Prólogo



PRÓLOGO
O início-comum das histórias de amor


 


Cambaleei para a porta do elevador, usando a melhor postura que podia. Os saltos incomodavam muito e os números dos andares começavam a sair e mudar de seus lugares, o que fazia apertar o andar 11 uma tarefa realmente trabalhosa.


O álcool havia chegado com tudo na minha cabeça e, por incrível que pareça, comecei a me arrepender de ter ficado naquela maldita pub. Desde três da tarde do dia anterior até, hm, agora, eu estava incrivelmente fora de casa.


E hoje, direto para o trabalho.


Sooa bastante nojento, mas não é como se eu não pudesse tomar uma ducha no banheiro da agência.


Mas finalmente consegui chegar.


Fui interrompida pela Valerie, minha personal stylist e uma espécie de chefe. Ela controlava todas as modelos que entravam e saíam daquela marca e, como eu era a modelo principal, ela também me assessorava e dava dicas de moda. Ela não estava com uma cara muito receptiva. Será que ela não podia entender que eu estava na fossa?

Quer dizer, meu namorado tinha me dado um pé na bunda e eu tinha passado a noite em um pub, bebendo. Ela tinha que entender...


Me encarou seriamente.


Estava difícil fixar meu olhar num mesmo ponto então lancei meu melhor sorriso falso para ela e me virei, procurando a arara. Estava realmente difícil me equilibrar nos saltos.


Embora estivesse no trabalho, minha mente vagueava para longe dele: Patrick, pé na bunda, vodka, Patrick, coisas coloridas e tudo rodando.


- Marlene. - ouvi a voz fria de Valerie e creio que eu arrepiei até a espinha. Era simplesmente detestável quando ela fazia isto. - Você está bêbada. De novo.


- Eu fui chutada, Val. De novo.


Ela suspirou, dando um sorriso macabro. As coisas ainda giravam um pouco na minha cabeça.


- Eu não posso agüentar suas fossas e bebedeiras toda vez que você termina com o seu namorado. E você está trinta minutos atrasada, - ela então olhou no relógio. Dei um arroto alto, não consegui controlar. Em seguida, veio uma risada, típica de bêbados.

Acho que tinha passado um pouco dos limites.

 - Você está demitida, Marlene. Não precisamos de uma modelo bêbada nos representando. – Ri um pouco antes de cair na real. Todas as pessoas que passavam, trabalhavam e/ou conversavam pararam subitamente para me observar.


Não consegui conter um soluço.


- Quê? - perguntei, precisava ouvir direito. Precisava conferir se meus sentidos afetados pelo álcool não estavam me pregando uma peça.


- Você ouviu – ela disse sem me encarar. Havia girado nos calcanhares e estava assinando numa prancheta, que Julie ‘vulgo; sua assistente’ segurava. Esta me olhava com pesar. – Assine aqui.


Não creio que tenha conseguido fazer algo melhor que um rabisco, pois logo que ela pegou a prancheta de volta não teve escrúpulos em mostrar sua careta.


É... acho que estava demitida.


Não havia me tocado muito de que havia sido demitida, na verdade, eu estava com uma vontade incontrolável de... rir. Talvez fosse o efeito da bebida, e passasse logo.


Saí do prédio tentando manter um foco, sem olhar para os lados. Podia jurar, pelo canto do olho, que vi o porteiro – um sujeito simpático que sempre me dava bom dia – fazer cara de pena, enquanto olhava meu andar torto.


Sentei-me na calçada. Eu só iria esperar a tonteira ir embora, esperar para engolir a notícia direito e talvez...


Dei um pulo de susto quando percebi que o meu celular tocou muito alto. Depois de alguns segundos atordoada, atendi sem ao menos olhar no visor.


Todo efeito do álcool parecia ter passado quando, num baque, a voz calma de uma mulher me dava às notícias que meu avô estava internado em estado grave no hospital, e não possuía ninguém para cuidar dele.


De repente, o álcool e a ressaca não eram problemas. Peguei minha bolsa e me levantei, mal desligando o telefone e discando de novo, para a agência de transporte.


Eu estava voltando, estava voltando para .




N/Chel: EIS O PRÓLOGO! Galere, gostamos? Odiamos? Nada a declarar? Gosto sempre de definir meu papel nas fics em dupla, e quero deixar bem claro aqui que críticas são com math e elogios comigo. Anyway, eu achei super divertido escrever o prólogo com o math, eu amo as idéias dele (só não sei se ele gostou de escrever comigo, né, talvez ele esteja com vontade de me socar agora[?]). Saindo dos meus devaneios, espero que tenham gostado! A fic será ótima, eu amei a história e eu e o math temos bastante tempo livre nas férias, looogo, a love não ficará pra trás. *-* Pobre Polie, pedi intimei cof cof para que ela lesse antes de postar, porque tenho um pequeno complexo que não me deixa postar nada se pelo menos uma alma me falar que está bom. Anyways, logo logo, a notinha do math. o/


Querem o e-mail dele para mandarem as críticas? hahahahahaha


Chel Prongs

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