Porta estreita



Na escuridão e o silêncio da noite, o único som que podia ser ouvido no corredor eram alguns passos calmos, e no escuro dele, a única luz que ali estava pertencia á varinha da mesma pessoa que ousava a andar sozinha. A tal pessoa parava por segundos em todas as salas e a vasculhava, as vezes dizia alguns resmungos que, eram dificeis de entender, mas parecia uma reclamação. Entre resmungos baixos e vasculhadas em todo o corredor, as próximas palavras dela soaram como um desabafo, e puderam ser entendidas.


_Chega, cansei disso, o Rony deveria estar fazendo essa ronda comigo hoje, em vez de ficar agarrando a Lilá. – Reclamou a monitora, sobre seu parceiro, que, mais uma vez, preferiu ficar com a namorada do que cumbrir seu dever, deixando todo o trabalho para ela.


A garota aparentava ter 17 anos, e vestia o uniforme de uma das casas da escola, a Grifinória, cabelo cacheado e castanho, e seus olhos eram, com certeza num tom castanho doce, passava calma à quem quer que fosse que os olhasse. Era ela, Hermione Granger, mais uma noite sozinha, ela não deveria estar, mais um noite fazendo a ronda, Rony, o outro monior deveria estar ali também, mas estava preocupado demais beijando a Lilá, lembrou ela com raiva.


Queria terminar aquilo logo, estava cansada, além disso, no dia seguinte seria o dia de provas, e ainda tinha que estudar. Ela era a única pessoa ali no corredor, além dos quadros que se mexiam, é claro, por um segundo, quando saia de um e entrava em outro corredor, quando a luz de sua varinha mirou um canto da parede, ela teve a impressão, quase a certeza, de que viu alguém passando rapidamente por ali, virou-se depressa e olhou atentamente todo o lugar, não encontrou nada, mas, ainda assim, era muito forte a impressão de que alguém passara ali, no entanto, decidiu que mesmo que alguém estivesse fora da cama aquele horário, não faria nada, estava cansada de simplesmente estar ali, em pé, sabendo que, estava sendo idiota, todo o trabalho ficava sobre sua responsabilidade, enquanto Rony, que ficava apenas com Lilá, levava quase todo o crédito, sem pensar duas vezes, num impulso, mudou totalmente seu caminho, entrou e saiu de vários corredores, até chegar em um em especial, que ela seguiu até o fim, era o corredor da sala de Dumbleodore, chegando em frente à estatua que levava até ele, disse a senha, que os monitores sabiam, e logo uma estada dourada apareceu, à levando até ele.


Ela subiu todos os degraus, até parar numa grande porta de madeira, ela deu algumas batidas nela e de repente, a porta de abriu completamente, ela entrou na grande sala do diretor e observou, não havia ninguém lá, mas, ouviu alguns passos.


_Tem alguém aqui? – Perguntou ela ao silencio, no mesmo instante, os passos que ela ouvira haviam parado.


Caminhou com cuidado, sabia que não deveria estar ali, mas a curiosidade foi maior que ela. Ela podia sentir, o clima estava tenso ali, atrás da mesa e da cadeira de Dumbleodore, havia uma imensa porta de vidro, coberta por uma fina cortina de seda vermelho, ela havia entrado poucas vezes naquela sala, mas, ao que se lembrava, não tinha visto a porta coberta por uma cortina antes, ou talvez, só nunca tenha prestado atenção. No momento em que refletia sobre a porta, seus pensamentos foram interrompidos pelo som de alguém esbarrando em alguma coisa, imediatamente ela deu a volta, e encontrou, atrás da cadeira de Dumbleodore, o que fizera o barulho, era um pequeno gato que ali estava, não pode deixar rir de si mesma, era apenas um gato o tempo todo, o pegou em seu colo, o fazendo carinho.


_Então era você...? – Ela interrompeu o que estava dizendo, a sua frente estava a porta de vidro.


Ela não deveria estar ali, se Dumbleore, com que queria falar, não estivesse ali, então deveria ir embora, ela tentou se virar, mas, algo ali chamava sua atenção, talvez fosse sua quietude, de onde estava, dentro da sala do diretor, era tudo calmo, o som normal de todas as noites, mas, atrás da porta de vidro, era tudo muito silencioso, passava uma paz tão grande, que talvez fosse forçada, o silêncio era enorme, e Hermione chegou a imaginar, se existia mundo por trás dela, ou se ali fosse o final de tudo,  não havia som algum por trás dela, o silêncio era tamanho que Hermione chegava a temer. Sem poder se conter,seus dedos tocaram a fria maçaneta, e puxou  a porta, revelando uma grande escuridão, seus pés caminharam lentamente para dentro do escuro, era um lugar pequeno, Hermione concluiu, e tão escuro que não podia nem ver sua própria mão. Com as mãos, vasculhou o lugar, passando a mão pela parede gelada, até tocar em algo, outra maçaneta, a virou ouvindo um clunk, e mais uma porta abriu-se em sua frente,  atravessou-a, dando de cara com uma claridade tão forte que fez seus olhos doerem, quando finalmente se acostumou com a luz pode ver o lugar onde estava, era uma sala pequena e redonda, a parede, assim como o chão, era dourado, parecia ouro, mas, Hermione não tinha certeza se realmente era, nas paredes, haviam marcas que pareciam ser portas, mas não era portas, ou, pelos menos a maioria delas não, o barulho baixo de alguma porta batendo a fez perceber, bem no meio das “falsas portas”, embaralhadas entre elas, havia uma porta que, estava ligeiramente aberta, quando Hermione se aproximou, sentiu uma brisa envolve-la, tocou a maçaneta dourada com detalhes pretos, olhou para trás, não tinha certeza do que realmente estava fazendo, mas, por alguma estranha razão, ao olhar para trás e se deparar com os olhos verdes do gato que a seguiu até ali, sentiu que, de alguma forma, não estava fazendo nada de errado, e então, a vontade de saber o que havia do outro lado foi mais forte que ela, delicadamente puxou levemente a porta, deixando apenas uma pequena fresta aberta, ela atravessou a porta estreita, e a fechou logo em seguida, com um clunk sonoro.


O gato continuou ali sentado, a viu passando pela estreita porta, no entando, não à viu voltar. Virou-se e saiu, deixando a sala vazia, no silêncio.





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ooi. Gostaram?
Atualizo daqui alguns dias... Comentem?


beeeijos. @maisa_rods

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