Para o Beco Diagonal



PARA O BECO DIAGONAL

Era trinta de julho, e Kain não tinha a menor idéia como mandar uma coruja para o colégio, nem sequer ele tinha uma coruja!
- Mãe eu preciso mandar a carta a Hogwarts! – disse ele desesperado a Eve – e agora?
- A coruja que trouxe a sua carta ainda está aqui! – disse ela atendendo o senhor vestido de terno verde-esmeralda.
- Hogwarts? Parabéns, nunca pensei que seu filho era um bruxo, senhora Eve – disse o homem.
- Obrigado, mas não fale muito alto – e o homem concordou com aceno com a cabeça.
- Onde a coruja está mãe? – perguntou Kain.
- No sótão filho – disse ela.
Kain se sentiu aliviado, com isso ele escreveu a carta a Hogwarts.
Subiu ao sótão e deu a carta a coruja, ela era marrom com pintas pretas.
Kain abriu a janela e soltou a coruja, que voou para o horizonte do final da tarde.
Com isso Kain sentou no chão e viu um livro, era um álbum de família que ele vira tantas vezes seu pai nas fotos.
Ele desceu para seu quarto e ficou lá, deitou na cama e permaneceu imóvel, e dormiu.
Ele inexplicavelmente estava numa sala íngreme, grande e velha, com paredes de mármore e tochas acesas, água estava brotando do chão, eram pequenos poços d’água.
E no final da sala havia dois homens vestidos de preto, eles olharam Kain, levantaram as suas varinhas e o atacaram com rajadas de raio.
Kain acordou, estava tudo escuro, já eram quatro horas da manhã. Mas o que era aquilo – se perguntava Kain.

Na manhã seguinte, ele acordara e via a carta, e começou á Abri-la, ele via mais uma cartinha feita de pergaminho:

Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts
Compras necessárias para o ano letivo.

Uniforme
Os estudantes do primeiro ano necessitam de:
1. Três conjuntos de vestes de trabalho (pretas)
2. Um chapéu pontudo simples (preto) para o uso diário
3. Um par de luvas protetoras (de dragão ou similar)
4. Uma capa de inverno (preta com fechos prateados).
As roupas do aluno devem ter etiquetas com o seu nome.


Livros
Os estudantes devem comprar um exemplar de cada um dos seguintes:
Livro de feitiços padrão (1° série) de Helena Arvencar
A História da Magia, um relato mais aprofundado de Estenia William
A Teoria da Magia de Adalberto Waffling
Transfiguração básica, por Denavos Swich
Mil Ervas e Fungos Mágicos de Filda Spore
Bebidas e Poções Mágicas de Arsênio Jigger
O Guia Universal dos Animais Mágicos de Rubeo Hagrid
O Guia Contra as Focas das Trevas por Hulrich Ravensell

Outros Equipamentos
1 varinha mágica
2 caldeirão (estanho, tamanho padrão 2)
3 um conjunto de frascos
4 telescópio
5 uma balança de latão
Os alunos podem trazer uma coruja OU um gato OU um sapo.

LEMBRANDO QUE ALUNOS DO PRIMEIRO ANO NÃO PODEM POSSUIR VASSOURAS PESSOAIS.

Kain riu pensando onde iria comprar tudo isso.
Mais tarde ele desceu e falou com a mãe sobre a carta, ela deu uma chave a ele – guarde essa chave e vá ao banco dos bruxos, eu depositei um dinheiro para você desde quando você era bebê.
- Mas onde é se compra isso? – perguntou Kain.
- Sabe o homem que parabenizou? Ele se ofereceu a levá-lo hoje ás compras, junto com o filho dele – disse ela.
Kain subiu e se arrumou e esperou o senhor, ele estava lá conversando com Eve.
- Kain este e o senhor Willow, ele vai levá-lo – ela apontou para o senhor.
- Vamos Kain – disse o senhor – ah, quero que conheça o meu filho.
O filho do senhor Willow tinha cabelos negros lisos e olhos castanhos, era magro também, porém um pouco mais alto que Kain.
- Jack Willow – dando a sua mão, num toque muito sutil e juvenil, com um tapa e um soco entre as duas mãos.
- Ótimo garotos, vamos indo – disse o senhor Willow, e eles saíram para o carro, e foram para as ruas de Londres.
Passaram por vários lugares, porém Kain não vira uma única loja vendendo livros de bruxaria e varinhas.
- Bom garotos – disse o senhor Willow – chegamos.
Kain saiu do carro, mas estavam numa ruazinha que não tinha nada, apenas uma boutique e uma loja de livros, a não ser o bar intitulado de “O Caldeirão Furado”.
- Me desculpe senhor Willow – dizendo Kain – mas chegamos a onde?
- Venham comigo garotos – disse ele.
Eles entraram no bar, tinha muita gente, o velho atendente olhou para o senhor Willow e disse – Miguel, há quanto tempo, vai querer um conhaque forte?
- Não Tom, estou indo ás compras com o meu filho e um filho de uma amiga minha.
- Está bem Miguel, até mais – disse Tom.
Eles passaram pelo bar e saíram num pátio murado, Kain olhou e se perguntou “onde diabos estamos?”
Ele sentou e ficou contemplando o muro, mas algo o perturbava, havia barulho atrás do muro de tijolos, ele se levantou e foi até a parede, colocou o seu ouvido contra a parede – tem alguém aí fora?
- Aí está nosso destino Kain – disse Miguel.
- Papai você ta louco? – perguntou Jack.
- Afastem-se – disse Miguel – três para cima e dois para o lado.
Miguel fez esse movimento com a varinha contra a parede, e de repente ela abriu, dando caminho a uma rua tortuosa e larga.
- É, tudo não passou de um tijolo na parede – disse Jack.
- Verdade, foi apenas outro tijolo na parede – Kain também retrucou.
Mas algo estava na cabeça de Kain, dizendo: “FANTÁSTICO!”.
- Bem vindos ao Beco Diagonal Meninos! – disse Miguel.

Sim, o Beco Diagonal estava na frente deles, era uma rua tortuosa, porém, infestadas de pessoas, eles começaram a andar entre a multidão, Kain nunca tinha visto coisas assim, lojas com vários caldeirões, corujas voando para todos os lados, lojas com vassouras nas prateleiras e...- bom garotos, Kain você vai para Gringotes não é? – perguntou Miguel.
- Gringotes? Ah sim, sim, claro – disse Kain.
- Eu e Jack vamos comprar os livros – disse Miguel – eu compro os seus. Depois você me paga, ok?
- Ta beleza – disse Kain – mas onde é Gringotes?
- Siga a rua até o final dela, lá haverá um prédio grande e branco, não tem como errar.
- Até Kain – disse Jack – boa sorte em Gringottes.
- Ta – disse Kain.
E eles se separam, Kain pensa “Porque boa sorte?”, o que estaria o esperando lá.
Kain começou a andar, andou muito para dizer a verdade, eram incontáveis pessoas nas ruas, tinham até umas xingando – cinco galeões o caldeirão? Ficaram loucos!
Finalmente Kain chegara em Gringotes, ele tinha um envelope no seu bolso, ele tirou o envelope e leu:

Permissão para Tirar o dinheiro do quarto 8416
Eu Eve Rellen, permito meu filho Kain Rellen retirar a quantia que ele queira do cofre, a chave está com ele, à ordem é simples e básica, obrigado.
Atenciosamente
Eve G. Rellen

Tinha mais outro envelope, mas esse parecia ser escrito para Kain:

Por favor, filho, não tire muito dinheiro do cofre, só o necessário, o resto é para os seus outros anos letivos, se você poder fazer isso para sua mãe, eu ficaria muito feliz e quem sabe o playstation 2 esteja o esperando de baixo da árvore de natal.

- Oh droga – disse Kain – ela sabe como negociar!
Kain subiu as escadas de mármore, e viu a porta de bronze e uma criatura pequena, de olhos grandes, mãos e pés grandes, era um duende.
Kain pigarreou e disse – bom dia senhor.
- Posso lhe ajudar? – disse o duende.
- Aqui é Gringottes? – perguntou Kain.
- Sim garoto, veio tirar algum dinheiro ou depositar?
- Tirar – disse Kain.
- Ok venha comigo então – disse o duende.
Eles entraram no prédio, entraram num gigantesco salão de mármore, um duende estava num enorme balcão no final da sala.
Kain chegou até ele – Bom dia senhor... – Kain olhou para a etiqueta no balcão, estava escrito Rodolfo Briegiss – Briegiss.
- O que deseja, e seja rápido – disse o duende.
- Vim retirar uma quantia de dinheiro.
- Onde está seu responsável? – perguntou o duende.
- Oh – exclamou Kain, e tirou o envelope e mostrou para o duende, ele leu, leu, e disse – sua chave está aí?
Ele tirou a chave do bolso e mostrou para o duende.
- Muito bem – o duende se ajeitou na sua cadeira e chamou – Botton, venha aqui!
Botton era um outro duende, não era muito diferente dos outros.
- Botton, leve o senhor Rellen ao cofre 8416, e deixe-o tirar o dinheiro.
Botton concordou com a cabeça, e mandou Kain o seguir.
Eles desceram uma escada íngreme, lá embaixo havia um carrinho em cima de um trilho. Eles subiram no carrinho e o duende disse – segure-se senhor Rellen.
Foi bom Kain ter escutado o Duende, eles partiram em uma velocidade incrivelmente alta, Kain olhava para os lados, porém só via borrões de tochas e corredores escuros, ele já estava ficando enjoado, mas finalmente eles pararam para o alívio de Kain.
- Chave senhor – disse o duende.
Sem perguntar, Kain dera a chave ao duende.
O duende estava à frente de uma grande porta de ferro, o duende colocou a chave no meio da porta e a girou, a porta abriu, Kain não acreditava, eram montanhas de ouro, prata e bronze, o garoto boquiabriu-se,mas quase que vomitara em cima do duende, era muito dinheiro.
- Como é a quantia de dinheiro, como funciona? – perguntou Kain.
- As moedas de ouro são galeões – explicou o duende – dezessete sicles de prata fazem um galeão e vinte nove nuques de bronze fazem um sicle.
- Ta bom – acho que isso é o suficiente, disse ele carregando um pequeno estojo de moedas.
Kain saiu de Gringotes pensando no que comprar, e lembrou-se das varinhas, e a única loja que estava perto era a Olivaras.
Olivaras: Artesãos de Varinhas de Qualidade desde 382 a.C
- Eita, mas que loja velha heim – disse Kain.
Lá havia um senhor, bem velho pelo visto, ele estava lendo um livro velho, ele olhou Kain.
- Bem vindo, em que posso lhe ajudar? – disse o senhor.
- Eu vim comprar uma varinha.
O senhor Olivaras foi aos fundos da loja procurar alguma varinha para Kain, na verdade não foi alguma, mas sim algumas.
-Pegue, vamos pegue alguma delas.
Kain pegou a caixinha e retirou a varinha – vinte centímetros, pelo de unicórnio, uma maravilha – disse Olivaras – experimente vamos.
Logo quando Kain a pegou, segurou por cinco segundos.
- Esqueça – disse ele – pegue outra.
Kain pegou a outra, porém Olivaras a tirou da mão dele – essa não, esta poderia matar você.
Kain testou todas as varinhas, mas nenhuma saíra como Olivaras queria.
- Freguês difícil heim – disse Olivaras – talvez essa vai.
Era uma caixinha velha, surrada e empoeirada.
- Esta vai, com certeza vai – disse Olivaras – trinta e dois centímetros , e um fio de garra de dragão, um dragão bem especial.
Sim Kain a segurou, sentiu uma força vibrar na sua mão direita, e parou – é essa senhor Olivaras, posso sentir.
Olivaras acenou com a cabeça como se fosse um sim.
Kain pagou a ele onze galeões pela varinha e saiu da loja, e foi andando pelas ruas tortuosas do beco.
Ele encontrou Miguel e Jack, estavam na loja de vassouras, tinha gente comentando sobre uma vassoura “sim, a Rapid Shot 2050, é muito rápida mesmo!”.
- Kain, você encontrou Gringotes? – Perguntou Miguel.
- Sim, de certo modo, sim - disse Kain.
- Bom, então acho que já podemos comprar as suas roupas.
Eles saíram para a rua acima, e foram até uma loja de roupas.
“Madame Malkin” era o nome da loja de roupas, Kain estava meio que preocupado, algo dizia á ele que estavam em certo perigo, e o perigo aumentaria assim que eles botassem seus pés na loja.
- Oh, Miguel – disse uma bruxa gorda e baixa vestida de lilás.
- Malkin, que bom vê-la de novo – disse Miguel – como sempre de lilás.
- Ora Miguel, você sabe que é a minha marca!
Kain e Jack se entreolharam com cara de assustados.
Eles se aproximaram da mulher, ela mandou uma fita métrica medir o corpo deles.
- Miguel, como vai o Ministério? – perguntou Madame Malkin.
- Vai bem – disse Miguel – melhor que á quatro anos atrás!
- É verdade, aqueles dias foram horríveis – dizia a mulher mexendo a cabeça, colocando as roupas nos garotos.
Kain estava pensando, o que acontecera á quatro anos atrás? Esse pensamento parou quando Miguel disse – será que o Garoto morreu?
- Potter? – disse Malkin – até hoje não sabemos de nada sobre ele, ele sumiu do mapa junto com. É você sabe quem!
- Pra quê ter medo do nome dele Malkin? – disse Miguel – quanto menos dizermos o nome dele, mais medo teremos do morto!
- Desculpe senhor Miguel – disse Kain – mas de quem vocês estão falando?
- Harry Potter, senhor Kain – disse Miguel – não se preocupe, é bom você saber disso mesmo.
- E de, e Voldemort – disse Malkin, nesta hora a porta abriu.
Era um homem corpulento e alto, estava com vestes azul-marinho e pretas, ele olhou para Kain, os olhos do homem eram iguais de gato.
- Olá senhor, em que posso ajudar? – disse Malkin.
- A minha filha precisa de roupas para Hogwarts, Madame Malkin.
A garota tinha cabelos castanhos e olhos muito verdes, Kain olhou pra ela com uma cara de aprovação, já Jack parecia ter assobiado bem baixinho, ela se aproximou deles e ficou em pé na pequena cadeira, também estava sendo examinada pelas fitas métricas.
- Olá – disse Kain – qual seu nome?
- Não é da sua conta! – disse a garota.
- Aí – disse Jack – cara essa foi horrível.
- É brincadeira – disse a garota – o nome é Julia, prazer em conhecê-los.
- Sou Kain – disse o garoto – o meu amigo aqui é o Jack.
Jack acenou com a mão como se fosse um oi, a partir desse momento, seria formado uma aliança infinita de amizade.

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