e Rony sorrindo um para o outro enquanto Fred e Jorge zoavam com Neville.
Já era noite quando Sirius apareceu para buscar os meninos.
- Molly, muito obrigado por cuidar deles hoje! – agradeceu ele.
- São meninos adoráveis, Sirius! E foi bom porque eles já se enturmaram!
- Harry, Draco – chamou então.
Sirius abraçou os garotos. Eles sorriram meio sem jeito, e voltaram para dentro para se despedirem de todos.
- Bem, já podemos ir pra casa!
Eles só precisaram atravessar a rua, Sirius vivia em frente a casa dos Weasley.
- O quarto de vocês fica a segunda porta a esquerda – informou aos meninos, já em casa – Vou deixar vocês a vontade. Amanhã nós conversamos. Boa noite!
- Boa noite, Sirius!
- Boa noite!
No caminho do quarto, viram várias fotos de Sirius, Tiago e Lupin juntos na época do colégio, e uma no dia do casamento de Lilian e Tiago. Estavam tão felizes... E Harry simplesmente não conseguiu conter as lágrimas; eles eram os melhores pais do mundo e não estavam mais com ele. Nunca mais estariam.
Draco o abraçou. Também sentia muita falta dos tios.
Tiago e Lucio podiam ser irmãos, mas eram completamente opostos. Enquanto seu pai estava sempre preocupado com a bolsa de valores, e Narcisa se o vestido novo era apropriado para mais uma festa, Lilian e Tiago estavam lá quando Draco precisava. E agora ele e Harry estavam sem as pessoas que mais amaram em suas vidas.
Sirius, que observava a cena de longe, chegou perto deles e os abraçou também.
- Eu cuidarei de vocês – disse - Não vou decepcionar nem o Tiago e nem Lilian. Vocês, agora ,são meus filhos também.
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