Papai, quem é minha mãe?
Eu havia sonhado com ela. Eu era uma garotinha de dois anos, se tanto, correndo em um gramado cheio de flores, até que, então eu caí. Uma mulher de no maximo 19 anos vinha correndo me pegar no colo, cuidar de meu machucado e me botar para dormir. Ela tinha um extinto maternal, como se ela fosse minha mãe.
Pela primeira vez em 15 anos, eu realmente me importei com este fato. Ao sair dos jardins juntamente a Bryan, ainda não era hora do jantar, eu iria a sala de meu pai agora, e perguntaria isso.
- Bebê, preciso falar com meu pai...
- Ok minha linda.
Fui até lá, bati na porta e entrei.
- Papai, posso conversar com você? – perguntei sentando em cima da mesa dele.
- Pode Lívia. – fiz cara de aff.
Eu contei de meu sonho a ele e por fim falei:
- Papai, quem é minha mãe?
- Achei que você nunca perguntaria isso. – ele tirou um envelope gordinho da gaveta – leia e veja as fotos, juntei essas fotos por 13 anos! Só por favor, não me odeie quando descobrir. E você precisará de uma dessas – e me entregou uma mini penseira. Que medo.
Coloquei tudo isso dentro de minha mochila e me dirigi as masmorras.
- Conversou com Snape? – perguntou-me Bryan quando eu entrei
- Sim, amor, eu não vou jantar, tenho que fazer umas coisas e estou sem fome. – falei – beijos.
Fui para meu dormitório e tirei as coisas da mochila. Sentei em minha cama, fechando a cortina, peguei uma carta que fora escrita em papel trouxa, com tinta cor-de-rosa.
Querido Severus,
Esta é nossa filha, nossa pequenina. Dei-lhe o nome de Samantha Lívia Snape. Samantha porque é um nome lindo, e uma de minhas amigas de Hogwarts, se chamava assim. Lívia, para você se lembrar de mim, já que é um nome super parecido com o meu. Eu pensei em deixá-la com minha mãe, porém não julguei certo privá-la de você, que é um homem que teria total capacidade de cuidar dela.
Peço que não conte a ela que a deixei com você com apenas um aninho de idade, não tão cedo. Ela já tem uma personalidade super parecida com a sua, e se souber disso cedo, me odiará.
Deixei-a aí, com Dumbledore para ele lhe entregá-la porque irei me casar com James, não ele não pediu para eu deixá-la. Porém estou com medo de Você-sabe-Quem e não quero que minha pequena princesa corra riscos de vida. Peço que cuide dela com muito amor e sempre a chame de Lívia, para nunca esquecer-me. Muito obrigada por me dar à coisa mais preciosa da minha vida hoje: minha filha.
Estou anexando uma carta a ela,
Beijos Lilian Evans.
Eu não choro com facilidade só que quase morri chorando com esta carta. Peguei a outra que estava escrito “A minha filha, Samy” abri-a.
Minha princesinha Samy,
Se seu pai atendeu meu pedido, hoje você deve estar com no mínimo 14 anos. E é nesta carta que quero lhe explicar tudo que me fez levar à deixá-la com seu pai. Você até quase dois anos de idade fora criada por mim e sua avó trouxa, porém, após isso, o medo começou a me inundar, eu tinha certeza que você morreria se continuasse comigo. Eu fui pedida em casamento pelo o homem que eu sempre amei, e já estava grávida novamente. Eu não teria como cuidar de você e mais um pequenino com um grande assassino a solta.
Filha, saiba que você foi uma dádiva de Deus em minha vida, era gratificante acordar, de manhã com seu sorriso inocente. Já notei que você será muito parecida com seu pai, espero que tenha um pouco de mim também. Não lhe tirarei a razão se quiser me odiar pelo resto de sua vida, porém, peço que tente olhar pelo meu ângulo, fiz isso para te proteger.
Você fora criada em Hogwarts, coisa que nenhuma criança tivera a chance, você tem um pai maravilhoso, você só pode ser feliz. Eu, pelo menos espero que seja. Não sei se eu estou viva neste momento, que acabei de entregar um pedaço de meu coração a Dumbledore. Você estará para sempre no meu coração.
Não sei se gosta de seu segundo nome, mas este é o nome de sua avó materna, Lívia, e também é muito parecido com o meu, Lílian.
Anexei varias fotos suas aqui, espero que você não me odeie
Lilian Evans.
Eu encarava, incrédula o papel envelhecido. Quem era James? Não conheço ninguém cujo sobrenome seja Evans, e pelo que ela disse, eu não sou sangue puro. Minha vida, 15 anos de mentiras! Deitei-me de roupa e tudo, jogando todas as fotos, cartas, lembranças e até mesmo a penseira para meu malão em baixo da cama, eu não seria forte suficiente para agüentar tudo de uma vez.
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