Único.



Mardy Bum.


                Outra vez, mais uma briga com Draco por coisas fúteis. Estava difícil aquela situação e isso era um fato. Estava casada com ele a pouco menos que oito meses e as brigas estavam constantes.


- Quer saber, Draco? Eu não agüento mais. Eu estou farta dessas acusações sem fundamento nenhum. Por que você não pode simplesmente confiar em mim. Caso você não tenha notado, eu não sou como as vadias com quem você saia, eu não quero seu dinheiro, assim como eu também não tenho nenhum caso com ninguém. – Hermione estava totalmente alterada. – eu vou fazer minhas malas e passar uns dias na Toca. – Assim que terminou de falar Draco a segurou com uma força desnecessária pelos braços, para impedir que ela fizesse qualquer movimento.


- Então você acha que eu vou permitir que você fique junto com o Weasley que despe você com um olhar. Lógico que não. Você é minha mulher, Hermione e eu não vou permitir qualquer tipo de gracinha daquele retardado pra cima de você. – Draco fixou os olhos nos lábios dela e um segundo depois, quando os lábios dele cobriram os seus, ela sentiu o calor emanado para o seu corpo, deixando – o quente, como só ele conseguia. Ela correspondeu e ele a possuiu em cima do piano que havia na sala, e foi como se aquela discussão nem tivesse existido. A falta de espaço entre eles deixava Hermione extasiada, como se ela precisasse atingir um orgasmo com Draco para se libertar, se tornar poderosa e protegida. E era exatamente assim que ela se sentia com ele. Mas recorrer ao sexo, como ele estava fazendo naquele momento era uma maneira de fugir da realidade.


Na manhã seguinte, Hermione sequer o olhava. Queria conversar com ele, mas não podia pressioná-lo, o - conhecia como ninguém, e sabia que ele fugiria do assunto. Então ela deixou passar por dias, e enquanto ela ficava cada vez mais estressada e nervosa por coisas não importantes. Ele passava a maior parte do tempo trabalhando, tentando evitá-la e procurando ao máximo entrar em todas as viagens do ministério possíveis para sua área. Para Draco, aquela mulher não era a Hermione Granger com quem casara, era uma mulher totalmente descontrolada e estressada e não era isso que ele queria. E ele a queria, todas as noites quando chegava tarde para evitar as discussões e a via dormindo, mal podia camuflar o desejo que sentia de tocá-la e Merlin ele queria tocá-la com a boca, com os dentes, com as mãos. Mas simplesmente não podia, por que sabia o que viria em seguida e não queria começar com aquilo novamente.


Hermione não se importava mais quando ele chegava tarde, não era como se ele se importasse. Se não tivesse largado o vicio do cigarro já teria “degustado” uma carteira toda. Ela sentia-se tão não amada, tão não desejada que tudo o que podia imaginar era que Draco havia a trocado por outra mulher, apesar de não haver nenhum vestígio amostra. Eram uma e quinze da manhã e ele não estava em casa ainda, e aquilo para ela foi a gota d’água. Arrumou tudo e escreveu um pequeno bilhete para ele dizendo que eles precisavam conversar e sem que dessa vez tudo terminasse em sexo, e informando que ela estaria na Toca. Pegou suas malas e aparatou, não queria chorar, mas uma vez lá, sentiu-se tão triste que tudo que fez foi se aninhar no colo dos seus melhores amigos e chorar.


Por volta das duas da manhã, Draco chegou em casa, um tanto zonzo por que tinha saído com alguns colegas do ministério para beber algumas doses de firewhisky. E como ficou sem comunicação não pode avisar Hermione por que chegaria tarde. A casa estava quieta demais, e escura demais. Entrou no quarto e ela não estava lá. Abriu o guarda roupa e grande parte das peças de roupa dela não estavam mais ali, até que percebeu o bilhete em cima da mesinha ao lado da cama.


Draco leu uma vez aquilo e amassou o papel, retirou uma caixinha preta coberta por veludo do bolso, que continha um colar de turquesa delicado, estava decidido a fazer as pazes com ela naquela noite por que simplesmente não agüentava mais ficar “longe” dela, e ela tinha partido e a culpa era toda dele. Não fora delicado e nem sutil com ela como prometera apenas fugira do problema e agora se sentia um lixo por isso. E realmente talvez ele não a merecesse. Mas ele era um Malfoy, era orgulhoso e egoísta, a amava, e traria Hermione para casa aquela noite não importava como.  


Aparatou na porta dos Weasleys e bateu rápido e com força. Não esperava que a porta fosse aberta por Ronald e assim que aconteceu ele desviou do soco que o mesmo desferira no ar.


- Você não é bem vindo aqui, Malfoy. – Rony pronunciou com os dentes cerrados. – você a magoou seu crápula dos infernos. – disse ele tentando socá-lo outra vez.


- Eu não quero saber o que você acha ou não, Weasley. Eu quero, posso e vou falar com a minha mulher. – Dito isso Draco subiu as escadas em um único fôlego, abrindo a porta do quarto à direita da escada, sabia que ela estaria ali. – Eu preciso falar com você antes que você tome qualquer decisão precipitada. – Ela tentou argumentar algo, mas ele a impediu - Eu sei que eu tenho sido muito estúpido esses últimos dias, mas eu só tenho uma coisa a dizer. Hermione, Eu te amo. E foi completamente devastador pra mim esse tempo que nós passamos “afastados”, eu não quero que isso continue, eu quero que você volte pra casa, que seja minha esposa para sempre, por que dessa vez eu vou fazer com que dê certo, e eu sei que nós brigamos constantemente, mas a maior parte dos casais fazem isso e nós somos felizes assim. Hoje quando eu cheguei em casa e não te vi foi como se arrancassem meu coração com as próprias mãos e sabe, eu não posso ficar sem coração senão, eu não sobreviveria. Mas eu não quero só sobreviver, eu quero viver, viver com você, construir uma família com você e o resto do mundo nem precisa existir. – Ele se aproximou dela e sussurrou – E acho melhor nós pararmos de falar e irmos para casa por que eu estou morrendo de vontade de ter você desde que nós brigamos, eu sinto sua falta amor. – Ele a segurou com força e aparatou antes que ela pudesse protestar. – Ela se afastou assim que chegaram.


- Eu não sei, Draco. Mas eu tenho uma coisa importante para falar. – ela mordeu o lábio inferior em sinal de nervosismo.


- Você pode falar depois amor, nós temos todo o tempo do mundo. – Ele a beijou de forma intensa como a muito tempo não fazia e o sabor da boca dela, era algo afrodisíaco para ele, algo extremamente indispensável e de repente ele se deu conta de por que tinha se apaixonado por ela. Eles eram o encaixe perfeito e Draco a tomou na cama de forma possessiva como se cada parte dela fosse algo essencial para ele e não pudesse nunca ser substituído e se dependesse de Hermione, nunca seria. Depois ela o abraçou e ele se aninhou a ela abraçando-a pelas costas. Hermione entrelaçou os dedos nos dele e sorriu descendo a mão de Draco para o seu ventre.


- Acho que ele ou ela, vai ficar muito feliz em saber que os fizemos as pazes. – Com isso, Draco arregalou os olhos.


- Você está grávida? – Ela só afirmou com a cabeça. Draco não poderia estar mais feliz, seria pai. E o peso dessa palavra quase o fez chorar de felicidade. – ele beijo-a mais uma vez e adormeceram, como se o passado não passasse de um sonho ruim.


 


 


 

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