Parte II (continuação do cap.



Parte II


O final de semana irrompeu como em um lampejo, alegrando aos estudantes que todo o dia voltavam, cansados, para seu dormitório e se jogavam em suas camas, dormindo a noite toda; haviam suas excessões. Alunos que estudavam compulsivamente, desesperados para não tirar uma nota ruim. Lílian aproveitou ao máximo o seu final de semana e realizou o sonho, descansando à sombra da faia. Ficou a tarde toda deitada ali, lendo o livro de Agatha Cristhie. Amava ler e, enquanto lia, seus pensamentos ruins se dissipavam e ela conseguia se concentrar apenas nas personagens descritas pelo livro.


Àqueles dias, ela quase não falara mais com Tiago e ele não parecia querer falar com ela também, evitando-a a todos os momentos. E, sinceramente, ela também não tinha a menor vontade de falar com ele, inclusive quando o viu caminhando pelo salão principal acompanhado de uma garota alta e magricela, de cabelos muito loiros e olhos extremamente azuis. Embora sentisse uma ponta de ciúme, ela preferia que ele explodisse.


Finalmente, o dia do baile chegou como um corisco no céu, rápido e inesperado. Lílian, comprara um vestido azul claro de babados largos que faria com que todos os olhares do salão se direcionassem para ela... e esse era seu plano. Ser a estrela, o centro de tudo. Os olhares centralizados em si e em...


- Lupin, você tem par para o baile - perguntou ela, correndo pelo salão principal como uma bêbada desengonçada e quase atacou o garoto.


- Não... - respondeu ele, corando de leve. - Por quê?


- Quer ir comigo? - perguntou ela, rapidamente, quase engolindo as palavras, ansiosas.


- Hum... tudo bem - disse Lupin, parecendo ferver, de tão vermelho.


E, assim, Lílian saíra saltitante do salão principal e voltara para o dormitório. Eram quase quatro horas da tarde quando ela entrou na banheira de água quente e começou a tomar o banho, perfumando-se ao máximo com os sais minerais que ganhava diariamente pelo pombo-correio, de seus pais. Depois, ela ainda maquiou-se e, ao finalizar a produção, mais parecia uma estrela de Hollywood.


E era essa sua intenção; ver a reação de Tiago quando a visse dançando com seu amigo. E com certeza, ele estaria com Alicia. "Como ele pôde fazer isso?", dizia ela, para si mesma, a cada segundo. Como ele podia ter jurado amor eterno para ela e, quando deixava-a em seu dormitório, ir falar com outra?


Alícia Redley; Lílian a conhecia bem de vista e, só de vista, já sabia que ela não passava de mais uma garota fútil que anda pelos cantos cochichando sobre a vida dos outros ou falando sobre a nova coleção da "Madame Malkin". Lílian desceu as escadas do dormitório e deparou-se com uma sala comunal apinhada de alunos, tão cheia como nunca vira. Parecia que alguns amigos haviam trazidos colegas de outras casas. Saiu pelo buraco da Mulher Gorda e arrastou os pés pelos corredores de Hogwarts até o salão principal. 


Àquela noite, não haveria o habitual jantar para todas as casas; os grifinórios haviam alugado o salão principal e, apenas estudantes da Grifinória podiam penetrar ali.


Lupin estava parado à entrada do salão, encostado na parede e parecia um tanto nervoso. Ansioso, talvez?


- Olá - disse Lílian, assim que chegou mais perto do garoto.


- Ah, oi... - disse ele, um tanto lesado. -, você está... bonita...


- Obrigada - respondeu Lílian, corando.


- Você quer... beber alguma coisa?


- Acho que sim - disse ela e viu o garoto distanciar-se, indo em direção à uma mesa enorme, ao canto da parede, onde flutuavam várias garrafas de vários tipos e cores de bebidas. Alguns minutos depois, ele voltou com duas taças cheias de uma bebida vermelha e borbulhante.


- Aqui está - ele disse, entregando-a uma. -, vamos brindar?


E encostou o seu copo ao dela, provocando um barulho de vidro; ela bebeu em dois goles e, depois, ficou encarando-o. 


- Mas então - Lílian tentou puxar um assunto. -, namorando?


- Ah, não... não - respondeu Lupin, embora sua voz não transparecesse verdade. - e você?


- Es... - começou ela, mas foi interrompida por um pensamento. Tiago nunca quisera que ela falasse sobre seu namoro com ninguém; pois se Lupin, que era um dos marotos, não sabia daquilo, com certeza, ele não contara. Mas por quê? Por que esse segredo devia ser guardado à sete chaves? A resposta apareceu pela entrada, quando Tiago entrou de braços dados com uma garota: Alícia Redley. Um balde de água escaldante desceu pela espinha da garota e ela cerrou o punho sentindo a raiva fervilhar na boca do estômago. -, não... eu não estou namorando - completou, sabendo que deixara-o quase cinco minutos sem resposta. E aquela resposta significava exatamente o que ela sentia. Não estava namorando mais. Não com uma pessoa em quem ela não podia confiar.


Ciúmes? Talvez... embora Tiago parecesse bastante feliz ao lado daquela "piranha". Ou... não, não podia ser verdade.


"Eu sou a 'outra'", disse Lílian, a si mesma. "eu sou a amante e não a namorada... ele queria me esconder porque Redley já era sua namorada. só pode ser isso!"


Por um instante, Lílian se sentiu a pessoa mais babaca do mundo. Como ela deixara aquilo tudo acontecer bem embaixo do seu nariz? Como ela deixara-se enganar por "duas bolas e um grande pênis"? Ele não passava de um safado.


- Pegue mais bebida, por favor? - pediu Lílian, embora houvesse uma ordem seca em sua voz.


- Tudo bem - disse Lupin, pegando seu copo e voltando para a mesa.


Por um momento, Lílian achou que fosse desmaiar e até segurou as pernas com força, porém, no momento seguinte, ela sentia-se revigorada. Queria beber e dançar, sem se preocupar com Tiago, assim como fazia enquanto lia. 


Lupin chegou com uma bebida amarelada que ela bebeu ansiosamente em um gole e, depois, chamou-o para dançar.


- Não, obrigado - respondeu ele, balançando negativamente a cabeça.


- Ah, qual é... meche esse seu traseiro daí - exclamou Lílian, já modificada pela bebida.


- Hum... não...


- Tudo bem! - e saiu dali, indo com seu copo para a mesa retangular, enchê-lo novamente. Bebeu mais uns quatro copos de bebidas diferentes - nunca vira tantos tipos de álcool assim - e, depois, dirigiu-se cambaleante para o meio da pista. Estava tão apinhado de gente ali, que ela não precisava se movimentar para dançar; todos iam em um único ritmo de dança. Para lá e para cá... guiada pela batida. Por um instante, tudo parecia perfeito, dançando alegremente, no seguinte, os ossos de sua perna oscilavam e ela caía sobre si, as pálpebras pesando e a cabeça latejando.


No segundo seguinte, ela não via mais nada, apenas ouvia uma voz distante gritando por seu nome... seria esse o baile que ela queria?








Nota básica: É, eu achei esse capítulo um tanto curto e parado. E decididamente não gostei dela ter ficado bêbada e desmaiar... mas acho que é preciso. Já tenho uma noção mínima do que vou escrever para o próximo capítulo e gostaria que fosse maior, sim? XD desculpe pela demora. Essa fic só se sustenta graças à Clare e Miaka, que são as únicas que comentam ¬¬ com quinhentas visitas, é lamentável que apenas duas ou três pessoas comentem e apenas seis votem... o escritor enche-se de vontade de escrever quando ele vê comentários. Sem eles, para que escrever?


Vontade de abandonar a fic³, só não abandono porque ela está super complicada e eu tenho que desenrolala até o final, quando Lílian terá Harry Potter.


Vou indo. Fic dedicada à clare e miaka... obrigado...





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