Prólogo
Prólogo
- Aqui, diretor, esta é a aluna de quem lhe falei. – Minerva disse, fazendo a garota dar dois passos à frente. – Como já dito, ela pretende estudar canto aqui.
- Ah, seja muito bem-vinda, senhorita...
- Stevens. Summer Stevens.
- Stevens. Bem, por que não me acompanha enquanto eu lhe mostro a Academia? – E deu um sorriso por trás da barba branca. – Sou Albus Dumbledore, diretor daqui, por sinal.
Ela assentiu, no que ambos saíram da sala.
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- E esta é uma das salas de dança. – Falou, indicando uma porta entreaberta de onde saía um alto hip hop. Dumbledore abriu a porta mais um pouco e pelo menos quinze pessoas entraram em foco.
Alguns iam para baixo, enquanto outros passam por cima deles em pulos. Até que todos se abaixaram e um garoto de cabelos extremamente arrepiados se levantou, rodando,parando com as mãos esticadas para o lado – o óculos parecendo cair a qualquer instante – no que outro ao seu lado também se levantou, mas plantando bananeira com uma mão.
E pararam, caindo no chão, ofegantes.
- Ok, acho que hoje deu. – O de óculos disse, rindo. – Tivemos até plateia. – E acenou levemente para onde o diretor e a garota estavam, assustando-a. Dumbledore sorriu, acenando de volta.
- Olá, James. – E virou-se para Summer. - Vamos?
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- Este é o nosso teatro. – Falou, ao entrarem por uma porta que dava para perto do palco. Summer estancou.
Vinte pessoas engatinhavam pelo chão, hora rolando, hora rodando a cabeça, algumas eriçavam o corpo, como um gato. Como uma garota de rabo-de-cavalo, que começou a emitir sons como se fosse mesmo um felino.
- Sofia, sem se empolgar. – Um dos ‘gatos’ ao seu lado, de cabelos negros, disse, irônico, no que ela revirou os olhos.
- Estou apenas deixando a coisa mais real, Sirius. – E rolou para o outro lado, no que o tal Sirius riu.
- Expressão corporal. – Murmurou Dumbledore.
- Claro. – Summer devolveu, assentindo com as sobrancelhas arqueadas.
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A sala seguinte já estava com a porta aberta.
— Pintura — disse Summer, antes de Dumbledore, que lhe deu um sorriso.
— Bem, é claro.
Havia sete pessoas na sala, todas sentadas de frente às suas telas. A que estava mais próxima da porta virou-se subitamente e Summer tomou um susto com a aparência da garota: olhos muito grandes e negros, com cabelos lisos da mesma cor.
— Dumbledore! — ela disse com um sorriso ainda mais assustador.
— Pode continuar a pintar, Liv — o diretor retrucou, sorrindo. A garota assentiu, voltando para a pintura.
Summer deu uma espiada no quadro da garota, pintado com apenas um matiz de azul, muito parecida com a cor dos olhos do diretor.
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Dumbledore abriu a porta silenciosamente, com um dedo sobre os lábios. Summer viu um grupo de pessoas numa roda, todas com violinos ou violoncelos. No momento, apenas uma ruiva tocava. Parecia conhecer a partitura de cor, pois o fazia de olhos fechados, as mãos movendo-se rapidamente.
Alguns olhavam para as próprias partituras, esperando o momento de entrar, mas outros a observavam com admiração. Dumbledore fechou a porta ainda mais silenciosamente.
— Lily Evans. Um dos maiores orgulhos da Academia.
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— Outra sala de dança. Mas a aula ainda não começou — ele disse. — Olá, Dorcas.
A garota loira que estava sentada no chão, alongando as pernas, virou o rosto para a porta. Tinha olhos azuis incrivelmente bonitos. Sorriu.
— Olá, diretor. E... novata — acenou. Summer acenou de volta.
— Espero que não estejamos atrapalhando — Dumbledore falou. Dorcas negou.
— Você nunca atrapalha, diretor.
E voltou aos alongamentos, fazendo um espacate¹ e agarrando a ponta de um pé com as duas mãos. Summer franziu o cenho e Dumbledore sorriu.
— Vamos, vamos.
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Novamente, Dumbledore pediu para que Summer ficasse em silêncio. A sala seguinte tinha apenas um aluno, tocando piano. Ele não notou a chegada dos visitantes, olhando da partitura para as teclas, a testa franzida de concentração.
Num instante, pareceu ter errado uma tecla e parou, frustrado.
— Muito bem, Remus — murmurou para si mesmo, voltando ao começo.
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Assim que abriu a sala seguinte, Summer notou algo no chão, franzido o cenho em seguida. Além de um pano branco cobrindo assoalho, uma espécie de... barro estava espalhada. Ergueu a cabeça e notou várias pessoas enfiando suas mãos ou instrumentos em potes com esse mesmo barro e jogando em moldes à sua frente. Um deles parecia estar acabando uma espécie de mulher sem rosto, e cerrava os olhos castanhos levemente, concentrando-se na finalização.
- Sem rosto, Peter? – O diretor falou, fazendo todos se viraram para encará-lo.
- Não sabia o que colocar, diretor.
- Claro, claro. – E sorriu. – Continuem seus trabalhos, por favor. E avisem ao professor de vocês que desejo falar com ele depois.
E saíram.
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— Vou só deixá-la na sua sala de canto, certo? O Prof. Flitwick irá recebê-la muito bem.
— Okay. Obrigada, diretor — Summer sorriu, colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha. Olhou para o quadro de avisos e franziu o cenho. — O que é isso?
—Ah, sim. Em comemoração aos 100 anos da Academia, organizaremos um evento unindo todos os alunos de todas as artes aqui ensinadas. Precisaremos de bons cantores. Não me desaponte, senhorita Stevens — ele sorriu, bondoso. — Chegou em um bom ano. Ah, espere.
Dumbledore olhava agora para dois alunos que se aproximavam conversando. Uma menina de cabelos castanhos e um garoto que lembrava muito o tal Sirius, apenas mais baixo e com o cabelo mais curto, carregando um violino.
— Diretor! — a menina sorriu.
— Srtª. Valentine, Sr. Black. Esta é Summer Stevens. Summer, a Srtª. Valentine também é da parte de canto. Midred, poderia levar Summer para a aula? É do primeiro ano, ainda.
— Claro, diretor — Midred sorriu. — Vou só com o Regulus até o refeitório e...
— Ótimo, vocês podem mostrar mais alas da Academia. Então, com sua licença, devo resolver uns assuntos. Tenham um bom dia.
— Bom dia — disseram os três em uníssono.
— Vamos? — Regulus murmurou, pondo as mãos nos bolsos. Summer assentiu, sorrindo.
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¹aquela paradinha maneira de 180° com as pernas.
N/As: Então, né. Somos duas loucas que resolveram fazer essa UA em conjunto. E estamos esperando que consigamos. E, ah, as mudanças de travessão e essas coisas é porque uma usa de um jeito e a outra usa de outro. Esperamos que gostem!
Lady Murder & Morgana Lupin
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