Um certo lobisomem
Lupin deitou-se na cama, acabara de tomar um cálice de poção mata-cão.
Era estranho ver aquela casa tão vazia. A casa que um dia pertencera a seu amigo, Sirius Black, e agora pertencia a Harry Potter.
Aquela casa trazia-lhe muitas lembranças. De todos os tipos... Lembranças emocionantes. A casa só recebia visitas para as reuniões d'A Ordem da Fênix ou quando Tonks vinha visitá-lo.
Lupin sentiu uma dor no peito ao se lembrar da garota. Ela era simplesmente perfeita. Perfeita demais para ele.
Lembrava-se do dia em que se conheceram.
Chega simples como um temporal
Parecia que ia durar...
Sirius voltara à cozinha acompanhado de uma jovem, com o cabelo roxo, curto e espetado. Lupin encantou-se com a beleza extraordinária da garota.
- Para quem não conhece - disse Sirius apontando para a garota -, essa é minha prima, Nymphadora.
- Meu querido priminho às vezes se esquece de que eu prefiro que me chamem de Tonks - interrompeu-o Tonks.
Naquele instante o olhar de Lupin cruzou com o da jovem, e naquele momento ele daria tudo para ser um homem normal.
Tantas placas e tantos sinais
Já não sei por onde caminhar...
"Remus, pára, você não pode desejá-la. Você não deve... " pensava Lupin.
Mas naquele instante, Tonks piscou para ele.
- ... por isso ela veio até aqui hoje, Dumbledore precisa de membros da Ordem infiltrados no Ministério da Magia - Lupin acordou do devaneio. - Por isso, minha prima, após provar sua lealdade faz parte da Ordem... - Lupin não conseguia prestar atenção ao que Sirius dizia...
E quando olhei no espelho
eu vi meu rosto e já não reconheci...
Então vi minha história,
tão clara em cada marca que estava ali...
Ao chegar o fim da reunião, os membros da Ordem começaram a ir embora, até que restaram apenas Sirius, Lupin e Tonks.
- Tonks vai passar a noite aqui, espero que não se importe, Remus - disse Sirius, com um sorriso malicioso na boca.
- Claro que não, Sirius, além do mais, a casa é sua, estou aqui só até conseguir outra moradia, você sabe que não quero incomodá-lo - respondeu Lupin.
- Você não me incomoda - retorquiu Sirius.
Tonks percebera que estavam se atacando. Só não sabia o porquê. Ela revirou os olhos e disse:
- Gente, estou aqui!
- Ah! Claro... - disse Sirius, pensativo. - Mas por que você não leva Tonks para um quarto, Remus? - Sorrindo com malícia, completou: - Para que ela possa se ajeitar...
Se o tempo hoje vai depressa
não tá em minhas mãos...
Cada minuto me interessa.
Me resolvendo ou não...
- Então vou dormir na mesma casa que um lobisomem - disse Tonks sorrindo, enquanto subiam as escadas.
- Não precisa se preocupar, eu sou manso, além disso não é lua-cheia - respondeu Lupin, surpreso com a facilidade de falar com a garota... Talvez fosse seu jeito extrovertido, ou seu jeito inocente e ao mesmo tempo maduro, uma contradição que deixava Lupin mais encantado ainda...
- Ai! - Lupin acordou do devaneio com o grito da garota ao tropeçar no tapete do primeiro andar.
- Você está bem?
- Estou, sou um pouco desastrada, só isso.
Lupin abriu a porta de um quarto e Tonks entrou.
O quarto estava bastante empoeirado, mas com um aceno da varinha, Lupin limpou a poeira e com outro aceno, conjurou lençóis limpos.
Quero uma fermata que possa fazer
agora o tempo me obedecer...
Ao acabarem de trocar os lençóis da cama, Tonks sentou-se sobre ela e convidou Lupin a fazer o mesmo.
- E então? Como é ser um lobisomem? - perguntou, demonstrando curiosidade e excitação.
- Ah, não gosto, principalmente do fato que nunca poderei me casar... Mas tirando isso, eu odeio.
Os dois caíram no riso.
E só então, eu deixo
os medos e as armas...
Eu deixo
Os medos e as armas pra trás...
Lupin estava encantado com o jeito da jovem. Aquela noite eles conversaram quase duas horas quando Sirius entrou no quarto, perguntando à Tonks quanto tempo ela ficaria ali...
Agora Lupin estava sozinho naquela casa, já começara a anoitecer, e ele sabia, logo começaria a transformação. Ele desejava secretamente que Tonks entrasse correndo pela casa, acordando o retrato da mãe de Sirius, como sempre fazia, para cuidar dele...
Mas sabia que isso não ocorreria, principalmente depois do que havia acontecido quando se viram pela última vez...
Ele sabia o quão perigoso era amá-la.
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(N/A:) Após muiita falação da minha beta para escrever o segundo capitulo da fic, está aí...
Ok, brincadeirinha, ela até foi beeeeeeeem compreensiva, só me pergunta todos os dias se tem alguma coisa pronta. E como ela é da minha escola vejo ela de seg. a sex. Ontem (sábado) ela mandou um scrap no meu orkut, falando para que eu não parasse de escrever... rsrs
Mas acho que se não fosse o apoio dela, essa fic não iria para frente...
Obrigada a todos os leitores, e a minha beta...
Beijoos .
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