Capitulo I




Disclaimer: Os personagens usados nessa fanfic pertencem à J. K. Rowling, se me pertencessem, provavelmente você não estaria lendo aqui no fanfiction e sim em um livro onde o dinheiro seria convertido em riquezas para mim. Como essa não é a realidade, aproveitem a história.


NOTAS NECESSARIAS PARA ENTENDER O CAPITULO: 1 - O horário é diferente em Londres e Roma, entre um e outro tem a diferença de uma hora, então, as coisas nas duas cidades passam mais ou menos no mesmo horário.


Capitulo I – "Perfeito, simplesmente perfeito."


"O homem é o lobo do próprio homem"


11:39, Centro de Roma, Roma.


O homem escondeu a arma dentro da calça e ajeitou a jaqueta saindo de um beco no centro de Roma. Ele tirou o blackberry do bolso e apertou a discagem rápida número 4.


Buon giorno, ID 0743, Rafael Bianucci favore. – A secretaria transferiu a ligação – Bianucci, está feito. Ótimo senhor. Sim, hoje no Pacardilli. Correto. Boun giorno.




10:54, Casa dos Potter, Londres.


- James, estamos atrasados! – A esposa disse como saudação ao entrar no escritório do marido – Olá Sirius.


- Já estou indo Lily. Você vem Padfoot? – James pegou o palito, a chave do carro e o celular -.


- Prongs, eu não vou a aeroportos, por isso que eu tenho um helicóptero. – Sirius sorriu e Lily revirou os olhos – Vão vocês e eu os espero aqui.


- Você deveria ir ao Blatter, o gerente me ligou hoje e relatou alguns problemas. – James pegou a mão de Lily e ela arrumou o colarinho da camisa social – Você consegue fazer isso certo? Nada de se distrair com as hospedes.


- Potter, eu não tenho 16 anos, sei que o principal erro quando o assunto é mulher é deixá-las saber onde você trabalha, mora ou freqüenta. – James riu e puxou Lily para fora do escritório.




12:16, Pizzaria Pacardilli, Roma.


- Seus serviços foram de ótima qualidade. – Bianucci elogiou – Minhas recomendações serão dadas ao seu governo.


- Foi um prazer ajudar a Itália nesse assunto.


Buono, buono. O crime não foi extinto hoje filho, nem será amanha. Iremos nos ver de novo. – O homem mais jovem fez uma careta – Mas bene, você fez um trabalho excepcional para a sua idade criança, confesso que não acreditei quando apareceu no meu escritório. Quantos anos disse que tinha? 25?


Vinte e três senhor.


Sí, si... Bene, agradeço mais uma vez, você está dispensado. Seu país o espera Potter. – Bianucci entregou a passagem de avião para o jovem.


- Obrigado senhor – Harry levantou e apertou a mão do italiano – Passa bene.




11:42, Aeroporto internacional de Londres, Londres.


- Lily, será que é ela? – James perguntou levantando um pouco mais a placa de identificação no aeroporto.


- Acho que não amor. – A esposa estava na ponta dos pés para procurar a criança que estava chegando.


- E aquela ali? – James apontou para a outra menina que passava desacompanhada. – Ela é ruiva.


- Será que ela não vem James? – Lily choramingou – Quero tanto uma filha.


- Harry que não te escute. – James riu -.


- Harry é menino – James sussurrou um: Meu Deus! Corram para as colinas, Harry é um menino! – Pare James! Harry é homem e eu sempre quis ter uma menina para cuidar, essa é a oportunidade ideal.


- Eu sei querida, eu sei. – James deu um beijo na bochecha da esposa e levantou novamente a placa dando um sorriso -.


- Turistas – Lily chingou quando duas moças por volta dos 25 anos passaram e sorriram para o marido – Pare de sorrir James.


- Lily, eu estou sendo amigável, quando a menina chegar, quero recebê-la bem.


- Sra Potter? – Uma menina de pouco mais de 17 anos estava parada na frente de Lily segurando uma enorme mochila e duas malas.


- Ginny? Ginny Weasley? – Lily não deu tempo para a pequena garota responder e a abraçou – Ocorreu tudo bem no vôo querida?


- Sim senhora. – Ginny respondeu educada – Obrigada por me receberem.


- Oh querida, é um prazer. Esse é meu marido, James. – Lily os apresentou.


- Prazer Ginny, deixe eu te ajudar com as malas. – Ele colocou as duas malas da menina em cima do carrinho e passou a mochila pelos ombros – Vamos?


- Vamos. – Lily respondeu e pegou Ginny pela mão, conduzindo-a para a saída enquanto conversavam e deixando James para trás.


Mulheres – James suspirou.




00:56, Avião, Em algum lugar da Europa.


- O senhor deseja alguma coisa? – A comissária perguntou educadamente.


- Um uísque, por favor. – Harry disse interrompendo a leitura do relatório recém terminado sobre os cinco meses que passara em Roma – Obrigado.


- Já estamos chegando a Londres senhor Potter. Queira apertar os cintos, por favor.


Harry sorriu para a comissária e fez o que foi pedido, recebendo um sorriso de volta. Ele olhou em volta, o beneficio da primeira classe era o espaço disponível e a privacidade facilmente conseguida.


- Senhorita? – Perguntou a comissária que ainda estava ao seu lado.


- Sutter.


- Bem senhorita Sutter, vai ficar em Londres essa noite? – Harry sorriu ao ver a comissária sorrir para ele – Bom, eu tenho um quarto no hotel Blatter, o perto do Big Ben – a comissária abriu os olhos admirada – me encontre lá, vou deixar informado que você irá. – Marie sorriu e concordou rapidamente com a cabeça, saindo logo depois.


- Ótimo. – Harry disse para o nada – Tenho que alugar um carro e ir para o Blatter. Sempre soube que um dia esse hotel dos marotos ia servir para algo além dos milhões na conta.




23:10, Casa dos Potter, Londres.


- Bom, e agora somos só Fred, Jorge e eu. Eles cuidaram muito bem de mim após a morte dos meus pais e acharam que seria bom voltar a Londres.


- Vocês moravam aqui então? – Sirius perguntou enquanto enchia o copo de James e o seu de uísque.


- Sim, mudamos para a Irlanda quando eu tinha dois anos.


- Bem, não vamos mais importunar a Ginny. Ela deve estar cansada da viajem. – Ginny sorriu agradecida para Lily – Bem querida, amanhã Sirius, James e eu temos um compromisso com o arquiteto responsável pelos projetos dos hotéis Blatter, então não estaremos aqui pela manhã, mas voltaremos para o almoço.


- Não se preocupem, não quero que se incomodem comigo – Ginny disse se desculpando.


- Não é incomodo nenhum Ginny. É só para você não se assustar quando não nos ver aqui amanhã. – James explicou – E como a Lily não gosta de ter empregadas além da diarista, você não iria ter informações.


- Não sei como à senhora consegue trabalhar e ainda manter a casa nos eixos sem alguém para ajudá-la o tempo todo. Digo, essa casa é enorme! – Ginny disse deslumbrada mais uma vez com o tamanho e o luxo da casa – Os senhores tem muito bom gosto.


- Obrigada Ginny. – Lily sorriu para a menina.


- Bem, se me dão licença. – Ginny se levantou do sofá e ajeitou a saia – Boa noite e mais uma vez obrigada Sr e Sra Potter.




06:40, Hotel Blatter, Londres.


- Entendeu Batilda? – Harry perguntou – Quando a Srta Sutter acordar, providencie seu café da manhã e o entregue junto com as flores e o meu cartão. Desculpe-se por mim, diga que eu tinha que resolver assuntos profissionais, mas que se ela estiver na cidade em um futuro próximo ela pode entrar em contato.


- Sim menino Potter. – A anciã respondeu – Fico feliz que tenha voltado.


Harry sorriu e saiu do hotel que o pai e o padrinho construíram.




07:13, Casa dos Potter, Londres.


Harry estacionou o carro na garagem e entrou em casa.


- Porra, ainda é a minha casa? – Exclamou surpreso com as mudanças que ocorreram em cinco meses.


Deixando a mala no canto, tirou a jaqueta e se jogou no sofá. Não passou muito tempo e o estomago pediu comida. Rindo do próprio barulho, ele levantou e foi para a cozinha pegar algo na geladeira.


- Pudim, pizza, suco, pasta de amendoim, queijo, ovos, leite! – Ele tirou o leite da geladeira e colocou sobre o balcão, voltando para pegar os outros ingredientes e preparar um café da manhã.


Harry estava fritando ovos e bacon quando ouviu um grito e um copo quebrando, automaticamente sacou a arma e virou apontando para a pessoa.


- Quem é você? – Perguntou friamente para a pequena ruiva parada a sua frente tremendo – Quem é você e o que faz na minha casa?


- Eu... eu. Ginny. – Ginny conseguiu falar e apertou ainda mais o laço do robe – Oh meu Deus.


Alguém vinha descendo rapidamente as escadas e Harry sem tirar a mira da arma de Ginny, desviou o olhar para a porta.


- Harry! – James apareceu na porta, sendo seguido de perto de uma Lily corada e descabelada – Que arma é essa? Abaixa isso.


- Filho! – Lily se antecipou e passou na frente dos dois, correndo para abraçar Harry antes que ele conseguisse guardar a arma – O que você pensa que está fazendo? Apontando uma arma para Ginny desse jeito. Aliás, Harry Potter, que arma é essa na minha casa? Onde você esteve esses meses? Não adianta falar que estava na Austrália porque mandei diversas cartas e liguei várias vezes e você nunca respondeu ou estava.


- Deixe o menino Lily. – James disse se aproximando da esposa e olhando compreensivo para Harry – Ginny está assustada, vá ficar com ela.


Lily saiu de perto da família e levou Ginny para a sala, a menina estava em choque.


- Harry – James disse após as mulheres saírem – Você está louco? – Sussurrou – Trazer uma arma para casa? Devia ter deixado no carro como sempre. Como foi na Itália? Deu tudo certo? Porque não avisou que vinha?


- Desculpe pai. Tenho ordens para não andar desarmado, os agentes do governo estão constantemente sendo ameaçados. – James se sentou e Harry serviu-lhes um pouco do café já pronto – Deu tudo certo na Itália, terminei a operação ontem com sucesso e voltei ontem mesmo.


- Porque não veio para casa?


- Fui para o Blatter com uma comissária – Harry disse simplesmente e James sorriu largamente.


- Padfoot sempre quis uma e nunca conseguiu por causa da fobia de aeroportos. Vou me sentir orgulhoso em contar para ele. - Pai e filho se encaram e sorriram maleficamente. – Já pensou em uma desculpa para dar a sua mãe?


- Não. – Suspirou – Vou contar para ela que trabalho para a CO19. Você, o Sirius e o Remus sabem, não faz sentido ela não saber.


- Você sabe que ela vai ficar no seu pé, certo?


- Sei. – James olhou por cima do ombro, tentando inutilmente enxergar a mulher na sala – Ainda bem que a Ginny está aqui.


- Quem é essa menina ruiva que estava aqui? Alias, o que uma menina ruiva faz aqui?


- Sua mãe se inscreveu para receber alunos de intercambio. Ginny chegou ontem e vai estudar na Holland Park Scholl.


- Sério? Intercambio? – Harry riu – Só a Sra Potter mesmo. De onde essa Ginny é? América?


- Oh não... Ela é daqui de Londres, ou era não sei. O fato é, a família dela se mudou daqui quando ela tinha uns dois anos... Os pais morreram em um acidente de avião junto com os três irmãos mais velhos. Agora ela só tem dois e eles que mandaram ela para cá. Os gêmeos moram na Irlanda.


- Certo. Será que você poderia tirar ela da sala para eu conversar com a mamãe?


- Com certeza. Mas primeiro vá guardar essa arma.




09:37, Casa dos Potter, Londres.


- Você vai morrer. Meu filho vai acabar morrendo – Lily chorava a pelo menos duras horas e ficava proferindo as mais diferentes formas para a morte do filho -.


- Mãe! Chega. – Harry disse imponente e Lily olhou para ele assustada – Eu não vou morrer, eu sei o que eu estou fazendo e faço muito bem, você tem que aceitar isso. – Lily resmungou e limpou as lágrimas – Isso, bem melhor assim mãe. Agora quero que você preste bastante atenção, isso não é de sair falando para todos, então para todos os efeitos eu acabei minha faculdade de direito em Oxford e depois fui dar um giro pelo mundo. Voltei e estou trabalhando com o papai, certo?


- Não tem jeito não é mesmo?


- Não. – Harry riu – E, além disso... Você vai poder ficar um tempo a mais com o seu filho querido, já que meu apartamento está alugado por mais esse mês.


Lily sorriu e abraçou o filho, dizendo que era para ele descansar que ela iria trabalhar com o marido.


- Boa noite mãe. Me acorde para o almoço.




12:22, Hotel Blatter, Londres.


- Com licença senhores, tenho que fazer uma ligação – Lily informou se levantando e saindo da sala de reunião.


A senhora Potter tirou o telefone da pequena bolsa e discou rapidamente o número de casa. Se surpreendeu quando o telefone não foi atendido.


- Ginny não deve se sentir a vontade para fazer isso ainda. – Pensou em voz alta e dessa vez ligou para o celular do filho.


- Oi. – Harry atendeu sonolento – Espero que alguém tenha morrido mãe.


- Não brinque com isso Harry. – Lily o repreendeu como se ele fosse uma criança – Você pediu para te acordar para o almoço.


Sim, mas que fosse algo como... "Filho amado, acorde, o almoço já está pronto e posto." E com um beijinho na testa. – Lily riu.


- Seria assim se eu estivesse em casa.


E onde é que você está?


- Estou na reunião ainda. Seu pai e Sirius estão decidindo o local para construir mais uma filial do Blatter e acredito que a reunião não vai acabar tão cedo.


- Sei. Fala para o papai que um Blatter em Roma ia cair muito bem.


- Pode deixar que dou o recado.


Ótimo, agora vou voltar a dormir.


- Não, espere. Liguei para falar de Ginny.


A intercambista?


- Sim. Bem, ela chegou ontem, não conhece Londres e precisa almoçar e comprar o material e uniforme escolar.


Ah não mãe. Não vou dar uma de babá.


- Harry Potter, ela não tem três anos para precisar de uma babá. – O repreendeu mais uma vez – Seria mais como um guia turístico.


Mãe, você só está piorando a situação.


- Bem, se você fizer isso por mim eu autorizo seu pai a te dar a moto que você quer e principalmente deixo você dirigir aquilo.


Mãe, eu tenho vinte e três, não é como se precisasse de você me deixar dirigir uma moto.


- Eu posso fazer da sua vida um inferno se você comprar uma moto sem minha autorização.


- Tudo bem mãe. Sei como você pode ser maléfica. Eu vou levar a menina para almoçar e comprar as coisas.


- Obrigada filho, você é um anjo.


Haha, ok. E vou aproveitar e passar na concessionária para fazer o pedido da moto.


- Se não tem outro jeito. – Lily disse contrariada.


É, não tem. E depois eu vou me encontrar com uns amigos, então se não estiver em casa a intercambista vai ficar sozinha.


- Talvez você pudesse levá-la com você. Sabe, apresentar a cidade, as pessoas.


Não abuse da sorte mãe. Tenho que ir me arrumar e procurar a menina.


- Certo filho, obrigada de novo. Beijos, amo você.


Também.




12:49, Casa dos Potter, Londres.


Harry terminou de vestir a calça jeans e se olhou no espelho do closet, seu corpo, marcado por diversas cicatrizes, não parecia incomodar mais. A cicatriz em forma raio na sua testa, conseguida quando tinha por volta de um ano, contrastava com uma cicatriz de um tiro tomado há dois anos no braço. Sorrindo com a lembrança, vestiu a camisa branca e outra xadrez por cima.


- Ginny. – Gritou do alto da escada e não recebeu resposta. – Onde essa menina está?


Harry desceu as escadas e olhou na sala e na cozinha. Nada.


- Ginny. – Chamou mais uma vez e não obteve resposta.


Procurou mais um pouco e suspirou. A casa era grande e ele sozinho não ia achá-la. Pegou o blackberry e discou o chamada rápida número 2.


- Mãe.


Harry. Só um momento. – Harry escutou Lily dizer "É o meu filho, já volto" – Oi filho.


- Sua pupila é impossível de se encontrar.


- O que?


Não consigo achar Ginny. Pensei que talvez você me dando no número dela poderia ligar.


- Você não consegue achar Ginny em uma casa? Harry, cada vez mais acredito menos em seu trabalho.


- Mãe, eu não procuro por adolescentes o suficientemente loucas para virem para uma casa de gente desconhecida. – Harry ouviu alguém chegando atrás dele e virou, Ginny estava vindo com um vestido e sandálias segurando uma maleta transparente, onde podia-se ver muitos esmaltes. – Já a encontrei mãe, obrigado.


Mas Harry... – Ele desligou o blackberry e o guardou no bolso.


- Esmaltes? – Disse em modo de saudação.


Ginny parou e o encarou assustada apertando a grande maleta junto ao corpo.


- Me desculpe por hoje de manhã. Meus pais não me falaram de você. Eu não costumo apontar armas para todo mundo, mas é meu emprego e eu tenho que me manter em alerta.


- Tudo bem. Eu sabia que você era filho dos Potter, está cheio de fotos sua pela casa. – Ginny disse voltando a andar e colocando a maleta em cima do aparador. – Ginny Weasley.


- Harry Potter. - Ginny sorriu para Harry.


- E os seus pais?


- Ah, eles estão em uma reunião. Minha mãe pediu para levar você para almoçar e podemos comprar suas coisas depois. As aulas começam segunda, certo?


- Sim. Mas não se incomode.


- Não é incomodo Srta. Weasley.


- Ginny.


- Bom Ginny, então vamos almoçar em algum lugar e depois vamos no shopping e na Madame Malkins para olhar seu uniforme.


- Não precisa. Sério Sr Potter.


- Olha Ginny, vai ser muito mais fácil para nos dois se a gente começar a obedecer a minha mãe. Ela pediu isso e eu tenho que fazer, então vamos logo. – Harry disse impaciente e pegou as chaves do carro, o óculos de sol e a carteira – E me chame de Harry. – Disse dando um sorriso enorme.


Harry abriu a porta da frente para Ginny e fez sinal para ela ir primeiro, passando logo após e trancando a porta.


- Espere aqui que eu vou só buscar o carro.


Ginny se encostou em estátua de um anjo que tinha na porta da casa dos Potter e retirou rapidamente o iphone do bolso, mandou uma sms.


"Luna, Londres é linda, você não sabe o que me aconteceu! Mal posso esperar para te contar. Saudades, Ginny."


Parecia que Luna estava com o celular na mão pronta para responder a sms tamanha a rapidez com que a resposta chegou.


"Ginny, deveria ter dado noticias mais cedo! Como foi de viagem? Conta tudo!"


"Luna, a viagem foi tranqüila. Os Potter são tudo o que eu poderia esperar e a Sra Potter me lembra muito a minha mãe, senti realmente a falta dela ontem. =/"


"Ginny, sinto muito. Mas sinto que não era isso que você queria contar, o que está escondendo Srta. Weasley?"


"Haha, conheci o filho dos Potter, Harry."


"O tal Harry que não vai muito em casa? Hum."


"Ele voltou de viagem hoje! Estamos indo almoçar."


"A relação já está tão evoluída assim? Haha, Ginny sua apressada!"


"LUNA! Ele só está me levando para almoçar porque os pais dele não estão aqui."


"Sei Ginny... Sei. E então, como ele é?"


"Desculpa Luna, tenho que ir. Ele está vindo. Beijos."


Ginny guardou o iphone na bolsa que levava a tiracolo e esperou Harry aproximar mais o carro. Ele parou logo na frente de Ginny e a porta do passageiro abriu. Ela se abaixou e olhou para dentro do carro.


- Um Acura MDX? Sério? – Harry sorriu feliz por ela conhecer carros – Porque eu não me surpreendo? – Ginny disse entrando no carro.




14:10, Carro do Harry, Algum lugar no centro de Londres, Londres.


Harry estava prestando atenção no transito e sentia os olhares de Ginny ora admirada com a beleza de Londres, ora em cima dele.


- Bem Sr. Potter, obrigada novamente por ter me levado ao Nando's, eu realmente gostei muito de lá.


- Imaginei que você gostaria. Chame-me de Harry.


- Eu adorei! É um dos melhores lugares que eu já fui.


- Então você não deve ter ido a muitos lugares não é mesmo? – Harry perguntou não conseguindo segurar o cinismo. O Nando's era legal sim, mas havia com certeza dezenas de lugares melhores.


- Bem, sim. – Ginny respondeu simplesmente e voltou seu olhar para a janela.


- Como assim? – Harry perguntou interessado.


- Eu tive seis irmãos no total. Um faleceu aqui em Londres, eu nem tinha dois anos ainda. Foi por isso que nos mudamos. Como eu era a única menina dos seis filhos que sobraram, e a mais nova, nunca pude fazer muitas coisas. E digamos que a Irlanda não é um lugar muito legal para se fazer coisas.


- Então quer dizer que você não saia?


- É.


Harry ficou em silencio analisando a situação. Ele saia com os amigos desde os doze anos. Ele viajava com os amigos – e sozinho – desde cedo também.


- Quantos anos você tem? – Ele perguntou.


- Fiz 17 dia 11.


- Wow, você é nova. Mas acho que podemos dar um jeito de tornar sua vida mais... Legal.


- O que? Não sou tão nova assim. E como assim legal?


- Nova em relação a não ter feito nada considerando sua idade. Eu, com 17 já conhecia Londres ao avesso e já tinha feito um "mochilão"pela Europa.


- Não é falta de vontade minha. – Se explicou – Mas somos cuidadosos porque já perdemos um irmão quando criança. E agora nossos pais e os irmãos mais velhos.


- Bom, então faremos assim Ginny. Quanto tempo você vai ficar em Londres?


- Meu intercambio um ano.


- Ótimo. Então nesse tempo que você estiver aqui, e eu estiver disponível, vou levar você para alguns lugares. E deixa que eu vou ser cuidadoso.


Ginny riu feliz e concordou com um aceno.


- Bom, como hoje eu não estou esbanjando tempo, vou te levar no Westfield, que é perto de casa e assim você pode ir quando quiser.




17:00, Praça de alimentação Shopping Westfield, Londres.


Obrigada por me trazer Harry. Me diverti muito hoje.


- Bom, eu tenho que confessar que não queria te trazer, mas você se tornou uma companhia agradável. – Harry observou Ginny terminar de comer o hambúrguer e beber a coca – Que bom que terminou, vamos, temos que comprar algo para você usar hoje a noite.


- Como assim usar hoje a noite?


- Você vai sair comigo. Vou encontrar uns amigos no Paper Club, e bem, acredito que você não tenho algo para usar em uma boate.


- É, acredito que não. – Ginny disse pensando.


- Além do que, você tem que parecer ter mais de vinte e um, ao invés dos dezessete estampado na sua testa.


- Hei!


- Vamos logo Ginny.




17:13, Levis' Shopping Westfield, Londres.


- Posso ajudar? – Uma vendedora simpática veio atendê-los.


- Não nós – Ginny foi interrompida por Harry.


- Sim, Srta?


- Skorik. O que estão procurando?


- Bem Srta Skorik, minha amiga é nova na cidade e vou levá-la hoje para conhecer alguns amigos meus. O que você recomenda?


- Venham comigo, por favor.


Ginny deixou a vendedora se afastar um pouco para sussurrar para Harry.


- Essa loja é cara! E não tem nada que eu goste aqui.


- Relaxa Ginny. Minha mãe me mandou pagar as suas coisas.


- Não Potter! Eu vim para Londres para estudar, não para ficar ganhando presentes dos meus anfitriões.


- Pára de reclamar e vamos logo que a vendedora está esperando.




21:55, Casa dos Potter, Londres


- Ginny! – Harry havia acabado de chegar da concessionária – Mãe, onde está a intercambista? – Ele perguntou para a mãe que lavava alguns pratos na cozinha.


- Harry, ela é Ginny.


- Eu sei, e ela também é intercambista. – Lily olhou feio para Harry e resmungou alguma coisa como "No quarto". Ele já estava na porta da cozinha quando ela colocou o prato que estava secando sem nenhuma delicadeza em cima da pia.


- Para o que exatamente você precisada Ginny?


- Eu vou levá-la para conhecer a cidade. Você sabe... À noite.


- Não Harry Potter, eu não sei. Você não está levando a menina para um prostíbulo não é mesmo? Você não vai levar ela para lugar nenhum Harry. Os irmãos dela deixaram ela comigo sob várias recomendações, essa era uma delas.


- Mãe, qual é. – Harry disse fazendo pirraça e sentando no balcão – Eu fazia isso bem antes de Ginny e estou aqui, vivo, saudável.


- Então quer dizer que você realmente está pensando em levar a Ginny para um prostíbulo?


- Não mãe! – Harry exasperou – Eu vou levar ela para dar umas voltas... Quem sabe jantar com a Hermione.


- Não sei Harry. Você é diferente da Ginny. Ela não faz as coisas que você faz.


- É. – Harry disse pensativo – E é por isso que eu quero levá-la. Mãe, ela nunca foi a uma boate! – Ele disse escandalizado.


- Talvez seja porque ela não tem nem dezoito, não concorda? – Lily disse ironicamente e colocando as mãos na cintura.


- Como se eu tivesse esperado fazer dezoito para ir a algum lugar – Ele resmungou. – Será que você poderia ir chamá-la para mim? Estamos atrasados e eu sei que você vai deixar ela ir. Não vamos voltar tarde.


- Nossos padrões de "tarde" são diferentes Harry.


- Cinco horas.


- Duas. E não está aberto para discussão. –Lily disse enxugando a mão no avental e saindo da cozinha para ir chamar Ginny.


Harry ficou encarando o arco da porta que ligava a cozinha à sala de jantar, "Duas horas, quem chega em casa duas horas?".


Balançando a cabeça, levantou e foi esperar na sala de estar.


- Oi pai. – James levantou o olhar de um relatório que estava lendo.


- Oi Harry. Não vai sair hoje?


- Vou. Estou esperando a Ginny.


- Ginny? Sério?


- Sim. Você acredita que ela nunca foi a uma boate? – Harry disse como se ir a uma boate fosse como ir à escola.


- Não! – James disse escandalizado também.


- O que? – Sirius perguntou abrindo a porta da casa e agitando as chaves do carro na mão. – O que é "não"?


- Ginny nunca foi a uma boate. – James respondeu ainda sem acreditar.


- Sério? OH! – Sirius colocou a mão no peito, como que para prevenir um ataque cardíaco e correu para se sentar no sofá.


- Sim. – Harry respondeu simplesmente – Vou resolver isso hoje. Não me surpreenderia se ficasse sabendo que ela é virgem ou que nunca namorou alguém.


- OH! – Sirius disse novamente ao escutar a palavra virgem e deslizou um pouco no sofá.


- Harry, - Lily disse chegando ao topo da escada – Preciso falar com você. Agora. - Harry obedeceu à mãe e foi para perto de onde ela estava.


- Oi mãe.


- Ginny já está vindo. – Harry balançou a cabeça positivamente – Harry, preciso que você me prometa uma coisa.


- Prometer o que mãe? Não vou beber, vou trazer Ginny a salvo, não vou deixar nada acontecer a ela.


- Não é isso. Bem, é isso também, mas vai além.


- Ok. Então... – Disse incentivando a mãe a continuar quando viu que esta vacilava.


- Eu quero que você me prometa que não vai se envolver com a Ginny. Você sabe como as mulheres podem sair magoadas depois de uma relação com você – Harry soltou um "Hei" – e eu não quero que a Ginny passe por isso. Você não vai se envolver com a Ginny, Harry, estamos entendidos? – Harry olhou para a mãe confuso.


- Mãe, eu sou seis anos mais velho que ela.


- Não importa. Eu te conheço e também já fui garota. Prometa ou ninguém sai dessa casa hoje.


- Eu prometo mãe. Agora vai lá e relaxa com o papai e o Sirius.


Lily olhou mais uma vez para Harry e desceu as escadas. Não estava longe o suficiente quando ouviu Harry murmurar um "Porra mãe!" e falar para Ginny:


- Você está linda. Vamos?


Lily balançou a cabeça em sinal negativo para Harry e continuou descendo as escadas, sendo seguida logo atrás de um Harry entre raivoso e surpreso e uma Ginny nervosa.


- Espero que não tenha problema realmente Sr e Sra Potter.


- Pode ir Ginny, você está com Harry e ele conhece Londres como ninguém. – Ginny olhou para Harry e ele assentiu – E além disso você tem o nosso número.


- Obrigada Sr Potter.


Harry esperava já pronto com a porta aberta.


- Bem, boa noite Sr e Sra Potter. Sr Black.


- Boa noite crianças, divirtam-se. – Sirius desejou antes de Ginny sair pela porta sendo seguida de Harry.


O a brisa quente da noite londrina os pegou de surpresa. Respirando fundo o ar fresco, Harry pediu para Ginny esperar enquanto ele ia até a garagem.


Harry parou o carro na frente de Ginny e viu que ela olhava indecisa. Saiu do carro e se escorou na porta.


- Algum problema?


- Não, é só que... – Ginny suspirou pesadamente três vezes – Eu nunca fiz isso. – Apontou para o carro – Eu nunca vesti essas coisas – E apontou para a calça jeans skinny e a camisa xadrez sobreposta à regada branca que Harry havia comprado para ela. – Eu não sei o que fazer sabe, nunca fiz.


Harry riu e tamborilou os dedos no teto do carro, pensando em algo para dizer.


- Bem, se serve de consolo, provavelmente vou ter que subornar o segurança do pub para deixar você entrar. Você não parece ter mais que dezoito. E quanto a não saber o que fazer, vocênão precisa fazer nada. É como sentar lá e comer, beber. Coisas que você faz em um restaurante, só que vai ter uma música alta, vários caras bêbados e mulheres com pouca roupa. – Harry sorriu.


- Oh claro, você acaba de me tranqüilizar, Harry Potter.


- Qual é Ginny. Eu vou estar lá com você. Não vai acontecer nada, eu prometo. – Ginny olhou para Harry e ele a incentivou com o olhar a entrar no carro. Suspirando e já começando a se arrepender da decisão, entrou no carro, sendo seguida de Harry.


- Bem, vamos então? – Colocaram o cinto e ele deu partida no carro. – Você vai ver como é a vida normal de um adolescente hoje Srta. Weasley.


Ginny deu um sorriso fraco para Harry e encostou a cabeça no banco do carro, pegando o iphone. A ultima coisa que fez antes de fechar os olhos e curtir o som dos Beatles que Harry havia colocado, foi mandar a resposta para Luna.


"Como ele é? Perfeito, simplesmente perfeito."




Nota: Oi, bem, uma idéia maluca que veio na minha cabeça esses dias. Iai, agradou, não agradou?


Desculpem os erros, mas estou sem beta, a minha me abandonou =/ Alguém se disponibiliza?


Beijos e até o próximo.


PS: Se quiserem pesquisar o carro do Harry, é um Acura MDX, só jogar no google.


Se quiserem saber também minha visão de Harry/Ginny nessa fanfic, pesquisem por Ashton Kutcher e Daveigh Chase (a menina do chamado, haha).


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