---VC: Vídeo Carta---
-Será que tem alguma coisa muito terrível da qual eu não estou sabendo!?- falou Roxy olhando de Tiago para Alvo e deste para Rose.
- Bem- começou Tiago- É uma história meio longa.
- E daí? – disse Roxy sacudindo os ombros.
- E daí que não estamos para histórias longas agora – respondeu Tiago saindo com Lílian, Alvo. Deixando Roxanne olhá-los se afastar de boca aberta.
- Nossa, por que esse mau-humor todo?- perguntou Roxanne a Rose que continuou ao seu lado.
- Esse assunto já rendeu demais. Acho que eles não querem deixá-lo mais cumprido do que já está- respondeu Rose olhando para o chão- Então... O que é aquela coisa na vitrine, eu não entendi a frase. Na verdade acho que só o Hugo entendeu.
Roxanne riu.
- Vamos lá com o meu pai. Ele explica tudo- Disse Roxy.
Roxanne levou Rose até onde o tio Jorge estava. O tio Jorge e todo o resto da loja, incluindo sua mãe, tia, primos e irmão. Rose percebeu que todo aquele alvoroço era resultado daquela placa-pergaminho que o tio Jorge ainda estava segurando. Hugo continuava ao lado do tio e segurava outra placa-pergaminho.
- Pai?- chamou Roxanne.
- E como já perceberam agora você... Ah! Oi querida – disse Jorge, ela havia parado seu, pareceu a Rose, discurso sobre aquele curioso objeto – Está tudo bem?
- Sim, claro- respondeu Roxy-É que a Rose aqui quer saber o que é o “VC”.
- Ah! Oi Rose, não tinha te visto- disse Jorge aproximando-se da sobrinha – Pessoal, acompanhem meu sobrinho Hugo e meu filho Fred que eles explicarão tudo o que vocês quiserem saber sobre o VC- Hugo e Fred estavam parados no mesmo lugar onde Jorge estava á um segundo – Menos vocês! –Disse Jorge apontando para Gina, Hermione, Tiago, Alvo e Lílian.
- Jorge, nós podíamos esperar você terminar com seus clientes- disse Gina
- Eu posso afirmar que eles estão em boas mãos- Disse Jorge apontando para o sobrinho e o filho no meio da multidão- Então pessoal, como vocês, toda aquela gente viu o VC lá fora na vitrine e não entendeu nada! Certo?! – Todos concordaram menos Rose.
- Hugo entendeu, achei estranho e até pensei que nós éramos os únicos a não entender aquilo- Falou Rose.
- Não querida- disse Jorge e em seguida bagunçou o cabelo de Rose – Bom, vamos para o meu escritório aí eu vou poder explicar tudo.
Jorge levou todos ao seu escritório no andar de cima da loja. Mas não havia nada lá, era apenas uma sala vazia. Jorge foi ao centro da sala e empunhou a varinha...
- Ostendere – Disse Jorge e no momento seguinte móveis, vasos de plantas, quadros e alguns produtos das gemialidades Weasley brotaram do chão e se organizaram em alguns segundos. A escrivaninha parecia ter sido deixada há poucos minutos, com as canetas e os papéis bagunçados.
-Uaau! – disse Rose.
- Boa idéia Jorge- disse Gina.
-É, resolvi seguir o conselho da mamãe- falou Jorge- Se não ela iria aparecer aqui todo dia para limpar! Então, prontos para ver a coisa mais revolucionária do mundo bruxo já lançada?
-SIM - Disseram todos.
-Ótimo- Jorge afastou os papéis da mesa e pegou duas daquelas placas com textura e cor de pergaminho que vira lá embaixo – Primeiro, eu quero que saibam que isso não é nenhum tipo de logro como costumamos fazer – Jorge deu uma das placas para Rose – Isso se chama “VC” ou “Vídeo-Carta”...
-Vi-ví-deo!?- falou Rose
-Isso mesmo- Jorge acenou com a varinha na frente do VC – Faça igual! –disse para Rose que repetiu o aceno, uma tela branca apareceu na placa que Jorge segurava e uma voz suave disse “DESTINO...?”
-Rose Weasley, o Beco Diagonal, Gemialidades Weasley, escritório dois- Disse Jorge e apareceu um vira-tempo girando na tela. A tela branca ficou escura, Jorge soltou o VC, Rose ia começando a gritar quando percebeu que o objeto estava flutuando. Rose apareceu no Vídeo-Carta flutuante e o rosto de Jorge no Vídeo-Carta que Rose segurava.
- Impossível- sussurrou Alvo, olhando para o VC que Rose segurava.
-Na verdade não, tenho que dizer que essa idéia não foi totalmente minha, quer dizer no mundo bruxo foi minha, mas, tirei-a de outro lugar – disse Jorge e depois entregou o VC para Roxy. Pegou outro objeto, parecia o VC só que preto e pequeno- Isso pessoal se chama...
- ...iPhone! – exclamou Rose. Conhecia aquele objeto, pois tinha certo interesse em tudo o que os trouxas faziam ou criavam – É um celular... O meio de comunicação dos não-bruxos... Eles conseguem ouvir a outra pessoa falar e podem vê-la também.
-Isso mesmo Rose, sabia que você entenderia rápido. Enfim, o VC tem a quase mesma função do iPhone a diferença é que no iPhone há muitas coisas mais...Encontrei este quando fui ao Big Bang em Londres, ele estava jogado na escada para a torre...Enfim, dei ele ao papai que levou quase três meses para ligá-lo. Depois que papai me devolveu tentei descobrir o que ele fazia.
-Quer dizer que vamos poder ver e ouvir a pessoa?- perguntou Tiago
- Isso mesmo. É o que está acontecendo aqui, neste momento- Jorge apontou para o VC flutuante e o VC na mão de Rose- Solte seu VC, Rose!
Rose fez... Seu VC começou a flutuar como o do tio.
- Olhe venham ver a Rose- disse Jorge e todos. E lá estava Rose olhando para eles pelo VC
...
- Eu quero um, mamãe- Pediu Lílian à mãe - puxando a manga do suéter de Gina – Mamãe eu quero!
- Pare com isso Lílian, você nem tem uma coruja ainda... – Repreendeu Gina.
- Aaaaaaaah!- resmungou Lílian e foi sentar-se na cadeira giratória do tio.
- Não fique assim Líl- Disse Roxy – Eu também não tenho um – Roxy lançou um olhar de insatisfação ao pai, que fingiu não perceber.
- Tio – Disse Rose.
- Sim – Jorge olhou para Rose.
- Já entendemos que isso é muito mais prático que cartas e se der certo vai substituí-las, mas... – disparou Rose – Por que o Hugo estava sabendo antes que todo mundo hein?
Jorge riu.
- Ai Rose... Hugo estava sabendo antes porque mantive contato com ele durante todo o verão – Respondeu Jorge – E em uma das cartas, sem querer, mencionei o “VC”. Claro que Hugo não me deixou mais em paz até que expliquei tudo a ele – Jorge pegou o VC que pairava na sua frente e acenou com a varinha novamente, desligando o objeto – E se querem saber foi a melhor coisa que já fiz, Hugo me deu umas dicas maravilhosas sobre finalização de algumas coisas.
Rose levantou as sobrancelhas. Jorge recolheu o “VC” que flutuava na frente de Rose e riu com um ar de “É, verdade” como resposta as sobrancelhas de Rose. Ela sempre achou que o tio superestimava as habilidades de Hugo, por ser seu afilhado. Neste momento a porta se abriu violentamente. Era Fred.
- Pai – Disse ele eufórico e apoiando-se na porta – Acho que você precisa contratar funcionários. Não sei como mamãe consegue, tem uma fila dobrando a loja para pagar e ela está SOZINHA no balcão – Fred olhou para Roxy como repreensão.
- Não gosto de colocar vocês para trabalharem, mas é o jeito por hoje – Disse Fred olhando também para Roxy – Filha vá ajudar sua mãe! Depois eu coloco um anúncio de empregos no Profeta Diário.
Rose saiu do escritório do pai resmungando e xingando o irmão.
- Ah! Quando sou eu você não pensa meia vez antes de pedir para cuidar daquele povo lá embaixo – Reclamou Fred – Sério eles parecem animais, precisam de aulas de etiqueta com Madame Labels.
- Cadê o Hugo? – Perguntou Hermione.
- Está com o povo que precisa de aula de etiquetas – Respondeu Fred, mas ainda parecia reclamar.
- Meu Deus... – Disse Hermione e saiu correndo do escritório.
Depois de descer, encontrar Hugo, atender todos os clientes (Jorge colocou todo mundo para trabalhar), fechar a loja e administrar as vendas, os Weasley estavam esparramados no chão da loja comendo sapo de chocolates e fejõezinhos de todos os sabores. Estavam num silêncio absoluto até que Hugo disse:
-Padrinho, eu posso te mostrar uma coisa?
-Claro Hugo!- respondeu Fred se endireitando no chão. Hugo foi até a bolsinha de contas de sua mãe e retirou umas de suas caixas onde estavam seus insepenos. Abriu-a e pegou uma mão cheia dos pequenos objetos coloridos e foi sentar-se no chão junto ao tio. Hugo pegou a mão de Jorge e jogou os insepenos ali.
-São insetos de ferro...?! – disse Jorge, fazendo uma careta, enquanto olhava para as coisinhas.
- Não são simples insetos, são programados para desenvolverem ataques instantâneos durante aulas chatas – Disse Hugo fazendo dando um olhar muito significativo para Fred, que respondeu com o sorriso mais maroto que pode existir – Mas, eles tem um diferencial! – continuou Hugo – para que nossos clientes não fiquem encrencados... – Hugo puxou as antenas de alguns insepenos que se transformaram em cumpridas e elegantes penas. Rose revirou os olhos enquanto seu irmão fazia uma cara de “É, eu sou demais”.
- Meu Deus, Hugo – Disse Jorge olhando, pateticamente maravilhado, para os insepenos em suas mãos – Você criou isso? Quer dizer, SOZINHO?
- Claro, padrinho – Respondeu Hugo um pouco, reparou Rose, ofendido com a pergunta – Você está duvidando da minha incrível habilidade?
Rose, mais uma vez, revirou os olhos e se o fizesse outra vez, ficaria sem suas córneas.
- Claro que não, Hugo – Disse Jorge levando os insepenos para bem próximo de seus olhos – É que eu gostei de verdade! É muito criativo.
- Sim e, bom, eu queria vendê-los em Hogwarts, mas minha mãe diz que é completamente que isso é totalmente o oposto da sua dos seus valores politicamente corretos – disse Hugo, Rose ficara impressionada com a habilidade de seu irmão, em transformar uma coisa tão simples em uma dramaturgia á La Rita Skeeter.
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