O sonho
Capítulo Um
O sonho
Lílian despediu-se de todos e depois saiu, solitariamente, pelo corredor que dava no quadro da Mulher Gorda; os olhos paralisados, ela, sem fala. Acabara de ter um teste e ela tinha certeza que tinha se ferrado. Parou à frente da Mulher Gorda, sem saber aonde ia, suas pernas apenas a conduzindo automaticamente.
- Oi? - vociferou o quadro, cruzando os braços. - Vai falar a senha ou não?
- Han? - fez a garota, sobressaltando-se. Depois, murmurou, indiferentemente, a senha. - Porco assado!
- Seja bem-vinda - disse a Mulher Gorda, abrindo um sorriso; o quadro girou para o lado, dando passagem para a sala comunal da grifinória, que, àquela hora, estava praticamente deserta, exceto por um casal que de beijava, sentados sobre a poltrona que Lílian normalmente ocupava. Sua maior vontade era Puxar a varinha e berrar um raivoso Avada-kedrava, mas, ao contrário, ela apenas olhou para o lado. Pôde ver a língua do garoto entrando na boca da garota e ela retribuindo carinhosamente ao beijo, acariciando-o à cabeça, beijando. Parecia que aquele beijo jamais iria acabar, eles, movendo a boca, repetidamente.
Lílian saiu pisando fundo no piso de taco, subiu a escada que dava para o dormitório feminino e, na primeira cama de dossel, ela se jogou, cerrando a cortina envolta de si. A noite quase caía, e todos iriam jantar... mas ela não estava com fome. E, agora que estava deitada, não tinha a menor vontade de se levantar e, talvez, encontrar alguma pessoa que não quisesse encontrar. Seus pensamentos caíram sobre Tiago Potter e ela jogou o travesseiro sobre o rosto. Não demoraram dez minutos, ela dormiu.
~*~
Sonho de Lílian:
"A garota estava novamente na sala comunal, porém, desta vez, acomodava-se confortavelmente em sua poltrona preferida. Sem casaizinhos irritantes se beijando loucamente. Sorriu, puxando para perto de si o romance de Tess Gerritsen. Afinal, uma das coisas que herdara de seus pais trouxas fora sua paixão pela leitura trouxa e, Tess Gerritsen e seu suspense macabro, deixava-na excitada ao extremo, de ler, rapidamente, páginas e páginas, à procura do criminoso.
O retrato que cobria a entrada para a Grifinória girou para o lado e, a pessoa que ela menos esperava - e queria - entrou. Tiago ria, brincando com seu pomo de ouro sobrevoando sua cabeça. Como ele conseguira arranjar aquilo? Essa pergunta não saía da cabeça de Lílian e, cada vez que o via com aquele brinquedinho "idiota", sua vontade era de pular sobre o pomo e quebrá-lo em pedaços. Tudo que referia a Tiago, Lílian queria destruir, acabar... se pudesse, destruiria o próprio garoto até.
- Lílian!! - ele disse, sentando-se rapidamente ao lado da garota. - que "bom" te ver por aqui!
Ela girou os olhos em sua direção, o humor escoando por suas mãos.
- Tiago - disse, sarcasticamente. -, realmente, é uma "alegria" te ver por aqui... como anda?
- Bem - respondeu o garoto, largando-se na poltrona, como que estivesse cansado. -, treino de quadribol - Ele levantou uma bolsa negra no qual colocava seu uniforme vermelho e dourado. -, tomei um banho e vim para cá.
- É... pena que não posso disfrutar de sua companhia porque já está tarde, olhe isso - disse ela, puxando um relógio bruxo do bolso. - Onze horas... hora de ir pra cama... vou indo...
E levantou-se abruptamente, comprimindo sobre o peito, o livro de Gerritsen, apreensiva. Sentiu um obstáculo e, quando olhou para trás, viu a mão de Tiago segurando seu braço. Ele também levantou-se, calmamente e chegou tão próximo dela, que ela podia sentir sua respiração acelerada.
- O que eu mais queria, era poder te tocar - sussurrou ele. -, te sentir e... te beijar...
Seus lábios se comprimiram um ao outro, a mão de Tiago, sobre o rosto da garota, carinhosamente. Ele introduziu a língua na boca dela, fazendo uma "dança meticulosamente planejada". Ela cedeu, o livro caindo no chão, os braços envolveram-no, cheia de amor, beijando-o, mais e mais, sedenta de paixão. Queria mais, tinha que ter mais.
Ele desceu para seu pescoço, beijou-o e, depois, subiu novamente, sua língua explorando toda a boca de Lílian. Parou.
A garota ficou ali, desolada. Sem saber o que falar, pescou o livro rapidamente e ficou encarando-o, os olhos marcados de ódio.
- Como teve coragem? - berrou ela, brandindo os braços no ar.
- Sinto muito - murmurou ele, cabisbaixo e subiu as escadas em direção ao dormitório masculino, deixando-a ali, sozinha, sem saber o que fazer. Apenas alisou os lábios, relembrando do beijo..."
~*~
Quando Lílian acordou, o sol raiava, irrompendo nas cortinas arroxeadas que envolviam sua cama. Nunca se sentira tão bem em toda sua vida. Estava cheia de vivacidade e, assim que acordara, abrira seu livro, abraçando-o, como se ele tivesse realmente presenciado aquela cena de amor. Até quando saiu pela sala comunal e viu aquele casalzinho beijando-se novamente, sentados em sua poltrona, ela sorriu e quase foi até lá, parabenizar e falar que eles formavam um belo casal.
Desceu as escadas em direção ao salão principal, encontrando-se com Lana Carton, uma garota alta e magra, de cabelos extremamente negros e longos, os olhos ligeiramente puxados, vindos de tataravós japoneses.
- Teve uma boa noite - perguntou ela, sorrindo.
- Tive - respondeu Lílian, rindo-se de si mesma. Fora apenas um sonho. Aquilo jamais iria acontecer e, aquela certeza foi confirmada quando ela viu Tiago junto com os marotos, brincando com aquele pomo de ouro. Seu primeiro pensamento foi "Como eu pude sonhar com esse babaca?" -, para dizer a verdade - disse ela, minutos depois, enquanto cortava o pão para passar a manteiga e avistava, do outro lado da mesa, Tiago. -, não, eu não tive uma noite boa.
- É? - Lana ergueu os olhos de sua redação de História da Magia. -, Por quê? Com o que sonhou?
- Eu... estava - começou Lílian, pensando no peso das palavras. -, nadando no lago... isso... eu estava nadando no lago!
- Ah... que sonho... murcho - disse Lana, indiferente, esvaziando os pulmões e abaixando-se novamente para sua redação, acrescentando mais várias frases que encheram o pergaminho. E a letra dela era minúscula! Isso era uma das coisas em Lana que realmente irritava-a. Ele era uma completa cê-dê-éfe, e, ao contrário de Lílian, tirava sempre notas altíssimas. Lílian queria se eleger para monitora, mas, com uma concorrência daquela, talvez seu sonho nunca fosse se realizar. Era algo trivial que enchia a cabeça da garota enquanto as duas caminhavam para as estufas, na aula de herbologia, uma das matérias que Lílian mais odiava.
O prof. Hubert aguardava os alunas ansiosamente e, conforme eles chegavam à estufa, ele indicava uma mesa comprida cheia de luvas e óculos protetores. Iriam cuidar de uma planta nojenta e feia, cheia de pústulas que erguia-se à trinta centímetros e parecia gemer, contorcendo-se. Hubert ordeu que eles retirassem uma pasta cremosa de dentro do corpo do animal, algo que cheirava a água sanitária e cortava ocasionalmente, a pele dos alunos.
A aula terminou, para alívio de Lílian e, então, ela resolveu que não queria assistir à aula de poções, dirigindo-se para o dormitório. Quando o quadro girou para o lado, revelando a sala comunal, ela quase teve um ataque quando encontrou um casal se beijando na poltrona. Porra! Eles não assistiam aula? Só sabiam se beijar ali? Se queriam fazer aquilo, pelo menos subissem ao dormitório e se escondessem no dossel da cama. Ali sim, poderiam fazer o que quisessem. Então, Lílian subiu para sua cama, deitando-se e puxando um livro de dentro do criado-mudo ao lado de sua cama. Em menos de uma hora, o livro estava caído frouxamente nos lençóis e a garota estava de olhos fechados, dormindo profundamente. Desta vez, seu sonho se seguiria...
~*~
"Lílian estava em sua cama de dossel, desenhando, calmamente, a si mesma, só que em estilo animê; terminava agora os olhos gigantescos, parecendo duas pedras esmeraldinas e, partia para o nariz, quando ouviu um barulho na porta. Correu o cortinado envolta da cama, para olhar o que estava acontecendo, quando se deparou com a silhueta de Tiago Potter; instintivamente, ela se levantou, crispando os lábios e foi em sua direção. Em sonhos, Tiago era praticamente seu amante e, agora, ela queria mais depois daquele beijo cálido.
Seus braços envolveram-no e, ela o puxou para sua cama, jogando-o brutalmente e, cerrando o cortina envolta deles. Começou a beijá-lo incessantemente, seus lábios se comprimindo um ao outro, as línguas se explorando em todos os sentidos; Lílian pôde sentir a língua de Tiago ir até sua garganta e, depois de selar aquele beijo, parou e começou a despí-lo carinhosamente. Ele segurou-a nos braços e, quando ela foi protestar, ele apenas colocou o dedo sobre seus lábios, para silenciá-la.
- Deixe que eu cuido disso - disse, calmamente, colocando-a por baixo e começando a ação. Desabotoou lentamente a blusa da garota, enquanto acariciava com os lábios o seu pescoço. Revelaram-se dois seios macios e alvos, o bico endurecido para o alto, como que clamasse por uma carícia. Ele começou a lambê-lo, desesperadamente, chupando o bico e passando de um seio para o outro. Lílian começou a gemer baixinho, sentindo um prazer imensurável, choramingando por mais, mais... Ele parou, repentinamente, para retirar a sua própria camisa. Ao dislumbre da fisionomia do peitoral dele, Lílian começou a retirar sua saia.
Tiago parecia um rapaz modelado particularmente por uma academia, os músculos do braço dem definidos, os cabelinhos saindo para os lados, em uma cor um pouco loira; o abdômen bem rasgado, sem pêlos, exceto alguns que se espalhavam pelo umbigo e para cima. O rapaz estava suado, graças à excitação que latejava dentro de si.
Deitou-se novamente sobre a garota, beijando-a mais e mais, tocando seus seios e descendo as mãos para o sexo sob a calcinha da garota. Ele deixou-a nua e, abaixou-se sobre a região pubiana dela.
Sua boca começou a movimentar-se agilmente, sua língua entrando calidamente no sexo dela, à procura incessante do clitóris. Ela começou a gritar, arranhando-lhe as costas, o êxtase latejando. Nunca sentira tanto prazer em toda sua vida e, nunca se imaginara, compartilhando aquilo com uma pessoa que ela decididamente não suportava. Mas, na cama, ele era perfeito, ela podia sentir a barba feita raspando no púbis enquanto ele beijava-lhe o umbigo.
Parou novamente. Lílian se preparou; a cada parada, vinham novas surpresas e, ela ansiava para ver o que ele escondia por trás das mangas. Tiago desceu o zíper de sua calça e o falo saltou para fora instantaneamente, assustando a garota pelo tamanho. Grosso e comprido, a cabeça rosada apontada para cima. Estava rígido, mostrando o quanto o garoto estava excitado e, havia um líquido esbranquiçado sobre a glande; Lílian sabia que não era sêmen, apenas o líquido esbranquiçado que antecede a ejaculação.
- Eu vou te fazer sentir prazer - sussurrou ele, voltando à exploração do sexo de Lílian, fazendo-a sobressaltar-se e, voltar a gemer baixinho. Ele parou, introduzindo um dedo na vagina dela, e depois, dois, três; introduzia-os e mechia-os, de um lado para o outro, para frente e para trás, fazendo-a contorcer-se de prazer.
- Isso, não pára... não, por favor - dizia ela, a voz arrastada e ofegante.
Alguns segundos se passaram, em que ela gemeu como nunca e, depois, ele ergueu-se sobre ela, voltando para os seios da garota; ele queria prazer, mas, precisava proporcionar prazer para ela, acima de tudo; então, enquanto lambia seu pescoço, uma de suas mãos ia e vinha dentro da vagina da garota e a outra, ia e vinha no seu próprio membro, ruidosamente, os testículos moles e longos, batendo na sua própria bunda de acordo com o movimento.
A garota abriu os olhos, contemplando a cena que se seguia a sua frente e, mandou que ele parasse, os olhos girando nas órbitas. Ele parou com todos os movimentos e o silêncio parou no dormitório; ouvia-se apenas as respiração acelerada de ambos.
Então, ela ergueu-se sobre ele e disse que agora, era sua vez de ordenar. Foi direto ao ponto quando suas mão envolveram-se no membro grosso da garoto e sua boca caiu sobre a glande, mordiscando e, lambendo com sua língua. Ele gemeu logo de início, sentindo o prazer correndo nas suas veias.
- Vai, puta - berrou ele, fazendo movimentos de ir e vir dentro da boca dela e sentindo o pênis balançar. Ela beijava o sexo dele, avidamente, lambia, mordiscava e, depois de cada ação, começava a punhetar ele, lambendo os testículos dele... de repente, seu instinto fez com que ela introduzisse um dedo no ânus do garoto. Apenas um, para que ele não sentisse dor. Ela queria que ele sentisse apenas prazer e, não sabia ao certo, se aquilo ia ou não funcionar.
O dedo encontrou a próstata, catucando-a, massageando-a, sentindo o molhado, ao mesmo tempo que a outra mão, deliciava-se com o pênis ereto do garoto, lambendo-lhe.
Ela sentiu a pulsação que antecede o gozo, mas continuou com as carícias e, ele soltou todo seu fruto na boca dela, gemendo baixinho. O gosto era acridoce, e ela teve uma ânsia de vomitá-lo, não o fazendo e engolindo-o todo, sentindo ele descer por sua garganta.
Porém, enquanto o pênis do garoto murchava, como é natural nos homens e animais machos, ele voltou sua atenção novamente ao prazer da garota, acariciando-a e beijando-a.
~*~
Foi nessa hora que Lílian ouviu um barulho no dormitório, devido à alguém entrando, que ela viu ser Hynna Gritsn, uma garota quartanista. Abriu os olhos, irritada e viu que já haviam se passado quarenta minutos desde que dormira. Olhou para baixo e pôde ver o líquido do prazer feminino salpicado nos lençóis. Fora o melhor sonho de sua vida e ela puxou novamente seu livro, voltando a lê-lo.
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