Capítulo I



 


Disclaimer: Os personagens pertencem a J.K Rowling, Warner e cia.


NA: Essa fic foi feita para o III Chall da comunidade MFSS, mas contém algumas alterações.


São apenas três capítulos e eles já estão escritos.

Espero que gostem =). Deixem-me saber o que acharam.


 


 


CapI-


Severo sentiu na pele o gemido dos outros Comensais, seus joelhos cederam e ele foi ao chão. Acabara, o Testa rachada conseguira. Estava tão incrédulo por isso quanto por ainda estar vivo que não se levantou, perdido e pela primeira vez em muito tempo livre. A lua brilhava forte no céu dando boas vindas a uma nova era. O olhar fixo em uma placa caída ao seu lado. O barulho de um Comensal aparantando trouxe-o de volta, mas só por alguns segundos. Ele voltou sua atenção para a placa e com a mão afastou a poeira e alguns destroços para ler "Bar Três Vassouras". Dumbledore se aproximou, o rosto sujo e molhado pelas lágrimas, a lente do oclinhos de meia lua trincada. Passou a varinha próxima à lente recitando um feitiço e instantaneamente ela voltou ao normal, não que aquilo importasse no momento. Seus olhos estavam mais brilhantes do que nunca. Ele estendeu a mão:

- Levante-se, meu menino, acabou.

Snape aceitou a mão do Velho e sem muita cerimônia abraçou-o desajeitosamente. Ao afastar-se ergueu a manga da sobrecasaca, a Marca Negra não estava mais lá.

- Severo, enfim está livre. O erro está consertado, não precisa mais se culpar.
- Obrigado - respondeu meio sem jeito, ainda olhando para o braço como se a Marca pudesse voltar a qualquer momento.
- Está ferido?
- Não.
- Ajude-me a encontrar os nossos. Temo que ainda haja resistência.

Snape assentiu, passou a mão sobre a área do braço, sentindo o toque e puxou a manga cobrindo-o. Estava em si outra vez, seu olhar fitou os estragos da batalha, o povoado de Hogsmead estava destruído. "Hermione".

- Alvo, onde está o trio?
- Harry está sendo atendido na parte povoada, Voldemort arrastou-o para lá durante a batalha, conhece o gosto dos Comensais por sangue.

Ele queria saber dela, mas não queria perguntar. Seguiram com a varinha em pulso por precaução. Cada um foi para um lado da região habitada. Snape avançara um pouco quando ouviu o grito de uma mulher.


----- * -----


"Os dentes dela não paravam de crescer, o feitiço de Malfoy ricocheteara acertando-a em cheio.

- Não notei diferença alguma Srta. Granger.

 A grave voz dele ainda ecoava na cabeça dela quando ele virou as costas fazendo a capa farfalhar atrás de si majestosamente, deixando- a lá, humilhada e desamparada. Ele deveria ser justo. Era um professor!"


*


"Ele ignorara a mão dela no ar mais uma vez. A poção dela estava pronta e perfeita. Dessa vez a dificuldade tinha superado todos os alunos da sala, que um a um viram seu caldeirão ser esvaziado diante da reprovação do Mestre seguido da dispensa da aula. Só sobrara ela. Era a chance de tentar algum reconhecimento.

Snape se aproximou do caldeirão:

- Professor, a poção é usada para...

- Eu não lhe dei permissão para falar Srta. Todos já sabemos que é a insuportável Sabe-tudo. O que está esperando para engarrafar a poção?

Um largo sorriso surgiu no rosto da menina.

- Vamos, engarrafe e dê-me o prazer de ficar livre da sua presença.

Ele consertou, apagando o sorriso dela e abrindo o seu sarcasticamente..."


 *


“A reunião na cozinha do Largo Grimmauld acabara e os dois foram deixados sozinhos. Snape estava sentado à mesa e ela andava impaciente de um lado ao outro atrás da cadeira:


 - Srta., se está querendo fazer um buraco no chão, por favor, continue, o trabalho está ótimo.


 Ela não deveria e também não sabia como acontecera, estava apaixonada e viu no pedido do diretor uma oportunidade. Ela não podia, mas se aproximou, encarando seus frios olhos. Puxou uma cadeira ao lado dele fingindo que não se intimidava.


- Não Granger, essa é minha última palavra. Não quero que trabalhe comigo.”


 *


“As mãos de Severo abriram lentamente os botões da camisa branca dela, torturando-a com seu autocontrole. A gravata grifinória já estava no chão. Livrou-a por completo da blusa, a mão livre ergueu a perna dela envolvendo-a em sua cintura. Hermione gemeu com o contato, a fria parede das masmorras em suas costas. Ela não conseguiu mais esperar e puxou a cabeça dele para mais perto lhe tomando os lábios sedutoramente.


Ela estava perdida nas sensações, mas ele descolou os lábios. Afastou-se dela fechando os botões da sobrecasaca.


 - Isso tem que parar.- Snape disse passando as mãos no cabelo buscando controlar a situação.


- Por quê?


- Por que você sempre tem que querer saber o porquê? 


Ela estava descomposta uma linda visão, então ele evitava olhar. As lágrimas já começaram a se pronunciar.


- Porque eu te amo.


- Não repita isso, Hermione. Não quero mais que se intrometa em minha vida.


- Por favor, Severo, olhe para mim.


 Ele não olhou. Hermione caminhou em direção a ele.


 - Pare... onde... está- Falou quase como um sibilo.


- Dumbledore está desconfiado?


Ele riu e ela queria acertá-lo por tanto sarcasmo:


- Você não vê que Alvo sempre sabe de tudo.


- Esse é o problema? Você acha que traiu a confiança dele? Voldemort pediu algo?


- Não fale o nome dele. Não fale. Você não entende. Pegue suas coisas e saia. 


Ele deu as costas a ela e entrou em seu quarto encerrando a discussão.


 - Abra essa porta- Disse entre lágrimas.


 Mas ele não abriu.”


*


“Hermione afundou o rosto no travesseiro. Era seu último dia em Hogwarts, mal sabia se voltaria para o próximo ano e ele não se importava. Não escrevera, não falara com ela, dispensara seu trabalho com poções pela Ordem. Nada! Ele a tirara da vida dele, mas ela não conseguia tirá-lo. Aquela noite como muitas anteriores ela chorou chamando por ele.”


 Ela pensou ter ouvido a voz dele e deixou-se levar pela tranqüilidade que ela trazia. Tudo ficou escuro.


----- * -----


Snape abriu a porta e a cena que viu paralisou-o. Hermione estava desfalecida no chão, perto de alguns escombros, um dementador muito próximo de dar o beijo enquanto o outro sugava-lhe as lembranças, por sorte sua entrada repentina distraiu-os. Ele tentou fechar sua mente e procurar uma lembrança feliz, mas o desespero de vê-la ali, desprotegida, dificultava seu controle.


Ele ouvia as batidas dela desesperadas na porta do seu quarto, ainda podia visualizar a expressão de completa incompreensão e as primeiras lágrimas, mas ele não podia se importar, acabara.”


 - Expecto..- O feitiço morreu em sua boca um dos dementadores estava cada vez mais próximo a ele.


 Não podia ser difícil, enganara por anos o Lord das Trevas, usou toda sua perícia em oclumência e selecionou exatamente a recordação que precisava.


Ele acordara primeiro naquela manhã, ajeitou a colcha verde para cobri-la, a masmorra estava muito fria. Subiu a mão para o rosto da menina afastando uma mecha de cabelo, ela abriu os olhos e sorriu:


 - Bom dia.


Ele acariciou as bochechas dela, guardando cada traço que conseguia. O dia não poderia ser melhor, ela podia ter escolhido qualquer um, mas o escolhera.”


- Expecto Patounoum!


Uma corça prateada irrompeu da ponta de sua varinha espalhando seu brilho no ar, um deles ainda tentou lutar, mas os dois foram afugentados. Ele correu para a menina. Ajoelhou-se no chão e colocou a cabeça dela em seu colo, pegou uma das mãos dela para sentir o pulso, estava assustadoramente gelada, seguiu para o rosto e descansou sua mão na testa ardendo em febre, o corpo dela tremia inteiro, mas ele achou que fosse o seu próprio.


- Hermione.. Hermione.- Disse chacoalhando a menina sem jeito.


Snape não pensou duas vezes, Alvo daria conta de cuidar dos outros, e Mérlin! Dane-se os outros, Hermione precisava dele, nem podia imaginar quanto tempo ela ficara exposta, e ele já ouvira relatos de pessoas que enlouqueceram em Azkaban e outras que entraram em depressão profunda e ainda tinha... não... afastou esses pensamentos, ela era uma grifinória impertinente e forte! Ergueu-se com a cabeça dela apoiada em seu peito e a dobra dos joelhos no outro braço, pensou claramente em seu destino e aparatou.


 


[Continua]

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