Problemas e Mais Problemas
PROBLEMAS E MAIS PROBLEMAS
Era aula de poções, Kain, como sempre, estava atrasado, chegou ás masmorras e se sentou na carteira mais próxima dele.
- Bom dia – disse o prof. Slughorn.
- Bom dia – todos responderam.
Kain não encontrava Julia em lugar algum da sala.
- Hoje vamos aprender um pouco sobre – disse Slughorn – Veritaserum.
Kain pensou “que diabo é isso?”.
- Alguém pode me dizer? – perguntou Slughorn – a menina morena lá atrás.
Ela estava do lado de Kain, era a tal de Camila Hooch, filha da Madame Hooch.
E ela respondeu – Veritaserum é a poção da verdade – disse ela.
- Exatamente – disse Slughorn – agora vejamos, em quem testar...
Kain olhou para a mesa e disse “Kain Rellen” junto com o professor.
Kain estava acostumado, Slughorn sempre o chama na frente da sala.
- Sente-se Kain – puxando uma cadeira para Kain – não vai doer nada.
- Espero que sim – disse Kain triste.
Slughorn pegou o pequeno frasco e pingou uma gota na boca do garoto.
Kain se sentiu muito bem, tinha vontade de sair correndo da sala e pular no lago negro ou dar um passeio nos campos de Hogwarts.
- Agora Kain – disse Slughorn – diga-me, por quem você está apaixonado daqui da sala?
- Ninguém – disse ele – ninguém daqui.
- Então porque você sempre chega atrasado nas aulas? – perguntara Slughorn á Kain.
- Eu durmo muito – disse ele – durmo muito tarde, e não consigo me acordar cedo direito.
Risos, vários risos, mas Kain não entendia porquê.
- Professor eu acho que isso é errado – disse Kain – dar essa poção para alunos.
- Claro – disse Slughorn – tome isso, vai curar.
Kain tomou a poção de cor vermelha, e sentiu-se normal de novo.
- Muito bem turma – disse Slughorn – quero uma redação sobre o Veritaserum, no mínimo vinte linhas, digam em quem vocês gostariam de usar e porquê!
A aula foi bem interessante, Kain não colocou em quem ele queria usar a poção, mas sim, colocou como é o efeito da poção sobre a pessoa, isso valeu quinze pontos para Grifnória.
Feitiços. Era a segunda aula do dia, Kain estava com muito sono, porém isso não o impediria de ir para aula.
- Que mico não Kain? – disse Julia.
- Nem me fale... – disse ele com sono.
Flitwick chegou á sala vestindo roupas brancas e um chapéu pontudo.
- Bom dia turma – disse o duende.
Todos responderam.
- Alguém treinou a Vingardium Leviosa? – perguntou o professor aos alunos.
Alguns responderam sim, outros não falaram nada, porém Flitwick parecia nem ligar para os outros que não treinaram (Kain).
- Bom, vamos começar os testes então – disse Flitwick.
Todos se levantaram, Kain levantou-se também, de certa forma foi obrigado á fazer isso.
- Robert Flint – chamou o professor – venha aqui.
O garoto foi até o professor.
- Sim professor? – perguntou Robert.
Nesta hora, um bloco de ferro, devia pesar uma tonelada, apareceu no centro da sala.
- Quero que você levante esse bloco de ferro com a Vingardium Leviosa – disse Flitwick – não precisa ser alto ou baixo, você só precisa levantar, Ok?
- Ta certo – disse o garoto.
O garoto apontou a sua varinha contra o bloco e disse: Vingardium Leviosa!
O bloco permaneceu imóvel.
Kain olhou abismado, parecia que o bloco não ia se mover de jeito nenhum.
- Chega – disse o professor – próximo.
Uma garota da Corvinal foi até o professor.
Ela tentou, mas não conseguiu também, já estava na metade do horário da aula, nenhum aluno conseguia fazer o bloco sair do lugar, até que...
- Está bem – disse Flitwick – chega por hoje.
- Professor – disse Kain – e a nossa vez?
- Eu fiz esse teste para que vocês prestem atenção – disse o professor – se fosse um caso de vida ou morte?
Todos aqueles que não treinaram, inclusive Kain, baixaram as cabeças.
- Espero que vocês treinem da próxima vez – disse Flitwick – como vocês sabem, semana que vem são os testes de primeira avaliação.
Todo mundo se entreolhou.
- Ah vocês não sabiam é? – perguntou Flitwick – bom, agora estão sabendo...
Depois de Flitwick era aula de transfiguração. Kain se dirigia à sala, ele estava preocupado com as provas.
Kain sentou-se e tirou seu material da sua mochila e esperou até a professora aparecer, já que estavam tendo as aulas com Deolyn, que substituía a professora.
Todos se sentaram. Porém um barulho vinha da janela, era uma coruja amarela, muito grande.
Um garoto abriu a janela e a coruja sobrevoou as cabeças dos alunos e desceu na mesa do professor.
- Bom dia turma – disse a coruja. Todos estranharam.
- Oh é claro – disse Julia do lado de Kain – Transfiguração!
- Eita! – disse Kain – desde quando você está aí?
- Desde que você chegou – disse ela – eu só fui ao banheiro.
Jack chegara nessa hora, dizia algo como um “com licença”.
- Oi – disse ele aos dois – desculpa o atraso.
- Tudo bem – eles disseram.
- Kain – disse Jack – hoje tem treino.
- O QUÊ? – gritou Kain, chamando a atenção de todo mundo.
- Ás sete em ponto – disse Jack – não é pra faltar...
A coruja de repente começou a crescer, se tornando uma bola de penas, e a bola explodira, dando a visão á uma moça muito bela.
- Olá turma – ela disse – meu nome é Sharon, sou a nova professora de vocês.
Todos olharam para ela com caras estranhas, não era todo dia que viam um professor virar um animal.
- Cara, o professor só estava explicando as teorias de uma pessoa virar animal, mas eu nunca vi isso na minha vida – disse Kain a Jack.
- Não te preocupa com isso rapaz – disse Jack calmamente – você logo acostuma.
Ele olhou aterrorizado para a professora, e pensava: gente virando animal? Que vem depois? Gente colocando o braço no lugar das pernas?
O dia estava corrido, principalmente nas aulas, porém Kain só conseguia pensar em como fazer sua redação de Transfiguração que a professora passara para eles.
Era a hora do almoço, os alunos estavam correndo para o Grande Salão, a fome estava triunfando no estômago de Kain, tanto que o vencera na aula de Herbologia (professora Sprout), a batalha foi tão emocionante que Kain estava a ponto de cair de tanta fome.
Kain sentou no lugar mais próximo que vira, e sentou, jogando todas as suas coisas na mesa.
- Oh, que fome, quando vem a droga do almoço – disse a si mesmo – eu quero coooooooooomeeeeer.
E deitou sua cabeça na mesa, e dormiu.
Alguém podia acordar Kain durante o processo, mas todos riam da sua desgraça, e Kain só ouvia a voz do capitão do time de Quadribol da Grifnória.
- Kain acorda, você não tem que ir para a sua aula?
- O que?!
Kain viu no seu relógio, a hora de almoço já tinha passado, e quase não tinha ninguém no Grande Salão.
- MALDIÇÃO!
Kain pegou todos os seus materiais e saiu correndo do salão.
- Muito bem Kain, agora você vai passar fome até o jantar – disse ele a si mesmo.
- Eu mereço, eu mereço, eu mereço – Kain repetia isso a cada passo que dava até os campos para a sua primeira aula de Tratos de Criaturas Mágicas.
Os campos estavam ensolarados e calmos, cheios de crianças conversando alegremente, sentados na grama.
Se não fosse a perda do almoço, Kain estaria de bom humor, mas como o perdeu...
Ele sentou perto da arvore mais próxima da cabana, e ficou lá.
- Kain! – o garoto ouviu uma voz gritar pelo seu nome. Era Jack.
- Seu burro, como você pôde dormir no meio do almoço?
- Porquê você não me acordaram?
- E você acha que a gente não tentou? – disse Julia que acabara de chegar.
- Sorte que você tem amigos – disse Jack tirando um sanduíche do bolso – sei que não vai adiantar muito, mas dá pra enganar a boca do estômago.
Kain comeu o sanduíche com facilidade, mas era estranho, enquanto ele comia, sentia que estava sendo observado.
Apesar de estar comendo, uma sombra enorme o observava também, mas não era só ele, mas todos alunos olhavam para a sombra enorme.
Kain olhou bem lentamente para o grande corpo, não, enorme corpo que estava em sua frente.
Era enorme, era um gigante, era aquele que todos chamavam de Rubeo Hagrid.
- Bom dia turma – disse Hagrid – sou o seu professor de Trato de Criaturas Mágicas.
Todos se levantaram. Kain já acabara de comer seu sanduíche, mas ele estava ciente de que isso iria até o final da aula.
- Bom pessoal – disse o gigante – hoje iremos ver a os vermes de todas as cores.
“Vermes de todas a cores?” Se perguntara Kain, ele olhou para o chão e começou a fechar os olhos de novo.
- Sigam me – disse Hagrid – vamos até as poças.
Todos seguiram Hagrid, há uma caminhada tranqüila.
Estava uma tarde muito ensolarada. Haviam alunas olhavam para Hagrid e falavam alguma coisa e começavam a rir.
Era gente como essa que Kain olhava torto. Eles pararam em um terreno que não havia gramado, apenas lama e várias poças com uma grande quantidade de vermes de várias cores.
- Bom, aqui estamos – disse Hagrid – peguem suas luvas de couro de dragão, ao menos que vocês queiram sujar suas mãos de lama.
Havia um grupo de três garotas (as mesmas que comentavam sobre Hagrid) que quase gritaram “não” para o gigante.
Kain vestiu suas luvas e se agachou no chão esperando pela ordem de Hagrid.
- Bom – disse o gigante vestindo suas luvas – há uns baldes ao lado da cerca, peguem eles.
Todos pegaram os baldes e colocaram aos seus lados.
- Enfiem suas mãos nas poças – disse o gigante – quem conseguir pegar um verme azul, a casa respectiva ao aluno vai ganhar dez pontos! Então se preparem.
Todos olharam firmes as suas poças.
- JÁ!
Kain enfiou sua mão no poço procurando por algum verme. Ele achara cinco, mas nenhum deles eram azuis, eram vermelhos e verdes.
Minutos depois Hagrid mandou todos pararem...
- Muito bem – disse ele – chega...
Todos se levantaram, Kain estava tentando achar uma posição pra ajeitar a sua coluna.
- O verme azul que eu mandei vocês procurarem é venenoso – disse o gigante – por isso que eu capturei todos.
- Eles envenenam o quê? – perguntou Kain ao gigante.
- Eles colocam uma célula dentro do seu estômago, e reproduzem lá – disse Hagrid sorrindo ao garoto – em segundos!
- Isso já ocorreu com alguém aqui em Hogwarts? – perguntou o garoto ao gigante – ou não?
- Já – respondeu ele – mas foi a base de azaração, porque se fosse á base do verme, ele estaria até hoje parindo vermes pela boca.
- Quem era – Jack perguntara – o “felizardo” de ser azarado por essa magia? O senhor conhecia?
- Conhecia – respondeu – o nome dele era Ronald Weasley.
Era final da tarde, todos os alunos, cansados, voltavam para o salão comunal para tomar banho e ir jantar.
Durante esse processo, cansado e com fome, Kain voltava para o salão comunal, mas sabia que estava faltando alguma coisa.
E ele estava certo, jogou suas coisas em cima de Jack e saiu “correndo” para o campo de Quadribol.
Ele chegara lá, já haviam jogadores no campo. Todos olharam para ele quando ele se aproximou para falar com Andrews.
- Cheguei atrasado? – perguntou Kain a Andrews.
- Não, é o pessoal que chega cedo mesmo.
O capitão fez um tipo de gesto com a mão, e todos os membros vieram até eles.
- Bom galera – disse ele - esse é o apanhador que eu estava falando.
Todos olharam para ele, já que ele era baixinho em comparação com os outros membros.
- Bom – Andrews falou – vou lhe apresentar o resto da equipe.
- Nosso Goleiro – Daryl Evans.
Evans era um garoto alto e moreno, deveria ter 1.90 de altura.
- Batedores – Camila Hooch e Julio Waters.
Camila era a mesma garota que Kain sentou ao lado nessa manhã, Julio era um garoto branquelo, corcunda e loiro.
- Artilheiros – Eu, Rei Lee, Luna Silverbolt.
Rei era um garoto chinês, mediano, tinha olhos negros e cabelos tão negros, que eram quase azuis, Luna era uma garota ruiva, olhos verdes, uma verdadeira Albina.
- Bom – disse Andrews – vamos começar?
Todos subiram com suas vassouras, e Andrews trouxe uma para Kain.
Kain olhou para o alto, o céu estava dourado pelos últimos raios de sol, parecia que estava pegando fogo.
- Andrews – disse Kain – o que vamos treinar hoje?
- Não importa o que vamos treinar – disse ele – é o que você vai treinar!
Ele mostrara uma caixinha de vidro para Kain, lá havia a esfera pequena nomeada de Pomo de Ouro.
Kain pensou “de novo não...” e olhou cabisbaixo para o pomo e montou em sua vassoura.
Subiu até onde Andrews mandou e ficou esperando pela ordem. Mas algo estava errado, ele sentia vibrações em seu estômago. Kain estava com fome de novo e ele sabia que agora era sério.
Agora ele estava fraco, quase não conseguia olhar para frente, e não segurava a vassoura com força.
Nessa hora ele ouvira algo parecido como “Vai”.
Ele viu um vulto dourado passando por seu rosto e zumbindo no seu ouvido, ele olhara para o vulto que estava longe.
- VAI KAIN, QUE TU TÁ ESPERANDO?
Kain ouvira o capitão, e avançou até o facho de luz dourada, porém, sua mão estava cansada, ele pouco respirava.
- Ah, desculpe Andrews, mas num vai dar não!
Todos olharam para o garoto.
Ele caía como uma pedra até o chão.
Kain sentia o vento passar pelo seu rosto, e o chão se aproximando.
E tudo ficara escuro e sem som.
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