Amor marrom
- Olá Hermione.
- Oi Rony.
- O que está lendo?
- "Feitiços que você já esqueceu", de Bavorov Manestl.
- Ah... - ele suspirou
Alguns segundos passaram-se e Rony não sabia exatamente o quê dizer.
- Você viu o Harry?
- Eu sequer desviei meu olhar do livro.
- Humpf.
- Aconteceu algo, Rony?
- Não...
- O que quer então?
- Às vezes você é tão burra, Mione...
- O que disse? - finalmente Hermione o olhara
- Há coisas óbvias, mas que você não quer enxergar.
- Não sei do que está falando...
- É claro que você sabe. Você sempre sabe!
- Rony! Fale baixo! Madame Pince chegará e...
- Que se danem ela e sua falsidade!
As orelhas de Rony estavam a ponto de explodir, de tão vermelhas. O rapaz, furioso, deixou a biblioteca sob olhares aversivos e preocupados. Andou depressa até chegar no jardim, onde segundos depois Hermione o alcançou.
- Que papelão, Rony! Pode me explicar tudo isto?
Rony preferiu não responder e permaneceu fitando o lago. Hermione sentou-se ao seu lado.
- A dias que você está diferente. Sou sua amiga. Pode me contar.
- Não se faça de cega, Mione. - ele usou um tom de voz mais sutil, até porquê não pretendia chamar ainda mais atenção - Eu amo você.
O rosto da menina contorceu-se.
- Mione? Está tudo ok?
- Eu... Rony... Bem... É que...
Num impulso, Rony segurou as mãos da amada, disposto à ouvir o que desde sempre esperou que ela dissesse.
- Você...? - apressou
- Eu... Preciso... Preciso cagar. - e imediatamente a garota pôs-se de pé, para em seguida correr em direção ao castelo.
Rony abaixou a cabeça, desanimado. "Justamente hoje ela está com diarréia", pensou ele. Cabisbaixo, o rapaz retornou à sala comunal da Grifinória e avistou Harry e Luna sentados em um mesmo sofá. Qualquer um era capaz de notar que ambos estavam completamente apaixonados - um pelo outro. Harry havia contado ao amigo que as conversas com a moça estavam surtindo algum efeito, pois após dois anos da aproximação de Luna, Harry já havia conseguido pousar as mãos sobre as dela. Rony orgulhava-se da astúcia do amigo. Harry sempre fora um exemplo.
- Oi amigos. - Rony choramingou, sentando-se entre os dois
- Er... Rony!? - Harry exclamou ligeiramente indignado
- Preciso de carinho. - ele gemeu, passando os braços sobre os ombros de Harry e Luna
- A xuxa ta murta! - a moça falou de repente com a voz grave
- O que disse, Luna?
- Ah, nada! - e a voz dela voltara ao normal
- Rony, vá recolher excremento de Pimply para mim. - Harry pediu
- Para quê?
- Rony, vá! - Harry empurrou-o
O ruivo foi fazer o que lhe foi mandado. À beira do lago ele buscava por um Pimply cagão, mas não encontrava nenhum.
- Olá. - uma voz soôu como música por detrás dele; era Hermione.
- Já cagou?
A menina assentiu e inesperadamente largou-se nos braços do rapaz. Rony nunca sentira-se tão bem. Abraçava a mulher da sua vida e tocava com a face os cabelos brevemente duros dela. Seu perfume era bom. Não, não era.
- Mione, que cheiro é esse?
- Não sei. - ela franziu as sobrancelhas - De merda?
- Parece que sim. - curioso, Rony abaixou-se atrás da menina e cheirou a parte os fundilhos de sua calça - É merda sim. - concluiu, orgulhoso de si pela primeira vez.
- Oh, Rony... - ela abriu um largo sorriso - Te amo tanto...
- Também amo você.
Beijaram-se. Até mesmo o odor do trazeiro de Mione tornara-se agradável com aquele beijo.
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