Capítulo único.
Nota da autora: Em negrito,são as partes do livro original.As partes normais,são as que estão se passando no momento.As partes em Ítalico são coisas que se passaram no passado.Boa leitura!
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Estava um completo silêncio na clareira. Ninguém se dirigiu a Harry, mas ele sentia seus
olhares fixamente concentrados; isso pareceu o pressionar mais ainda contra o chão, e foi
estarrecido um dedo ou uma pálpebra pôde contrair-se.
− Você − Disse Voldemort, e houve um estrondo e um pequeno guincho de dor. −
Examine–o, diga se ele está morto.
Harry não soube quem foi mandado para verificar. Poderia somente encontrar-se lá, com seu
coração batendo rapidamente, mas ao mesmo tempo nada, o pequeno conforto era que, Voldemort
estava com medo de se aproximar, Voldemort suspeitava que tudo não tinha sido conforme o
plano...
Uma mão mais macia que o esperado, tocou a face de Harry e sentiu seu coração.
Ele pode ouvir a respiração rápida da mulher.
Os batimentos cardíacos de Narcissa estavam disparados e sua respiração acompanhava o mesmo ritmo. Aproximou-se do garoto e tocou-lhe a face,em um primeiro momento de forma displicente,mas depois,de forma terna e aconchegante.
Olhando assim de perto, eles eram muito menos parecidos. Harry e James.Ela respirou fundo tentando evitar os pensamentos que vieram a seguir,mas não conseguiu.Antes que pudesse pensar em qualquer outra coisa,sua cabeça já estava focada em um só pensamento: James Potter.Pensamentos que ela se esforçara tanto para esquecer...
-Quem está aí?-exclamou, com a voz firme, porém relutante.
-Eu.
Ele entrou no cômodo, de súbito. Aproximou-se dela e depositou um rápido e delicado beijo em seus lábios. Usava a mesma jaqueta de couro de sempre e os mesmo cabelos desarrumados também.Mas havia algo de diferente em seu rosto.
-Tenho um presente. -avisou-Não pensou que eu iria esquecer,não é?
Tirou uma pequena caixinha do bolso e abriu a tampa, as mãos fortes contrastando com a delicadeza do embrulho. Segurou o pulso da moça e após retirar o presente de dentro da caixa,colocou-o nela.Era uma pulseira.O dourado da peça se opunha a pele alva e se destacava ainda mais.Pendurado na corrente,havia um símbolo do infinito.
-Sem fim, igual ao nosso... amor.-exclamou.
Sabia que ele estava receoso, não por não confiar nos sentimentos que nutriam um pelo outro, mas por não saber se ela sentia-se confortável com o termo.
-Amor. -ela repetiu,antes de entrelaçar os dedos da mão esquerda aos dele.
-Feliz aniversário, Cissy.
E após dizê-lo beijou-lhe os lábios.
Tinham com certeza o mesmo nariz, orelhas, formato do rosto, lábios... Mas apesar de toda a semelhança física,não eram iguais.Harry era apenas um garoto corajoso e disposto a enfrentar tudo o que o destino lhe preparava,James mandava em seu destino.
-Não Almofadinhas, eu não vou para lugar nenhum com você hoje. Me deixe em paz,porra!
E jogou o espelho dentro do armário, mas não antes de ouvir um “VOCÊ ME PAGA, PONTAS!”.
-Atrapalho?
-Claro que não!
Ele caminhou em passos largos na direção da moça e tomou-lhe um beijo logo em seguida.
-Demorou... -disse,em protesto.
-Tive que dispensar o Lucius, e não foi tão fácil...
-Canalha. -sussurrou,entre os dentes
-Disse alguma coisa?
-Nada.
O mesmo rosto brincalhão de sempre. Ela passou os dedos finos pelos cabelos dele,enquanto o rapaz beijava-lhe as têmporas.Foi quando a campainha tocou.
-Amor, sou eu!-A voz fina da ruiva vinha da porta
-Inferno. -sussurrou Narcissa.
-Psiu!-ele sinalizou. -Não tem ninguém em casa.
Ela tapou a boca com as mãos e ele fez o mesmo.
-Jaaames!Você está em casa?
Silêncio dos dois. Narcissa iria gargalhar a qualquer momento.Ouviram os passos se afastando até desaparecerem completamente.As risadas explodiram.
-Você não se sente mal de mentir para ela?-a loira indagou, sem pensar muito antes de soltar a pergunta
-Sim. Mas,eu me lembro que é por uma boa causa.Aliais,ótima.
O rapaz pegou a loira no colo e atirou-a na cama. Ela ainda gargalhava.Beijavam-se entre os risos.Ela jogou o corpo contra o dele.
-Eu não me sinto nenhum pouquinho mal. -ela respondeu a própria pergunta.
Colocou a mão sobre o peito dele, podia sentir o coração palpitando acelerado e o sangue correndo pelas veias. Sangue do homem que ela ainda amava,misturado ao da mulher que ela mais invejara em toda a sua vida.Tinha inveja dela,porque ela podia andar de mãos dadas com ele despreocupada,porque ela podia beijá-lo em público,porque ela é que tinha no dedo a aliança de um compromisso para toda a vida com ele,porque para todos Lilly é que era a mulher dele.Só haviam duas coisas que a confortavam: Sabia que James tinha Lilly apenas como uma companheira,mas a mulher que queria para si era ela.E a segunda,sabia que Evans morria de ciúmes dela.
-Eu vi você olhando para ela, James!Não tente mentir para mim, eu vi.
-Lilly, deixe de coisa. Eu só tenho olhos para você!
Mentira. Total mentira.Narcissa dirigia-se ao banheiro quando escutou os gritos.Escondeu-se atrás de uma parede e continuou prestando atenção a briga.
-MENTIRA!Eu vi o seu jeito quando ela entrou no salão, eu vi a forma como vocês se olharam.
-Sem ataques de ciúmes, não é hora!Eu não estava olhando para a Narcissa.
-Desde quando ela passou a ser Narcissa para você?
-Black. Está melhor?Céus, Lilly!Você sabe que é a única de quem eu gosto e que eu jamais teria olhos para outra. Do contrário,por que eu teria colocado essa aliança de noivado no seu dedo?
-Porque você não pode tê-la.
-QUE INFERNO, Lilly!
Ele pegara essa mania dela, usar “Céus” ou “Inferno” em quase todas as frases.
-Toquei no seu ponto fraco?
-Não.
-Sim.
-Será que você pode parar de dar escândalo?
-Não.
-Então eu vou embora. Vou te deixar aí sozinha.Quem sabe você não aproveita para discutir consigo mesma o quanto imatura e insegura está sendo?
-Eu não estou sendo imatura e insegura. E você não faria isso.
-Faria, pode apostar que eu faria.
-Se você der um passo na direção daquela porta, eu conto para o noivo dela que você estava olhando o decote que ela está usando.
Ele respirou fundo, os olhos faiscando.
-Eu não estava olhando para ela.
Silêncio. Narcissa saiu de trás da parede e caminhou por entre os dois,fazendo-se de desentendida,na direção do banheiro.James a fitou por alguns instantes,até que ela desaparecesse por trás da porta.
-Viu?Você acabou de olhar para a vagabunda.
-Não fale assim dela, Lilly!
-Falo e repito. É o que ela é.
-Lilly Evans, não fale de quem você não conhece.
-E você por acaso conhece?Deve conhecer bem, as curvas e todo o corpo dessa VA-GA-BUN-DA!
-Porra Lilly, vai pro inferno.
-Ah, eu vou. E não levo essa porcaria de aliança comigo.-ela tirou a aliança do dedo
-Lilly, se você não colocar essa aliança no dedo agora, eu juro que dessa vez não tem volta.
Ela hesitou, o rosto estava pegando fogo, quase tão vermelho quanto os cabelos.
-Deixe de ser tão ciumenta, Lilly. Você é a única para mim.
Ele a abraçou e deu um beijo na testa da garota. Mas era mentira.
O garoto mantinha os olhos fechados, fingindo-se de morto. Mas por trás daquelas pálpebras estavam escondidos os olhos de Lilly.Essa era talvez a coisa que Narcissa mais invejava de Lilly,no momento: o filho.Não que Narcissa não fosse feliz com o filho que tinha,Draco era um rapaz ótimo a quem ela amava até o fundo de sua alma,mas o que ela invejava era o pedaçinho de James que Harry representava.Como se ainda houvesse um pouco dele vivo,fora aquele muito que estava vivo no coração dela.
-Eu estou grávida. -Ela anunciou,depois de muito hesitar.
Ele a fitou, por muitos instantes, antes de falar qualquer coisa.
-Que ótimo Cissy!-Beijou-lhe a testa
-Odeio a forma como você fica tão feliz com tudo...
Riram, por mais que a situação fosse pouco propicia.
-E você já sabe se...
-É seu ou do Lucius?Não. Céus,eu vou enlouquecer a qualquer momento.
-É menino ou menina?-ele completou a frase
Ficaram em silêncio fitando-se, sem saber o que dizer.
-Então você tem dúvidas?
-Tenho, e estou assustada!Mas confesso que preferia que fosse seu. -ela admitiu
Ele a envolveu em seus braços e colocou as mãos sobre a barriga da loira.
-Você é maluca!
Beijou-lhe o pescoço.
-Pouco mais de três meses... -ela sussurrou.-E é um menino.
-A Lilly ainda não sabe. -deixou escapar
-Não sabe o que?-ela esganiçou
Ele arregalou os olhos.
-Merda... Eu devia ficar quieto.
-A sangue-ruim está grávida?
-Não fale assim dela, Cissy. Sabe que eu não gosto.
-Desculpe.
-Está.
-Inferno, demônios e todas essas coisas que eu poderia dizer não são suficientes. -ela soltou,natural
-Você me faz rir, Cissy. -ele exclamou,antes de gargalhar.
-Só tem uma coisa que pode definir o que eu quero dizer: Filha da. -ela abafou o grito contra o peito dele.
Ele a fitou, sem palavras na boca.
-Te importa tanto ter um filho meu?
Ela ergueu os olhos, as íris extremamente azuis vidradas nas dele.
-Por que se você quiser, eu posso te engravidar quantas vezes você quiser...
Ele riu, e despenteou os cabelos dela.
-Não faça piada. Essa é provavelmente a coisa que eu mais poderia querer.
Fitaram-se em silêncio por algum tempo, ambos sem saber o que dizer.
-Certo, deixe comigo. -ele gargalhou,com um sorrisinho torto no rosto.
O filho era de Lucius, para a tristeza de ambos. E quando o filho de Lilly nasceu,tão parecido com o pai,Narcissa sentiu ódio,nojo e vontade de matar o menino e a mãe.E ela não era a única.Passaram a se ver cada vez menos,a guerra avançando cada vez mais.
Jogou o espelho no chão com força, os cacos voaram por todo o cômodo.
-Está louca?-Lucius gritou
-Não, estou cansada!
Ela levantou da cama, pouco se importando se o vidro machucava seus pés ou não.
-CHEIA DE TUDO ISSO!Cheia de você não me dar atenção, cheia de não dar atenção ao nosso filho, cheia de ter que viver sozinha por conta dessa guerra, por conta desse “lord” de merda!
Mal pode desenhar as aspas no ar e o homem voou na direção dela. Deu-lhe um tapa na boca.
-JAMAIS REPITA ISSO!
-POR QUÊ? PORQUE É VERDADE?
-O Lord vai salvar nossas vidas, Narcissa. E você vai ser eternamente grata a ele!
-Salvar de que?Elas já estão no fundo do poço mesmo!Eu não me importaria de morrer, e assim ele não teria que se preocupar com a insignificante Narcissa Black.
-MALFOY!-ele a corrigiu, cheio de ódio nos olhos.
-Que seja!Qualquer coisa.
-CHEGA!Chega de toda essa prepotência!Quem você acha que é para falar comigo assim?
O som da tapa que ele deu na face da mulher foi perfeitamente audível.
-Eu não acho que sou ninguém... Eu sei que sou uma pessoa,muito melhor do que você e esse lord,se é que ele é uma pessoa.Se é que ele tem um coração!
-Coração?Ah, coitada. Tão presa em um conto de fadas...Pessoas não tem coração,Narcissa.
-Você me prometeu um conto de fadas, VOCÊ!Mas naquela época, você tinha um coração. Você me amava Lucius,até ser hipnotizado por esse lord ridículo e estúpido!
-Verme imundo!-ele gritou e apertou a mulher pelos pulsos
-Lucius, está me machucando!
-É bom que esteja, pra você aprender a ficar de boca calada!
-Me solte!-ela esperneou
O Homem jogou-a no chão, contra os cacos de vidro. Ela observou enquanto ele ia embora.
-Maldito!MALDITO!
Gritou, inutilmente, enquanto seu sangue escorria pela pele alva.
Trocavam cartas de amor feito loucos, escondidos de seus cônjuges. Juravam um ao outro que seriam felizes um dia,juntos,para sempre.Sem Lucius ou Lilly.Sem ninguém para atrapalhar.
A coruja pousou na janela, ele largou os talheres sobre o prato para pegar a carta. Lilly bufou,enquanto dava a comida para o bebê,em pequenas colheradas.
-James, eu só queria saber o que essas cartas que você recebe do Sirius tem de tão especial. Quando eu recebo uma carta de alguém,mesmo do Sirius,eu não saiu correndo da mesa de jantar para ler.
Ele nem escutou o que a mulher dizia. Saiu até a varanda e abriu o envelope.A letra pequena e bem desenhada indicava no envelope “Para você”.Em tempos de guerra,não era seguro endereçar as cartas,ainda mais agora que James não podia sair de casa e estava sempre sob os olhos vigilantes da esposa.Sirius havia concordado,mesmo que a contra-gosto,em encobrir toda a mentira de James e Narcissa.
“Meu amor”. Era o início de todas as cartas que ela mandava e em todas às vezes, sem exceção, o coração de James disparava ao lê-las. Falavam de tudo,principalmente sobre eles mesmos.Sobre a saudade que sentiam,sobre a dor de seus corações separados,sobre Draco (James gostava de acompanhar o crescimento do garoto,já Cissy preferia não saber nada sobre Harry,que era um dos principais alvos dos comessais no momento.),sobre os momentos que haviam passado juntos,e sobre os mesmos que queriam passar quando tudo isso acabasse.
Ele percorria as linhas com os olhos e em instantes terminou as três páginas, queimou a carta em seguida. Lilly jamais poderia ler aquilo.A ruiva adentrou a varanda,com o bebê no colo.
-Pode cuidar do Harry enquanto eu tomo banho, ou é pedir demais?
-Claro!
O Bebê passou de um para outro e quando a ruiva bateu a porta do banheiro, ele respirou fundo.
-A Tia Cissy está bem e mandou beijos. -ele sussurrou,para o garoto,como se um bebê tão pequeno pudesse entender esse tipo de coisas...
Até que chegara a noite, talvez a pior noite de toda a vida dela. Narcissa respirou fundo,ainda doía demais lembrar-se daqueles momentos.
Lucius caminhava de um lado para o outro da sala.
-Aconteceu alguma coisa?-ela indagou, curiosa, enquanto amamentava o bebê.
-Nada. -ele respondeu,pela terceira vez consecutiva.
Percebeu que Draco havia adormecido e então subiu as escadas até o quarto do garoto. Estava colocando-o no berço,quando ouviu que chegara mais alguém.
-É verdade, Lucius. Não o encontramos em lugar nenhum.
O marido esbravejou.
-O que mais temíamos, se tornou realidade. DEMÔNIOS!
Escutou a outra pessoa desaparatar e então desceu as escadas.
-O que foi isso?
Lucius voltou-se para ela e fitou-a nos olhos.
-Foi o Lord.
- O que tem ele?
-Ele sumiu, ninguém sabe onde está!
Narcissa estava pronta para soltar uma piada, mas achou por bem não falar nada.
-Tememos que tenha sido para sempre!Só há uma coisa que me conforta, os malditos Potters também se foram.
Ela arregalou os olhos.
-Todos?
-Menos o menino.
Ele virou-se para a janela, e acendeu um charuto. A loira correu para o quarto e aparatou.Respirou aliada por conseguir entrar na casa,James havia lhe confiado o segredo,em uma das cartas.Abriu a porta devagar,e as lágrimas lhe brotaram no rosto no mesmo instante.O corpo dele,estava esticado no chão,os olhos ainda abertos,assustados.
-NÃO!-Ela sussurrou, esganiçada.
Debruçou-se por cima do corpo dele e colocou o ouvido no peito do homem. Nenhum som,nenhum batimento.
-James, por favor... -ela sussurrou,engolindo as lágrimas.
Não houve resposta.
Ela fechou os olhos do homem, com delicadeza. E depositou um último beijo nos lábios dele,aqueles lábios que tanto haviam beijado os seus.Ainda tinha esperanças de que,como em um conto de fadas,ele acordasse,vivo.Nada aconteceu.Lágrimas escorreram de seus olhos e caíram sobre os bagunçados cabelos dele.Contos de fadas não existiam,agora ela sabia.
Levantou-se ainda tonta, e lembrou-se.
-O menino!
Correu, subindo as escadas apressadamente. Adentrou o primeiro quarto,a porta já estava aberta.No chão,Lilly Evans jazia morta com uma expressão de total pânico.Contornou o corpo morto da mulher e chegou até o berço.O bebê elevou os olhos,os mesmo de Lilly,e fitou-a.
-Olá... Harry.-ela exclamou,tímida.
O bebê também estava assustado.
-Você é igual ao seu pai, mas tem os olhos da sua mãe. -ela comentou
Pegou-o no colo delicadamente e aconchegou o bebê em seus braços, como fazia com Draco.
-Não precisa se preocupar, a Tia Cissy está aqui.
E então o bebê sorriu. Ela o fitou,estranhando,mas por fim,sorriu de volta.Hagrid se materializou ao lado da loira.
-Narcissa!Eu não sei o que ELE te prometeu, mas você tem que me dar o bebê!
-Do que está falando?
-Eu não sei o que aquele que não deve ser nomeado te prometeu em troca do Harry, mas você vai me entregar este garotinho.
-Eu não estou aqui a serviço daquele demônio!-exclamou, ofendida.
-Então o que está fazendo aqui?-Foi a vez de Dumbleodore exclamar, após aparatar no cômodo.
-Eu gosto dessa criança. -exclamou,apesar de surpresa consigo mesma.-Ele é tudo o que me resta do James.-admitiu
Hagrid parecia olhá-la sem entender, mas o mais velho sabia. James havia lhe confessado meses atrás.
-Dê o bebê para mim!-Hagrid gritou
-NÃO!-Ela respondeu, histérica. -Eu vou ficar com ele.
-Narcissa, eu entendo... Mas não seria seguro você cuidar do Harry.-Dumbleodore começou,calmo como sempre.
-Ah, não?E por quê?
-Seu marido é partidário com "você sabe quem"!-exclamou o meio gigante
-Não fale assim do meu marido, você não sabe de nada," coisa"!E se vocês ainda não sabem, ELE desapareceu.
Os homens se entreolharam.
-Eu vou cuidar desse garoto, eu vou protegê-lo como se fosse meu filho. E que eu morra se um dia fraquejar nessa promessa.
-Narcissa, o que Lucius diria sobre tudo isso?
-Eu não me importo com o que ele pensa!Agora que o James se foi, nada mais me importa.
-E o Draco?
Narcissa respirou fundo e entregou o bebê nos braços do mais velho.
-Se vocês fizeram alguma coisa a Harry Potter, eu juro que...
-Não se preocupe com ele, o menino estará bem em nossas mãos. Agora vá,e cuide do Draco.É assim que o James iria querer.
Ela prendeu as lágrimas que insistiam em escorrer por seu rosto e então desaparatou.
“Eu vou cuidar desse garoto, eu vou protegê-lo como se fosse meu filho. E que eu morra se um dia fraquejar nessa promessa”. Respirou fundo,tinha a decisão em suas mãos: Ou admitia que Harry estava vivo,via o garoto morrer,salvava sua própria vida,quebrava a promessa e via o último pedaço de Lilly Evans que restara desaparecer ou mentia,morria ela mesma,cumpria a promessa e salvava o que restara de James Potter,o amor de sua vida.Olhou para a pulseira que pendia em seu pulso e por fim decidiu.
− Draco está vivo? Ele está no castelo?
O sussurro era quase inaudível, seus lábios a uma polegada de sua cicatriz, sua cabeça
dobrada tão para baixo que seu cabelo longo protegeu-o dos espectadores.
−Sim − respirou de volta. Sentiu as mãos em seu peito contraindo: suas unhas o furaram. Ela
havia sentado.
− Ele está morto− Narcissa chamou os observadores. E agora gritavam, guinchavam de
triunfo e estamparam seus pés, e através de suas pálpebras, Harry pode ver tiros de luz vermelha e
prata no ar em comemoração. Continuando a fingir sua morte no chão, ele entendeu. Narcissa sabia
que a única maneira de ser permitida a entrar em Hogwarts, e achar seu filho, era conquistando
parte do exército. Ela não se importava mais se Voldemort havia ganho.
Só havia uma coisa com a qual ela se importava nesse momento: o amor. Jogou a cabeça para trás,gargalhando.Finalmente ela entendera!Contos de fadas existiam, bastava que alguém ditasse o “era uma vez” e outro alguém o “final feliz”. Esse primeiro alguém havia sido James Potter.E agora,ela tinha o “final feliz” em suas mãos.Levantou-se e correu na direção do castelo.A primeira parte do “feliz” já havia sido feita,assim que salvasse Draco estaria completo.Mas só o “feliz”,porque não haveria fim,não se ela não quisesse.
-Sem fim, igual ao nosso amor. -sussurrou
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