Dia 6 – Escute

Acordei com o barulho das garotas no dormitório.

Elas conversavam muito alto.

Me sentei na cama.

Olhei por alguns segundos e depois me levantei.

Com muita ‘luta’, cheguei até o banheiro.

Tomei um banho rápido e sai do banheiro.

Elas continuavam ali.

Eu caminhei em direção a minha cama enquanto prendia os cabelos.

– O que está acontecendo? – perguntei.

– Como, o que está acontecendo? – respondeu Marlene.

– É, o que está acontecendo? – reafirmei a pergunta.

–A manhã é o baile de máscaras! – gritou Rose.

– Ah – eu disse, se sentando na cama.

– Que roupa pretende usar? – Rose me perguntou.

– Não vou ir! – eu afirmei.

– E vai deixar Potter sozinho? – disse Marlene, com uma sobrancelha para cima.

Eu bufei.

Me levantei e desci.

Hoje era sábado, eu precisava ir a Hogsmeade comprar algo para usar.

Eu teria que ir nessa festa, infelizmente.

A idéia de deixar Potter, sem ninguém ‘cuidado’ era tentadora.

– Lily? – ele me surpreendeu na Sala Comunal.

– Bom dia Potter! – eu sorri.

– Bom dia. Eu tenho que falar com você – ele disse apressado.

– Fale – eu disse despreocupada.

– Você sabe amanha? – ele disse ficando vermelho.

Os marotos estavam na porta do dormitório masculino, olhando.

– Sim, sei Potter – eu disse voltando a olhar para ele. – E se quer saber se vou no baile com você, eu vou sim. Vamos a Hogsmeade comprar algo pra mim usar hoje a tarde. – eu beijei sua testa e sai do dormitório.

Caminhei alguns passos e logo Potter correu ao meu encontro.

– Como você sabia? – ele perguntou

– As postas de vocês são mais visíveis do que o Hagrid no meio de uma multidão.

– Você me safou de perder vinte galeões. – ele riu, caminhando comigo.

– Está me devendo uma – nós rimos.

 

A tarde eu e Potter fomos a Hogsmeade.

Era por volta das três horas.

Muitos cochichos de saber o que eu faria com Potter em Hogsmeade surgiram por onde passávamos nos corredores da escola.

Em Hogsmeade encontramos um terno para Potter.

E eu, um vestido branco, tomara que caia, e com uma ‘saia’ bem volumosa.

Potter não viu.

Eu entrei na loja sozinha.

Fomos atrás das máscaras.

Encontramos uma com tons de rosa para mim, e uma com laranja para ele.

Estava a noite.

As ruas de Hogsmeade eram lindas a noite.

A neve e as luzes davam um ar totalmente suave.

– Quer beber algo? – ele perguntou.

– Ah, não obrigada – eu respondi.

Ele ficou encabulado.

– Mais eu aceitaria um doce da Zonko’s – eu sorri.

Ele retribuiu delicadamente.

Ele comprou um doce pra mim.

Fomos até uma espécie de pracinha e nos sentamos lá.

– Acho que se não formos agora, vamos levar detenção – eu disse, preocupada.

– Acho que não me incomodaria em receber uma detenção com você! – ele disse, e eu fiquei vermelha.

Eu entendi o que Potter queria falar com isso.

– Por quê? – eu perguntei, eu sempre estragava esses momentos.

Potter pegou em minha mão.

E eu estremeci.

Senti eu me arrepiar quando ele a beijou.

– Ficaríamos sozinhos.  – ele disse, sem maldade. – E eu poderia dizer o quanto te amo, quanto tempo eu esperaria por um momento desse. E falaria para você que desejo ficar com você até o ultimo dia de minha vida. E que lhe amo desde meus onze anos de idade.

Eu não acompanhei direito a frase dita.

Eu apenas estava, completamente, caída por Tiago.

Ele falou aquilo com tanta verdade.

Com tanto amor.

Eu via em seus olhos o que ele queria falar.

– Potter – eu disse, olhando para os lados.

Sua mão foi ate meu queixo.

Ele virou meu rosto para ele.

Ele beijou a ponta do meu nariz.

Eu sorri, era engraçado e fofo.

– Vamos para a escola, é melhor – ele se levantou e pegou minha mão.

Fomos até a escola, e não nos falamos até chegar no Salão Comunal da Grifinória.

 – Então, boa noite – disse Tiago.

– Até amanhã Tiago! – eu afirmei.

Eu subi as escadas, e ele ficou me cuidando.

Eu entrei no dormitório e todas as garotas estavam deitadas, mas acordadas.

Fui submetida a uma série de perguntas.

Eu as respondi, e fui dormir.

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