Capítulo 2



Quando achei que já tinha dado tempo para todo mundo ter ido embora da escola, joguei o cabelo sobre a testa e saí do banheiro correndo em direção às portas que davam para o estacionamento dos alunos. A área parecia limpa – só tinha um ou outro garoto usando aquelas pavorosas calças baggy folgadas do tipo “aspirante a marginal” que deixavam o cofrinho à mostra. Segurar as calças para não caírem enquanto caminhavam consumia toda a sua concentração; eles nem repararam em mim. Eu rangi os dentes pela dor que latejava em minha cabeça, destranquei a porta e fui direto para meu fusquinha.


No momento em que pus os pés para fora o sol começou a me destruir. Que dizer, não era um dia especialmente ensolarado; no céu flutuavam muitas daquelas nuvens grandes e fofas que ficavam lindas em fotos, e elas bloqueavam parcialmente o sol. Mas isso não ajudou em nada. Tive de comprimir os olhos dolorosamente e fazer de conta que os protegia daquela luz intermitente com a mão. Acho que estava tão concentrada na dor que sentia, e só por causa de uma luminosidade normal, que só reparei na picape quando ela parou a um triz de mim.


─ Ei, Mione! Não recebeu minha mensagem?


Ah, merda, merda, merda! Era Rony. Levantei a cabeça para olhar para ele por entre os dedos como se estivesse assistindo a um daqueles filmes idiotas de carnificina. Ele estava sentado na caçamba da picape de seu amigo Dustin. Vi que atrás dele, na cabine, estavam o próprio Dustin e seu irmão, Drew, fazendo o mesmo de sempre – brigando e discutindo sobre sabe Deus que idiotice de garotos. Felizmente, eles me ignoraram. Olhei para Rony novamente e suspirei. Ele estava com uma cerveja na mão e um sorriso apatetado no rosto. Esqueci momentaneamente que acabara de ser Marcada e estava fadada a me tornar um monstro bebedor de sangue e marginalizado e fiz cara feia para Rony.


─Está bebendo na escola? Ficou maluco?


Seu sorrisinho de menino cresceu.


─ Sim, sou maluco, e você, meu bem?


Eu o reprovei com a cabeça e dei-lhe as costas, abrindo a porta rangente do meu fusca e jogando meus livros e mochila no banco do acompanhante.


─ Por que vocês não estão treinando futebol? – perguntei, ainda mantendo o rosto virado.


─ Você não ouviu? Ganhamos o dia de folga por causa da lavada que demos no Union na sexta-feira!


Dustin e Drew, que afinal deviam mesmo estar meio que prestando atenção em Rony e eu, soltaram de dentro da cabine uns “Whoo-hoo” e “yeah” bem típicos de Oklahoma.


─ Ah, hum... não. Eu devo ter perdido o anúncio. Estive ocupada hoje.  Sabe, amanhã tem uma prova de geometria das grandes – tentei soar normal e indiferente. Então tossi e acrescentei – além do que, estou pegando uma gripe daquelas.


─ Mione, na boa, você tá chateada com alguma coisa? Tipo, a Kayla disse alguma besteira sobre a festa? Você sabe que eu não lhe traí de verdade.


Ahn? Kayla não disse uma palavra que fosse sobre Rony me trair. Esqueci (tudo bem que temporariamente), como uma demente, da minha nova Marca. Virei a cabeça de repente para poder fuzilá-lo com os olhos.


─ O que você fez, Rony?


─ Eu, Mione? Você sabe que eu jamais... – mas seu número de inocente e suas desculpas foram suprimidos por uma nada atraente expressão boquiaberta de choque quando ele viu minha Marca – mas o que... – ele começou a dizer, mas o interrompi.


Shhh! – virei a cabeça em direção a Dustin e Drew, que ainda não faziam idéia de nada e agora estavam cantando junto com o último CD de Toby Keith, a plenos pulmões e sem um pingo de afinação.


Os olhos de Rony ainda estavam arregalados de choque, mas ele baixou a voz.


─ Isso aí é alguma maquiagem que você fez para a aula de teatro?


─ Não – murmurei – não é.


─ Mas você não pode ser Marcada. Nós estamos ficando.


─ Nós não estamos ficando! – e assim acabou a semitrégua da minha tosse. Eu praticamente me dobrei de tossir, uma tosse nojenta e cheia de muco.


─ Ei, Mione! – Dustin gritou da cabine – você precisa se livrar desses cigarros.


─ É, você parece que vai cuspir um pulmão – completou Drew.


─ Cara! Deixe-a em paz. Você sabe que ela não fuma. Ela é uma vampira.


Ótimo. Maravilha. Rony, com sua costumeira falta de qualquer traço de bom senso, achou que estava me defendendo ao gritar com os amigos, que instantaneamente enfiaram as cabeças para fora das janelas abertas e olharam para mim com cara de idiotas, como se eu fosse um experimento científico.


─ Cara! Hermione é uma criatura bizarra! – disse Drew.


As palavras insensíveis daquele garoto fizeram borbulhar e derramar a raiva que fervia em silêncio em alguma parte dentro de meu peito desde que Kayla se encolheu de medo de mim. Ignorando a dor que o sol me causava, eu olhei bem nos olhos de Drew.


─ Cala a droga dessa boca! Já tive um dia péssimo e não preciso ficar ouvindo besteiras de você – olhei para ele, que agora estava em silêncio e de olhos arregalados, e para Dustin, e acrescentei: - Nem de você – e enquanto mantive contato visual com ele me dei conta de algo que me chocou e estranhamente me excitou: Dustin parecia estar com medo. Com muito medo. Olhei novamente para Drew. Ele parecia com medo também. Então senti aquela coisa. Uma sensação de formigamento que subiu por minha pele e fez arder minha Marca.


Poder. Eu senti poder.


─ Mione? Que droga é essa? – a voz de Rony desviou minha atenção e meu olhar dos outros.


─ Vamos cair fora daqui! – disse Dustin, engatando a marcha no carro e pisando no acelerador. A picape subitamente avançou, fazendo Rony perder o equilíbrio e escorregar no asfalto do estacionamento girando como um redemoinho de braços, livros e respingos de cerveja.


Automaticamente corri até ele.


─ Você está bem? – Rony estava de quatro e eu me abaixei para ajudá-lo a se levantar.


Foi quando eu senti o cheiro. Havia algo com um cheiro maravilhoso: quente, doce e delicioso.


Será que Rony esta usando algum perfume novo? Algum daqueles troços esquisitos cheios de feromônios que supostamente atraem as mulheres como se fosse um grande controle remoto geneticamente modificado? Não me dei conta do quanto estava perto dele até que ele se levantou e nossos corpos quase pressionaram um no outro. Ele baixou os olhos em minha direção com uma pergunta no olhar.


Eu não recuei. Devia ter recuado. Antes eu teria... mas agora não. Hoje não.


─ Mione? – ele disse baixinho, com voz profunda e rouca.


─ Você está com um cheiro ótimo – não resisti a dizer. Meu coração batia tão alto que dava para ouvir o eco em minhas têmporas latejantes.


─ Hermione, senti muito sua falta. Precisamos voltar. Você sabe que eu te amo – ele se aproximou para tocar meu rosto, e ambos reparamos no sangue na palma de sua mão.


─ Ah, merda. Acho que eu... – sua voz sumiu quando ele olhou para o meu rosto. Só faço idéia de como eu devia estar. Com a cara toda branca, minha nova Marca traçada num ardente azul-safira e olhando fixo para o sangue na mão dele. Eu não conseguia me mexer; não conseguia desviar o olhar.


─ Eu quero... – murmurei – eu quero... – o que eu queria? Não conseguia dizer com palavras. Não, não era isso. Eu não queria dizer com palavras. Não diria em voz alta nada sobre a devastadora onda de desejo incandescente que tentava me tragar. E não era porque Rony estava tão perto de mim. Ele já estivera perto de mim antes. Ora, droga, fazia um ano que assumimos o namoro, mas ele nunca me fizera sentir assim, não deste jeito. Mordi os lábios e gemi.


A picape freou chiando e embicou ao nosso lado. Drew saltou e agarrou Rony pela cintura, puxando-o para a caçamba do veículo.


─ Me solta! Estou falando com Hermione!


Rony tentou se desvencilhar de Drew, mas o garoto era batedor veterano no Broken Arrow, era realmente gigantesco. Dustin bateu a porta da picape e acelerou.


─ Deixe-o em paz, sua anormal! – Drew gritou para mim quando Dustin pisou fundo no acelerador, e dessa vez saíram cantando pneus.


Entrei no meu fusca. Minhas mãos tremiam tanto que eu tive que tentar três vezes até conseguir ligar o carro.


─ É só chegar em casa. É só chegar em casa – fiquei repetindo essas palavras entre uma tosse e outra enquanto dirigia. Nada de pensar no que acabara de acontecer. Eu não conseguia pensar no que acabara de acontecer.


 


A viagem para casa levou quinze minutos, mas pareceu passar num piscar de olhos. Logo eu estava na garagem, tentando me preparar para a cena que eu tinha certeza que me esperava lá dentro.


Por que eu estava tão ansiosa para chegar aqui? Acho que tecnicamente não estava assim tão ansiosa. Acho que estava apenas querendo fugir do que acontecera no estacionamento com Rony.


Não! Eu não ia pensar nisso agora. E de mais a mais devia haver alguma explicação racional para tudo, uma explicação racional e simples. Dustin e Drew eram retardados – pinguços totalmente imaturos. Não usei nenhum poder especial sinistro para intimidá-los. Eles só deram ataque porque fui Marcada. Era isso. Tipo, as pessoas costumam ter medo de vampiros.


─ Mas eu não sou vampira! – disse. Então tossi ao lembrar de como o sangue de Rony me parecera hipnoticamente belo e do súbito desejo que ele me fez sentir. Desejo pelo sangue.


Não! Não! Não! Sangue não era belo nem desejável. Eu devia estar em estado de choque. É isso. Tinha de ser isso. Eu estava em estado de choque e não estava pensando direito. Tudo bem... Tudo bem... Distraída, toquei minha testa. Parara de arder, mas mesmo assim sentia algo diferente. Tossi pela zilionésima vez. Ótimo. Não ia pensar em Rony, mas não podia negar. Eu estava  me sentindo diferente. Minha pele estava ultrassensível. Meu peito doía, e apesar de estar usando meus lindos óculos de sol  Maui Jim, meus olhos continuavam a lacrimejar dolorosamente.


─ Eu estou morrendo... – gemi, e então prontamente tranquei os lábios. Eu bem que podia estar morrendo. Levantei os olhos em direção à grande casa na qual não me sentia à vontade mesmo depois de três anos.


─ Enfrente isso. Simplesmente enfrente – ao menos minha irmã ainda não estaria em casa – ensaio da torcida. Tomara que o ogro estivesse totalmente hipnotizado por seu novo  vídeo game Delta Force: Black Hawk Down (hummm... perfeito). Acho que poderei ficar a sós com minha mãe. Talvez ela entenda... talvez ela saiba o que fazer...


Ah, que inferno! Eu tinha dezesseis anos, mas de repente me dei conta que tudo que eu mais queria era minha mãe.


─ Por favor, faça-a entender – murmurei em uma simples prece a qualquer deus ou deusa que pudesse estar me ouvindo.


Como sempre, entrei pela garagem. Caminhei pelo corredor em direção ao meu quarto e joguei meu livro de geometria, minha bolsa e minha mochila sobre a cama. Depois respirei fundo e fui, um tanto trêmula, procurar por minha mãe.


Ela estava na sala de estar, enroscada NE beira do sofá, bebericando uma xícara de café e lendo Chicken Soup for a Woman’s Soul (livro de auto ajuda voltado para o público feminino.Sem título em português). Ela parecia tão normal, bem como sempre fora seu jeito. A não ser pelo fato de que costumava ler romances exóticos e se maquiar. Ambas eram coisas que seu novo marido não permitia (que droga).


─ Mãe?


─ Hum? – ela não olhou para mim.


Engoli em seco.


─ Mamãe – chamei-a do jeito que costumava fazer antes de ela se casar com John – preciso de sua ajuda.


Não sei se foi o uso inesperado do termo”mamãe” ou se algo em minha voz acionou um pouco da boa e velha intuição materna que ela ainda devia ter algum ponto dentro de si, mas os olhos que ela levantou imediatamente do livro estavam suaves e cheios de preocupação.


─ O que foi, meu bem – ela começou, e então suas palavras pareceram congelar nos lábios quando seus olhos encontraram a Marca em minha testa.


─ Ah, Deus! O que você fez desta vez?


Meu coração começou a doer novamente.


─ Mãe, eu não fiz nada. Ao fiz nada para isso acontecer comigo. Não tenho culpa.


─ Ah, por favor, não! – ela choramingou, como se eu não tivesse dito nada – o que seu pai vai dizer?


Tive vontade de gritar “como alguma de nós pode saber que diabo meu pai ia dizer se não víamos e nem ouvíamos falar dele há quatorze anos!”, mas sabia que não ia adiantar nada, e ela sempre ficava furiosa quando eu a lembrava que John não era meu pai “de verdade”. Então tentei uma tática diferente – uma da qual eu desistira três anos atrás.


─ Mamãe, por favor. Pode simplesmente não contar nada a ele? Ao menos por um ou dois dias? Deixe tudo entre nós duas até a gente... sei lá... se acostumar com isto, ou algo assim – prendi a respiração.


─ Mas o que eu vou dizer? Você não conseguirá cobrir esse troço nem com maquiagem – ela curvou os lábios de um jeito esquisito ao lançar um olhar nervoso para a lua crescente.


─ Mãe, eu não disse que ficaria aqui até nos acostumarmos com isto. Tenho que ir embora; você sabe disso. Tive de fazer uma pausa enquanto uma tosse das grandes me fez sacudir os ombros. – O Rastreador me Marcou. Tenho que me mudar para a Morada da Noite, senão vou ficar cada vez mais doente – e morrer, tentei lhe dizer a última palavra com os olhos. Não seria capaz de pronunciar aquilo.


─ Só preciso de uns dias para conseguir lidar com... – parei de repente para não ter de dizer o nome dele, e desta vez tossi de propósito, o que não foi difícil.


─ O que direi ao seu pai?


Senti uma onda de pânico na voz dela. Ela não era a mãe? Nãe era ela quem tinha de oferecer respostas ao invés de perguntas?


─ Só... diga a ela que vou passar os próximos dias na casa da Kayla porque temos um trabalho de biografia dos grandes para fazer.


Vi a mudança nos olhos de minha mãe. A preocupação sumira, dando lugar a uma dureza que eu conhecia tão bem.


─ Então você está dizendo que quer que eu minta para ele.


─ Não, mãe. Restou dizendo que quero que você, pelo menos desta vez, coloque minhas necessidades acima da vontade dele. Quero que você seja minha mãe. Que me ajude a fazer as malas e me leve de carro até aquela nova escola, pois estou com medo e doente e não sei se consigo fazer tudo isso sozinha! – terminei de dizer aquilo, afobada, respirando com dificuldade e tossindo na mão.


─ Eu não sabia que havia deixado de ser sua mãe – ela disse friamente.


Ela me cansou ainda mais do que Kayla. Dei um suspiro.


─ Acho que esse é o problema, mãe. Você não se importa o suficiente para saber. Você só se importa com John desde que se casou com ele.


Ela olhou feio para mim.


─Não como você pode ser tão egoísta. Não vê tudo que ele fez por nós? Graças a ele eu larguei aquele emprego horrorosa na Dillard’s. Graças a ele não temos que nos preocupar com dinheiro e temos esta casa linda e espaçosa. Graças a ele temos segurança e um futuro brilhante.


Eu já tinha escutado tanto aquelas palavras que podia recitá-las de cor. Era nesse ponto de nossas “não conversas” que eu costumava pedir desculpas e voltar para meu quarto. Mas hoje eu não podia pedir desculpas. Hoje era diferente. Tudo era diferente.


─ Não, mãe. A verdade é que graças a ele faz três anos que você não presta atenção em seus filhos. Você sabia que sua filha mais velha tornou-se uma garota fácil e mimada que já transou com metade do time de futebol? Sabe dos video games asquerosos e sanguinolentos que Kevin esconde de você? Não, claro que não sabe! Os dois fingem que são felizes e que gostam de John e mantêm toda a falsidade nesta família só para que você sorria para eles, e reze por ele e os deixe fazer o que querem. E eu? Você acha que sou má porque não finjo – porque sou franca. Sabe de uma coisa? Estou tão cansada da minha vida que fico feliz por ter sido Marcada pelo Rastreador. Eles chamam aquela escola de vampiros de Morada da Noite, mas nada pode ser mais sombrio que este lar perfeito! -  antes que eu começasse a chorar ou gritar, dei meia volta e fui para meu quarto, e bati a porta ao entrar.


Tomara que todos se afoguem.


Dava para ouvir pelas paredes finas que ela estava histérica, ligando para John. Sem dúvida ele ia correr para casa para lidar comigo: “O Problema”. Ao invés de sentar na cama e chorar como estava tentada a fazer, tirei todas as coisas da escola de minha mochila. Nem ia precisar de nada daquilo no lugar para onde eu estava indo. Eles não deviam nem ter aulas normais. Provavelmente eram aulas de Como Rasgar Gargantas Nível I e... e... Introdução à Visão no Escuro. Sei lá.


A despeito do que minha mãe fazia ou não fazia, eu não podia ficar. Tinha que ir embora.


Então o que precisaria levar?


Minhas duas calças jeans favoritas, além da que eu estava usando. Duas camisetas. Tipo, o que mais vampiros usariam? Além do que, preto emagrece. Quase deixei de lado meu lindo e citilante colar azul-esverdeado, mas tantas peças pretas iam me deprimir ainda mais... então incluí o colar. Depois enfiei um monte de sutiãs, calcinhas, xampus e maquiagem na bolsa lateral. Quase deixei meu bichinho de pelúcia, o “pesh” Otis (não conseguia falar “peixe” quando tinha dois anos”, em cima do travesseiro, mas... bem... vampira ou não, acho que não conseguiria dormir muito bem sem ele. Então o enfiei gentilmente na droga da mochila.


Foi quando ouvi baterem na minha porta e a voz daquela coisa me chamou.


─ Que é? – eu gritei, e tive um violento ataque de tosse.


─ Hermione. Sua mãe e eu precisamos falar com você.


Que ótimo. Estava na cara que eles não haviam se afogado.


Eu dei um tapinha no ombro de Otis. ─ Ah, Otis, que saco – levantei os ombros, tossi outra vez e fui encarar o inimigo.

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 N/A: Ahh gente, coitada da Mione!A começar por: será que o Rony traiu ela? e esse súbito desejo pelo sangue dele?
 Mal sabe ela quais serão suas outras transformações.... e essa mãe desnaturada dela, sei não viu!ela nem se afogou, que droga! iuauha vamos esperar para o que vai acontecer nessa conversa com o inimigo! próximo capítulo pode chegar hoje... ou não uihaiuhuaih. beijoss. e feliz 2011!! o//

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