Complicações

Complicações



2º Capítulo - Complicações



- COLIN!!! - Ginny gritou e o garoto voltou para dentro da sala

- Calma flor. Você tinha cochilado, fui receber seus pais. Estão todos aqui.

- Tá doendo - ela disse chorosa. Colin fez uma cara para a enfermeira que saiu correndo para chamar o medibruxo.

Ele segurou a mão da amiga que estava chorando. Logo o doutor chegou.

- Dr. Rayman, ela tá com muita dor! - ele disse antes que o médico ao menos entrasse na sala.



O medibruxo foi até Ginny, apalpou a barriga dela e pressionou pouco ao lado do umbigo.

- Ai!-exclamou ela, com dor.

- É - afirmou - temos um probleminha aqui.

- O que quer dizer com isso Dr. Rayman? - perguntou Colin preocupado.

- Vai precisar de cirurgia.

- Cirurgia?... Não... - Ginny chorou.

- Gin, isso é para o seu bem e do bebê.



A enfermeira pediu permissão para dar uma poção anestésica. O Médico afirmou com a cabeça. O rosto de Ginny havia parado de se contorcer, o que significava que a poção havia feito efeito.

- Col... -ela disse devagar -... Se algo... Der errado...

- Nada vai dar errado, Gin! - Colin censurou-a.

-... Se der... Fala pra ele...

- Ginny!!! - Draco entrou no quarto de repente.

- Draco? O que está fazendo aqui? Como - Colin começou a falar, mas foi interrompido pela invasão do Sr. Weasley.



- MALFOY! SAIA DE PERTO DA MINHA FILHA!!!!



O médico entrou na frente do Sr. Weasley.

- Acalme-se, por favor! Não posso tolerar invasões, estamos numa emergência aqui!

- Eu sou o pai! - Draco se adiantou.

- Não, eu sou o pai! Sou da Ginny!

- Alguém pode me explicar?

- Doutor - Colin disse - esse é Draco Malfoy o pai do bebê. E esse é Arthur Wesley, pai da Ginny.

- E você? Não é o pai? - o médico parecia confuso.

- Sou padrinho do bebê! Moro com a Gin.

- Ok. Temos que fazer uma cirurgia de emergência na paciente. Apenas um pode ficar junto. Qual vai ser?

-... Draco... -Ginny disse devagar. Draco correu em direção a ela, ajoelhou ao lado da cama e segurou sua mão.

-Gin, meu amor! O que quer? Qualquer coisa!

-Quero... Você...

-Eu estou aqui, pequena.

-Cuida dela...

-Não, Gin! Nós vamos cuidar dela!



Draco foi interrompido pela enfermeira.

- A pressão caiu doutor. Temos que começar imediatamente.

- Ok! - ele disse a uma bruxa mirradinha que parecia estar a espera de uma ordem – Srta. Type, acompanhe esses senhores à sala de espera, não estão em condições para permanecerem com a paciente.



*



Draco, Colin e Arthur foram empurrados até a salinha.

- Arthur! Como está Ginny? - perguntou Molly aflita.

- Vai fazer uma cirurgia de emergência. - disse Colin

- Oh! Por Merlin! Mas está tudo bem? O que o medico disse, Colin? – Sra. Weasley tinha lágrimas nos olhos.

-Relaxe, Tia. Daqui a pouco Dr. Rayman vem nos dizer que Gin e o bebe estão bem. - ele a abraçava.



Draco sentou-se em uma poltrona isolada da família de sua esposa. Olhou em volta, ali estavam todos que por muito tempo ele havia menosprezado.



*FLASHBACK*



Mansão Malfoy, agosto de 1997



- Então o Lorde quer a ruivinha? - uma voz feminina, fina e seca vinha do outro lado da porta. Draco a reconheceu como sendo de sua mãe.

- Sim Narcisa. Lorde acha que se isso atraiu Potter uma vez, atrairá de novo.

- Mas é claro. Meu marido teve essa grande idéia naquela época.

- Realmente mana. Lúcius foi brilhante, pena que não deu certo. Mas dessa vez...

- Como farão para capturá-la?

- Bem... Estávamos pensando que talvez Draco pudesse seduzi-la.

- Ah, Bella!!! Está louca? Meu filho não vai se relacionar com aquela pobretona! Por causa dela e dos seus amiguinhos meu marido está nas mãos de Dumbledore!!!

- Calma mana. Para isso Draco ainda vai fazer o sétimo ano em Hogwarts, não é? O bocudo do meu sobrinho vai nos passar o que acontece lá com o velho.

- Nada feito! Meu filho sem Weasley!

- Narcissa! Não venha agora dar uma de boa mãe, pois eu mais do que ninguém sei que você só teve Draco, pois tinha que prender Lucius de alguma maneira, e a gravidez inesperada serviu pra algo,afinal.



Draco desencostou da porta. Não queria mais ouvir aquilo. A própria família o desprezava. Queriam apenas usa-lo. Ele olhou para seus dedos. Ali, um anel, prata, com uma cobra que se movia formando a letra M, brilhava reluzente. O brasão da família Malfoy agora lhe causava náuseas. Tirou o anel, e o jogou longe. Fez um barulho agudo quando atingiu o peito de uma armadura que enfeitava o corredor. Draco aparatou rapidamente em seu quarto, impedindo que fosse visto pela mãe, esta que saiu com a varinha em punho, para verificar da onde viera tal barulho.



Ele deitou em sua cama. Olhou para a parede acima da lareira. Havia um quadro com a pintura de sua família. Seu pai com aquele rosto orgulhoso. Pensou como havia caído nessa roubada? Meter-se com assuntos das trevas era uma coisa, se meter com o Lorde era outra. Draco assim como Lucius, repugnava os Weasleys, aqueles pobres adoradores de trouxas. Mas matar uma garotinha? Não era justo. Era covarde.



Ele levantou da cama, puxou a varinha e apontou para a pintura: - INCÊNDIUM! - Aos gritos, o quadro foi queimando. Draco deitou novamente. Não conseguiu dormir pensando porque ele se importava tanto com a caçula Weasley.



*FIM DO FLASHBACK*



- Sonserino? Tá acordado? - Draco abriu os olhos ao ouvir a voz do pequeno Kyle.

- Oi ruivinho. -o garoto deu um sorriso e com esforço subiu no colo de Draco. - está tudo bem com você?

- Sim. Porque você não tá lá com a mana?

- Porque o médico ta ajudando a Gin. Ele pediu que eu esperasse aqui fora.

- Ahhhh... E porque você não foi mais lá em casa? Disse que voltava amanhã, e já passaram - ele contava nos dedos - muitos amanhãs.

- Perdoe-me ruivinho. Tive que viajar, depois tive uns problemas.

- KYLE WEASLEY! - Sra. Weasley gritou - venha para cá agora mesmo!

- MÃE EU TÔ FALANDO COM O SONSERINO! - ele gritou de volta para a mãe.

- Ah merlin! Angel, querida, se importa em ir buscá-lo? Eu olho Laura. - disse para a bela moça com uma garotinha no colo, que não parecia maior que Kyle.

- Sim, claro. - ela entregou a garotinha á sogra e foi até onde Draco estava sentado. - Kyle, vamos menino.

- Ah Angel! Eu tô conversando!

- Laura quer brincar com você.

- Nha... Tá bom - bufou o menino- Sonserino, a gente se fala depois - e beijou o rosto de Draco.

- Ok ruivinho - Kyle se afastou - Angelina, Laura está muito bonita.

- Obrigada Draco. - um momento de silencio e então Angelina juntou - se a sogra e a filha. Logo em seguida Colin apareceu ao lado de Draco.



- Com quantos anos eles estão?-Draco olhava as crianças. - Kyle está com cinco.

- Sim. Laura com quatro, e Loui com seis.

- Grandes demais.

- Loui perdeu um dente mês passado. O outro já nasceu. - Colin olhou Draco, que dava um sorrisinho, ainda observando as crianças. - Como soube?

- Do bebe?

- Sim. Como soube?

- Eu não sei... Senti algo... tentei ligar no celular da Ginny, mas só dava caixa postal...

- Ela desligou, não gosta dele. Só usava para falar com você mesmo. - Colin respondeu.

- Ah, isso explica... - Draco disse desapontado.

- Mas não explica o fato de você saber do bebê.

- Eu já disse que não sei explicar, foi como...

- Uma ligação! - Hermione havia chegado ao lado de Draco e Colin, junto a Ron.- Quando há uma gravidez mágica o parceiro pode sentir enjôos, tonturas, e até quando chega a hora. É psicológico.



- Olá Hermione, Ronald - Draco cumprimentou o cunhado e sua esposa, que ele havia xingado de "sangue-ruim" por tantos anos, agora estava mais bonita, com um ar importante. Também, era a mais conhecida psicóloga da Inglaterra. Pelo menos era o que Ron não parava de dizer a todos que queriam ou não ouvir. Enquanto ele era treinador de um time infantil local de quadribol.

- Como vai tudo, Draco? - Perguntou Hermione.

- Não posso dizer que vai bem. - ele respondeu desapontado.

- Como está a minha irmã?

- Dr. Rayman vai fazer uma cirurgia. - disse Colin.

- Ahn? Mas ta tudo bem né?-Ron perguntou nervoso.

- Espero que sim... - responderam Colin e Draco.



Hermione percebendo o clima do lugar tentou melhora-lo.

- Colin, afinal é menino ou menina?

- Gin diz que é menina.

- Ela me disse que não quis saber.

- Não mesmo. Recusou-se a ouvir quando o Doutor disse que já dava pra saber. Mas...

- Como assim? Ela "previu" que é menina? - perguntou Ron, confuso.

- Querido, a mãe sente essas coisas - Hermione disse calmamente.

- Nesse caso o pai também - Colin completou - Mandou milhares de roupinhas e bonecas para casa.



Draco envergonhado disse:

- É que eu sempre quis ter menina... Sabem... A gente já tinha o Kyle e tudo mais... Mas acho que ela não gostou dos presentes.

- Há! Até parece! Foram as primeiras coisas que ela pos na mala do hospital.

- Sério? - ele deu um sorriso.

- Sim.

- Ahn... Colin... ela terminou o livro?

- Não. Disse que é impossível escrever um livro comigo por perto.

- Mas agora que ela não vai ter tempo mesmo. - disse Hermione.

- Não se preocupe Mione. O livro é sobre maternidade. -disse Colin rindo.

- Ah.

- E Harry? Vocês o avisaram?

- Sim. Estávamos na Toca. Mione queria falar com a Ginny. Achamos que ela estaria em casa com a mamãe. Afinal é segunda, você trabalha, não?

- Folga! Graças a Merlin!

- Ah... Enfim, assim que recebemos o recado do meu irmão, mandei uma coruja pra ele.

- Ei, mas o que a Dra. Hermione Jane Granger, estava fazendo em casa plena segunda feira? E seus pacientes loucos?

- Sr. Colin Creevey, em primeiro lugar, respeite meus pacientes! E em segundo, ponha o seu instinto de repórter de lado e deixe de ser curioso!- Hermione disse nervosa.

- Calma amor. - Ron pensou - mas realmente, o que você queria com minha irmã que era tão urgente?

- RONALD!!! - e saiu bufando.

- Ei Mione, calma! - ele correu atrás dela.



- Ela me perdoou? - Draco perguntou, quebrando um longo momento de silêncio.

Colin bufou, olhou pra cima, e olhou pra Draco.

- Olha, você conhece a Gin. Ela é orgulhosa. A história já é complicada, ainda mais com aquela mulherzinha interrompendo a explicação.

- Aquela vaca! Só estragou minha vida, não sei por que não morreu durante a guerra. - Draco disse irritado.

- Olha o ideal é você conversar com a Gin. Não adianta você ficar irritado.

- Colin, você é o melhor amigo dela. Se talvez você soubesse o que aconteceu, pudesse ajudar...

- Er... Ok... Você me conta o que aconteceu, e aí, depois que vocês conversarem, se não der certo, eu falo com ela.

- Claro! Obrigado! Bem... foi mais ou menos assim... - Draco foi interrompido

- Epa! O que será que aconteceu ali? - Eles olhavam em direção á um tumulto dentro da sala de espera. - Hermione desmaiou?! - e Colin saiu correndo atrás de Ron que estava com Hermione no colo, Molly e Arthur, preocupados, e Angelina. No canto Gui, Fleur e Carlinhos discutiam o que havia ocorrido com Hermione, enquanto Fred e Jorge brincavam com as crianças.



Draco sabia que não poderia acompanhar eles, além do que, ele queria esperar noticias da mulher e da filha. Levantou-se da poltrona e foi até a janela. Ainda estava claro, mas o pôr-do-sol seria em alguns minutos...





*FLASHBACK*



*Setembro de 1997*



Draco estava preocupado. Havia acabado de receber uma carta de sua mãe. Aparentemente, havia sido persuadida pela irmã. A carta dizia que para poder ver seu pai de novo, ele precisava fazer a sua parte, que seria seduzir a caçula Weasley, e no momento certo leva-la ao Lorde.



Ele não imaginava que seria tão rápido, teria que apressar seus planos. Mas, Por Merlin, ele não tinha nada em mente! O que faria? Só havia uma pessoa em quem podia confiar nessa escola. Blaise Zabini, um garoto inteligente, amigo, e graças a merlin, que não era filho de comensais. Onde estaria ele agora?

- Droga. Mas é claro que esse nerd deve estar enfiado no meio de milhões de livros. -Draco guardou a carta no bolso e seguiu em direção a biblioteca.



A passar em frente ao Refeitório, Pansy Parkinson aparece.

- Draquinho... Onde vai minha cobrinha?

- Sai fora Parkinson!

- Amorzinho, eu quero conversar. Porque terminou comigo? - lágrimas surgiram nos olho dela.

-Ah garota não tenho tempo! Sai fora!!! - e Draco empurrou-a



Ele saiu nervoso, sem olhar pra trás, e fechou os olhos tentando esquecer a voz esganiçada de Pansy em sua cabeça. De repente, ele tromba e cai no chão. Esbarrou em alguém. Bem agora? Ao se levantar ouviu uma voz doce.

- Ah, me desculpe, eu - ela disse.

- Olhe por anda, Weasley. -respondeu.

- Ah, é você!- Ginny foi ajudada por um garoto a se levantar.

- Não tenho tempo pra você agora! - e ele saiu apressado.

- Eu é quem não tem tempo pra você, Malfoy! - ele a ouviu gritando.

Draco parou logo depois da curva. Olhou em volta, ninguém por perto.

- Droga! Bem agora?



Ele continuou seu caminho. Entrou na biblioteca, e numa mesa isolada lá no fundo, estava o amigo.

- Zabini. Veja a carta que Narcisa me mandou.

O garoto pegou a carta e leu-a minuciosamente.

- Viu? O que eu vou fazer agora?

- Malfoy, o que você quer que eu faça? Você me aparece no trem falando que não quer ser comensal, e que quer ajudar Dumbledore a derrotar Você-sabe-quem... -

- Cala a boca Zabini! - ele falou baixinho - eu sei que é estranho, mas -

- Estranho? É medonho Malfoy! Você não é assim!

- Eu já te expliquei o porquê da mudança.

- Não acho que foi só isso. Acho que algo que aconteceu ano passado mudou a sua cabeça. E essa conversa da sua mãe só ajudou.

- O que quer dizer com isso? - ele corou de leve.

- Você e Parkinson. Campo de Quadribol. A garota prestes a te matar por ter terminado com ela. A Weasley apareceu e deu um soco na cara da menina.



Draco riu ao lembrar da cena.

- Mas não foi pra me defender ou nada do tipo, Zabini. Isso foi porque Pansy tinha xingado a mãe dela durante o jogo da Sonserina contra a Grifinória.

- E essa cara que você fez agora? É de certo desapontamento?

- Zabini, vê se não enche e me ajuda.

- Ah sim, a carta da sua mãe. Uhm... Eu acho que você deveria ignorar. Não responda nenhuma carta. Apenas ignore.

- E quanto a Weasley?

- Se você receber mais alguma carta, se ameaçarem ela, você vai avisar Potter.

- HA-HA-HA. Até parece Zabini! Eu não vou falar com Potter.

- Malfoy, você quer defender a garota, mas não pode você mesmo faze-lo. É orgulhoso demais para isso. Deixe que Potter o faça.

- Defendê-la? Jamais vão entender isso. Lucius me mata.

- Então. Olha, você veio me pedir ajuda. Meu conselho é esse.

Ele fez uma cara de quem achava que deveria ter ficado quieto.

- Ok então. Valeu Zabini. Eu vou dar um jeito dessa carta sumir.

E saiu da biblioteca.



*FIM DO FLASHBACK*



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N/A: sim....eu já percebi o quanto meus personagens são vagos...vivem ficando em silencio...XP....mas nada posso eu fazer....=P.

Valeu Poc, minha mana, minha beta preferida!

Agradecimentos especiais ao meu "gama", meu amado irmãozinho que me ajudou na representação dessa fic....fica mais facil de imaginar um final....ele atuou muito bem como Colin ^^ e como Harry também...e como Draco.....e como Kyle...(só tínhamos eu e ele para representar uma fic com tantos coadjuvantes....U.U'').

Valeu também Min, minha "delta"( inventando novas funções para as pessoas na fic hauhauhau) pela ajuda na hora de escolher um nome pra sua sobrinha (ahuahauhauhaa)

***LOGO O 3º CAPITULO!!!****

vamos descobrir o porque de Ginny e Draco estarem separados =D


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