Mistério ruivo



Na sexta feira, Rony mostrou o texto que Minerva havia traduzido para Harry, e passou o intervalo escrevendo e despachando cartas.


 


--Pra quem são essas cartas, Rony? –Hermione perguntou.


 


A morena, que estava com os amigos no salão comunal, refez a pergunta pela quinta vez, muito curiosa e começando a ficar irritada.


 


--Pra ninguém Hermione. –Ele respondeu por cima. –Já venho.


 


E saiu apressado do lugar, deixando Hermione indignada pela resposta. Ela virou-se para Harry, olhando feio.


 


--Não olhe pra mim assim, Hermione. Eu não sei de nada.


 


--E não me diria se soubesse, não é?


 


--Não, eu não diria. –respondeu depois de um momento.


 


A garota bufou e subiu para o dormitório batendo o pé.


 


--Será que vai dar certo? –Gina, quieta até então, resolveu falar.


 


--Acho que sim, Gi. –Ele se levantou. –Está cedo. Vamos dar uma volta?


 


--Vamos.


 


De mãos dadas eles saíram do salão.


 


 


 


--Bom dia, Gente. –Hermione saudou.


 


Era sábado de manhã, e Harry e Gina já estava tomando café no Salão Principal. Ela se sentou na frente do casal e olhou para os lados.


 


--Cadê o Rony?


 


--Foi pra Hogsmead. –Gina respondeu se servindo de leite.


 


Hermione pegou um biscoito e mordeu, mastigando lentamente. Depois de engolir, perguntou num falso tom descontraído:


 


--Tão cedo?


 


--Ele tinha algumas coisas para resolver antes de entrar na loja. –Harry disse.


 


Hermione bateu o copo com suco de abóbora na mesa, espalhando o liquido na toalha. Muito irritada, ela praticamente os intimou:


 


--Não vão me contar o que está acontecendo com ele?


 


Os dois negaram com a cabeça.


 


--Então vocês sabem o que ele anda fazendo?


 


Harry e Gina trocaram um olhar culpado e não responderam.


 


--Ótimo! –ela se levantou. –Só quero conversa com vocês dois depois que me contarem o que está havendo, certo?


 


Hermione praticamente cuspiu as palavras e saiu andando, extremamente vermelha.


 


*


 


Rony chegou bem mais tarde do que de costume naquele dia. Encontrou Hermione lendo um livro num canto isolado do salão comunal, e Harry e Gina num beijo nada comportado no sofá. Ele seguiu até onde a irmã e o namorado estavam, e foi se sentando entre eles, sem cerimônia.


 


 


--Podia avisar que estava chegando. –Gina disse com azedume.


 


--Agradeça por eu estar de bom humor e não ter brigado com vocês.


 


Gina ia retrucar, mas Harry impediu a briga dizendo:


 


--Por que está de bom humor? Deu certo? Já ficou pronto?


 


--Sim está pronto. –Ele olhou na sala e tirou algo do bolso. –Perfeito, não é?


 


Gina pegou o objeto na mão e olhou-o atentamente. Era muito lindo mesmo.


 


Hermione, do outro lado da sala, tentava identificar o que Harry e Gina tanto observavam. Percebeu que Rony estava radiante e ficou decepcionada quando viu ele guardar a coisa tão interessante no bolso direito, sem dar tempo dela identificar o objeto.


 


--Onde a Hermione está? –O ruivo perguntou.


 


--Isolada num canto desde o café da manhã. Ela não quer conversar com a gente. –Gina disse com pesar.


 


--Ela queria que falássemos o por que de você estar estranho. Nós dissemos que não e ela se recusa  falar conosco desde então. –Harry completou.


 


--Depois eu falo com ela.


 


Nesse momento, três corujas entraram voando no Salão comunal assustando muitos alunos, incluindo Hermione. As aves, uma parda e duas amareladas, pousaram no sofá onde Rony estava e esticaram as perninhas. O ruivo desamarrou as cartas e as corujas foram embora.


 


--O que é isso, Ron? –Gina perguntou olhando as cartas.


 


Os envelopes aparentavam estar mais grossos que o normal, o que deixou Rony realmente feliz. Ele espiou dentro do pacote e sorriu satisfeito para a irmã.


 


--A segunda parte do plano.


 


Gina pareceu compreender, se levantou num salto e pegou os dois pela mão.


 


--Quero ver tudo lá em cima. Vamos?


 


Os três subiram para o dormitório masculino, sem sequer cumprimentar Hermione no caminho.


 


A morena estava muito chateada, pois via os três felizes e sem aparentar sentir sua falta. Se sentiu extremamente infeliz, e segurou as lágrimas com muito custo.


 


 


As semanas seguintes passaram muito devagar para os quatro amigos. Hermione ainda se recusava a conversar com eles, e sempre que um dos três tentava um contato, ela se esquivava.


 


O domingo, véspera dos NIEM’s, estava muito calorento, e mesmo assim os alunos estavam na biblioteca e salas comunais estudando. Na hora do almoço, MacGonagall deu um aviso aos alunos:


 


--Os alunos do sétimo ano terão uma reunião sobre a formatura com o diretor de sua casa, na sala deste, daqui à meia hora.


 


Os alunos da Grifinória terminaram de comer rapidamente e foram animados para a sala da professora Laura Mendes que agora representava a Grifinória.


 


--Olá queridos. –Laura saudou os alunos. –Bom, nessa reunião vamos decidir tudo para a formatura.


 


Ela sorriu e olhou todos os alunos, que pareciam muito animados e interessados.


 


--Bem, esse ano será feito um baile formal, como o Baile de Inverno. –Alguns garotos gemeram. –Ou seja, vocês terão de arrumar pares de dança. Os meninos virão com vestes iguais: bordô em detalhes douradas e nas costas o Leão da Grifinória. Isso será igual para todas as casas. –ela deu uma pausa. –As meninas poderão escolher o modelo do vestido, desde que este tenha as cores da nossa casa.


 


Muitas meninas reclamaram no fundo da sala, mas a professora não deu importância e continuou:


 


--Se os acompanhantes não forem formandos, podem vir com trajes diferente. O baile será no próximo domingo, depois dos exames. A família de vocês já foi contatada, incluindo os parentes trouxas. –ela olhou para Hermione. –Mais uma coisa: os monitores chefes, Ronald e Hermione, dançarão a primeira música com seus respectivos pares, juntamente com os monitores chefes das outras casas.


 


Hermione e Rony trocaram um olhar e coraram.


 


--Acho que é só, anjinhos. Podem ir e boa semana de provas para vocês!


 


 


 

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