O porão
Leia o livro sete até a página 87 terceiro parágrafo.
Sua voz foi morrendo: pensou nas muitas coisas que deveria ter perguntado a Dumbledore e como, desde sua morte, lhe parecia que tinha desperdiçado tantas oportunidades, enquanto o diretor era vivo, para descobrir mais ... descobrir tudo ...
Harry acabou adormecendo em seus devaneios, Rony e Hermione ao perceberem isso notaram que estavam igualmente exaustos, logo se despediram e ela foi para o quarto de Gina. Rony colocou seu pijama acomodou-se na cama e em quase dez minutos já estava aos roncos que invadiram os ouvidos de Harry, que acostumado com o sono pesado do amigo, virou de lado e tentou adormecer novamente, porém, ele escutou a porta do quarto abrir devagar, alguém entrar e ir até sua cama. Por um instante ele pensou que fosse a sra. Weasley para verificar se ele estava bem, mas um aroma floral invadiu suas narinas.
- Harry – Sussurrou Gina o mais baixo que pode.
Harry alcançou seus óculos na cômoda ao lado da sua cama.
- O que foi? – Disse ele igualmente sussurrando, sentando na cama.
- Vem comigo – ela o pegou pela mão e o levou até a porta.
Gina com sua varinha em punho já emitindo uma luz bem fraca, espiou o corredor para ver se não vinha ninguém, enquanto Harry fechava a porta do quarto cuidadosamente para não acordar Rony. Os dois desceram todos os andares à surdina, tomando cuidado para não deixar nenhuma madeira da escada ranger. Eles entraram na cozinha e foram em direção a despensa, Gina abriu a porta revelando um corredor com prateleiras de carvalho um pouco fora de prumo nas laterais, arrebatadas de condimentos e coisas para o casamento de Bill e Fleur. Mais ao fundo eles pararam em frente a ultima prateleira, quando Harry segurou forte a mão de Gina refreando-a, fazendo com que olhasse para ele.
- Gina onde você esta nos levando? – disse ele ainda sussurrando olhando para ela aflito.
- Em um lugar mais seguro, preciso conversar com você. - respondeu-lhe.
- Em uma despensa?- Quis saber Harry, fechando a porta.
Gina olhou com ar de reprovação para ele, virou e apontou a varinha para uma lata pequena de preparado para sopa de ervilhas na quarta altura da prateleira.
- Alohomora! – Exclamou ela.
A parede de prateleira recuou e deslizou para o lado, abrindo uma passagem com uma escadaria um pouco íngreme. Gina novamente segurou na mão de Harry e o levou escada abaixo, enquanto a prateleira voltava ao seu lugar.
- Rony nunca lhe trouxe no porão certo? – Perguntou-lhe
- Não. – respondeu Harry observando o lugar.
Um porão um pouco enfadonho, cheio de coisas que pareciam não serem usadas há anos devido à poeira que se concentravam, haviam alguns colchões velhos, uma cristaleira com pratarias e pequenas xícaras com as alças quebradas, ao fundo muitas caixas e garrafas vazias, tudo iluminado pela luz durada externa a casa que entrava por uma estreita janela horizontal, que Harry sempre achou ser apenas um adorno decorativo na parte de fora da casa.
Enquanto Harry observava o ambiente, Gina havia estendido um colchão no chão, e colocado sobre ele duas almofadas lilases em um tecido acetinado, que estavam dentro de uma caixa ao pé da escada, Harry presumiu que fossem para o casamento, por serem as únicas coisas aparentemente novas no local. Ele se sentou no colchão recostando-se na almofada, enquanto Gina acendia dois candeeiros.
- E então o que você quer conversar comigo? Perguntou Harry, observando Gina se sentar a sua frente e encostar-se à outra almofada.
- Conversar....- começou ela
- Sobre? – disse Harry a interrompendo e a olhando nos olhos.
- Sobre nós – disse Gina.
- Gina – disse Harry respirando fundo - você sabe que daqui a alguns dias eu já terei partido, tenho que procurar coisas, fazer planos e a ultima coisa que quero é colocar a sua família e você em risco, não quero que aconteça com mais ninguém o que aconteceu com o George, e Gina, eu prefiro que você tenha um futuro com alguém, e não eu, que não tenho idéia do meu destino, eu posso mo...
- Não diga isso nem de brincadeira Harry! – Exclamou ela – Não pense nisso nunca mais, você é um grande bruxo, e sua mãe não lhe protegeu em vão, tenho certeza de que você vai conseguir acabar com você-sabe-quem.
- Gina, as coisas não são tão simples como parecem...- explanou Harry.
- Eu pergunto pra você, e nós parece simples? Seu pai e sua mãe não se separaram, mesmo com os comensais na cola deles.- Disse Gina com rispidez.
- Era diferente...- quis responder Harry, mas logo fora interrompido por Gina novamente que já estava sentada a sua frente encostando os joelhos nos seus.
- Então você só ficou comigo por ficar?- indagou ela, pegando a mão de Harry e colocando sobre seu peito – Me fala que você não consegue sentir isso?
Harry sentiu o coração de Gina acelerado tanto quanto o dele, ele só não compreendia porque ela não conseguia entender suas razões.
- Me diga que você nunca sentiu nada por mim?
- Gina, e-eu gosto de você, eu nunca fiquei com você por ficar, mas ... – tentou se explicar Harry.
- Então não me negue uma vida amando você. – Gina o respondeu fixando o olhar de Harry, que ficou completamente sem reação.
Ele começou a ficar ofegante, porque queria achar um argumento, mas Gina foi se aproximando dele, os dois se entreolhando, Harry não conseguiu pensar em mais nada a não ser beijá-la.
Comentários (1)
Adorei a capítulo! Tire a fanfic do hiatus! Atualize!
2013-01-26