Salvador.

Era tarde da noite, e uma menina com cabelos castanhos e volumosos caminhava rapidamente pelos corredores do velho castelo. Todos os alunos estavam em suas camas, e não precisou andar muito para perceber isso. Hogwarts estava em silêncio absoluto, então Hermione podia pensar em paz. Ronald Weasley era um perfeito idiota, e isso a irritava. Mesmo sendo um idiota, Ronald era perfeito. Ela não podia impedir que algumas lagrimas solitárias rolassem pelo seu rosto de vez em quando. Há dois dias, ela amava Rony. Amava de um jeito tão forte que ela poderia fazer de tudo para ficar com ele. Agora, Hermione o odiava, e seu coração puro fora tomado pelo ódio.

Foi retirada de seus pensamentos por um esbarrão. Logo, ouviu a voz que conhecia muito bem. Uma voz tediosa, arrastada. Era Draco Malfoy.

 — Granger? Andando uma hora dessas pelos corredores? Ah... Terei que lhe dar uma detenção.

 Hermione riu.

— Olhe Malfoy, também sou monitora. — Apontou para o distintivo. — Se quiser, pode me dar uma droga de uma detenção. Mais irá levar uma também.

Antes que Malfoy respondesse, o zelador apareceu com um grande sorriso macabro. Ficava feliz quando achava estudantes que pudesse dar detenções, monitores ou não.

 — Dois alunos! Fora da cama! — Vibrou de emoção e felicidade. — Senhor e senhorita, detenção, para os dois. Esperem meu recado. — Deu as costas para os dois, quando Draco disse:

— Ela não tem culpa, Sr. Filch. É culpa minha, eu que não a deixei continuar a inspecionar os corredores. Detenção só para mim, por favor. — Falou, entrando na frente da garota.

Depois que Filch se afastou, Hermione perguntou o que a deixava curiosa.
— O que te deu Malfoy? Desde quando você me protege? — O loiro não respondeu. Deu as costas a Hermione e se afastou, sumindo na escuridão.

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