De Volta às Aulas



Capitulo 9 De Volta às Aulas


 


A chegada à Hogwarts foi como Harry se lembrava. Infelizmente Neville deixou escapar perto de Draco Malfoy que Harry havia sido muito afetado pela presença do dementador, e mesmo não tendo desmaiado como da primeira vez, Harry ainda assim foi chamado com Hermione por McGonagal. Os anúncios de começo de ano continuaram os mesmos, com Snape revoltado pela nomeação de Remus como professor, e a descoberta de que Hagrid era o novo professor de Trato das Criaturas Mágicas.


 


Quando Harry finalmente pode colocar a cabeça no travesseiro, se deu conta de que aquele dia tinha acontecido quase que exatamente da mesma forma. E que se os próximos dias se repetissem, ele acabaria enlouquecendo de tédio.


 


Felizmente, a manhã do dia seguinte começou tranquilamente. Fred e George entregaram à Ron, Harry e Hermione os horários de aula deles, e nem mesmo as insistentes perguntas de Ron sobre como Mione conseguiria assistir a três aulas ao mesmo tempo tirou Harry do humor que ele estava. Principalmente porque dessa vez ele SABIA como Hermione conseguiria assistir Adivinhação, Aritmancia, e Estudo dos Trouxas no mesmo horário.


 


O conhecimento futuro de Harry também serviu para que eles achassem a sala de Adivinhação sem tantos problemas, e até mesmo com um certo tempo livre antes do inicio da aula. Tempo esse que Harry usou para se decidir. Será que eu realmente preciso assistir essa aula? Eu podia falar com a McGonagal, pedir pra mudar de matéria... mas fazer o que? Runas? Ou... eu posso... é. Já sei. Vou continuar com a matéria, e dar um belo susto na charlatã.


 


Decidido, Harry liderou o caminho para a primeira aula de Adivinhação do terceiro ano. A sala continuava a ser a sala de aula mais esquisita que Harry já vira. E o calor sufocante parecia ser ainda pior do que o que ele se lembrava. Ron espiou por cima do ombro de Harry enquanto os colegas se reuniam à volta deles, todos falando aos cochichos.


 


-E onde está a professora? — perguntou Ron.


 


Uma voz saiu subitamente das sombras, uma voz suave, meio etérea.


 


-Sejam bem-vindos. Que bom ver vocês no mundo físico, finalmente. Sentem-se, crianças, sentem-se — disse, e todos subiram desajeitados nas cadeiras ou se afundaram nos pufes. Harry, Ron e Hermione se sentaram a uma mesa redonda.


 


-Bem-vindos à aula de Adivinhação — disse a professora, que se acomodara em uma bergère diante da lareira. — Sou a Prof.ª Sibila Trelawney. Talvez vocês nunca tenham me visto antes, acho que me misturar com frequência à roda-viva da escola principal anuvia minha visão interior.


 


Dali, a aula continuou exatamente como deveria. A professora avisou a todos que essa era uma arte difícil e que por isso aprender apenas com os livros seria praticamente impossível. As perguntas e previsões feitas à Neville e Lilá foram iguais, assim como a atividade do dia, ler folhas de chá. A aula seguiu como da primeira vez, até que a professora resolveu fazer ela mesma a interpretação da xícara de Harry.


 


-Deixe-me ver isso, querido — disse ela em tom de censura a Ron, aproximando-se num ímpeto e tirando a xícara de Harry da mão do colega. Todos se calaram para observar.


 


A professora examinou a xícara, e girou-a no sentido anti-horário.


 


-O falcão... Meu querido, você tem um inimigo mortal.


 


-Oh Meu Deus! - exclamou Harry antes que Hermione pudesse dizer qualquer coisa – um inimigo mortal? Eu não acredito! Quem iria me querer como inimigo mortal?


-O bastão... Um ataque. Ai, ai, ai, não é uma xícara feliz...


 


-Ataque? - perguntou Harry – dá pra ver quando? Eu preciso me preparar pra isso! Se meu inimigo mortal vai me atacar...


 


-O crânio... Perigo em seu caminho, querido...


 


-Mais perigo? Professora! - exclamou Harry tentando segurar a risada – a senhora precisa me dar todos os detalhes disso!!! Eu ainda não estou pronto!


 


Todos observavam, hipnotizados, a professora, que deu um último giro na xícara, ofegou e soltou um berro.


 


Ouviu-se uma nova onda de porcelanas que se partiam tilintando; Neville destruíra sua segunda xícara. A professora afundou em uma cadeira vazia, a mão faiscante de anéis ao peito e os olhos fechados.


 


-Meu pobre garoto... Meu pobre garoto querido... Não... É mais caridoso não dizer... Não... Não me pergunte...


 


-O que mais pode me acontecer? - perguntou Harry fingindo medo – não. Não me diga que...


 


-Meu querido — os olhos da professora se abriram teatralmente — você tem o Sinistro.


 


-NÃO! - gritou Harry – Não o Sinistro...


 


Ron e Hermione olhavam para ele como se nunca o tivessem visto antes na vida.


 


-Eu não posso ter um sinistro... - Harry fingiu não ver a cara de espanto dos amigos e fingiu um soluço de choro – eu não quero morrer... professora, não tem nada que eu possa fazer pra tirar esse mau agouro da minha xícara?


 


Trelawney finalmente tirou os olhos da xícara. O rosto de Harry estava marcado por lágrimas, os outros alunos da sala olhavam dela para Harry com simpatia e medo. Nunca antes um aluno havia levado tão a sério as previsões feitas por ela.


 


-É claro que eu posso fazer algo por você, meu querido. - disse ela sem saber exatamente como agir diante das circunstancias. - mas você terá que fazer tudo o que eu disser, e exatamente como eu instruir.


 


-É claro, professora! - os olhos de Harry brilhara do que, para ela, só podia ser esperança, mas que na verdade era incredulidade de que a professora realmente acreditara na atuação dele – tudo o que a senhora disser!


 


Os outros alunos olhavam para Harry sem entender ou acreditar. Harry Potter era realmente supersticioso? Pior. Harry Potter era ainda mais supersticioso do que Lilá Brown e Parvati Patil juntas. Simplesmente inacreditável. Ron e Mione olhavam para o amigo de queixo caído, sem saber se acreditavam na reação de Harry ou se batiam no amigo por fazer todos os outros acreditarem.


 


-Acho que por hoje chega. Vocês estão dispensados. - disse a professora para os alunos – e não se preocupe, Sr. Potter, eu vou consultar as parcas, e ver como podemos impedir que o Sinistro chegue até você.


 


-Muito Obrigado! Obrigado! Obrigado! - disse Harry.


 


Todos desceram da sala, e caminharam em pequenos grupos, todos conversando sobre o que viram durante a aula. Quando finalmente estavam suficientemente longe da sala, Harry não conseguiu mais segurar e começou a rir histericamente, assustando Ron e Mione ainda mais.


 


-Harry? Você está bem? Precisa que a gente te leve para a enfermaria? - perguntou Mione preocupada.


 


-Vocês viram a cara dela? - conseguiu perguntar Harry entre as risadas – ela ACREDITOU!


 


-Você... vocês estava fingindo? - perguntou Ron.


 


-Mas é claro! - respondeu Harry conseguindo parar de rir – você acha mesmo que eu acredito em uma palavra do que ela disse?


 


-Er... parecia... - falou Ron – então... você não está com medo do sinistro?


 


-Claro que não! Eu tive um encontro com um imenso cão negro nas férias, e continuo vivo.


 


-O QUE? - perguntou Ron – você teve um encontro com um Sinistro nas férias? Porque não disse nada?


 


-Ron, era só um cachorro! - disse Harry – eu não sou supersticioso. Não acredito em absolutamente nada do que ela disse.


 


-Oh, Harry. - disse Mione – se você não acredita, porque fez tudo isso? Agora ela vai querer predizer um monte de coisas pra você!


 


-Pode ser, mas ela já estava planejando prever a minha morte mesmo... quem sabe assim ela não fica com medo de predizer alguma coisa terrível demais...


 


Eles chegaram a aula de transfiguração, sentaram em seus lugares e se prepararam para assistir uma aula sobre animagos. Como da primeira vez, a sala estava mais interessada em olhar para Harry do que para a transformação da professora em um gato.


 


-Francamente, o que foi que aconteceu com os senhores hoje? — perguntou a Profª. Minerva, voltando a ser ela mesma, com um estalinho, e encarando a classe toda. — Não que faça diferença, mas é a primeira vez que a minha transformação não arranca aplausos de uma turma.


 


Todas as cabeças tornaram a se virar para Harry, mas ninguém falou.


 


-É que nós acabamos de sair da nossa primeira aula de Adivinhação, professora. - respondeu Harry – aparentemente minha xícara tinha um Sinistro.


 


Toda a turma olhava para Harry como se esperassem que ele começasse a chorar novamente. Coisa que Harry estava longe de fazer.


 


-É mesmo, Sr. Potter. Nesse caso, é melhor saber que Sibila Trelawney tem predito a morte de um aluno por ano desde que chegou a esta escola. Nenhum deles morreu ainda. Ver agouros de morte é a maneira com que ela gosta de dar boas-vindas a uma nova classe.


 


-É claro, Professora. Não se preocupe, a não ser que eu, de repente, caia morto sem motivo, vou continuar entregando todas as tarefas em dia.


 


McGonagal olhou para Harry criticamente. A resposta dada por ele lhe lembrava demais a James Potter, ele sempre tinha uma resposta criativa para dar, e Harry sempre lhe pareceu mais tímido e auto-consciente, e não o garoto confiante e quase atrevido que ela via na frente dela naquele momento.


 


-Nesse caso, acho que podemos continuar com a aula, não é mesmo?


 


Foi depois do almoço que algo de interessante aconteceu novamente para Harry. A primeira aula de Hagrid seria um sucesso, se Harry tivesse qualquer coisa a dizer sobre o assunto. O moreno não deixaria que Malfoy irritasse Bicuço, nem que ele mesmo tivesse que levar o ataque do hipogrifo.


 


A aula começou como era pra ser, com Hagrid levando a turma para o picadeiro onde os animais estavam presos, e quando ele perguntou quem gostaria de se aproximar de um deles, Harry foi confiante.


 


Ao se aproximar de Bicuço, Harry fez uma grande reverencia ao bicho, afinal de contas, ele devia a fuga de Sirius à Bicuço. O hipogrifo olhou para Harry por um longo minuto, quase como se o reconhecesse, antes de fazer uma reverencia e deixar que Harry se aproximasse.


 


-Oi, Bicuço. - disse Harry baixinho para que só o hipogrifo o escutasse – é bom vê-lo em liberdade novamente.


 


-Certo então, Harry — falou Hagrid. — Acho que ele até deixaria você montar nele!


 


Harry não se fez de rogado e sorriu concordando.


 


-Isso, suba ali, logo atrás da articulação das asas — mandou Hagrid. — E cuidado para não arrancar nenhuma pena, ele não vai gostar nem um pouco...


 


Harry pisou no alto da asa de Bicuço e se içou para cima das costas do bicho, o bicho se ergueu. Harry se agarrou ao pescoço de Bicuço, tentando ao máximo não puxar nenhum pena.


 


O voo foi ainda melhor do que Harry se lembrava, talvez porque dessa vez ele conseguiu aproveitá-lo desde o começo. Quando os dois voltaram para a terra, a turma estava ansiosa para tentar fazer o mesmo. Hagrid dividiu a turma em grupos e deixou que cada grupo tentasse se aproximar dos animais.


 


-É bom ficar de olho em Malfoy, Hagrid – disse Harry seriamente – ele não estava prestando atenção na sua explicação, e provavelmente vai insultar Bicuço...


 


E Harry disse isso no momento exato, pois Draco escolheu aquele momento para começar a falar mal de Bicuço.


 


-Isso é moleza — disse Draco com a voz arrastada, suficientemente alta para Harry ouvir. — Só podia ser, se o Potter conseguiu fazer.. Aposto que você não tem nada de perigoso, tem? — disse ao hipogrifo. — Tem, seu brutamontes feioso?


 


Para a sorte de todos, Hagrid conseguiu agir a tempo, se colocando entre Bicuço e Malfoy. Bicuço ainda tentou passar pelo meio-gigante, mas o hipogrifo respeitou o professor, e deixou-se ser levado por ele.


 


-Esse MONSTRO tentou me matar! - berrou Malfoy.


 


-Se você tivesse prestado atenção enquanto eu estava falando, Sr. Malfoy, saberia que Hipogrifos são muito orgulhosos, e não gostam de ser ofendidos. Menos quinze pontos para a sonserina. - disse Hagrid com gravidade – que isso sirva de lição para todos, se eu digo que vocês devem respeitar uma criatura, é porque vocês devem respeitá-la. Estão liberados.


 


-WOW! Hagrid! - exclamou Ron – isso foi demais!


 


-Er... então? - Hagrid perguntou aos três alunos que ficaram para trás, Harry, Ron e Hermione – o que acharam da minha primeira aula?


 


-Foi ótima, Professor. - respondeu Harry com um imenso sorriso nos lábios.


 


-Obrigado por me avisar sobre o garoto Malfoy, Harry. Não quero nem pensar no que teria acontecido se Bicuço realmente tivesse atacado ele.


 


Naquela noite, os acontecimentos da primeira aula de Hagrid foi um dos assuntos correntes no salão comunal da Grifinória, afinal, todos conheciam e amavam a arrogância do herdeiro Malfoy.


 


Harry se deixou ficar por ali, apesar de sua mente vagar de tempos em tempos para a chave pendurada em volta do pescoço dele e de quem estava esperando por ele do outro lado. Por mais que quisesse, Harry sabia que não podia deixar Snuffles sozinho por muito tempo. Mas ainda assim, ele se decidiu a não ir para lá naquela noite, e deixar para ver o que encontraria do outro lado da chave de prata para o dia seguinte.


 


A aula de poções do dia seguinte foi muito mais aproveitável do que Harry esperava, principalmente porque Malfoy não tinha nenhuma desculpa para se aproveitar de Harry e de Ron. Embora isso não tenha feito nada para impedir Draco de tentar atormentar Harry com insinuações sobre Sirius Black, o que simplesmente não funcionou, para a indignação do sonserino, pois Harry realmente já sabia tudo o que o que tinha que saber sobre o padrinho.


 


A aula de Defesa Contra as Artes das Trevas, por outro lado, foi imensamente divertida, com Neville transformando as roupas de seu bicho-papão-Snape nas roupas usadas pela avó dele. Por mais que Harry tentasse, ele simplesmente não conseguia pensar em como fazer um dementador ficar engraçado, por isso nem sequer tentou enfrentá-lo.


 


Quando a aula acabou, porém, Harry resolveu usar essa desculpa para se aproximar de Remus.


 


-Professor... - começou Harry quando ele era o único aluno ali.


 


-Sim, Harry, em que posso ajudá-lo? - perguntou Lupin ciente de que só estavam ele e Harry na sala dos professores.


 


-Porque o senhor não me deixou enfrentar o bicho? - perguntou Harry como se já não soubesse a resposta.


 


Lupin ergueu as sobrancelhas.


 


-Eu teria pensado que isto era óbvio, Harry. - disse ele.


 


-Porque? - perguntou o moreno simplesmente.


 


-Bem – falou Lupin, franzindo de leve a testa – presumi que se o bicho-papão o enfrentasse, ele assumiria a forma de Lord Voldemort.


 


Harry arregalou os olhos por pura atuação, antes de sorrir encabulado para o professor.


 


-Pelo visto me enganei. - desculpou-se o professor, ainda franzindo a testa – mas eu não achei uma boa ideia Lord Voldemort se materializar na sala dos professores. Imaginei que os alunos entrariam em pânico.


 


-Logo no começo, eu realmente pensei em Voldemort – disse Harry sinceramente, se lembrando da primeira vez em que vira um bicho-papão – mas depois, eu... eu me lembrei daqueles dementadores.


 


-Entendo. - falou Remus pensativo – Bem, bem... estou impressionado. - ele sorriu brevemente – isso sugere que o que você mais teme é o medo. Muito sensato, Harry.


 


Harry olhou para o professor como se o visse pela primeira vez. Ali estava um dos melhores amigos dos pais dele. Um dos melhores amigos de Sirius. O único Maroto que ele realmente deixara para trás quando aceitara voltar no tempo. O único elo de ligação que ele realmente tinha com o próprio passado, quando se decidira a mudar tudo. Remus merecia ser feliz novamente. Feliz como ele parecia ser quando reencontrou Sirius, feliz quando ele podia fazer algo pelo melhor amigo, simplesmente feliz. E Harry faria de tudo para ajudar o homem na frente dele a recuperar a felicidade. Começando por se aproximar dele.


 


-Professor... - começou Harry lentamente.


 


Remus olhou para o garoto em frente a ele. Tão parecido e ao mesmo tempo tão diferente de dois de seus melhores amigos.


 


-Sim, Harry?


 


-Existe algum jeito de... afastar os dementadores? É que... eles realmente me afetam... e se eu não posso nem andar tranquilamente pelo terreno da escola... o que eu faço se um deles resolver vir pra cima de mim?


 


-Eu duvido que isso aconteça, Harry. Dumbledore jamais permitiria que eles chegassem muito perto da escola.


 


-Ainda assim... existe um jeito? - perguntou Harry tentando parecer inocente.


 


-Existe... - respondeu Remus honestamente – mas é uma magia avançada, bem acima do nível normal ensinado em Hogwarts.


 


-Oh... - fez Harry – então acho que não tem como eu tentar aprender, não é mesmo?


 


Lupin olhou para ele como se o estivesse medindo. Se Harry tiver qualquer coisa em comum com os pais, ele vai acabar tentando aprender por conta própria... pensou Remus e vai acabar fazendo isso da forma errada, o que não seria nada bom para o nível mágico dele...


 


-Você realmente quer aprender a se defender dos dementadores? - perguntou Lupin extremamente sério – mesmo sabendo que você pode não conseguir nenhum resultado, sendo tão novo?


 


-Eu PRECISO aprender isso, professor. Eu... - Harry se perguntou se deveria ou não contar um segredo à Remus – eu... eu consigo... sentir... a presença deles... mesmo daqui de dentro da escola.


 


Remus olhou para o garoto admirado. Se isso fosse realmente verdade, Harry era ainda mais afetado pelos dementadores do que eles imaginavam.


 


-Muito bem... - se conformou Remus – eu te ensino a afastar os dementadores.


 


-Mesmo?! - perguntou Harry maravilhado.


 


-Mesmo. - respondeu Remus com um sorriso – mas você tem que me dar um tempo, pra poder pensar como faremos isso.


 


-Tudo bem! Só de saber que o senhor vai me ajudar... - Harry sorriu radiante para o lobisomem – obrigado, professor!


 


Harry disse antes de sair da sala, deixando para trás um lobisomem com a certeza de que caíra em uma armadilha, apesar de ele não ver onde exatamente isso o levaria.


 


O resto do dia passou para Harry como um dia normal. Hogwarts inteira estava comentando sobre o bicho-papão de Neville, e Harry se aproveitou da agitação na sala comunal, depois do jantar, para fazer a tão temida visita a Sirius, e ao quadro de Lily e James.


 


Cuidando para que ninguém notasse seu sumiço, e que não havia ninguém no dormitório, Harry tirou a chave de prata e a usou na porta do dormitório, assim, quando ele voltasse poderia fingir ter acabado de chegar do salão comunal.


 


O que esperava por ele do outro lado da porta, por outro lado, não era o que ele esperava. Um homem estava sentado na cama dele, os longos cabelos negros cobriam o que Harry sabia serem olhos azuis, um sorriso suavizava a expressão no rosto dele. Harry teve que segurar o grito de susto ao ver um homem e não um cachorro ali.


 


-Olá, Harry. - disse o homem – não se assuste, mas eu sou Sirius Black, e nós dois precisamos ter uma... conversinha.


 


Harry quase gritou novamente, mas colocou a mão na boca para impedir que o grito fosse ouvido através da porta que ainda estava aberta. Com um baque, Harry fechou a porta, se preparando psicologicamente para enfrentar Black, seu padrinho, seu animal de estimação, para enfrentar Sirius.

N/a: Olá! Aqui está mais um cap da fic! espero que tenham gostado!
e até o próximo! Ahh! COMENTEM!! 

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