Decepção parte um
- Porque esse livro dos nossos contos de intervalos tem que ter marotos no final? – Lily perguntou com a caneta ainda para no começo da primeira linha.
- Bom... porque nós somos os mais legais dos contos. – James respondeu no que os outros garotos concordaram e as meninas reviraram os olhos.
- James, isso com certeza não justifica... – Marlene falou rindo.
- Mas você não nega que somos os melhores, não é?
- Quem te perguntou, Black?
- Ok, podemos começar logo com isso? – remus reclamou.
- Isso séria ótimo não é? Se eu fosse menos tímida, eu até começaria, mas eu sendo tão tímida não ia dar certo escrever um livro e... – Dorcas falava sem parar.
- É, isso, já entendemos Doquinhas. Agora andem logo com isso. – Belle estava a ponto de perder a paciência, pois ainda não tinha ido na sua aula de Yoga.
O silencio se instalou enquanto todos tentavam ler o que Lily começara a escrever.
Contos de Intervalos Marotos
Nota: Todos os contos se passam no intervalo da escola, em algum dos corredores que ninguém tem a obrigação de lembrar qual.
Primeiro Conto: Decepção [Parte um]
Narrado por Lily Evans:
Dorcas observava atentamente enquanto Anabelle, vestida com roupa francesa tradicional (de onde ela tira essas roupas?) filmando Marlene que falava com a mãe no celular:
- Tudo bem, mãe... acho melhor decidirmos isso mais tarde, ok? Você quer mesmo que seja agora? Ai, ta legal, já te ligo de novo. Beijo. Bye, Bye.
Marlene fechou o celular e finalmente percebeu que Belle quase enfiava uma câmera na sua cara.
- Marlene, conta aqui para a câmera, qual é o teu drama, em? – Belle perguntou.
Lene empurrou a câmera para mais longe e falou:
- É a minha mãe, sabe. Ela me pede cada coisa! Como que eu vou decidir isso agora? – ela parecia mesmo indignada *o*
- Aí, a sua mãe é tããããããããão fofa. Olha , eu sou meio tímida, mas se você quiser, eu posso ir lá, marca um dia, conversar com a sua mãe e quem sabe... – Dorcas sempre falando mais do que precisa...
- Não adianta, Dorcas. Ela quer que eu decida a-go-ra! – Lene interrompeu Dorcas.
Belle continuava rodeando as meninas, filmando e fotografando com várias maquinas penduradas no pescoço.
- Marlene, que suspense. Olha aqui vai. Conta logo: o que a sua mãe quer que você decida? – Ok, Annabelle já está assustando com esse monte de coisa na cara da Lene.
- Não, vê se dá para acreditar: a minha mãe quer que eu decida agora qual sabor da pizza que ela escolhe para a gente comer, só de noite! Vê se pode uma coisa assim?
- CORTA! CORTA! – Ana gritou no ouvido das amigas. – Marlene, que coisa mais clichê e idiota! Cadê a emoção, amiga? Cadê aquela coisa meio (som de grilos) aí, aquela coisa meio... (mas som de grilos). Aí, aquela coisa meio! Sabe?
- Ai, é porque não é a sua mãe, Belle. Ela me enche com cada coisa e... o que é isso, que câmeras são essas? – Lene, demorou mas percebeu o estado da Ana.
- Eu não contei ainda não? Eu peguei emprestado sem pedir do meu pai. Agora eu vou ser diretora de cinema. – Belle respondeu, com uma cara sonhadora.
- Geeeente! Eu acho g-e-n-i-a-l dirigir. – Dorcas, vai começar de novo querida? – Olha, se eu fosse menos tímida eu ia dirigir tudo... ééééé, menos carro, porque senão íamos ter problemas todos os dias...
- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH! – um grito do além ecoou pelo corredor.
- Meninas, isso foi um uivo? – Lene, você conseguiu confundir um grito com um uivo, que lindo.
- Lobisomem em Londres, tomada um! – Belle ligou a câmera e ficou apontando para todos os lados procurando de onde o barulho tinha vindo. Dorcas parecia mais preocupada na unha lascada do que no grito/uivo.
E é nessa hora, que uma linda garota de cabelos ruivos e olhos verdes entrou chorando de agonia na procura das amigas: Senhoras e senhores, eu, Lily Evans!
- HORROR! Isso mesmo, meninas! Minhas mãos estão lambuzadas de horror!
- Isso Lily! – Agora o foco do “filme” de Belle era a amiga ruiva – Continua! Olha pra cá e continua falando!
- Ai Belle! Para com isso! – Lily(sou eu) reclamou para a amiga. – Você não respeita nem a minha dor?
- Aí, amiga, não é isso, mas pensa só: a gente pode até ganhar um Oscar... – e a cara de sonhadora voltou. Anabelle parecendo até normal com essa carinha.
- Aí Belle! Para com isso, você não ta vendo que é sério? Então lilyzinha, conta para a gente, você perdeu a sua Lhama imaginária de novo? – Dorcas tentando ser solidária, minha gente!
- Nossa Dorcas, deixa de ser ingênua! A Lily só pode estar assim, porque acabou a bateria do celular dela, não é obvio? – Parabéns, Lene. Primeiro confunde o grito com um uivo agora isso. Vou rir para não chorar.
- Mas eu não consigo nem ser dramática com vocês né? É claro que não é nada disso gente... Alôôô! – Lily, respira fundo, continua – Garotas, eu tirei nove e meio em física! NOVE E MEIO! Meu mundo caiu! – apesar de todos jurarem que a Lily começou a chorar, tenho certeza que não foi esse escândalo todo.
De repente, um silencio incomodo se instalou entre as quatro garotas, mais foi quebrado pelo comentário brilhante de Lene:
- Nove e meio – porque ta falando pausadamente, minha filha? – O que eu pagaria para tirar nove e meio... – Esquece.
- Genteeee! E existe nota acima de oito, olha só... – quem é pior? Marlene ou Dorcas, eis a questão...
- Eu até...(som de grilos) até...(cricri)Não sei... – ok, a Belle ganhou. Não conseguiu formular uma frase, tadinha. – Será que eu posso filmar a sua prova como um registro de um fenômeno sobrenatural, Lily? – e é nessa hora que Anabelle pula nas costas da pobre Lily desconsolada para tentar filmar a horrível prova.
- Aí, menina! É claro que não, né? – a pobre menina puxa sua prova para longe da mulher maluca e aponta para o papel em suas mãos – Essa prova de... de ignorância, incompetência e desatino!
- Uaaaaaaau! – Dorcas grita batendo palmas. Ô criança feliz... – Gente, eu adoro dramaaaaaa! – Belle pelo jeito concorda, pois as duas começam a dançar e pular de felicidade. – Maaas, o que é “desatino” em? – felicidade dura pouco.
- Vou levar essa dor (começa uma musiquinha de drama com violinos) para toda a minha vida. Estudei tanto para quê? Isso é uma vergonha... – Pobre Lily, tão triste e não estava conseguindo apoio nenhum de suas amigas...
- Ai, Lene! Olha o estado da Lily, coitada... vamos fazer alguma coisa para ajudar? – Belle cochicha no ouvido de Marlene.
- Pode deixar comigo, esse é o meu papel como melhor amiga dela. – Lene cochicha de volta. Depois se vira para Lily e diz – Lilyzinhaaa! Eu tava pensando em passar depois, lá naquela loja sabe... onde você viu aquele sapato l-i-n-d-o. E daí eu posso, sei lá, comprar para você, que tal?
(musiquinha dramática para, não precisamos mais dela)
- Sério, Lene? – Uma amiga, por mais cabeçuda que seja, ainda oferece ajuda nos tempos difíceis para a pobre menina Lily.
- Claro, linda! E eu tenho certeza que o Nilton suuuuper aprovaria essa decisão! – Quem é Nilton o.Õ? Ok, no momento não importa.
- Então, eu acho que tudo bem... mas eu vou ali no banheiro lavar o meu rosto e já volto.
A pobre menina, já melhor, sai para se arrumar e ficar linda como sempre foi novamente.
- Nossa, Marlene, você resolveu isso rapidinho! Mas vem cá, esse tal de Nilton não é aquele carinha que tem algo a ver com a lei da gravidade? – Perguntou Belle totalmente confusa.
- Não, sua bobinha! O Nilton foi um cara lá que escreveu um capitulo muito show de As menina de Beverly Hills. Ele sempre disse: comprar sapato é o melhor remédio.
- Galera, ninguém vai me falar o que é desatino? – ainda nesse papo Dorcas? Ela tem que deixar de ser tão avoada.
- Chega meninas! – Lily voltou mais linda do que nunca – Vamos embora logo, o sinal já vai tocar.
E lá se foram elas...
Nota: Os outros autores não briguem comigo por me referir a mim mesma na terceira pessoa durante o conto.
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