Dia 1 – Seja gentil

Hoje seria o último ano que eu entraria em um trem para Hogwarts.

Talvez eu pudesse visitar a escola, mais não estaria mais lá na mesa da Grifinória.

Não seria mais a aluna de Hogwarts.

O frio daquela manhã estava um tanto confortável.

A plataforma estava lotada, mas meu companheiro de viagens, Severo Snape, não estava comigo.

Nem me esperar para ir para a plataforma ele não esperou.

Eu o esperei por meia hora em frente a minha casa e ele não apareceu.

Eu estava caminhando pela plataforma, queria o achar.

Quando me esbarrei em alguma coisa.

Eu cai de bunda no chão, mais a pessoa de vestes da mesma cor que a minha, não.

– Ai, desculpa, eu sou uma desastrada mesmo! – eu disse me recompondo.

Uma mão tomou conta de minha visão.

–Disso eu sei, Evans. – disse Potter.

Sua voz me irritava por certo ponto. As vezes ele me dava nos nervos

– Ah, é você Tiago. – eu o encarei.

Não queria a ajuda de quem se esbarrou e mim, ele fazia isso de propósito.

– Deixa que eu ajudo ela! – a voz de Severo soou pelos meus ouvidos.

Me levantei sozinha.

– Aonde você estava? – eu perguntei, confusa.

– Lúcio passou na minha casa para irmos juntos. – disse Snape pegando meu malão caído.

Os olhos profundos e ameaçadores de Lúcio encontraram os meus.

Eu me arrepiei.

Ele estava encostado em uma plataforma e me olhava.

Sua sobrancelha se arqueou ao olhar para mim.

Ele saboreava uma maça, muito vermelha.

Ele me dava náuseas!

– Porque não me avisou Snape? – eu disse olhando pra seus olhos.

– Desculpa Lily. – ele disse olhando para baixo.

– Bom, eu vou indo – disse Potter se intrometendo e saindo de fininho, não dei resposta a ele e ninguém mais.

Os olhos amargos, e diferentes de Snape encontraram os meus olhos tristes e amedontrados.

Ele sabia que nossa amizade estava abalada.

Desde que ele começou a andar com seus amigos da Sonserina ele estava afastado de  mim, e em nosso ultimo ano não estava sendo diferente.

A não ser pelo ponto que ele estava mais afastado de mim, isso era visível.

– A gente se vê no trem, Snape. Eu acabei de ver Belatriz com Narcisa. – disse Lúcio

Ao passar por mim, ele piscou.

Eu olhei para baixo, ele era nojento.

– Vamos entrar? – disse Snape, tentando sorrir.

Eu fiz o mesmo, o sorriso mais sem vontade saiu de meus lábios.

 

Ao entrar no trem, procuramos uma cabine.

Encontramos uma vazia.

Abrimos a porta dela e uma voz soou pelos corredores.

No fim do trem estava Narcisa, Lúcio e Belatriz.

Todos gritando para Snape.

– Vem para cá Snape. Tem um lugar pra você aqui!

Eu olhei para Snape, seus olhos queimavam de desejo de se juntar aos que ele virou amigo em seu quinto ano.

– Vai lá – eu disse.

Ele me olhou um tanto confuso.

Eu entrava na cabine.

Não queria ver Snape me deixando.

– É seu ultimo ano aqui, passe com eles a sua ultima ida para Hogwarts – eu virei para ele – eu fico bem, sério.

Ele sorriu para mim e em um risco, se foi.

Eu guardei meu malão e me sentei.

Olhando para a janela eu podia ver que tinham poucos alunos do lado de fora.

Estaríamos partindo em poucos minutos.

Uma onda de risadas tomou conta do corredor, marotos!

– Olá Evans – disse Remo.

– Olá Remo! – eu respondi

Eu sempre fui educada e amiga de Remo, ele era um ótimo companheiro para trabalhos e conversas.

– Podemos sentar aqui? – perguntou Tiago.

Ah, Tiago.

Eu e ele conversávamos pouco, eu sabia que ele e Sirius adoravam machucar e fazer brincadeirinhas com Snape.

Mais isso foi moderado depois que Snape achou amigos que eram exemplares em Artes das Trevas.

– Claro! – respondi.

Eles guardavam seus malões e sentaram-se.

Tiago sentou ao meu lado, era de se esperar.

– O que houve, Evans? – ele viu meu rosto triste.

– Nada, Potter!  – respondi tentando sorrir.

– Cara ela precisa escutar nossas aventuras,  Pontas – disse Rabicho.

– Você quer escutar Evans? – Potter sempre fora paciente e querido comigo, talvez eu era meio brusca com ele.

Eu olhei para cada rostinho dos marotos mais conhecidos da escola.

Tiago, o bonitão e rabugento.

Sirius, bonito e braço direito de Tiago.

Pedro, o engraçadinho.

E Remo, o quietinho e fofo.

– Tenho todo tempo do mundo! – eu disse sorrindo e olhando para Potter.

Todos eles riram.

Contaram-me histórias fabulosas.

Eu estava realmente feliz com eles!

 

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