O Plano do Auror



O PLANO DO AUROR

Janeiro chegou com um tipo de tristeza, o estádio ainda congelado não ajudara ao humor do colégio á melhorar. No caso, Hogwarts era apenas uma instituição escolar (matérias apenas), sem esportes...
Kain ainda andava muito mal em Runas Antigas, ficara pasmo quando ouviu de um aluno do terceiro ando dizendo que usavam três livros nessa aula.
- TRÊS LÍVROS? – exclamou ele à Jack e Julia – quem é doido de ainda estudar essa matéria? E olha que nós nem usamos livros grandes, o nosso só tem duzentas páginas e olhe lá!
- É a fatalidade da vida Kain – disse Andrews chegando de repente.
- Credo, vá assustar outra pessoa Andrews – disse Julia.
- Desculpe-me madame! – disse Andrews com sarcasmo – vocês souberam das novas... Ah é claro que não!
-Qual é a nova Andrews – perguntara Kain.
- A Competição Das Dinastias! – exclamou Andrews.
Os três olharam entre si com uma cara de ‘mas o que é isso?’.
- Lembram do Torneio Tribruxo? – perguntou Andrews – sabe? Aquele que convidava outras escolas e tal?
- Aquele em que Voldemort voltou aterrorizar o mundo? – Perguntou Kain.
Os três olharam Kain com um tipo de desaprovação, mas ajeitaram logo a cara para ele.
- Sim, esse mesmo – concordou Andrews – ‘A Competição Das Dinastias’ é quase assim, só que será entre nós do colégio mesmo, já que não haverá jogo final de Quadribol. Venham comigo que eu mostrarei o cartaz!
Foram para o Salão Comunal da Grifnória e no mural estava o cartaz que dizia o seguinte:
AVISO

Em virtude dos acontecimentos atuais, o Quadribol em Hogwarts fora cancelado pelo congelamento do estádio. Porém, a diretoria da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts gostaria de comunicar a todos os alunos em suas respectivas casas, que haverá uma nova atividade esportiva: A Competição das Dinastias.
Baseada na milenar competição ‘Torneio Tribruxo’, a competição trará cinco provas secretas entre as quatro casas, sendo apenas uma a vencedora!
Que vença a melhor!
Requisitos para participar do torneio:
Alunos do Terceiro ano ou acima, poderão participar do evento. Será selecionado um trio em cada casa de Hogwarts para participar do torneio, e só uma casa vencerá, caso haja empate, haverá uma sexta prova. O prêmio será cento e cinqüenta pontos para a casa ganhadora, e o troféu das dinastias.
Auronel Colones & Frizz Estmagher
Diretor geral de Hogwarts, e Diretor de desportes mágicos.

- Terceiro Ano? – exclamou Jack – isso é sacanagem com a gente!
Eles acham que somos bebês ou algo assim?
- Acredito que sim – disse Kain calmo.

Na manhã seguinte, o quarto estava agitado, as pessoas falavam sobre a competição pra lá e pra cá, já que os ataques não aconteciam, fazia um bom tempo.
- Kain! – chamou Jack – vem até aqui!
O garoto foi até o dormitório atrás de Jack para saber o que era, e quando ele chegou lá o garoto estava com uma cara de susto e medo.
- O que foi Jack? – perguntou Kain.
- Eu o vi de novo! – disse Jack – o monstro! Ele sussurrava seu nome pelas paredes. Parecia que estava atrás de você!
Kain olhou assustado para seu amigo – Ta brincando não é? – perguntou.
Jack olhou com uma cara séria para Kain, não, não era uma brincadeira, definitivamente não era uma brincadeira.
- Onde você escutou os sussurros? – perguntou Kain
- No banheiro, e parecia vir do chão... Do subterrâneo – disse Jack.

Na sua antiga escola era normal ter ameaças de garotos de outras turmas e idades quando Kain se metia em encrenca com eles, porém ele nunca foi ameaçado, pelo que aparenta ser, uma enorme silhueta com uma voz aterrorizante e patas gigantescas. Foi com esse pensamento na cabeça que Kain encarou janeiro, fevereiro e março.
Correndo pro lado e para o outro, sem notícias de um novo treino de defesa pessoal, estudando como um maluco. Já que as provas estavam se aproximando, ele não tinha quase nem tempo para brincar ou jogar partidas de quadribol com os seus amigos, e muito menos seus amigos tinham tempo para brincar com ele.

Na aula de Runas Antigas, Reverus estava mais sombrio que nunca na vida, passava a olhar cada carteira com uma expressão de dor e raiva.
- Muito bem senhores – disse ele – seu tempo acabou, vamos ver suas redações sobre os manuscritos da era das luzes.
Kain tinha terminado na hora em que ele pedira, sua redação estava bem confusa, logo que olhou o pergaminho esqueceu de colocar seu nome, e preencheu o espaço superior esquerdo com seu nome.
- Dê me a sua redação Sr. Rellen – pediu Reverus.
E deu sem falar nada e nem olhar para o professor, já que Reverus estava totalmente rabugento hoje, então ele achou melhor nem olhar para ele.
- Como todos sabem, eu sou o responsável da primeira prova da competição das dinastias, e amanhã darei a primeira pista para a primeira prova, avisem as suas casas para definirem logo seus três participantes.
Kain não tinha percebido, mas já era abril, só faltavam três meses para acabar o seu ano letivo em Hogwarts.

Naquela noite, antes do jantar, a sala comunal estava absurdamente movimentada, todos estavam ali para ver quem seriam os três participantes da competição das dinastias.
- Calma galera – disse um garoto do sexto ano – vou anunciar os competidores que vão participar do torneio!
Todos se calaram de pouco a pouco.
- Beleza – ele disse – bem, como todos sabem, só alunos do terceiro ano ou acima poderão participar, então, essa seleção foi feita pelo diretor, então não me perguntem como ele fez, ele só me deu os nomes, a forma que ele escolheu não faço a mínima idéia.
O garoto tirou um envelope do casaco, era um envelope vermelho com detalhes dourados.
- Uma carta falante. Genial pra não falsificar – disse Jack.
- Carta falante? – perguntou Kain.
- Deixem o diretor falar! – disse o garoto.
A carta abriu, e de dentro veio a voz do diretor.
- Boa noite a todos, bem, vou avisar quem são os participantes da competição das dinastias, vamos lá.
Uma tensão rodeava a sala comunal, mesmo que uma parte dela não está inscrita, ainda estavam tensos, e Kain também estava nesse meio.
- Eles são: Andrews Frank do quarto ano, Janine Allen do sétimo ano e Cassius Raines do terceiro ano.
Um alívio veio à sala, e todos começaram a gritar e festejar, isso porque a maioria não conhecia nenhum deles, a não ser Andrews que era líder do time de quadribol da Grifinória.

A primeira pista era os livros de várias imagens, todo o pessoal conhecido dos três participantes foram à biblioteca no domingo para procurar o tal livro.
- O livro pode ser qualquer um, cara – disse Andrews para Janine, com certa dor em suas costas.
Kain estava procurando em vários livros de artistas bruxos, pintores, desenhistas plásticos, todos, mas não achava nada.
- Mostra essa pista pra mim de novo – disse Kain a Andrews. E Andrews deu a pista a ele, e lá dizia: “luz de nenhuma cor, bate em si mesma e revela o sol, em sua mostra seu caminho que monta imagens por si só”.
Kain ficou estudando por um bom tempo a pista, todos estavam com problemas, suas pistas eram diferentes umas das outras, as casas tinham sua própria pista, era dificultoso saber qual era o verdadeiro significado dela.
Sem mais e nem menos, o garoto teve uma forte ilusão que o apagou por alguns milésimos, e de repente, ele olhou para a janela e viu no vidro milhado pela chuva e o pouco sol que batia nela mostrando as cores do arco-íris.
- JÁ SEI! – gritou Kain.
- O que foi? – todos perguntaram como um coro.
- Procurem um livro de prismas! – disse Kain.
- Andrews, o livro preto de física mágica – disse Cassius – pegue-o pra mim!
Andrews correu até a prateleira e pegou o livro pesado com um tipo de portal de pedra na capa e na contra capa lia-se: “O homem que estuda, a si mesmo ajuda”.
E procuraram em todo livro sobre o prisma e o encontraram.
- Aqui diz que cada magia tem uma cor que é definida pelo prisma que é refletido pela luz – disse Andrews.
- E que há sete tipos de magias que são baseadas nelas – prosseguiu Janine.
- E com isso, os sete tipos são baseados em sete elementos da natureza interna – adicionou Cassius.
- “O homem que estuda, a si mesmo ajuda” – completou Kain – a prova irá girar em torno das sete cores!
- Ou pior – disse a garota do lado de Kain – talvez sejam as sete magias que vocês vão enfrentar.
Os três olharam bem assustados para garota, porque eles sabiam que as sete magias eram de nível superior.

Abril, Maio e Junho todo foi uma correria, para cima e para baixo, os três escolhidos da grifinória nem paravam mais na sala comunal, estavam estudando direto para o teste no mês seguinte.
Kain estava bem mais calmo que eles, tinha seus próprios problemas, e seu problema se resumia a uma certa silhueta gigante com dois metros de altura ou mais.
Naquela noite, Kain estava voltando da biblioteca, já eram mais de dez horas da noite, estava morrendo de sono e particularmente estava com muita fome.
Chegando a um corredor perto das escadarias móveis, havia uma estátua com uma velha sem um olho, Kain ficou a encarando por um bom tempo até que ele ouviu algo saindo do chão:
“Tu não escapará garoto, sua hora irá chegar, e meu servo irá lhe buscar até meu encontro!”.
Kain olhou para o chão e caiu sentado. Suas mãos tremiam e seus olhos pareciam revirados.
- Rellen! – veio uma voz de longe – o que está fazendo aqui?
Kain virou e era o professor Reverus. Ele estava com uma cara cansada e estressada, estava normal como sempre.
- Estava voltando para a sala comunal professor.
- Sentado? – perguntou sarcasticamente o professor.
- Na verdade eu escorreguei no seco e caí sentado – disse Kain automaticamente – estava com muito sono.
Reverus olhou para o garoto com uma cara estranha, sem feição ou sentimento algum, parecia uma pedra.
- Levante-se e vá dormir – disse o professor – presumo que a prova de Herbologia da sua turma seja amanhã na estufa não é?
- Sim professor – respondeu o menino – isso mesmo.
- Pois então vá dormir – disse Reverus.
Kain se virou e foi andando.
- Ah, senhor Rellen – disse Reverus – cuidado, que às vezes os chãos e paredes tem vozes e olhos que podem guiá-lo para caminhos sinuosos.
Kain olhou meio assustado para o professor, mas virou para o outro lado e foi embora.

Durante a caminhada para a sala comunal, o garoto estava preocupado com a voz que lhe perturbara naquela hora. Mesmo com sono, ainda estava bem esperto para algum ataque.
Quando ele colocou o primeiro pé na escada móvel, ela foi para uma direção que nunca fora... O corredor da câmara.
Kain nunca tinha ido até lá, só ouvia boatos sobre o ano de 1992 que fora um dos piores em Hogwarts, pelo fato de houver petrificações de vários alunos e que Harry Potter teria derrotado a besta petrificadora, O Basilisco, na câmara secreta, lutando até a morte com a espada de Gódrico Grifinória.
Ele olhou para o lado e viu o banheiro da Murta que Geme e a viu, o fantasma branco-perolado que andava triste pra lá e pra cá.
- O... Olá – disse Kain com certo medo da garota morta – tudo bem?
- Olá – disse ela – finalmente alguém veio me visitar depois de tantos anos...
- Desde quando você não vê alguém? – perguntou-a – quer dizer, vivo?
- Faz, faz tanto tempo – disse a garota gemendo e choramingando – acho que uns três anos...
- Você é a Murta não é?
-Sim... e você?
- Sou Kain Rellen da primeira série – disse o garoto se aproximando bem lentamente – por acaso, você viu uma silhueta bem grande com uma voz de lascar andando por aí?
A garota parou imediatamente de chorar e fez uma cara muito assustada e foi se esconder no pilar mais próximo.
- Por que?
- Porque eu acho que ele quer me matar – ele disse num tom bem simpático.
- SAIA DAQUÍ AGORA! – gritou Murta com Kain.
Ela não precisou repetir, o garoto foi embora antes mesmo de terminar o ‘agora’, e correu pelas escadas numa velocidade incrível, mas não era por medo, mas por certeza de uma coisa: O monstro estava na câmara novamente.

Na manhã seguinte, a turma de Kain estava muito entusiasmada para fazer a prova de Herbologia, porém, Jack estava fora do caso, tinha sofrido um acidente com um balaço problemático que atacou o corredor da sala de aula de poções.
- Kain – disse Julia – todos parecem bem alegres com a prova de Herbologia, não acha?
- É – disse ele – mas o que me mais preocupa é a maldita prova de Runas Antigas com o Reverus, ele começou a pegar direto no meu pé, ontem em encontrei ele no corredor, perto da estátua da mulher de um olho só.
- Idaí? – perguntou a garota.
- Ele disse que era pra eu ir pra sala comunal antes das seis – disse Kain – ele parece que pega no meu pé de propósito!
- Por que ele te mandou ir para sala comunal? – perguntou Julia com um tom de interessada no assunto.
- Eu não sei, ele disse que tinha alguma coisa a ver com as paredes e chãos que tem olhos e ouvidos ou algo assim.
E que subitamente veio a luz na cabeça de Kain...
- Kain – disse Julia – isso não é normal para qualquer um que tenha sã consciência, ouvir vozes nunca foi um bom sinal!
- E muito menos ouvir conselhos de alguém que sabe delas! – disse Kain.
Julia abriu os olhos com uma cara de “Meu Deus” estampada em sua face.
- Vamos, talvez encontramos alguma coisa seguindo ele! – disse Kain à Julia.
E os dois saíram do grande salão correndo para chegar à sala comunal e pegar o Mapa do Maroto no quarto de Kain.
- Kain, você tem certeza do que você acha? – perguntou Julia sem fôlego – você acha que um professor pode ser um assassino de alunos?
- Se ele é, eu não faço a mínima idéia – esclareceu Kain – mas posso lhe dizer uma coisa: aí tem!
Os dois saíram correndo pelos corredores até a sala de Deolyn para informá-lo sobre a pista de onde estava o monstro...
Chegaram na sala de Deolyn, estava deserta e muito, mas muito desarrumada, parecia haver sinal de batalha, e houve...
Deolyn estava jogado no vanto da sala, quase inconsciente viu os garotos entrarem na sala de DCAT, e disse:
- Estão meio atrasados não?
Os dois foram até ele socorrê-lo, ele estava ferido, com hematomas e inchaços no rosto e nos braços, parecia ter sido espancado ao invés de sofrer algum dano mágico.
- Professor – disse Kain – foi o monstro que te fez isso?
- Sim – mas ele quis me poupar – ele falou – só não entendo porquê.
Ele se levantou com ajuda de Kain e Julia e foram até a porta.
- Ele parece que foi chamado ou algo assim, parece ter sido interrompido...
- Kain, fique aqui com ele que eu vou chamar Madame Pomfrey! – disse Julia.
A garota foi chamar a enfermeira enquanto Kain e Deolyn ficaram escorados à beirada da porta.
- Sabe Kain – disse Deolyn – acho que se vocês não tivessem chegado aqui naquela hora, estaria bem pior do que já estou...
- Professor – disse Kain – eu vou caçá-lo...
- O quê? – ele exclamou.
- Farei isso, escuto vozes por aí, já me encontrei com ele várias vezes – ele disse – essa tarefa cabe a mim!
- Você sabe que pode ser expulso Kain! – disse Deolyn – ou até morrer!
- Expulso ou morto – disse o garoto com um tom de seriedade na voz – esse monstro vai ter o que merece!
Deolyn tentou falar, mas fechou a boca, tentou de novo, mas fechou, pensou e pensou e olhou nos olhos de Kain, verdes que queimavam uma coragem fulminante.
- Quando pretende fazer isso? – perguntou o professor.
- No dia da primeira tarefa – completando – da competição das dinastias.
- É daqui a uma semana Kain – ele disse - você sabe onde encontrar o bicho?
- Na câmara secreta – disse Kain.
- Mas a câmara já foi revistada, só há a sala do Basilisco e mais nada...
- E se houver algo a mais num outro túnel? – perguntou Kain.
E ele tinha razão. Hogwarts era imensa, a câmara é a tubulação secreta do castelo, deve haver muitas salas e corredores ali.
- Então eu tenho um plano – disse o professor – tome isso aqui.
Ele deu um tipo de esfera transparente e azul.
- Isto é um tradutor, você fala e ele traduz para a língua que quiser, e como sabemos, só entra na câmara quem fala a língua das cobras.
- Mas o único problema professor – disse Kain – é a frase certa para falar.
Mas Deolyn estava inconsciente, no caso, Kain teria que contar apenas com Julia e Jack.

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